CN 34ª J: SL Benfica 4 - 1 CD Nacional, 15Maio. Dom. 17h00 *BTV1*

SL Benfica 4 - 1 CD Nacional

Campeonato Nacional


SL Benfica: Ederson Moraes (Paulo Lopes [81m]), André Almeida, Victor Lindelöf , Jardel, Álex Grimaldo, Ljubomir Fejsa (Andreas Samaris [53m]), Anderson Talisca, Pizzi, Nico Gaitán, Jonas, Kostas Mitroglou (Raúl Jiménez [73m])
Treinador: Rui Vitória
CD Nacional: Gottardi, João Aurélio, Alan Henrique, Rui Correia, Cerqueira, Nuno Campos, Boubacar Fofana, Washington, Luís Aurélio, Salvador Agra, Soares
Treinador: Manuel Machado
Golos: Nico Gaitán (23), Jonas (39), Nico Gaitán (65), Pizzi (84)

20simao1

Citação de: Red2802 em 29 de Maio de 2016, 23:26
TEXTO DEMASIADO LONGO QUE PODE ABORRECER A MAIORIA DOS LEITORES.
É APENAS PARA MEMÓRIA FUTURA.

Há 15 dias atrás o glorioso sagrava-se TRICAMPEÃO após 39 anos de espera. Tinha 6 anos.

Há 15 dias atrás tive a maior alegria desportiva da minha vida e gostava de deixar aqui algumas notas sobre o que penso e sinto sobre o clube. Este título ainda não foi devidamente celebrado e a maioria de nós ainda não se consciencializou da importância do mesmo. Como um dos mais "idosos" do fórum sinto-me na obrigação de dar a minha opinião.

- A última vez e tínhamos sido bicampeões foi em 83/84 com Eriksson. No final da época Eriksson seguiu para a Roma. Stromberg foi vendido à Atalanta e Chalana ao Bordéus. Para os seus lugares não veio ninguém à altura. Pal Csernai para treinador e Wando para o lugar de Chalana.

- Fernando Martins, presidente à data, diz que o dinheiro era para fechar o terceiro anel do estádio. Começou aí a saga do clube que tem que vender jogadores. Ficámos em terceiro lugar e entregámos o campeonato ao Porto que já ía numa seca de 5 anos depois de ter estado 19 anos sem ganhar nada (tinha sido bicampeão em 77/78 e 78/79).

- Nunca mais fomos bicampeões. O poder foi entregue a Pinto da Costa pelo seu último grande amigo no Benfica: Fernando Martins. O homem que teve coragem de estar presente no lançamento do livro "Largos dias têm 100 anos", já bem depois do Apito Dourado.

- Seguiu-se João Santos que formou as melhores equipas dos últimos 40 anos. Com o apoio de Manuel Barbosa e Jorge de Brito, aposta tudo para, dentro do campo, evitar a hegemonia portista. Vai buscar grandes nomes com Mozer, Ricardo e Valdo e faz regressar Eriksson. Tarde demais! O controlo era absoluto por parte dos Pintos. Adriano Pinto, Lourenço Pinto e Pinto de Sousa dominam todo o futebol português. Rui Águas muda-se para o Porto. O clima é insuportável e o Porto domina e controla tudo. Domínio absoluto, só comparável ao Steaua de Bucareste, na Roménia.

- Jorge de Brito tem uma passagem fugaz pela presidência depois do desgaste de João Santos. Não se adapta ao clima de pressão do meio futebolístico ( Jorge de Brito era um senhor ), sofre um ataque do ignóbil Sousa Cintra que leva Paulo Sousa e Pacheco. Abandona a presidência a meio de 93/94, sendo substituído pelo "anjinho" Damásio.

- Damásio despede o campeão Toni e vai buscar Artur Jorge. Entra-se numa espiral de contratações desmedidas e campeonatos ganhos à décima jornada pelo Porto. Era impossível ganhar, tal o poder do clube do Norte. Damásio deixa o clube num estado calamitoso, com -dizia ele- uma SAD "na gaveta" de 20 milhões de contos, à data.

- Estava aberto o caminho para um populista. Não há populistas honestos, mas essa é uma conclusão que teima em ser amiga do pensamento de São Tomé. Vale e Azevedo ganha as eleições e prepara-se para tomar de assalto o clube. Tem uma gestão desportiva calamitosa e uma gestão financeira criminosa.

- Vilarinho e Eusébio salvam o clube. Maltratar Eusébio foi a prova de que não há crimes perfeitos. Eusébio voltava a entrar na história do clube pela positiva. A sua morte será o seu último grande contributo, como falarei à frente. Ironicamente.

- Vilarinho não aguenta a pressão de reconstruir tudo e chama Vieira, esse ilustre desconhecido. Sócio dos três grandes ( Vieira era sócio do Sporting ou do Porto por causa da natação. Domingos Soares Oliveira diz que ele não sabe nadar) e ex-presidente do Alverca, era para mim uma incógnita.

- Vieira assume mais tarde a presidência com pouca obra feita e com erros enormes na gestão desportiva. O negócio Mantorras, que custou 5 milhões de euros ao Benfica não é um bom prenúncio. Tem o crédito de ser indicado pelo Vilarinho, um grande benfiquista.

- Assume a sua inaptidão para a gestão do futebol. Chama José Veiga, ligado ao Porto e a Pinto da Costa numa das decisões mais inusitadas e polémicas de que tenho memória. José Veiga move-se bem no mercado e blinda clube às influências externas. Estamos na altura da morte aos papagaios.

- Estoura o escândalo do Apito Dourado sem o qual nunca teríamos ganho o título com o Trapp.

- Vieira cavalga, com razão, no Apito Dourado. Mesmo assim, perde quatro campeonatos seguidos para o Porto. Koeman, Fernando Santos, Camacho e Quique nada conseguem contra Co Adriaanse e Jesualdo. Veiga sai e Rui Costa assume o futebol.

- Comeca a fase zig-zag de Vieira. Hoje diz umas coisas e amanhã diz o seu contrário. Contradições em barda e aumenta o "entreposto" de jogadores.

- Chega Jorge Jesus e Rui Costa vai para a prateleira. Vieira diz que assume o futebol mas quem o faz é o amigo da Reboleira.

