Decifrando imagens do passado

Baron_Davis


Alexandre1976

Nessa altura o Benfica andou pela Indonésia,Hong Kong,China,Irão.

RedVC

Verdade. Só explorei um pouco a ida do Benfica ao Japão em 1970. E foi uma digressão fascinante.

Não abunda o material desse tempo de "Benfica Universalis". Liderados por Borges Coutinho, e com Eusébio como lenda do Futebol, as digressões foram muitas e prestigiantes. Por vezes pagava-se no campeonato, mas mesmo assim era o tempo de 3 títulos para o Benfica e 1 título para o Sporting. Porto, zero.

Baron_Davis



Torres e Ângelo com o mítico troféu Carranza

Alexandre1976

Na final o Bom Gigante marcou 4 golos na vitoria por 7-3 sobre a Fiorentina.

alfredo

#1355
edit

RedVC

#1356
-345-
"A ignorância não aproveita nada a ninguém"


Dia 14 de junho de 1970. Estádio do Jamor. Final da Taça de Portugal em Futebol.


A equipa do SL Benfica que venceu a Taça de Portugal de 1970.


A equipa do SL Benfica alinha para as fotografias, com o Almirante Tomaz, e respetivos netos. O Almirante então o presidente da República, alinhou também, nos mesmo modos, com a equipa do Sporting CP, o nosso oponente desse dia. O dérbi de Lisboa ia decidir se o SLB evitava a dobradinha do SCP. Nesse ano, e pela terceira vez consecutiva, o SCP tinha vencido o campeonato em ano de mundial de futebol, evitando um tetracampeonato do Benfica.

O Benfica ganhou por 3-1, golos de Artur Jorge (14'), José Torres (50') e Simões (63'),




Sem Eusébio, mas com António Simões a capitanear, a equipa do Benfica impôs a sua qualidade, vencendo a Taça, atenuando uma temporada atribulada...



Honra ao vencedor! O presidente da República, o Dr. Borges Coutinho (presidente do SL Benfica), António Simões e José Carlos, capitães do SLB e SCP, respetivamente.


Mas não é deste jogo que vamos continuar a falar neste texto. Vamos antes, partir deste jogo e liga-lo às últimas horas de vida de um Português excecional, um Artista superlativo, um dos maiores de sempre do nosso país: Mestre Almada Negreiros.




É que nesse mesmo dia, 14 de junho de 1970, também em Lisboa, mas no Hospital de São Luís dos Franceses, agonizava José Sobral de Almada Negreiros. Ao que parece no mesmo quarto onde, 35 anos antes, tinha falecido Fernando Pessoa Mestre Almada, com 77 anos, padecia de uma insuficiência cardíaca e antevia-se que não sobreviveria por muito mais tempo. Morreria no dia seguinte, pelas 21h00.

E, verdade ou não, conta-se que no seu leito de morte, Almada perguntou a um amigo:

"Quanto ficou o Benfica?"
Esse amigo terá replicado: "Que interessa isso, agora?"
E, recebeu uma resposta lapidar: "A ignorância, seja no que for, não aproveita nada a ninguém!"


Mestre Almada Negreiros, irreverente e brilhante até ao fim!

E, para além de ser Benfiquista de coração, existem outras ligações de Mestre Almada ao Glorioso. Mas, lá iremos...



José Sobral de Almada Negreiros, Mestre de Orpheu, Futurista e Tudo!


José Sobral de Almada Negreiros, foi um Artista autodidata e multifacetado. Foi um génio. Foi tudo, ou quase tudo, ou seja, foi pintor, desenhador, cenógrafo, bailarino, ator de cinema, figurinista, caricaturista, vitralista, romancista, ensaísta, crítico de arte, e poeta, entre tantas outras atividades e capacidades.

Foi também contemporâneo de outros génios como Fernando Pessoa (de quem foi amigo, e com quem colaborou no movimento Orpheu) e Amadeo de Souza-Cardoso. Mas, ao contrário destes, Almada teve uma vida longa, tendo ainda obtido reconhecimento pelo grande público, como artista de exceção que era. Ficou célebre a sua passagem pelo Zip-Zip, 1 ano antes da sua morte



Para além da sua vasta e multifacetada obra artística, Almada teve ainda vasta colaboração com jornais portugueses e espanhóis, tendo sido particularmente notável a colaboração com o Diário de Lisboa, de cujo primeiro diretor (Joaquim Manso) era particular amigo.

Envolveu-se também em grandes e ruidosas polémicas públicas, como por exemplo a questão do mistério dos painéis de S. Vicente, sobre os quais tinha uma teoria original e profundamente disruptiva.

Publicou livros, deu conferências e entrevistas. Deixou-nos não apenas uma obra monumental e influente para gerações vindouras, mas também, como acentuou Jorge de Sena, "contribuiu decisivamente para a criação, prestígio e triunfo de uma mentalidade moderna" na Cultura Portuguesa.


