João Carvalho

[André Sousa]

(...)O Martial é melhor tecnicamente que o Bernardo, para mim. Porque a técnica não se fica pelos floreados e pela recepção. Mas isto é a minha forma de ver o jogo  .

Não é, nunca foi e nunca será.

Bernardo é um prodígio da técnica. Está na elite, já hoje. O Martial não. Aliás, nem vejo como é possível comparar o aspeto técnico de cada um.

[RedEagleNN]

E o Bernardo esteve durante muito tempo atrás do Diego Lopes. Não é por aí.

Casos completamente diferentes.

Óbvio. Desde logo porque o Bernardo não era titular na B com a idade do João.

[JMG1904]

(...)O Martial é melhor tecnicamente que o Bernardo, para mim. Porque a técnica não se fica pelos floreados e pela recepção. Mas isto é a minha forma de ver o jogo  .

Não é, nunca foi e nunca será.

Bernardo é um prodígio da técnica. Está na elite, já hoje. O Martial não. Aliás, nem vejo como é possível comparar o aspeto técnico de cada um.

Mas não achas que é mais fácil ter um controlo da bola mais agradável quando tens uma velocidade de pernas menor? O Bernardo é excelente tecnicamente, ágil e tem uma tomada de decisão top, mas entendo que o martial em progressão tem um controlo de bola incrível.

[André Sousa]

Óbvio. Desde logo porque o Bernardo não era titular na B com a idade do João.

E porque estar atrás do Diego... coise.

[André Sousa]

Mas não achas que é mais fácil ter um controlo da bola mais agradável quando tens uma velocidade de pernas menor? O Bernardo é excelente tecnicamente, ágil e tem uma tomada de decisão top, mas entendo que o martial em progressão tem um controlo de bola incrível.

Mais elegante, mas isso é outra questão. O Matic tecnicamente é fabuloso e é uma viga.

O Martial pode ser mais forte na condução, mas isso não deriva da qualidade técnica, porque aí o Bernardo não dá hipótese. É pelo lado físico, que também está presente no jogo, como é óbvio.

[JMG1904]

Mas não achas que é mais fácil ter um controlo da bola mais agradável quando tens uma velocidade de pernas menor? O Bernardo é excelente tecnicamente, ágil e tem uma tomada de decisão top, mas entendo que o martial em progressão tem um controlo de bola incrível.

Mais elegante, mas isso é outra questão. O Matic tecnicamente é fabuloso e é uma viga.

O Martial pode ser mais forte na condução, mas isso não deriva da qualidade técnica, porque aí o Bernardo não dá hipótese. É pelo lado físico, que também está presente no jogo, como é óbvio.

Sim, eu digo sem qualquer pudor que vejo poucos jogadores no mundo a fazer o que o Martial faz. De dentro para fora, partindo da zona do PL, a cair na ala é tremendo. Depois a bola vai sempre coladinha no pé, decide mesmo em cima do adversário e quando muda de velocidade não dá hipótese nos primeiros 10/15 metros.

Caso de estudo isto, e até consegue decidir bem. Porque é que os rápidos decidem pior que os lentos? Será por crescerem a viver com a ideia de que a velocidade resolve tudo e tornam isso um vício? Aí entra o papel do formador que tem de dar estímulos ao jogador para aprender a decidir e a colocar a velocidade em 2º plano, a limitar o número de toques etc. Parece que os barcos de africanos que vão para França são diferentes dos nossos, mas acredito que é por aqui. O Dino ou o Romário não podiam estar parecidos? Fica o desabafo 

[Francescoli]

Mas não achas que é mais fácil ter um controlo da bola mais agradável quando tens uma velocidade de pernas menor? O Bernardo é excelente tecnicamente, ágil e tem uma tomada de decisão top, mas entendo que o martial em progressão tem um controlo de bola incrível.

Mais elegante, mas isso é outra questão. O Matic tecnicamente é fabuloso e é uma viga.

O Martial pode ser mais forte na condução, mas isso não deriva da qualidade técnica, porque aí o Bernardo não dá hipótese. É pelo lado físico, que também está presente no jogo, como é óbvio.