- Entrtanto o clube está melhor financeiramente e caminha para os melhores do mundo em infra-estruturas. Ainda não sabemos com que custos, mas ninguém pode retirar esse mérito a Vieira. É voz corrente nos meandros que é o único clube em Portugal que paga a tempo e horas. Estamos no tempo das vacas gordas no BES.

- A Benfica TV, grande golpe de asa de Vieira, abana com os poderes instalados. Começam a aparecer clubes que duvidam do futuro de Pinto da Costa e sus muchachos.

- O campeonato de 2009/2010 é ganho no limite, contra o Braga. Vieira incha e o seu amigo da Reboleira incha ainda mais. Já se fala na conquista da Champions.

- Jesus, um especialista em treino separado entre defesa e ataque, que tem um adjunto para cada um dos momentos de jogo, toma de assalto o cérebro de Vieira. Como é óbvio, correu mal. Jesus tem um QI de um orangotango e prepara-se para afundar o clube.

- Depois de três campeonatos perdidos para Villas Boas e Vitor Pereira, Vieira investe o que tem e o que não tem para ganhar. Pelo meio, altera os estatutos e perpetua-se no poder. O BES segura tudo.

- 2013/2014 começa mal. Depois do tormento de 2012/2013 estamos a perder em casa com o Gil Vicente nos descontos. Milagre salva Jesus. A equipa joga mal e continua na senda dos anos anteriores. Com um plantel de luxo, não jogamos nada.

- Morre Eusébio. É altura de reunir as almas. Primeiro jogo sem Eusébio é com o Porto na Luz. Viragem. Benfiquistas acreditam e empurram equipa para a vitória. Campeões.

- Depois da lenga-lenga do "o Benfica não precisa de vender jogadores" chegou a narrativa da crise. O BES foi-se. Aposta-se na formação e vende-se em dois anos uma equipa campeã e ainda alguns da formação. Jorge Mendes entra em ação, agora a sério. Os negócios com o Valência e Mónaco aproveitam a todos. E salva-se o clube do incumprimento na banca. Somos bicampeões, o título em que Jesus tem mais mérito, apesar de Lopetegui.

- Vem Rui Vitória. Um treinador sem estatuto, habituado a fazer omeletes sem ovos. Ideal para engolir as vendas e dar roda livre a Vieira.

- Jesus vai para o Sporting e escangalha a estratégia de Vieira. Vieira não queria Jesus. Estava farto dele e agora tem que o aturar todos os dias no rival.

- A época inicia-se de forma dramática. Rui Vitória é peça fora do baralho na guerra Vieira-Jesus. Duas coisa irão mudar o rumo da história: Jesus incha novamente (como em 2010) e, qual Eusébio, acorda o monstro moribundo. Rui Vitória, que já tinha suportado a morte dos pais num acidente, tem cabedal para Jesus e muito mais. Conquista os jogadores, e com um futebol suportado inicialmente em garra e raça, consegue levar a água ao seu moinho contra tudo e contra todos. Fez uma equipa com uma alma que eu nunca tinha visto. E que, com o tempo, melhorou muito a sua qualidade e consistência.

- Hoje por hoje, estamos num dilema. Temos um presidente que salvou o clube. Temos infra-estruturas como nunca tivemos. Somos Tricampeões. Somos dominadores nas amadoras. Temos um passivo brutal. Temos um presidente que falha à sua palavra e muda de discurso constantemente. Temos uma brutalidade de jogadores com contrato e fazemos negócios duvidosos com jogadores para a equipa B. Temos um administrador para a àrea financeira que diz que o dinheiro do Renato pode ser para investir na equipa e temos a equipa toda à venda (não, não é invenção da CS. Temos que vender e vamos vender mais jogadores).

A minha conclusão é simples. Se vendermos novamente a equipa toda, temos que reduzir drasticamente o passivo. Caso isso não se verifique, estaremos perante uma fraude.

Gostava de ter certezas absolutas sobre as intenções do presidente. Quem me mente uma vez ( e eu sou sócio 22.xxx, accionista e, acima de tudo, adepto) deixa-me desconfiado. Espero estar cá para ver. E espero, acima de tudo, que a obra feita - que é muita - tenha sido feita por um benfiquista com a melhor das intenções.

Que me desculpem os que conseguiram chegar até ao fim do texto. Teria muito mais para dizer, em especial quanto à podridão que foi o domínio do Porto e as suas consequências nas diversas gestões no Benfica.

Isto é parte da história.

Fernando Martins, João Santos e Jorge de Brito já morreram.

Sobram Damásio, Vilarinho e Vieira...todos falados nos últimos tempos.





Porque pensas isso?

O porto desde essa época rodou foi treinadores etc, como se sabe desde a pre-época começou mal..
E aliás em pleno apito dourado também chegou a estar 3 anos seguidos sem ser campeão.. e foi o Mourinho que os salvou.

andoaleme

Citação de: Red2802 em 29 de Maio de 2016, 23:26
TEXTO DEMASIADO LONGO QUE PODE ABORRECER A MAIORIA DOS LEITORES.
É APENAS PARA MEMÓRIA FUTURA.

Há 15 dias atrás o glorioso sagrava-se TRICAMPEÃO após 39 anos de espera. Tinha 6 anos.

Há 15 dias atrás tive a maior alegria desportiva da minha vida e gostava de deixar aqui algumas notas sobre o que penso e sinto sobre o clube. Este título ainda não foi devidamente celebrado e a maioria de nós ainda não se consciencializou da importância do mesmo. Como um dos mais "idosos" do fórum sinto-me na obrigação de dar a minha opinião.

- A última vez e tínhamos sido bicampeões foi em 83/84 com Eriksson. No final da época Eriksson seguiu para a Roma. Stromberg foi vendido à Atalanta e Chalana ao Bordéus. Para os seus lugares não veio ninguém à altura. Pal Csernai para treinador e Wando para o lugar de Chalana.

- Fernando Martins, presidente à data, diz que o dinheiro era para fechar o terceiro anel do estádio. Começou aí a saga do clube que tem que vender jogadores. Ficámos em terceiro lugar e entregámos o campeonato ao Porto que já ía numa seca de 5 anos depois de ter estado 19 anos sem ganhar nada (tinha sido bicampeão em 77/78 e 78/79).

