Hélder Cristóvão (Equipa B)

Treinador, 53 anos,
Portugal
Equipa B: 5 épocas, 214 jogos, 0 golos

André Sousa

Citação de: Velazquez em 08 de Junho de 2015, 18:10
É porque lho permitem.E se não permitissem não era nenhuma intromissão no seu trabalho

Exactamente. Porque ele, na qualidade de treinador, deve ter essa possibilidade.

Mas afinal quem é que comanda aquele grupo de trabalho? Não é ele?

Theroux

Citação de: André Sousa em 08 de Junho de 2015, 18:08
Citação de: Theroux em 08 de Junho de 2015, 18:05
Não vamos entrar nesse jogo da moral que só serve para confundir o que é muito simples.

Esta decisão prejudica ou não prejudica o desenvolvimento do trabalho do treinador da equipa B?

Claro que prejudica!

Se o clube fosse dele esta questão não se colocava, mas ele não passa de um funcionário pago para maximizar os recursos do clube, sendo que o treinador da B, e os jogadores que treina, fazem parte desses recursos.

Claro que isto certamente teve a anuência da direcção que pesou os prós (nenhum) e contras (criar uma crise interna ou mesmo perder o treinador) e acatou a sua decisão.

Isso não impede quem está de fora de olhar esta atitude por aquilo que é: desprezo pelos interesses desportivos do clube em benefício de um interesse puramente pessoal.

Ainda não me deste um argumento válido, sequer, para que o Hélder tivesse acesso aos treinos da equipa A. Fora isso, está tudo bem. Mas mantenho a pergunta.

Segundo essa lógica, qualquer treinador ligado contratualmente ao Benfica, de todas as modalidades, de todos os escalões etários, teria acessos ao treinos da equipa A. Certo?

Se ainda não percebeste que o treinador da B partilha TODO o seu plantel, sendo que vários jogadores treinam em ambas as equipas ao longo da época, também não vou ser eu que te vou conseguir explicar isso.

Frank James

Citação de: Theroux em 08 de Junho de 2015, 17:47
André Sousa,

Tudo o que dizes é completamente vazio de conteúdo porque te recusas a reconhecer que esta atitude prejudica o Sport Lisboa e Benfica. Pouco, muito, um bocadinho, é irrelevante.

Prejudica, não só porque proíbe outro funcionário de aceder a informação relevante para exercer o seu trabalho mas também porque é sintomática que o treinador não tinha o mínimo interesse em acelerar a integração de jogadores da formação através através da partilha de conhecimento com o treinador da equipa B.

Em cima disto julgar a mesma atitude de forma diferente porque o assalariado X tem 60 anos e o Y 35 não passa de fanboyismo agudo.

Ao adoptar essa postura estás explicitamente a colocar os interesses de um funcionário acima dos interesses do clube, sendo que neste caso defendes uma decisão que demonstra total desprezo pelos interesses desportivos que o treinador principal é pago para defender até ao limite das suas capacidades.

A partir daqui podes falar em desonestidade à vontade, podes dizer que os seus treinos fazem os do Guardiola parecer atletismo e que o Hélder é um espião industrial que vai vender os seus segredos aos chineses, enfim, podes dizer o que te apetecer que isso não apaga a realidade.

Mas ainda vou tentar colocar isto de forma mais básica para ver se bate:

Qualquer empregado de qualquer empresa do mundo está lá para servir o empregador. Pelo seu trabalho, pelo seu conhecimento, pela sua experiência recebe um ordenado.

Neste caso o empregador é o Sport Lisboa e Benfica e ao retirar recursos injustificadamente a outro funcionário do clube está a prejudicá-lo de forma propositada e, por arrasto, a prejudicar directamente a entidade que representa.
Bom post. Concordo a 100% com ele. O0

O_OZORIO

Até ele já percebeu que tem a sua razão. Mas que não tem razão nenhuma.


Epa,  é deixá-lo a defender a sua ideia. Já todos fomos lá ao fundo do poço buscar da nossa teimosia para defender coisas para as quais não temos razão.