Sim, eu digo sem qualquer pudor que vejo poucos jogadores no mundo a fazer o que o Martial faz. De dentro para fora, partindo da zona do PL, a cair na ala é tremendo. Depois a bola vai sempre coladinha no pé, decide mesmo em cima do adversário e quando muda de velocidade não dá hipótese nos primeiros 10/15 metros.

Caso de estudo isto, e até consegue decidir bem. Porque é que os rápidos decidem pior que os lentos? Será por crescerem a viver com a ideia de que a velocidade resolve tudo e tornam isso um vício? Aí entra o papel do formador que tem de dar estímulos ao jogador para aprender a decidir e a colocar a velocidade em 2º plano, a limitar o número de toques etc. Parece que os barcos de africanos que vão para França são diferentes dos nossos, mas acredito que é por aqui. O Dino ou o Romário não podiam estar parecidos? Fica o desabafo 

Se gostas do Martial, vais gostar do Dembelé, se vier.

[JMG1904]

Mas não achas que é mais fácil ter um controlo da bola mais agradável quando tens uma velocidade de pernas menor? O Bernardo é excelente tecnicamente, ágil e tem uma tomada de decisão top, mas entendo que o martial em progressão tem um controlo de bola incrível.

Mais elegante, mas isso é outra questão. O Matic tecnicamente é fabuloso e é uma viga.

O Martial pode ser mais forte na condução, mas isso não deriva da qualidade técnica, porque aí o Bernardo não dá hipótese. É pelo lado físico, que também está presente no jogo, como é óbvio.

Sim, eu digo sem qualquer pudor que vejo poucos jogadores no mundo a fazer o que o Martial faz. De dentro para fora, partindo da zona do PL, a cair na ala é tremendo. Depois a bola vai sempre coladinha no pé, decide mesmo em cima do adversário e quando muda de velocidade não dá hipótese nos primeiros 10/15 metros.

Caso de estudo isto, e até consegue decidir bem. Porque é que os rápidos decidem pior que os lentos? Será por crescerem a viver com a ideia de que a velocidade resolve tudo e tornam isso um vício? Aí entra o papel do formador que tem de dar estímulos ao jogador para aprender a decidir e a colocar a velocidade em 2º plano, a limitar o número de toques etc. Parece que os barcos de africanos que vão para França são diferentes dos nossos, mas acredito que é por aqui. O Dino ou o Romário não podiam estar parecidos? Fica o desabafo 

Se gostas do Martial, vais gostar do Dembelé, se vier.

Qual? O do Fulham? O puto que esteve no euro u19?

[Francescoli]

Mas não achas que é mais fácil ter um controlo da bola mais agradável quando tens uma velocidade de pernas menor? O Bernardo é excelente tecnicamente, ágil e tem uma tomada de decisão top, mas entendo que o martial em progressão tem um controlo de bola incrível.

Mais elegante, mas isso é outra questão. O Matic tecnicamente é fabuloso e é uma viga.

O Martial pode ser mais forte na condução, mas isso não deriva da qualidade técnica, porque aí o Bernardo não dá hipótese. É pelo lado físico, que também está presente no jogo, como é óbvio.

Sim, eu digo sem qualquer pudor que vejo poucos jogadores no mundo a fazer o que o Martial faz. De dentro para fora, partindo da zona do PL, a cair na ala é tremendo. Depois a bola vai sempre coladinha no pé, decide mesmo em cima do adversário e quando muda de velocidade não dá hipótese nos primeiros 10/15 metros.

Caso de estudo isto, e até consegue decidir bem. Porque é que os rápidos decidem pior que os lentos? Será por crescerem a viver com a ideia de que a velocidade resolve tudo e tornam isso um vício? Aí entra o papel do formador que tem de dar estímulos ao jogador para aprender a decidir e a colocar a velocidade em 2º plano, a limitar o número de toques etc. Parece que os barcos de africanos que vão para França são diferentes dos nossos, mas acredito que é por aqui. O Dino ou o Romário não podiam estar parecidos? Fica o desabafo 

Se gostas do Martial, vais gostar do Dembelé, se vier.