- Nunca mais fomos bicampeões. O poder foi entregue a Pinto da Costa pelo seu último grande amigo no Benfica: Fernando Martins. O homem que teve coragem de estar presente no lançamento do livro "Largos dias têm 100 anos", já bem depois do Apito Dourado.

- Seguiu-se João Santos que formou as melhores equipas dos últimos 40 anos. Com o apoio de Manuel Barbosa e Jorge de Brito, aposta tudo para, dentro do campo, evitar a hegemonia portista. Vai buscar grandes nomes com Mozer, Ricardo e Valdo e faz regressar Eriksson. Tarde demais! O controlo era absoluto por parte dos Pintos. Adriano Pinto, Lourenço Pinto e Pinto de Sousa dominam todo o futebol português. Rui Águas muda-se para o Porto. O clima é insuportável e o Porto domina e controla tudo. Domínio absoluto, só comparável ao Steaua de Bucareste, na Roménia.

- Jorge de Brito tem uma passagem fugaz pela presidência depois do desgaste de João Santos. Não se adapta ao clima de pressão do meio futebolístico ( Jorge de Brito era um senhor ), sofre um ataque do ignóbil Sousa Cintra que leva Paulo Sousa e Pacheco. Abandona a presidência a meio de 93/94, sendo substituído pelo "anjinho" Damásio.

- Damásio despede o campeão Toni e vai buscar Artur Jorge. Entra-se numa espiral de contratações desmedidas e campeonatos ganhos à décima jornada pelo Porto. Era impossível ganhar, tal o poder do clube do Norte. Damásio deixa o clube num estado calamitoso, com -dizia ele- uma SAD "na gaveta" de 20 milhões de contos, à data.

- Estava aberto o caminho para um populista. Não há populistas honestos, mas essa é uma conclusão que teima em ser amiga do pensamento de São Tomé. Vale e Azevedo ganha as eleições e prepara-se para tomar de assalto o clube. Tem uma gestão desportiva calamitosa e uma gestão financeira criminosa.

- Vilarinho e Eusébio salvam o clube. Maltratar Eusébio foi a prova de que não há crimes perfeitos. Eusébio voltava a entrar na história do clube pela positiva. A sua morte será o seu último grande contributo, como falarei à frente. Ironicamente.

- Vilarinho não aguenta a pressão de reconstruir tudo e chama Vieira, esse ilustre desconhecido. Sócio dos três grandes ( Vieira era sócio do Sporting ou do Porto por causa da natação. Domingos Soares Oliveira diz que ele não sabe nadar) e ex-presidente do Alverca, era para mim uma incógnita.

- Vieira assume mais tarde a presidência com pouca obra feita e com erros enormes na gestão desportiva. O negócio Mantorras, que custou 5 milhões de euros ao Benfica não é um bom prenúncio. Tem o crédito de ser indicado pelo Vilarinho, um grande benfiquista.

- Assume a sua inaptidão para a gestão do futebol. Chama José Veiga, ligado ao Porto e a Pinto da Costa numa das decisões mais inusitadas e polémicas de que tenho memória. José Veiga move-se bem no mercado e blinda clube às influências externas. Estamos na altura da morte aos papagaios.

- Estoura o escândalo do Apito Dourado sem o qual nunca teríamos ganho o título com o Trapp.

- Vieira cavalga, com razão, no Apito Dourado. Mesmo assim, perde quatro campeonatos seguidos para o Porto. Koeman, Fernando Santos, Camacho e Quique nada conseguem contra Co Adriaanse e Jesualdo. Veiga sai e Rui Costa assume o futebol.

- Comeca a fase zig-zag de Vieira. Hoje diz umas coisas e amanhã diz o seu contrário. Contradições em barda e aumenta o "entreposto" de jogadores.

- Chega Jorge Jesus e Rui Costa vai para a prateleira. Vieira diz que assume o futebol mas quem o faz é o amigo da Reboleira.

- Entrtanto o clube está melhor financeiramente e caminha para os melhores do mundo em infra-estruturas. Ainda não sabemos com que custos, mas ninguém pode retirar esse mérito a Vieira. É voz corrente nos meandros que é o único clube em Portugal que paga a tempo e horas. Estamos no tempo das vacas gordas no BES.

- A Benfica TV, grande golpe de asa de Vieira, abana com os poderes instalados. Começam a aparecer clubes que duvidam do futuro de Pinto da Costa e sus muchachos.

- O campeonato de 2009/2010 é ganho no limite, contra o Braga. Vieira incha e o seu amigo da Reboleira incha ainda mais. Já se fala na conquista da Champions.

- Jesus, um especialista em treino separado entre defesa e ataque, que tem um adjunto para cada um dos momentos de jogo, toma de assalto o cérebro de Vieira. Como é óbvio, correu mal. Jesus tem um QI de um orangotango e prepara-se para afundar o clube.

- Depois de três campeonatos perdidos para Villas Boas e Vitor Pereira, Vieira investe o que tem e o que não tem para ganhar. Pelo meio, altera os estatutos e perpetua-se no poder. O BES segura tudo.

- 2013/2014 começa mal. Depois do tormento de 2012/2013 estamos a perder em casa com o Gil Vicente nos descontos. Milagre salva Jesus. A equipa joga mal e continua na senda dos anos anteriores. Com um plantel de luxo, não jogamos nada.

- Morre Eusébio. É altura de reunir as almas. Primeiro jogo sem Eusébio é com o Porto na Luz. Viragem. Benfiquistas acreditam e empurram equipa para a vitória. Campeões.

- Depois da lenga-lenga do "o Benfica não precisa de vender jogadores" chegou a narrativa da crise. O BES foi-se. Aposta-se na formação e vende-se em dois anos uma equipa campeã e ainda alguns da formação. Jorge Mendes entra em ação, agora a sério. Os negócios com o Valência e Mónaco aproveitam a todos. E salva-se o clube do incumprimento na banca. Somos bicampeões, o título em que Jesus tem mais mérito, apesar de Lopetegui.