Das origens africanas até uma ligação a... Benfica


José Sobral de Almada Negreiros nasceu em 7 de abril de 1893, em São Tomé, na Roça Saudade, freguesia da Trindade. Foi um dos dois filhos do casal António Lobo de Almada Negreiros (Aljustrel, 1868 - Paris, 1939) e de Elvira Freire Sobral (S. Tomé, 1873 - S. Tomé, 1896).



Alguns locais das origens são-tomenses de José Sobral de Almada Negreiros.


Aos dois anos de idade, José vem viver para Cascais, para a casa dos seus avôs maternos, na mesma altura em que nasceu o seu irmão António. Mas, logo aos sete anos de idade, a tragédia mudaria o curso da sua vida, quando em 29 de dezembro de 1896, a mãe morreu, com apenas 23 anos de idade. Elvira morreu em S. Tomé, na sequência de um funesto trabalho de parto, em que deveria ter nascido uma irmã dos pequenos José e António. Morreram mãe e filha.



A família Sobral de Almada Negreiros. 1 - 1894, Elvira, a mãe, com o filho José de 1 ano de idade; 2 – Elvira com os dois filhos, José e António (este ao colo); 3 – os dois irmãos já órfãos de mãe; 4 – José aos 7 anos de idade quando entrou para o Colégio; 5 - António, o pai, em 1902, já em Paris.


Tolhido de dor, o pai, António Lobo de Almada Negreiros, viu-se forçado a mudar de vida. De raízes alentejanas, era um antigo funcionário dos Correios, mas que se tinha demitido e saído de Aljustrel para partir para São Tomé, onde assumiu um cargo de administração.

E foi por S. Tomé que conheceu e casou com Elvira Freire Sobral, um dos cinco filhos naturais de José António Freire Sobral, um abastado agricultor (https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Ant%C3%B3nio_Freire_Sobral). Elvira estudou em Coimbra, no Colégio das Religiosas Ursulinas, onde ganhou fama de hábil desenhadora. O filho José herdaria essa propensão para as artes.

Com a tragédia, tudo mudava para pai e filhos. António decidiu tudo mudar uma vez mais na sua vida, e partir para ganhar a vida longe de S. Tomé. Em 1900, aceitou um destacamento para Paris, para preparar a representação colonial portuguesa na Exposição Universal de Paris, desse ano.

Pela capital francesa permaneceria longos anos, casou novamente, e trabalhou como correspondente do jornal "O Século", até 1933. Do seu labor jornalístico destaca-se a notável cobertura da I Guerra Mundial 1914-1918. Foi um pensador e intelectual, com obra profusa e rica, nomeadamente sobre as questões coloniais portuguesas. Publicou livros cobrindo assuntos tão diversos como etnografia, geografia, história, sociologia, política, etc. A sua obra de reflexão e divulgação, na propaganda colonial, foi considerada como um alto serviço à pátria. Foi membro de prestigiadas associações académicas e científicas, nacionais e estrangeiras. De personalidade vincada, recusou diversas honrarias. Assim se percebe que muitos traços de personalidade do pai, foram herdados por José...

Com a decisão de emigrar, o pai dos Almada Negreiros, fez algo que provavelmente era comum nesse tempo, internando os filhos num prestigiado colégio interno, no caso Colégio dos Jesuítas de Campolide, em Lisboa, local onde hoje está sediada um campus da Universidade Nova de Lisboa (https://restosdecoleccao.blogspot.com/2012/12/colegio-de-campolide.html).

Para os dois irmãos, José, com 7 anos de idade, e António com 5 anos de idade, a partida do pai representou um abandono físico e afetivo, ficando entregues a si próprios. Em Campolide, os dois manos completaram os estudos primários, tendo depois seguido para o Liceu de Coimbra e para a Escola Nacional de Lisboa.

Entrando na vida adulta, os manos seguiram carreiras profissionais distintas. António seguiu a carreira militar, chegando a Tenente miliciano de cavalaria, tendo recebido uma condecoração como Cavaleiro da Ordem Militar de Avis (1931).

Já José, que cedo tinha revelado propensão para desenho e pintura, enveredou por uma brilhante carreira artística, carregada de virtuosismo técnico, pensamento, inovação, inteligência, e sempre, sempre, de pitadas de polémica, tão características dos génios.

Não sendo este um espaço adequado a descrever essa longa e marcante carreira, apresenta-se algumas obras emblemáticas, e recomenda-se a procura de um maior conhecimento dessa obra e do extraordinário legado artístico e de pensamento, deixado por Mestre Almada.



Algumas das obras pictóricas emblemáticas de Almada Negreiros




Fonte: wikipedia




Alguma da produção literária de Almada Negreiros.



Quando morreu, José deixou viúva, a notável pintora Sarah Afonso e dois filhos, o arquiteto José Afonso de Almada Negreiros e a poetisa Ana Paula de Almada Negreiro. Foi sepultado no cemitério dos Olivais, tendo mais tarde sido transladado para o Alto de S. João, onde repousa para a eternidade... e para além dela!