Qual? O do Fulham? O puto que esteve no euro u19?

O do Rennes, que se fala que vem para o Benfica.

[JMG1904]

Mas não achas que é mais fácil ter um controlo da bola mais agradável quando tens uma velocidade de pernas menor? O Bernardo é excelente tecnicamente, ágil e tem uma tomada de decisão top, mas entendo que o martial em progressão tem um controlo de bola incrível.

Mais elegante, mas isso é outra questão. O Matic tecnicamente é fabuloso e é uma viga.

O Martial pode ser mais forte na condução, mas isso não deriva da qualidade técnica, porque aí o Bernardo não dá hipótese. É pelo lado físico, que também está presente no jogo, como é óbvio.

Sim, eu digo sem qualquer pudor que vejo poucos jogadores no mundo a fazer o que o Martial faz. De dentro para fora, partindo da zona do PL, a cair na ala é tremendo. Depois a bola vai sempre coladinha no pé, decide mesmo em cima do adversário e quando muda de velocidade não dá hipótese nos primeiros 10/15 metros.

Caso de estudo isto, e até consegue decidir bem. Porque é que os rápidos decidem pior que os lentos? Será por crescerem a viver com a ideia de que a velocidade resolve tudo e tornam isso um vício? Aí entra o papel do formador que tem de dar estímulos ao jogador para aprender a decidir e a colocar a velocidade em 2º plano, a limitar o número de toques etc. Parece que os barcos de africanos que vão para França são diferentes dos nossos, mas acredito que é por aqui. O Dino ou o Romário não podiam estar parecidos? Fica o desabafo 

Se gostas do Martial, vais gostar do Dembelé, se vier.

Qual? O do Fulham? O puto que esteve no euro u19?

O do Rennes, que se fala que vem para o Benfica.

Onde viste essa notícia? Não conheço o atleta.

[Francescoli]

Mas não achas que é mais fácil ter um controlo da bola mais agradável quando tens uma velocidade de pernas menor? O Bernardo é excelente tecnicamente, ágil e tem uma tomada de decisão top, mas entendo que o martial em progressão tem um controlo de bola incrível.

Mais elegante, mas isso é outra questão. O Matic tecnicamente é fabuloso e é uma viga.

O Martial pode ser mais forte na condução, mas isso não deriva da qualidade técnica, porque aí o Bernardo não dá hipótese. É pelo lado físico, que também está presente no jogo, como é óbvio.

Sim, eu digo sem qualquer pudor que vejo poucos jogadores no mundo a fazer o que o Martial faz. De dentro para fora, partindo da zona do PL, a cair na ala é tremendo. Depois a bola vai sempre coladinha no pé, decide mesmo em cima do adversário e quando muda de velocidade não dá hipótese nos primeiros 10/15 metros.

Caso de estudo isto, e até consegue decidir bem. Porque é que os rápidos decidem pior que os lentos? Será por crescerem a viver com a ideia de que a velocidade resolve tudo e tornam isso um vício? Aí entra o papel do formador que tem de dar estímulos ao jogador para aprender a decidir e a colocar a velocidade em 2º plano, a limitar o número de toques etc. Parece que os barcos de africanos que vão para França são diferentes dos nossos, mas acredito que é por aqui. O Dino ou o Romário não podiam estar parecidos? Fica o desabafo 

Se gostas do Martial, vais gostar do Dembelé, se vier.

Qual? O do Fulham? O puto que esteve no euro u19?

O do Rennes, que se fala que vem para o Benfica.

Onde viste essa notícia? Não conheço o atleta.

Está na secção Mercado.

Ousmane Dembelé.

[KBMASTER]

Mas não achas que é mais fácil ter um controlo da bola mais agradável quando tens uma velocidade de pernas menor? O Bernardo é excelente tecnicamente, ágil e tem uma tomada de decisão top, mas entendo que o martial em progressão tem um controlo de bola incrível.

Mais elegante, mas isso é outra questão. O Matic tecnicamente é fabuloso e é uma viga.