- Vem Rui Vitória. Um treinador sem estatuto, habituado a fazer omeletes sem ovos. Ideal para engolir as vendas e dar roda livre a Vieira.

- Jesus vai para o Sporting e escangalha a estratégia de Vieira. Vieira não queria Jesus. Estava farto dele e agora tem que o aturar todos os dias no rival.

- A época inicia-se de forma dramática. Rui Vitória é peça fora do baralho na guerra Vieira-Jesus. Duas coisa irão mudar o rumo da história: Jesus incha novamente (como em 2010) e, qual Eusébio, acorda o monstro moribundo. Rui Vitória, que já tinha suportado a morte dos pais num acidente, tem cabedal para Jesus e muito mais. Conquista os jogadores, e com um futebol suportado inicialmente em garra e raça, consegue levar a água ao seu moinho contra tudo e contra todos. Fez uma equipa com uma alma que eu nunca tinha visto. E que, com o tempo, melhorou muito a sua qualidade e consistência.

- Hoje por hoje, estamos num dilema. Temos um presidente que salvou o clube. Temos infra-estruturas como nunca tivemos. Somos Tricampeões. Somos dominadores nas amadoras. Temos um passivo brutal. Temos um presidente que falha à sua palavra e muda de discurso constantemente. Temos uma brutalidade de jogadores com contrato e fazemos negócios duvidosos com jogadores para a equipa B. Temos um administrador para a àrea financeira que diz que o dinheiro do Renato pode ser para investir na equipa e temos a equipa toda à venda (não, não é invenção da CS. Temos que vender e vamos vender mais jogadores).

A minha conclusão é simples. Se vendermos novamente a equipa toda, temos que reduzir drasticamente o passivo. Caso isso não se verifique, estaremos perante uma fraude.

Gostava de ter certezas absolutas sobre as intenções do presidente. Quem me mente uma vez ( e eu sou sócio 22.xxx, accionista e, acima de tudo, adepto) deixa-me desconfiado. Espero estar cá para ver. E espero, acima de tudo, que a obra feita - que é muita - tenha sido feita por um benfiquista com a melhor das intenções.

Que me desculpem os que conseguiram chegar até ao fim do texto. Teria muito mais para dizer, em especial quanto à podridão que foi o domínio do Porto e as suas consequências nas diversas gestões no Benfica.

Isto é parte da história.

Fernando Martins, João Santos e Jorge de Brito já morreram.

Sobram Damásio, Vilarinho e Vieira...todos falados nos últimos tempos.

Parabéns pelo texto, expressa tudo o q me vai na alma, em resumo ñ consigo gostar do Vieira, tem coisas positivas ao longo de mais de uma década, mas tem outras muito negativas.

estranho, tal como já escrevi noutro post, o ñ surgirem candidatos para fazer face a Vieira, quando no vizinho da 2ª circular, apesar dos tempos mórbidos e de penúria que vivem, aparecem sempre tantos!

Bem sei que o Vieira os seca à semelhança do eucalipto, com alterações dos estatuto q ñ se aprovaram sózinhas...bem como considero anti- democrático 1 sócio ter mais de 1 voto.

kyza

#15392
Eu até aprimorava o texto... e posso-o fazer pois ate tenho idade e lembro-me bem..
Em todo o caso... esse texto é aniquilado pelas "alturas e epocas"...
Tudo o resto é uma comparação facil... percebo-te, mas sinceramente depois de tudo o que tem sido feito... nao há comparações possiveis...
PS: não gosto do vieira... mas santa paciencia..

Ricardo Maia

Citação de: Red2802 em 29 de Maio de 2016, 23:26
TEXTO DEMASIADO LONGO QUE PODE ABORRECER A MAIORIA DOS LEITORES.
É APENAS PARA MEMÓRIA FUTURA.

Há 15 dias atrás o glorioso sagrava-se TRICAMPEÃO após 39 anos de espera. Tinha 6 anos.

Há 15 dias atrás tive a maior alegria desportiva da minha vida e gostava de deixar aqui algumas notas sobre o que penso e sinto sobre o clube. Este título ainda não foi devidamente celebrado e a maioria de nós ainda não se consciencializou da importância do mesmo. Como um dos mais "idosos" do fórum sinto-me na obrigação de dar a minha opinião.

- A última vez e tínhamos sido bicampeões foi em 83/84 com Eriksson. No final da época Eriksson seguiu para a Roma. Stromberg foi vendido à Atalanta e Chalana ao Bordéus. Para os seus lugares não veio ninguém à altura. Pal Csernai para treinador e Wando para o lugar de Chalana.

- Fernando Martins, presidente à data, diz que o dinheiro era para fechar o terceiro anel do estádio. Começou aí a saga do clube que tem que vender jogadores. Ficámos em terceiro lugar e entregámos o campeonato ao Porto que já ía numa seca de 5 anos depois de ter estado 19 anos sem ganhar nada (tinha sido bicampeão em 77/78 e 78/79).

- Nunca mais fomos bicampeões. O poder foi entregue a Pinto da Costa pelo seu último grande amigo no Benfica: Fernando Martins. O homem que teve coragem de estar presente no lançamento do livro "Largos dias têm 100 anos", já bem depois do Apito Dourado.

- Seguiu-se João Santos que formou as melhores equipas dos últimos 40 anos. Com o apoio de Manuel Barbosa e Jorge de Brito, aposta tudo para, dentro do campo, evitar a hegemonia portista. Vai buscar grandes nomes com Mozer, Ricardo e Valdo e faz regressar Eriksson. Tarde demais! O controlo era absoluto por parte dos Pintos. Adriano Pinto, Lourenço Pinto e Pinto de Sousa dominam todo o futebol português. Rui Águas muda-se para o Porto. O clima é insuportável e o Porto domina e controla tudo. Domínio absoluto, só comparável ao Steaua de Bucareste, na Roménia.

- Jorge de Brito tem uma passagem fugaz pela presidência depois do desgaste de João Santos. Não se adapta ao clima de pressão do meio futebolístico ( Jorge de Brito era um senhor ), sofre um ataque do ignóbil Sousa Cintra que leva Paulo Sousa e Pacheco. Abandona a presidência a meio de 93/94, sendo substituído pelo "anjinho" Damásio.