É de aplaudir, que o poder argumentativo do André não é nada pior. Pessoalmente já seria mais foda.

Isto para mim já se está a tratar de observar o comportamento humano.

André Sousa

Citação de: Theroux em 08 de Junho de 2015, 18:13
Se ainda não percebeste que o treinador da B partilha TODO o seu plantel, sendo em que vários treinam em ambas as equipas ao longo da época, com a equipa principal também não vou ser eu que te vou conseguir explicar isso.

Então e a resposta à pergunta? Hmm...

Gnr. Keenan

Citação de: Theroux em 08 de Junho de 2015, 18:05


Esta decisão prejudica ou não prejudica o desenvolvimento do trabalho do treinador da equipa B?


Cria, isso sim, uma barreira à cooperação entre duas estruturas que devem ser contínuas, o que poderá levar a que haja dificuldade na transição de uma equipa para outra. Mostra também que Jesus nunca se preocupou em pensar o futebol do Benfica como um todo, apenas pensou no sucesso imediato e em formas de rentabilizar a matéria-prima mais imediata que tinha ao seu dispor.
Demonstra, também, que lhe deram demasiado poder, enquanto treinador do Benfica.
De qualquer forma, são águas passadas e a estrutura do Benfica reconhecer o erro é um sinal de evolução. Agora resta passar da teoria à prática.

O_OZORIO

#1581
Citação de: André Sousa em 08 de Junho de 2015, 18:09
Citação de: O_OZORIO em 08 de Junho de 2015, 18:05
André Sousa, puseste a tua ideia. Até certo ponto e pensando no treinador da equipa,  individualmente...  até faz o seu sentido,  mais ou menos. Mas o treinador é um empregado. Serve os interesses do empregador. Para além que não estou certo que isto seja tão superficial como "ah este marmanjo vai ver os meus treinos, percebe os métodos e saca-os como se fosse um copy paste de um artigo em word".

As coisas não são assim. Caso assim fosse qualquer adjunto de qualquer grande treinador estaria em condições de estar entre os melhores.

Só não percebo como é que o Benfica ganharia com isto, a não ser pela harmonia em si, que poderia ser desfeita pela recusa do JJ.
Opa fdx.


Tu achas que o Guardiola limitava em alguma coisa o Luís Henrique em relação aos métodos da equipa principal?


O Luís Henrique é que era limitado pelo estilo Guardiola. A bem dos miúdos que estariam mais próximos daquilo que o treinador à época da equipa principal queria. Aproximando-os da mesma.



Hoje vemos que o estilo do Luís não é nem próximo do de Guardiola.

André Sousa

Eu não vejo onde é que essa barreira é criada.

E já o disse várias vezes. A equipa A e a equipa B devem, no papel, ser completamente independentes. Não vale de nada adoptar o mesmo modelo de jogo porque o Benfica não é um clube como o Barcelona, que tem o seu modelo de jogo implementado quase de raiz. A partir daí, qualquer implementação transversal, replicando o que se faz na equipa A, é apenas dar um tiro nos pés, tendo em conta que, como se viu agora, os treinadores mudam e cada um terá as suas ideias.

Depois, claro, a equipa A procurará abastecer-se de jogadores da equipa B, mas não estou a ver, muito sinceramente, onde é que esta discussão tem influência nisso.

O_OZORIO

#1583
Agora uma coisa é verdade. E por aí pego no que o André tem defendido.

O Jesus limitava o Hélder com esse receio de ser "copiado" e sendo simplista nas palavras.

É estúpido e egoísta mas é Jesus

André Sousa

Citação de: O_OZORIO em 08 de Junho de 2015, 18:18
Opa fdx.


Tu achas que o Guardiola limitava em alguma coisa o Luís Henrique em relação aos métodos da equipa principal?


O Luís Henrique é que era limitado pelo estilo Guardiola. A bem dos miúdos que estariam mais próximos daquilo que o treinador à época da equipa principal queria. Aproximando-os da mesma.



Hoje vemos que o estilo do Luís não é nem próximo do de Guardiola.