Uma nota final, uma ligação inesperada


Como atrás se referiu, a mãe de Almada Negreiros, Elvira Freire Sobral, foi uma das filhas, (por sinal a mais velha) do casal José António Freire Sobral e Leopoldina Amélia de Azevedo. Era todos filhos naturais, mas que foram depois reconhecidos e criados por seu pai.

Elvira estudou em Coimbra, no Colégio das Religiosas Ursulinas, onde ganhou fama de hábil desenhadora. Um seu meio-irmão chamado Joaquim Freire Sobral também foi artista e pintor.

Ora, um aspeto pouco divulgado das origens maternas de Almada, é que entre os irmãos de Elvira Freire Sobral, a sua mãe, encontramos António Freire Sobral (1887-1940), que foi, tão só, um dos 15 sócios fundadores do Grupo Sport Bemfica!

https://www.geni.com/people/Antonio-Freire-Sobral/6000000020328109401


Em 1906, António Freire Sobral, tio materno dos manos José e António Sobral de Almada Negreiros, morava na Avenida Gomes Pereira, em Benfica, pertencendo a uma elite burguesa que esteve na origem do GSB. Uma elite em grande parte aparentada entre eles,


Em 15 de setembro de 1907, António Freire Sobral foi eleito para o cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Grupo Sport Bemfica. Foi eleito no mandato de Luís Carlos de Faria Leal, um dos grandes dirigentes da nossa História.


Fonte: História do SLB 1904-1954


Foi um tempo decisivo em que se acordou  a Junção entre o Grupo Sport Bemfica e o Sport Lisboa. Um tempo em que a direção do GSB negociou com Félix Bermudes e Cosme Damião, mandatados pelo Sport Lisboa. Em que ne acordaram os termos de harmonização das estruturas das duas coletividades, as cores, o Emblema, o próprio nome do Clube. Em que se definiu uma nova etapa do Clube. Tudo ficou registado em Ata, em reuniões conduzidas por António Freire Sobral.

Infelizmente, não dispomos ainda de uma fotografia desse nosso ilustre consócio, mas esperemos que um dia ela possa surgir.




Não admira que Mestre Almada, combatesse a ignorância, também no desporto, também e sempre no amor ao Sport Lisboa e Benfica.

Irreverente e Benfiquista até ao fim!



Alexandre1976

Citação de: RedVC em 05 de Fevereiro de 2023, 09:49-345-
"A ignorância não aproveita nada a ninguém"


Dia 14 de junho de 1970. Estádio do Jamor. Final da Taça de Portugal em Futebol.


A equipa do SL Benfica que venceu a Taça de Portugal de 1970.


A equipa do SL Benfica alinha para as fotografias, com o Almirante Tomaz, e respetivos netos. O Almirante então o presidente da República, alinhou também, nos mesmo modos, com a equipa do Sporting CP, o nosso oponente desse dia. O dérbi de Lisboa ia decidir se o SLB evitava a dobradinha do SCP. Nesse ano, e pela terceira vez consecutiva, o SCP tinha vencido o campeonato em ano de mundial de futebol, evitando um tetracampeonato do Benfica.

O Benfica ganhou por 3-1, golos de Artur Jorge (14'), José Torres (50') e Simões (63'),




Sem Eusébio, mas com António Simões a capitanear, a equipa do Benfica impôs a sua qualidade, vencendo a Taça, atenuando uma temporada atribulada...



Honra ao vencedor! O presidente da República, o Dr. Borges Coutinho (presidente do SL Benfica), António Simões e José Carlos, capitães do SLB e SCP, respetivamente.


Mas não é deste jogo que vamos continuar a falar neste texto. Vamos antes, partir deste jogo e liga-lo às últimas horas de vida de um Português excecional, um Artista superlativo, um dos maiores de sempre do nosso país: Mestre Almada Negreiros.




É que nesse mesmo dia, 14 de junho de 1970, também em Lisboa, mas no Hospital de São Luís dos Franceses, agonizava José Sobral de Almada Negreiros. Ao que parece no mesmo quarto onde, 35 anos antes, tinha falecido Fernando Pessoa Mestre Almada, com 77 anos, padecia de uma insuficiência cardíaca e antevia-se que não sobreviveria por muito mais tempo. Morreria no dia seguinte, pelas 21h00.

E, verdade ou não, conta-se que no seu leito de morte, Almada perguntou a um amigo:

"Quanto ficou o Benfica?"
Esse amigo terá replicado: "Que interessa isso, agora?"
E, recebeu uma resposta lapidar: "A ignorância, seja no que for, não aproveita nada a ninguém!"


Mestre Almada Negreiros, irreverente e brilhante até ao fim!

E, para além de ser Benfiquista de coração, existem outras ligações de Mestre Almada ao Glorioso. Mas, lá iremos...



José Sobral de Almada Negreiros, Mestre de Orpheu, Futurista e Tudo!


José Sobral de Almada Negreiros, foi um Artista autodidata e multifacetado. Foi um génio. Foi tudo, ou quase tudo, ou seja, foi pintor, desenhador, cenógrafo, bailarino, ator de cinema, figurinista, caricaturista, vitralista, romancista, ensaísta, crítico de arte, e poeta, entre tantas outras atividades e capacidades.