- Damásio despede o campeão Toni e vai buscar Artur Jorge. Entra-se numa espiral de contratações desmedidas e campeonatos ganhos à décima jornada pelo Porto. Era impossível ganhar, tal o poder do clube do Norte. Damásio deixa o clube num estado calamitoso, com -dizia ele- uma SAD "na gaveta" de 20 milhões de contos, à data.

- Estava aberto o caminho para um populista. Não há populistas honestos, mas essa é uma conclusão que teima em ser amiga do pensamento de São Tomé. Vale e Azevedo ganha as eleições e prepara-se para tomar de assalto o clube. Tem uma gestão desportiva calamitosa e uma gestão financeira criminosa.

- Vilarinho e Eusébio salvam o clube. Maltratar Eusébio foi a prova de que não há crimes perfeitos. Eusébio voltava a entrar na história do clube pela positiva. A sua morte será o seu último grande contributo, como falarei à frente. Ironicamente.

- Vilarinho não aguenta a pressão de reconstruir tudo e chama Vieira, esse ilustre desconhecido. Sócio dos três grandes ( Vieira era sócio do Sporting ou do Porto por causa da natação. Domingos Soares Oliveira diz que ele não sabe nadar) e ex-presidente do Alverca, era para mim uma incógnita.

- Vieira assume mais tarde a presidência com pouca obra feita e com erros enormes na gestão desportiva. O negócio Mantorras, que custou 5 milhões de euros ao Benfica não é um bom prenúncio. Tem o crédito de ser indicado pelo Vilarinho, um grande benfiquista.

- Assume a sua inaptidão para a gestão do futebol. Chama José Veiga, ligado ao Porto e a Pinto da Costa numa das decisões mais inusitadas e polémicas de que tenho memória. José Veiga move-se bem no mercado e blinda clube às influências externas. Estamos na altura da morte aos papagaios.

- Estoura o escândalo do Apito Dourado sem o qual nunca teríamos ganho o título com o Trapp.

- Vieira cavalga, com razão, no Apito Dourado. Mesmo assim, perde quatro campeonatos seguidos para o Porto. Koeman, Fernando Santos, Camacho e Quique nada conseguem contra Co Adriaanse e Jesualdo. Veiga sai e Rui Costa assume o futebol.

- Comeca a fase zig-zag de Vieira. Hoje diz umas coisas e amanhã diz o seu contrário. Contradições em barda e aumenta o "entreposto" de jogadores.

- Chega Jorge Jesus e Rui Costa vai para a prateleira. Vieira diz que assume o futebol mas quem o faz é o amigo da Reboleira.

- Entrtanto o clube está melhor financeiramente e caminha para os melhores do mundo em infra-estruturas. Ainda não sabemos com que custos, mas ninguém pode retirar esse mérito a Vieira. É voz corrente nos meandros que é o único clube em Portugal que paga a tempo e horas. Estamos no tempo das vacas gordas no BES.

- A Benfica TV, grande golpe de asa de Vieira, abana com os poderes instalados. Começam a aparecer clubes que duvidam do futuro de Pinto da Costa e sus muchachos.

- O campeonato de 2009/2010 é ganho no limite, contra o Braga. Vieira incha e o seu amigo da Reboleira incha ainda mais. Já se fala na conquista da Champions.

- Jesus, um especialista em treino separado entre defesa e ataque, que tem um adjunto para cada um dos momentos de jogo, toma de assalto o cérebro de Vieira. Como é óbvio, correu mal. Jesus tem um QI de um orangotango e prepara-se para afundar o clube.

- Depois de três campeonatos perdidos para Villas Boas e Vitor Pereira, Vieira investe o que tem e o que não tem para ganhar. Pelo meio, altera os estatutos e perpetua-se no poder. O BES segura tudo.

- 2013/2014 começa mal. Depois do tormento de 2012/2013 estamos a perder em casa com o Gil Vicente nos descontos. Milagre salva Jesus. A equipa joga mal e continua na senda dos anos anteriores. Com um plantel de luxo, não jogamos nada.

- Morre Eusébio. É altura de reunir as almas. Primeiro jogo sem Eusébio é com o Porto na Luz. Viragem. Benfiquistas acreditam e empurram equipa para a vitória. Campeões.

- Depois da lenga-lenga do "o Benfica não precisa de vender jogadores" chegou a narrativa da crise. O BES foi-se. Aposta-se na formação e vende-se em dois anos uma equipa campeã e ainda alguns da formação. Jorge Mendes entra em ação, agora a sério. Os negócios com o Valência e Mónaco aproveitam a todos. E salva-se o clube do incumprimento na banca. Somos bicampeões, o título em que Jesus tem mais mérito, apesar de Lopetegui.

- Vem Rui Vitória. Um treinador sem estatuto, habituado a fazer omeletes sem ovos. Ideal para engolir as vendas e dar roda livre a Vieira.

- Jesus vai para o Sporting e escangalha a estratégia de Vieira. Vieira não queria Jesus. Estava farto dele e agora tem que o aturar todos os dias no rival.

- A época inicia-se de forma dramática. Rui Vitória é peça fora do baralho na guerra Vieira-Jesus. Duas coisa irão mudar o rumo da história: Jesus incha novamente (como em 2010) e, qual Eusébio, acorda o monstro moribundo. Rui Vitória, que já tinha suportado a morte dos pais num acidente, tem cabedal para Jesus e muito mais. Conquista os jogadores, e com um futebol suportado inicialmente em garra e raça, consegue levar a água ao seu moinho contra tudo e contra todos. Fez uma equipa com uma alma que eu nunca tinha visto. E que, com o tempo, melhorou muito a sua qualidade e consistência.

- Hoje por hoje, estamos num dilema. Temos um presidente que salvou o clube. Temos infra-estruturas como nunca tivemos. Somos Tricampeões. Somos dominadores nas amadoras. Temos um passivo brutal. Temos um presidente que falha à sua palavra e muda de discurso constantemente. Temos uma brutalidade de jogadores com contrato e fazemos negócios duvidosos com jogadores para a equipa B. Temos um administrador para a àrea financeira que diz que o dinheiro do Renato pode ser para investir na equipa e temos a equipa toda à venda (não, não é invenção da CS. Temos que vender e vamos vender mais jogadores).