Hãn? Mas tu estás-me a falar do Barcelona, que é um clube que tem um modelo de jogo e, mais importante que isso, uma filosofia de jogo transversal implementada há uns 20 anos?

Mas qual aproximar da mesma... o que se procura é o crescimento do jogador. Só. Era lindo de ver o Benfica B a tentar replicar aquilo que a equipa A fazia, assente num modelo de jogo tão complexo, em constante evolução, durante seis anos.

O_OZORIO

Citação de: André Sousa em 08 de Junho de 2015, 18:21
Eu não vejo onde é que essa barreira é criada.

E já o disse várias vezes. A equipa A e a equipa B devem, no papel, ser completamente independentes. Não vale de nada adoptar o mesmo modelo de jogo porque o Benfica não é um clube como o Barcelona, que tem o seu modelo de jogo implementado quase de raiz. A partir daí, qualquer implementação transversal, replicando o que se faz na equipa A, é apenas dar um tiro nos pés, tendo em conta que, como se viu agora, os treinadores mudam e cada um terá as suas ideias.

Depois, claro, a equipa A procurará abastecer-se de jogadores da equipa B, mas não estou a ver, muito sinceramente, onde é que esta discussão tem influência nisso.
Pronto mas isso já é a tua ideia sobre a metodologia a adoptar. E mesmo aí, havendo modelos diferentes tinham de ter automatismos em comum. Sobretudo até defensivamente. E aí,  a meu ver, o Jesus tinha de ter dado mais abertura ao Hélder.

O_OZORIO

Citação de: André Sousa em 08 de Junho de 2015, 18:24
Citação de: O_OZORIO em 08 de Junho de 2015, 18:18
Opa fdx.


Tu achas que o Guardiola limitava em alguma coisa o Luís Henrique em relação aos métodos da equipa principal?


O Luís Henrique é que era limitado pelo estilo Guardiola. A bem dos miúdos que estariam mais próximos daquilo que o treinador à época da equipa principal queria. Aproximando-os da mesma.



Hoje vemos que o estilo do Luís não é nem próximo do de Guardiola.

Hãn? Mas tu estás-me a falar do Barcelona, que é um clube que tem um modelo de jogo e, mais importante que isso, uma filosofia de jogo transversal implementada há uns 20 anos?

Mas qual aproximar da mesma... o que se procura é o crescimento do jogador. Só. Era lindo de ver o Benfica B a tentar replicar aquilo que a equipa A fazia, assente num modelo de jogo tão complexo, em constante evolução, durante seis anos.
Fui ao exemplo máximo e no fundo ao mais fácil. Não tem de ser levado à letra.

André Sousa

Citação de: O_OZORIO em 08 de Junho de 2015, 18:26
Pronto mas isso já é a tua ideia sobre a metodologia a adoptar. E mesmo aí, havendo modelos diferentes tinham de ter automatismos em comum. Sobretudo até defensivamente. E aí,  a meu ver, o Jesus tinha de ter dado mais abertura ao Hélder.

Da mesma a forma que a ideia contrária é a tua.

Automatismos em comum? Dá-me dois ou três exemplos, só para perceber onde queres chegar.

Electriquebenfiquista

Se o treinador da B não tem direito assistir aos treinos da equipa A, então como vai conhecer as características de cada jogador que precise rodar na equipa B? Tipo um César ou jonathan, funciona tudo só na base dos relatórios? Além de outras coisas mais, apenas dei um exemplo.

André Sousa

Citação de: O_OZORIO em 08 de Junho de 2015, 18:27
Fui ao exemplo máximo e no fundo ao mais fácil. Não tem de ser levado à letra.

O exemplo do Barça está completamente desfasado da realidade daquilo que é o Benfica.

E o Barça B do Luis Enrique tinha a sua própria identidade, como é natural. Basta relembrar que tinham o Soriano, como 9, e o Messi na altura jogava com o Messi na frente. Agora, a sua filosofia, essa sim, era idêntica. E era isso que devia ser transversal no Benfica.

De nada vale decorares um modelo de jogo, e até padronizares os movimentos de cada jogador, se não fizeres com que eles percebam o jogo e a razão de haver cada movimento num determinado modelo.