Foi também contemporâneo de outros génios como Fernando Pessoa (de quem foi amigo, e com quem colaborou no movimento Orpheu) e Amadeo de Souza-Cardoso. Mas, ao contrário destes, Almada teve uma vida longa, tendo ainda obtido reconhecimento pelo grande público, como artista de exceção que era. Ficou célebre a sua passagem pelo Zip-Zip, 1 ano antes da sua morte



Para além da sua vasta e multifacetada obra artística, Almada teve ainda vasta colaboração com jornais portugueses e espanhóis, tendo sido particularmente notável a colaboração com o Diário de Lisboa, de cujo primeiro diretor (Joaquim Manso) era particular amigo.

Envolveu-se também em grandes e ruidosas polémicas públicas, como por exemplo a questão do mistério dos painéis de S. Vicente, sobre os quais tinha uma teoria original e profundamente disruptiva.

Publicou livros, deu conferências e entrevistas. Deixou-nos não apenas uma obra monumental e influente para gerações vindouras, mas também, como acentuou Jorge de Sena, "contribuiu decisivamente para a criação, prestígio e triunfo de uma mentalidade moderna" na Cultura Portuguesa.


Das origens africanas até uma ligação a... Benfica


José Sobral de Almada Negreiros nasceu em 7 de abril de 1893, em São Tomé, na Roça Saudade, freguesia da Trindade. Foi um dos dois filhos do casal António Lobo de Almada Negreiros (Aljustrel, 1868 - Paris, 1939) e de Elvira Freire Sobral (S. Tomé, 1873 - S. Tomé, 1896).



Alguns locais das origens são-tomenses de José Sobral de Almada Negreiros.


Aos dois anos de idade, José vem viver para Cascais, para a casa dos seus avôs maternos, na mesma altura em que nasceu o seu irmão António. Mas, logo aos sete anos de idade, a tragédia mudaria o curso da sua vida, quando em 29 de dezembro de 1896, a mãe morreu, com apenas 23 anos de idade. Elvira morreu em S. Tomé, na sequência de um funesto trabalho de parto, em que deveria ter nascido uma irmã dos pequenos José e António. Morreram mãe e filha.



A família Sobral de Almada Negreiros. 1 - 1894, Elvira, a mãe, com o filho José de 1 ano de idade; 2 – Elvira com os dois filhos, José e António (este ao colo); 3 – os dois irmãos já órfãos de mãe; 4 – José aos 7 anos de idade quando entrou para o Colégio; 5 - António, o pai, em 1902, já em Paris.


Tolhido de dor, o pai, António Lobo de Almada Negreiros, viu-se forçado a mudar de vida. De raízes alentejanas, era um antigo funcionário dos Correios, mas que se tinha demitido e saído de Aljustrel para partir para São Tomé, onde assumiu um cargo de administração.

E foi por S. Tomé que conheceu e casou com Elvira Freire Sobral, um dos cinco filhos naturais de José António Freire Sobral, um abastado agricultor (https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Ant%C3%B3nio_Freire_Sobral). Elvira estudou em Coimbra, no Colégio das Religiosas Ursulinas, onde ganhou fama de hábil desenhadora. O filho José herdaria essa propensão para as artes.

Com a tragédia, tudo mudava para pai e filhos. António decidiu tudo mudar uma vez mais na sua vida, e partir para ganhar a vida longe de S. Tomé. Em 1900, aceitou um destacamento para Paris, para preparar a representação colonial portuguesa na Exposição Universal de Paris, desse ano.

Pela capital francesa permaneceria longos anos, casou novamente, e trabalhou como correspondente do jornal "O Século", até 1933. Do seu labor jornalístico destaca-se a notável cobertura da I Guerra Mundial 1914-1918. Foi um pensador e intelectual, com obra profusa e rica, nomeadamente sobre as questões coloniais portuguesas. Publicou livros cobrindo assuntos tão diversos como etnografia, geografia, história, sociologia, política, etc. A sua obra de reflexão e divulgação, na propaganda colonial, foi considerada como um alto serviço à pátria. Foi membro de prestigiadas associações académicas e científicas, nacionais e estrangeiras. De personalidade vincada, recusou diversas honrarias. Assim se percebe que muitos traços de personalidade do pai, foram herdados por José...

Com a decisão de emigrar, o pai dos Almada Negreiros, fez algo que provavelmente era comum nesse tempo, internando os filhos num prestigiado colégio interno, no caso Colégio dos Jesuítas de Campolide, em Lisboa, local onde hoje está sediada um campus da Universidade Nova de Lisboa (https://restosdecoleccao.blogspot.com/2012/12/colegio-de-campolide.html).

Para os dois irmãos, José, com 7 anos de idade, e António com 5 anos de idade, a partida do pai representou um abandono físico e afetivo, ficando entregues a si próprios. Em Campolide, os dois manos completaram os estudos primários, tendo depois seguido para o Liceu de Coimbra e para a Escola Nacional de Lisboa.

Entrando na vida adulta, os manos seguiram carreiras profissionais distintas. António seguiu a carreira militar, chegando a Tenente miliciano de cavalaria, tendo recebido uma condecoração como Cavaleiro da Ordem Militar de Avis (1931).

Já José, que cedo tinha revelado propensão para desenho e pintura, enveredou por uma brilhante carreira artística, carregada de virtuosismo técnico, pensamento, inovação, inteligência, e sempre, sempre, de pitadas de polémica, tão características dos génios.

Não sendo este um espaço adequado a descrever essa longa e marcante carreira, apresenta-se algumas obras emblemáticas, e recomenda-se a procura de um maior conhecimento dessa obra e do extraordinário legado artístico e de pensamento, deixado por Mestre Almada.



Algumas das obras pictóricas emblemáticas de Almada Negreiros




Fonte: wikipedia




Alguma da produção literária de Almada Negreiros.



Quando morreu, José deixou viúva, a notável pintora Sarah Afonso e dois filhos, o arquiteto José Afonso de Almada Negreiros e a poetisa Ana Paula de Almada Negreiro. Foi sepultado no cemitério dos Olivais, tendo mais tarde sido transladado para o Alto de S. João, onde repousa para a eternidade... e para além dela!




Uma nota final, uma ligação inesperada


Como atrás se referiu, a mãe de Almada Negreiros, Elvira Freire Sobral, foi uma das filhas, (por sinal a mais velha) do casal José António Freire Sobral e Leopoldina Amélia de Azevedo. Era todos filhos naturais, mas que foram depois reconhecidos e criados por seu pai.

Elvira estudou em Coimbra, no Colégio das Religiosas Ursulinas, onde ganhou fama de hábil desenhadora. Um seu meio-irmão chamado Joaquim Freire Sobral também foi artista e pintor.

Ora, um aspeto pouco divulgado das origens maternas de Almada, é que entre os irmãos de Elvira Freire Sobral, a sua mãe, encontramos António Freire Sobral (1887-1940), que foi, tão só, um dos 15 sócios fundadores do Grupo Sport Bemfica!

https://www.geni.com/people/Antonio-Freire-Sobral/6000000020328109401


Em 1906, António Freire Sobral, tio materno dos manos José e António Sobral de Almada Negreiros, morava na Avenida Gomes Pereira, em Benfica, pertencendo a uma elite burguesa que esteve na origem do GSB. Uma elite em grande parte aparentada entre eles,


Em 15 de setembro de 1907, António Freire Sobral foi eleito para o cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Grupo Sport Bemfica. Foi eleito no mandato de Luís Carlos de Faria Leal, um dos grandes dirigentes da nossa História.


Fonte: História do SLB 1904-1954


Foi um tempo decisivo em que se acordou  a Junção entre o Grupo Sport Bemfica e o Sport Lisboa. Um tempo em que a direção do GSB negociou com Félix Bermudes e Cosme Damião, mandatados pelo Sport Lisboa. Em que ne acordaram os termos de harmonização das estruturas das duas coletividades, as cores, o Emblema, o próprio nome do Clube. Em que se definiu uma nova etapa do Clube. Tudo ficou registado em Ata, em reuniões conduzidas por António Freire Sobral.

Infelizmente, não dispomos ainda de uma fotografia desse nosso ilustre consócio, mas esperemos que um dia ela possa surgir.




Não admira que Mestre Almada, combatesse a ignorância, também no desporto, também e sempre no amor ao Sport Lisboa e Benfica.

Irreverente e Benfiquista até ao fim!



Segundo se consta o nosso ex Presidente Jorge de Brito tinha bastantes quadros da autoria de Almada Negreiros.

RedVC

#1358
Citação de: Alexandre1976 em 06 de Fevereiro de 2023, 18:40
Citação de: RedVC em 05 de Fevereiro de 2023, 09:49
Spoiler
-345-
"A ignorância não aproveita nada a ninguém"


Dia 14 de junho de 1970. Estádio do Jamor. Final da Taça de Portugal em Futebol.


A equipa do SL Benfica que venceu a Taça de Portugal de 1970.


A equipa do SL Benfica alinha para as fotografias, com o Almirante Tomaz, e respetivos netos. O Almirante então o presidente da República, alinhou também, nos mesmo modos, com a equipa do Sporting CP, o nosso oponente desse dia. O dérbi de Lisboa ia decidir se o SLB evitava a dobradinha do SCP. Nesse ano, e pela terceira vez consecutiva, o SCP tinha vencido o campeonato em ano de mundial de futebol, evitando um tetracampeonato do Benfica.

O Benfica ganhou por 3-1, golos de Artur Jorge (14'), José Torres (50') e Simões (63'),




Sem Eusébio, mas com António Simões a capitanear, a equipa do Benfica impôs a sua qualidade, vencendo a Taça, atenuando uma temporada atribulada...



Honra ao vencedor! O presidente da República, o Dr. Borges Coutinho (presidente do SL Benfica), António Simões e José Carlos, capitães do SLB e SCP, respetivamente.


Mas não é deste jogo que vamos continuar a falar neste texto. Vamos antes, partir deste jogo e liga-lo às últimas horas de vida de um Português excecional, um Artista superlativo, um dos maiores de sempre do nosso país: Mestre Almada Negreiros.




É que nesse mesmo dia, 14 de junho de 1970, também em Lisboa, mas no Hospital de São Luís dos Franceses, agonizava José Sobral de Almada Negreiros. Ao que parece no mesmo quarto onde, 35 anos antes, tinha falecido Fernando Pessoa Mestre Almada, com 77 anos, padecia de uma insuficiência cardíaca e antevia-se que não sobreviveria por muito mais tempo. Morreria no dia seguinte, pelas 21h00.

E, verdade ou não, conta-se que no seu leito de morte, Almada perguntou a um amigo:

"Quanto ficou o Benfica?"
Esse amigo terá replicado: "Que interessa isso, agora?"
E, recebeu uma resposta lapidar: "A ignorância, seja no que for, não aproveita nada a ninguém!"


Mestre Almada Negreiros, irreverente e brilhante até ao fim!

E, para além de ser Benfiquista de coração, existem outras ligações de Mestre Almada ao Glorioso. Mas, lá iremos...



José Sobral de Almada Negreiros, Mestre de Orpheu, Futurista e Tudo!


José Sobral de Almada Negreiros, foi um Artista autodidata e multifacetado. Foi um génio. Foi tudo, ou quase tudo, ou seja, foi pintor, desenhador, cenógrafo, bailarino, ator de cinema, figurinista, caricaturista, vitralista, romancista, ensaísta, crítico de arte, e poeta, entre tantas outras atividades e capacidades.

Foi também contemporâneo de outros génios como Fernando Pessoa (de quem foi amigo, e com quem colaborou no movimento Orpheu) e Amadeo de Souza-Cardoso. Mas, ao contrário destes, Almada teve uma vida longa, tendo ainda obtido reconhecimento pelo grande público, como artista de exceção que era. Ficou célebre a sua passagem pelo Zip-Zip, 1 ano antes da sua morte



Para além da sua vasta e multifacetada obra artística, Almada teve ainda vasta colaboração com jornais portugueses e espanhóis, tendo sido particularmente notável a colaboração com o Diário de Lisboa, de cujo primeiro diretor (Joaquim Manso) era particular amigo.

Envolveu-se também em grandes e ruidosas polémicas públicas, como por exemplo a questão do mistério dos painéis de S. Vicente, sobre os quais tinha uma teoria original e profundamente disruptiva.

Publicou livros, deu conferências e entrevistas. Deixou-nos não apenas uma obra monumental e influente para gerações vindouras, mas também, como acentuou Jorge de Sena, "contribuiu decisivamente para a criação, prestígio e triunfo de uma mentalidade moderna" na Cultura Portuguesa.


Das origens africanas até uma ligação a... Benfica


José Sobral de Almada Negreiros nasceu em 7 de abril de 1893, em São Tomé, na Roça Saudade, freguesia da Trindade. Foi um dos dois filhos do casal António Lobo de Almada Negreiros (Aljustrel, 1868 - Paris, 1939) e de Elvira Freire Sobral (S. Tomé, 1873 - S. Tomé, 1896).



Alguns locais das origens são-tomenses de José Sobral de Almada Negreiros.


Aos dois anos de idade, José vem viver para Cascais, para a casa dos seus avôs maternos, na mesma altura em que nasceu o seu irmão António. Mas, logo aos sete anos de idade, a tragédia mudaria o curso da sua vida, quando em 29 de dezembro de 1896, a mãe morreu, com apenas 23 anos de idade. Elvira morreu em S. Tomé, na sequência de um funesto trabalho de parto, em que deveria ter nascido uma irmã dos pequenos José e António. Morreram mãe e filha.



A família Sobral de Almada Negreiros. 1 - 1894, Elvira, a mãe, com o filho José de 1 ano de idade; 2 – Elvira com os dois filhos, José e António (este ao colo); 3 – os dois irmãos já órfãos de mãe; 4 – José aos 7 anos de idade quando entrou para o Colégio; 5 - António, o pai, em 1902, já em Paris.


Tolhido de dor, o pai, António Lobo de Almada Negreiros, viu-se forçado a mudar de vida. De raízes alentejanas, era um antigo funcionário dos Correios, mas que se tinha demitido e saído de Aljustrel para partir para São Tomé, onde assumiu um cargo de administração.

E foi por S. Tomé que conheceu e casou com Elvira Freire Sobral, um dos cinco filhos naturais de José António Freire Sobral, um abastado agricultor (https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Ant%C3%B3nio_Freire_Sobral). Elvira estudou em Coimbra, no Colégio das Religiosas Ursulinas, onde ganhou fama de hábil desenhadora. O filho José herdaria essa propensão para as artes.

Com a tragédia, tudo mudava para pai e filhos. António decidiu tudo mudar uma vez mais na sua vida, e partir para ganhar a vida longe de S. Tomé. Em 1900, aceitou um destacamento para Paris, para preparar a representação colonial portuguesa na Exposição Universal de Paris, desse ano.

Pela capital francesa permaneceria longos anos, casou novamente, e trabalhou como correspondente do jornal "O Século", até 1933. Do seu labor jornalístico destaca-se a notável cobertura da I Guerra Mundial 1914-1918. Foi um pensador e intelectual, com obra profusa e rica, nomeadamente sobre as questões coloniais portuguesas. Publicou livros cobrindo assuntos tão diversos como etnografia, geografia, história, sociologia, política, etc. A sua obra de reflexão e divulgação, na propaganda colonial, foi considerada como um alto serviço à pátria. Foi membro de prestigiadas associações académicas e científicas, nacionais e estrangeiras. De personalidade vincada, recusou diversas honrarias. Assim se percebe que muitos traços de personalidade do pai, foram herdados por José...

Com a decisão de emigrar, o pai dos Almada Negreiros, fez algo que provavelmente era comum nesse tempo, internando os filhos num prestigiado colégio interno, no caso Colégio dos Jesuítas de Campolide, em Lisboa, local onde hoje está sediada um campus da Universidade Nova de Lisboa (https://restosdecoleccao.blogspot.com/2012/12/colegio-de-campolide.html).

Para os dois irmãos, José, com 7 anos de idade, e António com 5 anos de idade, a partida do pai representou um abandono físico e afetivo, ficando entregues a si próprios. Em Campolide, os dois manos completaram os estudos primários, tendo depois seguido para o Liceu de Coimbra e para a Escola Nacional de Lisboa.

Entrando na vida adulta, os manos seguiram carreiras profissionais distintas. António seguiu a carreira militar, chegando a Tenente miliciano de cavalaria, tendo recebido uma condecoração como Cavaleiro da Ordem Militar de Avis (1931).

Já José, que cedo tinha revelado propensão para desenho e pintura, enveredou por uma brilhante carreira artística, carregada de virtuosismo técnico, pensamento, inovação, inteligência, e sempre, sempre, de pitadas de polémica, tão características dos génios.

Não sendo este um espaço adequado a descrever essa longa e marcante carreira, apresenta-se algumas obras emblemáticas, e recomenda-se a procura de um maior conhecimento dessa obra e do extraordinário legado artístico e de pensamento, deixado por Mestre Almada.



Algumas das obras pictóricas emblemáticas de Almada Negreiros




Fonte: wikipedia




Alguma da produção literária de Almada Negreiros.



Quando morreu, José deixou viúva, a notável pintora Sarah Afonso e dois filhos, o arquiteto José Afonso de Almada Negreiros e a poetisa Ana Paula de Almada Negreiro. Foi sepultado no cemitério dos Olivais, tendo mais tarde sido transladado para o Alto de S. João, onde repousa para a eternidade... e para além dela!




Uma nota final, uma ligação inesperada


Como atrás se referiu, a mãe de Almada Negreiros, Elvira Freire Sobral, foi uma das filhas, (por sinal a mais velha) do casal José António Freire Sobral e Leopoldina Amélia de Azevedo. Era todos filhos naturais, mas que foram depois reconhecidos e criados por seu pai.

Elvira estudou em Coimbra, no Colégio das Religiosas Ursulinas, onde ganhou fama de hábil desenhadora. Um seu meio-irmão chamado Joaquim Freire Sobral também foi artista e pintor.

Ora, um aspeto pouco divulgado das origens maternas de Almada, é que entre os irmãos de Elvira Freire Sobral, a sua mãe, encontramos António Freire Sobral (1887-1940), que foi, tão só, um dos 15 sócios fundadores do Grupo Sport Bemfica!

https://www.geni.com/people/Antonio-Freire-Sobral/6000000020328109401


Em 1906, António Freire Sobral, tio materno dos manos José e António Sobral de Almada Negreiros, morava na Avenida Gomes Pereira, em Benfica, pertencendo a uma elite burguesa que esteve na origem do GSB. Uma elite em grande parte aparentada entre eles,


Em 15 de setembro de 1907, António Freire Sobral foi eleito para o cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Grupo Sport Bemfica. Foi eleito no mandato de Luís Carlos de Faria Leal, um dos grandes dirigentes da nossa História.


Fonte: História do SLB 1904-1954


Foi um tempo decisivo em que se acordou  a Junção entre o Grupo Sport Bemfica e o Sport Lisboa. Um tempo em que a direção do GSB negociou com Félix Bermudes e Cosme Damião, mandatados pelo Sport Lisboa. Em que ne acordaram os termos de harmonização das estruturas das duas coletividades, as cores, o Emblema, o próprio nome do Clube. Em que se definiu uma nova etapa do Clube. Tudo ficou registado em Ata, em reuniões conduzidas por António Freire Sobral.

Infelizmente, não dispomos ainda de uma fotografia desse nosso ilustre consócio, mas esperemos que um dia ela possa surgir.




Não admira que Mestre Almada, combatesse a ignorância, também no desporto, também e sempre no amor ao Sport Lisboa e Benfica.

Irreverente e Benfiquista até ao fim!
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Segundo se consta o nosso ex Presidente Jorge de Brito tinha bastantes quadros da autoria de Almada Negreiros.


Sem dúvida. Tinha bom gosto, recursos e generosidade



Jorge Brito na cerimónia de doação do retrato de Fernando Pessoa à Câmara Municipal de Lisboa

Fonte: http://arquivolarte.blogspot.com/2011/01/coleccao-jorge-de-brito.html


Mais:

https://expresso.pt/cultura/2017-05-06-Jorge-de-Brito-o-grande-colecionador-de-arte



Jorge de Brito era um homem superior. O destino foi cruel, mas estou certo que os Benfiquistas bem informado NUNCA terão dúvidas sobre o seu Benfiquismo e como ele amou e ajudou o Clube.

https://em-defesa-do-benfica.blogspot.com/2018/07/em-defesa-de-jorge-brito.html


Jorge de Brito é uma Saudade do Benfica. Um dos Grandes.







Paz, Honra e Memória à alma de Jorge de Brito.


RedVC



O Pátio das Antigas: O restaurante do retrato de Pessoa

Fonte: https://www.timeout.pt/lisboa/pt/noticias/o-patio-das-antigas-o-restaurante-do-retrato-de-pessoa-032722

A primeira versão do retrato pintado por Almada Negreiros esteve no Restaurante Irmãos Unidos até este fechar, em 1969. Está hoje na Casa Fernando Pessoa.

Trinta contos. Foi quanto Almada Negreiros recebeu, em 1954, do dono do Restaurante Irmãos Unidos, António Guisado, irmão do poeta Alfredo Guisado, um dos homens do grupo do Orpheu, pelo célebre quadro representando Fernando Pessoa. O poeta era cliente regular daquele estabelecimento situado no Rossio desde 1830 e que incluía ainda o Hotel Irmãos Unidos, aberto em meados do século XIX. Junto à pintura foi posta uma placa de mármore com os nomes de todos os membros do Orpheu, que ali se costumavam reunir e onde a revista homónima foi criada, em 1915. Em 1964, Almada pintou uma segunda versão do retrato, esta com a figura de Pessoa invertida, encomendada pela Fundação Gulbenkian, onde se encontra.

O retrato ali esteve até à falência e ao fecho do restaurante, em 1969. Em Janeiro do ano seguinte, realizou-se um concorridíssimo leilão do recheio, que encheu as páginas dos jornais e das revistas por causa do quadro de Almada. Este acabaria por ser comprado por um coleccionador por 1350 contos. António Guisado deu 228 contos ao artista. O Restaurante Irmãos Unidos deu lugar à Camisaria Moderna, também já desaparecida. Ainda em 1970, o banqueiro e coleccionador Jorge de Brito adquiriu o retrato, que ofereceria à Câmara Municipal de Lisboa e está na Casa Fernando Pessoa desde a sua inauguração, em 1993. A placa de homenagem aos homens do Orpheu encontra-se no Museu de Lisboa, e também pode ser vista na Casa Fernando Pessoa.

Baron_Davis


RedVC

Citação de: Baron_Davis em 14 de Fevereiro de 2023, 19:19

Penso que é parte de uma coleção de cromos alemã ou austríaca.

Está aí uma raridade, um cromo de Armando Ramalho, o guarda-redes suplente que só esteve duas temporadas no nosso plantel sénior, de 1960-1962.

Jotenko

Citação de: RedVC em 14 de Fevereiro de 2023, 20:07
Citação de: Baron_Davis em 14 de Fevereiro de 2023, 19:19

Penso que é parte de uma coleção de cromos alemã ou austríaca.

Está aí uma raridade, um cromo de Armando Ramalho, o guarda-redes suplente que só esteve duas temporadas no nosso plantel sénior, de 1960-1962.

Os cromos dessa altura eram tão a e s t h e t i c brutal

RedVC

#1363
Citação de: Jotenko em 22 de Fevereiro de 2023, 10:59
Citação de: RedVC em 14 de Fevereiro de 2023, 20:07
Citação de: Baron_Davis em 14 de Fevereiro de 2023, 19:19

Penso que é parte de uma coleção de cromos alemã ou austríaca.

Está aí uma raridade, um cromo de Armando Ramalho, o guarda-redes suplente que só esteve duas temporadas no nosso plantel sénior, de 1960-1962.

Os cromos dessa altura eram tão a e s t h e t i c brutal


Faz parte desta caderneta




podem descarregar a caderneta, aqui:


https://amagiadoscromos2.blogspot.com/2017/11/fussball-bundesliga-1965-1966.html


pode-se verficar que a caderneta é maioritariamente acerca da bundesliga de 1965-1966, mas acaba por também incluir os clubes mais relevantes dessa época


Santos, Inter Milão, Real Madrid, Benfica, Liverpool FC, Atl. Madrid, AC Milão e Rapid Viena

Baron_Davis