O Martial pode ser mais forte na condução, mas isso não deriva da qualidade técnica, porque aí o Bernardo não dá hipótese. É pelo lado físico, que também está presente no jogo, como é óbvio.

Sim, eu digo sem qualquer pudor que vejo poucos jogadores no mundo a fazer o que o Martial faz. De dentro para fora, partindo da zona do PL, a cair na ala é tremendo. Depois a bola vai sempre coladinha no pé, decide mesmo em cima do adversário e quando muda de velocidade não dá hipótese nos primeiros 10/15 metros.

Caso de estudo isto, e até consegue decidir bem. Porque é que os rápidos decidem pior que os lentos? Será por crescerem a viver com a ideia de que a velocidade resolve tudo e tornam isso um vício? Aí entra o papel do formador que tem de dar estímulos ao jogador para aprender a decidir e a colocar a velocidade em 2º plano, a limitar o número de toques etc. Parece que os barcos de africanos que vão para França são diferentes dos nossos, mas acredito que é por aqui. O Dino ou o Romário não podiam estar parecidos? Fica o desabafo 

O Martial tem raízes caribenhas e não africanas.

Contudo, percebo a questão que levantas e tem toda a razão de ser. Não estando dentro do domínio parece-me que pode haver duas explicações para que aconteça esse fenómeno de diferenciação entre os jogadores franceses e portugueses. Em primeiro lugar, a amostra francesa é muito superior do que a portuguesa, ou seja a probabilidade de se encontrar um jogador com condições físicas deste tipo e com inteligência acima da média será superior. Em segundo lugar e acho que aqui reside a principal diferença, será a filosofia de treino que existe em França e aquela que existe em Portugal. Poderão potenciar-se outras características que não a velocidade e tu como treinador de camadas jovens sabes melhor que ninguém que jogadores com estás características são quase sempre aproveitados em função da velocidade que têm, não sendo obrigados a desenvolver outras características tão ou mais importantes para o jogo que a dimensão física do mesmo.

[JMG1904]

Mas não achas que é mais fácil ter um controlo da bola mais agradável quando tens uma velocidade de pernas menor? O Bernardo é excelente tecnicamente, ágil e tem uma tomada de decisão top, mas entendo que o martial em progressão tem um controlo de bola incrível.

Mais elegante, mas isso é outra questão. O Matic tecnicamente é fabuloso e é uma viga.

O Martial pode ser mais forte na condução, mas isso não deriva da qualidade técnica, porque aí o Bernardo não dá hipótese. É pelo lado físico, que também está presente no jogo, como é óbvio.

Sim, eu digo sem qualquer pudor que vejo poucos jogadores no mundo a fazer o que o Martial faz. De dentro para fora, partindo da zona do PL, a cair na ala é tremendo. Depois a bola vai sempre coladinha no pé, decide mesmo em cima do adversário e quando muda de velocidade não dá hipótese nos primeiros 10/15 metros.

Caso de estudo isto, e até consegue decidir bem. Porque é que os rápidos decidem pior que os lentos? Será por crescerem a viver com a ideia de que a velocidade resolve tudo e tornam isso um vício? Aí entra o papel do formador que tem de dar estímulos ao jogador para aprender a decidir e a colocar a velocidade em 2º plano, a limitar o número de toques etc. Parece que os barcos de africanos que vão para França são diferentes dos nossos, mas acredito que é por aqui. O Dino ou o Romário não podiam estar parecidos? Fica o desabafo 

O Martial tem raízes caribenhas e não africanas.

Contudo, percebo a questão que levantas e tem toda a razão de ser. Não estando dentro do domínio parece-me que pode haver duas explicações para que aconteça esse fenómeno de diferenciação entre os jogadores franceses e portugueses. Em primeiro lugar, a amostra francesa é muito superior do que a portuguesa, ou seja a probabilidade de se encontrar um jogador com condições físicas deste tipo e com inteligência acima da média será superior. Em segundo lugar e acho que aqui reside a principal diferença, será a filosofia de treino que existe em França e aquela que existe em Portugal. Poderão potenciar-se outras características que não a velocidade e tu como treinador de camadas jovens sabes melhor que ninguém que jogadores com estás características são quase sempre aproveitados em função da velocidade que têm, não sendo obrigados a desenvolver outras características tão ou mais importantes para o jogo que a dimensão física do mesmo.

Sim, é Guadalupe, mas o meu raciocínio queria chegar aí. Concordo com o teu 1º ponto da amostra. É mais provável aparecer um jogador como ele na França do que aqui. Como seria mais provável haver 5 Moutinhos, em vez de 1. E quanto ao resto, subscrevo e foi isso que quis dar a entender. Se eu estou 3,4,5 anos a fazer o mesmo, a viver da velocidade, a decidir as coisas sozinho, à medida que vou subindo de escalão vou encontrando mais dificuldades até chegar ao ponto em que não faço a diferença. Aí é que acho que esses vícios devem ser contrariados pelo treinador e pelos estímulos que lhe dão nos treinos. Obrigar a jogar por dentro para ter outra percepção do jogo, limitar número de toques, colocá-lo em situações de inferioridade numérica, etc. Mas isto sou eu a falar que sou um puto de 20 anos que ainda é algo limitado nisto 

[KBMASTER]

Mas não achas que é mais fácil ter um controlo da bola mais agradável quando tens uma velocidade de pernas menor? O Bernardo é excelente tecnicamente, ágil e tem uma tomada de decisão top, mas entendo que o martial em progressão tem um controlo de bola incrível.

Mais elegante, mas isso é outra questão. O Matic tecnicamente é fabuloso e é uma viga.

O Martial pode ser mais forte na condução, mas isso não deriva da qualidade técnica, porque aí o Bernardo não dá hipótese. É pelo lado físico, que também está presente no jogo, como é óbvio.

Sim, eu digo sem qualquer pudor que vejo poucos jogadores no mundo a fazer o que o Martial faz. De dentro para fora, partindo da zona do PL, a cair na ala é tremendo. Depois a bola vai sempre coladinha no pé, decide mesmo em cima do adversário e quando muda de velocidade não dá hipótese nos primeiros 10/15 metros.

Caso de estudo isto, e até consegue decidir bem. Porque é que os rápidos decidem pior que os lentos? Será por crescerem a viver com a ideia de que a velocidade resolve tudo e tornam isso um vício? Aí entra o papel do formador que tem de dar estímulos ao jogador para aprender a decidir e a colocar a velocidade em 2º plano, a limitar o número de toques etc. Parece que os barcos de africanos que vão para França são diferentes dos nossos, mas acredito que é por aqui. O Dino ou o Romário não podiam estar parecidos? Fica o desabafo 

O Martial tem raízes caribenhas e não africanas.

Contudo, percebo a questão que levantas e tem toda a razão de ser. Não estando dentro do domínio parece-me que pode haver duas explicações para que aconteça esse fenómeno de diferenciação entre os jogadores franceses e portugueses. Em primeiro lugar, a amostra francesa é muito superior do que a portuguesa, ou seja a probabilidade de se encontrar um jogador com condições físicas deste tipo e com inteligência acima da média será superior. Em segundo lugar e acho que aqui reside a principal diferença, será a filosofia de treino que existe em França e aquela que existe em Portugal. Poderão potenciar-se outras características que não a velocidade e tu como treinador de camadas jovens sabes melhor que ninguém que jogadores com estás características são quase sempre aproveitados em função da velocidade que têm, não sendo obrigados a desenvolver outras características tão ou mais importantes para o jogo que a dimensão física do mesmo.