A minha conclusão é simples. Se vendermos novamente a equipa toda, temos que reduzir drasticamente o passivo. Caso isso não se verifique, estaremos perante uma fraude.

Gostava de ter certezas absolutas sobre as intenções do presidente. Quem me mente uma vez ( e eu sou sócio 22.xxx, accionista e, acima de tudo, adepto) deixa-me desconfiado. Espero estar cá para ver. E espero, acima de tudo, que a obra feita - que é muita - tenha sido feita por um benfiquista com a melhor das intenções.

Que me desculpem os que conseguiram chegar até ao fim do texto. Teria muito mais para dizer, em especial quanto à podridão que foi o domínio do Porto e as suas consequências nas diversas gestões no Benfica.

Isto é parte da história.

Fernando Martins, João Santos e Jorge de Brito já morreram.

Sobram Damásio, Vilarinho e Vieira...todos falados nos últimos tempos.
Excelente post! O0

Red2802

Citação de: 20simao1 em 31 de Maio de 2016, 04:27
Citação de: Red2802 em 29 de Maio de 2016, 23:26
TEXTO DEMASIADO LONGO QUE PODE ABORRECER A MAIORIA DOS LEITORES.
É APENAS PARA MEMÓRIA FUTURA.

Há 15 dias atrás o glorioso sagrava-se TRICAMPEÃO após 39 anos de espera. Tinha 6 anos.

Há 15 dias atrás tive a maior alegria desportiva da minha vida e gostava de deixar aqui algumas notas sobre o que penso e sinto sobre o clube. Este título ainda não foi devidamente celebrado e a maioria de nós ainda não se consciencializou da importância do mesmo. Como um dos mais "idosos" do fórum sinto-me na obrigação de dar a minha opinião.

- A última vez e tínhamos sido bicampeões foi em 83/84 com Eriksson. No final da época Eriksson seguiu para a Roma. Stromberg foi vendido à Atalanta e Chalana ao Bordéus. Para os seus lugares não veio ninguém à altura. Pal Csernai para treinador e Wando para o lugar de Chalana.

- Fernando Martins, presidente à data, diz que o dinheiro era para fechar o terceiro anel do estádio. Começou aí a saga do clube que tem que vender jogadores. Ficámos em terceiro lugar e entregámos o campeonato ao Porto que já ía numa seca de 5 anos depois de ter estado 19 anos sem ganhar nada (tinha sido bicampeão em 77/78 e 78/79).

- Nunca mais fomos bicampeões. O poder foi entregue a Pinto da Costa pelo seu último grande amigo no Benfica: Fernando Martins. O homem que teve coragem de estar presente no lançamento do livro "Largos dias têm 100 anos", já bem depois do Apito Dourado.

- Seguiu-se João Santos que formou as melhores equipas dos últimos 40 anos. Com o apoio de Manuel Barbosa e Jorge de Brito, aposta tudo para, dentro do campo, evitar a hegemonia portista. Vai buscar grandes nomes com Mozer, Ricardo e Valdo e faz regressar Eriksson. Tarde demais! O controlo era absoluto por parte dos Pintos. Adriano Pinto, Lourenço Pinto e Pinto de Sousa dominam todo o futebol português. Rui Águas muda-se para o Porto. O clima é insuportável e o Porto domina e controla tudo. Domínio absoluto, só comparável ao Steaua de Bucareste, na Roménia.

- Jorge de Brito tem uma passagem fugaz pela presidência depois do desgaste de João Santos. Não se adapta ao clima de pressão do meio futebolístico ( Jorge de Brito era um senhor ), sofre um ataque do ignóbil Sousa Cintra que leva Paulo Sousa e Pacheco. Abandona a presidência a meio de 93/94, sendo substituído pelo "anjinho" Damásio.

- Damásio despede o campeão Toni e vai buscar Artur Jorge. Entra-se numa espiral de contratações desmedidas e campeonatos ganhos à décima jornada pelo Porto. Era impossível ganhar, tal o poder do clube do Norte. Damásio deixa o clube num estado calamitoso, com -dizia ele- uma SAD "na gaveta" de 20 milhões de contos, à data.

- Estava aberto o caminho para um populista. Não há populistas honestos, mas essa é uma conclusão que teima em ser amiga do pensamento de São Tomé. Vale e Azevedo ganha as eleições e prepara-se para tomar de assalto o clube. Tem uma gestão desportiva calamitosa e uma gestão financeira criminosa.

- Vilarinho e Eusébio salvam o clube. Maltratar Eusébio foi a prova de que não há crimes perfeitos. Eusébio voltava a entrar na história do clube pela positiva. A sua morte será o seu último grande contributo, como falarei à frente. Ironicamente.

- Vilarinho não aguenta a pressão de reconstruir tudo e chama Vieira, esse ilustre desconhecido. Sócio dos três grandes ( Vieira era sócio do Sporting ou do Porto por causa da natação. Domingos Soares Oliveira diz que ele não sabe nadar) e ex-presidente do Alverca, era para mim uma incógnita.

- Vieira assume mais tarde a presidência com pouca obra feita e com erros enormes na gestão desportiva. O negócio Mantorras, que custou 5 milhões de euros ao Benfica não é um bom prenúncio. Tem o crédito de ser indicado pelo Vilarinho, um grande benfiquista.

- Assume a sua inaptidão para a gestão do futebol. Chama José Veiga, ligado ao Porto e a Pinto da Costa numa das decisões mais inusitadas e polémicas de que tenho memória. José Veiga move-se bem no mercado e blinda clube às influências externas. Estamos na altura da morte aos papagaios.

- Estoura o escândalo do Apito Dourado sem o qual nunca teríamos ganho o título com o Trapp.

- Vieira cavalga, com razão, no Apito Dourado. Mesmo assim, perde quatro campeonatos seguidos para o Porto. Koeman, Fernando Santos, Camacho e Quique nada conseguem contra Co Adriaanse e Jesualdo. Veiga sai e Rui Costa assume o futebol.

- Comeca a fase zig-zag de Vieira. Hoje diz umas coisas e amanhã diz o seu contrário. Contradições em barda e aumenta o "entreposto" de jogadores.

- Chega Jorge Jesus e Rui Costa vai para a prateleira. Vieira diz que assume o futebol mas quem o faz é o amigo da Reboleira.

- Entrtanto o clube está melhor financeiramente e caminha para os melhores do mundo em infra-estruturas. Ainda não sabemos com que custos, mas ninguém pode retirar esse mérito a Vieira. É voz corrente nos meandros que é o único clube em Portugal que paga a tempo e horas. Estamos no tempo das vacas gordas no BES.

- A Benfica TV, grande golpe de asa de Vieira, abana com os poderes instalados. Começam a aparecer clubes que duvidam do futuro de Pinto da Costa e sus muchachos.

- O campeonato de 2009/2010 é ganho no limite, contra o Braga. Vieira incha e o seu amigo da Reboleira incha ainda mais. Já se fala na conquista da Champions.

- Jesus, um especialista em treino separado entre defesa e ataque, que tem um adjunto para cada um dos momentos de jogo, toma de assalto o cérebro de Vieira. Como é óbvio, correu mal. Jesus tem um QI de um orangotango e prepara-se para afundar o clube.

- Depois de três campeonatos perdidos para Villas Boas e Vitor Pereira, Vieira investe o que tem e o que não tem para ganhar. Pelo meio, altera os estatutos e perpetua-se no poder. O BES segura tudo.

- 2013/2014 começa mal. Depois do tormento de 2012/2013 estamos a perder em casa com o Gil Vicente nos descontos. Milagre salva Jesus. A equipa joga mal e continua na senda dos anos anteriores. Com um plantel de luxo, não jogamos nada.

- Morre Eusébio. É altura de reunir as almas. Primeiro jogo sem Eusébio é com o Porto na Luz. Viragem. Benfiquistas acreditam e empurram equipa para a vitória. Campeões.

- Depois da lenga-lenga do "o Benfica não precisa de vender jogadores" chegou a narrativa da crise. O BES foi-se. Aposta-se na formação e vende-se em dois anos uma equipa campeã e ainda alguns da formação. Jorge Mendes entra em ação, agora a sério. Os negócios com o Valência e Mónaco aproveitam a todos. E salva-se o clube do incumprimento na banca. Somos bicampeões, o título em que Jesus tem mais mérito, apesar de Lopetegui.

- Vem Rui Vitória. Um treinador sem estatuto, habituado a fazer omeletes sem ovos. Ideal para engolir as vendas e dar roda livre a Vieira.

- Jesus vai para o Sporting e escangalha a estratégia de Vieira. Vieira não queria Jesus. Estava farto dele e agora tem que o aturar todos os dias no rival.

- A época inicia-se de forma dramática. Rui Vitória é peça fora do baralho na guerra Vieira-Jesus. Duas coisa irão mudar o rumo da história: Jesus incha novamente (como em 2010) e, qual Eusébio, acorda o monstro moribundo. Rui Vitória, que já tinha suportado a morte dos pais num acidente, tem cabedal para Jesus e muito mais. Conquista os jogadores, e com um futebol suportado inicialmente em garra e raça, consegue levar a água ao seu moinho contra tudo e contra todos. Fez uma equipa com uma alma que eu nunca tinha visto. E que, com o tempo, melhorou muito a sua qualidade e consistência.

- Hoje por hoje, estamos num dilema. Temos um presidente que salvou o clube. Temos infra-estruturas como nunca tivemos. Somos Tricampeões. Somos dominadores nas amadoras. Temos um passivo brutal. Temos um presidente que falha à sua palavra e muda de discurso constantemente. Temos uma brutalidade de jogadores com contrato e fazemos negócios duvidosos com jogadores para a equipa B. Temos um administrador para a àrea financeira que diz que o dinheiro do Renato pode ser para investir na equipa e temos a equipa toda à venda (não, não é invenção da CS. Temos que vender e vamos vender mais jogadores).

A minha conclusão é simples. Se vendermos novamente a equipa toda, temos que reduzir drasticamente o passivo. Caso isso não se verifique, estaremos perante uma fraude.

Gostava de ter certezas absolutas sobre as intenções do presidente. Quem me mente uma vez ( e eu sou sócio 22.xxx, accionista e, acima de tudo, adepto) deixa-me desconfiado. Espero estar cá para ver. E espero, acima de tudo, que a obra feita - que é muita - tenha sido feita por um benfiquista com a melhor das intenções.

Que me desculpem os que conseguiram chegar até ao fim do texto. Teria muito mais para dizer, em especial quanto à podridão que foi o domínio do Porto e as suas consequências nas diversas gestões no Benfica.

Isto é parte da história.

Fernando Martins, João Santos e Jorge de Brito já morreram.

Sobram Damásio, Vilarinho e Vieira...todos falados nos últimos tempos.





Porque pensas isso?

O porto desde essa época rodou foi treinadores etc, como se sabe desde a pre-época começou mal..
E aliás em pleno apito dourado também chegou a estar 3 anos seguidos sem ser campeão.. e foi o Mourinho que os salvou.
Há uma expressão bem portuguesa que é "sentir as costas quentes".
Era assim que, à data, que os jogadores do Porto entravam em campo.
Com impunidade total e sabendo que teriam sempre ajudas e certos de que era quase impossível serem prejudicados pelos árbitros.
É o Benfica era o alvo do sistema, como toda a gente sabe. É óbvio que sem o Apito não ganhávamos. E, mesmo assim, foi no limite, com uma das equipas mais espremidas de sempre.

O Apito Dourado, quando surge, é uma bomba que retrai o sistema. Passados dois anos, quando se percebeu que nada ía acontecer ao Porto as coisas normalizaram...Enfiaram mais 4 campeonatos de seguida, espezinhando quem ousou levantar a voz contra o sistema.

Antes disso:

De 94/95 a 04/05 o Porto ganhou 7 campeonatos em 10. Perdeu 3 em 99/00, 00/01 e 01/02. Nenhum deles para o Benfica, como é óbvio.
Em 00/01 foi para o Boavista que tinha quase tanto poder como o Porto. Não podem ganhar todos os anos e, como diz a máxima, é preciso mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma.
Em 99/00 foi o fim da seca de 18 anos dos lagartos...
Em 01/02 foi o título de Jardel e JVP nos lagartos...

Red2802

Citação de: kyza em 31 de Maio de 2016, 05:04
Eu até aprimorava o texto... e posso-o fazer pois ate tenho idade e lembro-me bem..
Em todo o caso... esse texto é aniquilado pelas "alturas e epocas"...
Tudo o resto é uma comparação facil... percebo-te, mas sinceramente depois de tudo o que tem sido feito... nao há comparações possiveis...
PS: não gosto do vieira... mas santa paciencia..
Podes aprimorar, até agradeço.
Mas eu não faço nenhum tipo de comparação. Em momento algum comparo qualquer dos presidentes do Benfica. Podem fazer deduções, mas é por conta e risco de quem as faz.
Apenas relato a minha visão dos factos.
É apenas a minha opinião. Ninguém é dono da verdade absoluta.

XineloBranco

Citação de: Red2802 em 31 de Maio de 2016, 10:09
Citação de: kyza em 31 de Maio de 2016, 05:04
Eu até aprimorava o texto... e posso-o fazer pois ate tenho idade e lembro-me bem..
Em todo o caso... esse texto é aniquilado pelas "alturas e epocas"...
Tudo o resto é uma comparação facil... percebo-te, mas sinceramente depois de tudo o que tem sido feito... nao há comparações possiveis...
PS: não gosto do vieira... mas santa paciencia..
Podes aprimorar, até agradeço.
Mas eu não faço nenhum tipo de comparação. Em momento algum comparo qualquer dos presidentes do Benfica. Podem fazer deduções, mas é por conta e risco de quem as faz.
Apenas relato a minha visão dos factos.
É apenas a minha opinião. Ninguém é dono da verdade absoluta.

olha lá ó companheiro, como é que é? contamos contigo... :)
http://serbenfiquista.com/forum/index.php?topic=59326.msg1083289128#msg1083289128

Quelasse

Citação de: Red2802 em 29 de Maio de 2016, 23:26
TEXTO DEMASIADO LONGO QUE PODE ABORRECER A MAIORIA DOS LEITORES.
É APENAS PARA MEMÓRIA FUTURA.

Há 15 dias atrás o glorioso sagrava-se TRICAMPEÃO após 39 anos de espera. Tinha 6 anos.

Há 15 dias atrás tive a maior alegria desportiva da minha vida e gostava de deixar aqui algumas notas sobre o que penso e sinto sobre o clube. Este título ainda não foi devidamente celebrado e a maioria de nós ainda não se consciencializou da importância do mesmo. Como um dos mais "idosos" do fórum sinto-me na obrigação de dar a minha opinião.

- A última vez e tínhamos sido bicampeões foi em 83/84 com Eriksson. No final da época Eriksson seguiu para a Roma. Stromberg foi vendido à Atalanta e Chalana ao Bordéus. Para os seus lugares não veio ninguém à altura. Pal Csernai para treinador e Wando para o lugar de Chalana.

- Fernando Martins, presidente à data, diz que o dinheiro era para fechar o terceiro anel do estádio. Começou aí a saga do clube que tem que vender jogadores. Ficámos em terceiro lugar e entregámos o campeonato ao Porto que já ía numa seca de 5 anos depois de ter estado 19 anos sem ganhar nada (tinha sido bicampeão em 77/78 e 78/79).

- Nunca mais fomos bicampeões. O poder foi entregue a Pinto da Costa pelo seu último grande amigo no Benfica: Fernando Martins. O homem que teve coragem de estar presente no lançamento do livro "Largos dias têm 100 anos", já bem depois do Apito Dourado.

- Seguiu-se João Santos que formou as melhores equipas dos últimos 40 anos. Com o apoio de Manuel Barbosa e Jorge de Brito, aposta tudo para, dentro do campo, evitar a hegemonia portista. Vai buscar grandes nomes com Mozer, Ricardo e Valdo e faz regressar Eriksson. Tarde demais! O controlo era absoluto por parte dos Pintos. Adriano Pinto, Lourenço Pinto e Pinto de Sousa dominam todo o futebol português. Rui Águas muda-se para o Porto. O clima é insuportável e o Porto domina e controla tudo. Domínio absoluto, só comparável ao Steaua de Bucareste, na Roménia.

- Jorge de Brito tem uma passagem fugaz pela presidência depois do desgaste de João Santos. Não se adapta ao clima de pressão do meio futebolístico ( Jorge de Brito era um senhor ), sofre um ataque do ignóbil Sousa Cintra que leva Paulo Sousa e Pacheco. Abandona a presidência a meio de 93/94, sendo substituído pelo "anjinho" Damásio.

- Damásio despede o campeão Toni e vai buscar Artur Jorge. Entra-se numa espiral de contratações desmedidas e campeonatos ganhos à décima jornada pelo Porto. Era impossível ganhar, tal o poder do clube do Norte. Damásio deixa o clube num estado calamitoso, com -dizia ele- uma SAD "na gaveta" de 20 milhões de contos, à data.

- Estava aberto o caminho para um populista. Não há populistas honestos, mas essa é uma conclusão que teima em ser amiga do pensamento de São Tomé. Vale e Azevedo ganha as eleições e prepara-se para tomar de assalto o clube. Tem uma gestão desportiva calamitosa e uma gestão financeira criminosa.

- Vilarinho e Eusébio salvam o clube. Maltratar Eusébio foi a prova de que não há crimes perfeitos. Eusébio voltava a entrar na história do clube pela positiva. A sua morte será o seu último grande contributo, como falarei à frente. Ironicamente.

- Vilarinho não aguenta a pressão de reconstruir tudo e chama Vieira, esse ilustre desconhecido. Sócio dos três grandes ( Vieira era sócio do Sporting ou do Porto por causa da natação. Domingos Soares Oliveira diz que ele não sabe nadar) e ex-presidente do Alverca, era para mim uma incógnita.

- Vieira assume mais tarde a presidência com pouca obra feita e com erros enormes na gestão desportiva. O negócio Mantorras, que custou 5 milhões de euros ao Benfica não é um bom prenúncio. