Estrangeiros na equipa B: Sim ou não?

[Rikhart]

Atenção que eu não tenho nada contra o facto de serem estrangeiros ou não, aliás em retrospectiva o título acaba por ser um pouco enganador.

O que eu no fundo penso é: um estrangeiro que venha TEM OBRIGATORIAMENTE DE SER MUITO SUPERIOR JÁ NO IMEDIATO a qualquer jogador que tenhamos na formação! Não só pelo dinheiro que gastamos sempre nessas contratações, mas também pelos periodos de adaptação, falta de empatia com o clube, sua história e valores, etc.

Vou dar o exemplo de um jogador que me está a encantar: Oblak. Se é para Oblaks, que venham. Se é para filip markovics e lindelofs, que fiquem por onde estão... Jogadores de qualidade mediana que há aos magotes cá em Portugal não faz o minimo sentido ir contratar (quer dizer, faz o sentido de alimentar alguém com as negociatas comi$$ões e merdas do género).

[Red skin]

Se tiverem qualidade.... nada contra! A pergunta devia ser outra... quantos jogadores n formados no Benfica na equipa B? Para mim, nunca mais de 4.

[BlankFile]

Sim, mas que sejam escolhidos com critério. Qualidade e não quantidade.

[all_blacks]

Estrangeiros com muita qualidade são bem vindos sempre... acho um argumento idiota ter de ser nascido em Portugal... Logicamente o que importa é que sejam mais valia mesmo...

[Troglodite]

Na minha honesta opinião, estrangeiros ou não estrangeiros, o que interessa é terem qualidade e potencial. O que deviam discutir é se por acaso a equipa B for maioritariamente estrangeiros, então existe um grande problema na formação dos nossos jovens e estamos a esbanjar dinheiro para nada na sua formação. Se existir dinheiro para trazer jogadores de fora e a nossa equipa B for maioritariamente da cantera então ou estamos bem ou então a nossa equipa de scouting é má.

Na minha sincera opinião este projeto está a ser um grande sucesso, principalmente agora que ano após ano vão aparecendo mais jogadores da cantera. Acho também compreensivel que no primeiro ano se tivesse que contratar mais lá fora. Era dificil formar um 11 competitivo com os séniores de 1º ano e os emprestados.

[Puches]

Claro que sim.

[cipri_slb]

Jovens estrangeiros com qualidade e com margem de progresso que podem vir a ter lugar na equipa A? SIM

Jovens estrangeiros sem qualidade que são apenas parte de negócios ? NÃO

[O-Rível]

O problema é que é rara a aquisição que se faz - de nacionalidade portuguesa ou estrangeira - que acrescenta qualidade ao grupo de jogadores formados cá e que pode chegar à equipa principal.
Se analisarmos o plantel, tirando o Rojas, o Rui Fonte e quiçá o Lolo, as contratações parecem-me ser muito numa lógica "vamos ver no que dá", e não "vamos apostar neste miúdo que tem um potencial tremendo". Essa ideia do "vamos ver no que dá" é uma ideia que é transversal aos departamentos de recrutamento e de prospecção dos três grandes, sobretudo na formação. Não há rigor ou critério. Contrata-se na perspectiva de que acertar 1 em 10 já é bem bom. Quando se pensa que não há muito a perder, chega-se aos 100 jogadores sob contrato. O que é absolutamente ridículo, sejam 100 jogadores portugueses ou vietnamitas.
Isto, a meu ver, é que é o mal. Se contratarem miúdos como o Oblak para a equipa B, que são grandes máquinas e que precisam é de treino e competição com qualidade, acho que faz sentido apostar em estrangeiros. Para ter Brezovackis, Jeremics, Deyversons, etc., vale mais estar quieto. Mas para isso os dirigentes teriam de repensar a sua maneira de apresentar trabalho e de avaliar o trabalho realizado, porque com esta ideia saloia de que para mostrar serviço é preciso é cagar números, nunca vamos parar de comprar aos 10 e 15 por época, porque isso é trabalho.

[slbenfever]

Claro que sim, mas que sejam escolhidos com critério e pela sua qualidade.

[rotepa]

O problema é o critério.

[André Sousa]

Não deve ser a questão de haver estrangeiros ou não. Deve ser a questão de haver contratações para a equipa B ou não. Ou a existência de jogadores vindos de fora do clube.

Anyway, não faz sentido fechar os olhos para o que está à nossa volta. O que faz sentido é melhorar o critério. Ou criar um, porque de momento parece ser tudo feito ao acaso.

O problema é que o rácio é demasiado mau, para se aplaudir um caso de sucesso e esquecer o fracasso. Até à data, diria que só o Lolo, que vai com meia época, é que justificou a contratação. Bryan Garcia, Mvom, Ascues, Gianni, Élvis, Luciano (falo dele porque fez apenas meia época de júnior), João Mário (mesmas condições do Luciano), Deyverson, Djaniny, Correa, João Faria, Duarte Duarte, Markovic, Uros, Harramiz e Rojas... São tudo, até agora, prejuízo (não só financeiro). Não pode haver, em duas épocas, um número tão grande de empecilhos vindos de fora do clube.

Por outro lado, a maior parte dos destaques é de jogadores formados aqui, sejam saídos das camadas jovens, sejam já com alguma estaleca a nível sénior, tipo Miguel Rosa e André Almeida.

[André Sousa]

Mesmo assim, acho que deve ser dada uma certa "prioridade" aos jogadores de cá, pela qualidade que vamos apresentando nos escalões de formação.

Temos o caso do João Teixeira, que precisou que uma série de factores se conjugassem para ter minutos, porque até lá era um "desconhecido". Deve-se olhar apenas para a qualidade. É, com isso, que tenho pena de não ver minutos dados a jogadores da formação, tipo João Nunes, Romário, Guedes, Nuno Santos e mesmo Rochinha.

Contratar, só em casos onde a probabilidade de retirar dividendos seja considerável. Tiros no escuro devem ser a excepção, não a regra. E nós temos vários.

[Fly 13]

Excelentes os posts do André,tocou em vários pontos chave. Corroboro inteiramente.

[Fake Blood]

Pior que perder dinheiro é perder tempo com gajos que não valem a pena e que roubam tempo a quem merece.

[BlankFile]

O Gianni e o Rojas ainda me suscitam dúvidas. Mas é como digo, são nomes que fariam parte desses 15 a 20% de jogadores estrangeiros com potencial que podiam fazer parte da equipa B. Seriam entre 3 a 5 jogadores estrangeiros com potencial num plantel de 25 jogadores por exemplo.