Sim, é Guadalupe, mas o meu raciocínio queria chegar aí. Concordo com o teu 1º ponto da amostra. É mais provável aparecer um jogador como ele na França do que aqui. Como seria mais provável haver 5 Moutinhos, em vez de 1. E quanto ao resto, subscrevo e foi isso que quis dar a entender. Se eu estou 3,4,5 anos a fazer o mesmo, a viver da velocidade, a decidir as coisas sozinho, à medida que vou subindo de escalão vou encontrando mais dificuldades até chegar ao ponto em que não faço a diferença. Aí é que acho que esses vícios devem ser contrariados pelo treinador e pelos estímulos que lhe dão nos treinos. Obrigar a jogar por dentro para ter outra percepção do jogo, limitar número de toques, colocá-lo em situações de inferioridade numérica, etc. Mas isto sou eu a falar que sou um puto de 20 anos que ainda é algo limitado nisto 

Concordo com o que referes, acho que passa muito por aí aquilo que deve ser melhorado no trabalho com jogadores que apresentam este tipo de perfil físico.

[André Sousa]

Sim, eu digo sem qualquer pudor que vejo poucos jogadores no mundo a fazer o que o Martial faz. De dentro para fora, partindo da zona do PL, a cair na ala é tremendo. Depois a bola vai sempre coladinha no pé, decide mesmo em cima do adversário e quando muda de velocidade não dá hipótese nos primeiros 10/15 metros.

Caso de estudo isto, e até consegue decidir bem. Porque é que os rápidos decidem pior que os lentos? Será por crescerem a viver com a ideia de que a velocidade resolve tudo e tornam isso um vício? Aí entra o papel do formador que tem de dar estímulos ao jogador para aprender a decidir e a colocar a velocidade em 2º plano, a limitar o número de toques etc. Parece que os barcos de africanos que vão para França são diferentes dos nossos, mas acredito que é por aqui. O Dino ou o Romário não podiam estar parecidos? Fica o desabafo 

Às vezes dava-me jeito uma espécie de blog, para guardar algumas opiniões mais fundamentas sobre determinados assuntos. Isto porque já fiz um post extenso sobre a questão dos canhotos vs. destros, e sobre os jogadores com ascendência africana a jogar em Portugal.

A questão é simples. Se assistires a um jogo de formação em França, a maior parte dos jogadores serão descendentes de africanos. Como é sabido, um jogador com estes "genes" tem um desenvolvimento físico muito mais precoce que os caucasianos. Ou seja, acaba por se equiparar, pois quase que podem jogar entre si. A vantagem da velocidade diminui, pois são, na sua maioria, muito rápidos.

Em Portugal não é bem assim. A maioria dos jogadores é de origem caucasiana, pelo que é natural que quando surgem três ou quatro indivíduos mais dotados fisicamente, se destaquem dos restantes. Se não são retirados da sua zona de conforto, vão decidir através da arma onde são mais fortes. Pela velocidade. Isto acontece de forma inconsciente.

O Dino e o Romário, principalmente o primeiro, são jogadores que podiam perfeitamente ter sido enquadrados noutros contextos e hoje serem muito mais do que aquilo que são. E quem diz estes dois, diz outros jogadores com um perfil semelhante. Lembro-me do Toni Sá, que também tinha qualidade.

O problema é quando não se faz nada para se precaver o futuro em relação a estes. Dão sucesso através das suas ações individuais, e tudo corre sobre rodas. Estes jogadores têm de ser colocados a defrontar adversários de um nível físico semelhante/inferior ao seu, de forma a estimular outras áreas do seu jogo. Fisicamente sempre serão portentosos, por isso...

O Dino, quando aqui chegou, jogava muito. Estava num estado muito selvagem, mas tinha muita qualidade para ser trabalhada. Tecnicamente muito forte, muito ágil, rápido, forte em espaços curtos... agora, quando é colocado três anos a competir nos juvenis A... é esperar o quê? Que evolua? Um jogador com aquele perfil? Está bem...

O Romário nunca jogou acima do seu escalão, por isso nem vale a pena falar. O mais próximo disso, foi fazer o campeonato nacional de juvenis com a geração de 95. Ele e o Guedes. E só o fizeram porque a nossa geração de 95 sempre teve défice de extremos. Nessa época eles foram os titulares e a alternativa era o Delman, que tinha vindo do Sporting. Nos iniciados, o Rony jogava muitas vezes sobre um corredor, o que disfarçava isso. E o Tigana, que foi importante na fase final, e foi dispensado na transição para juvenil.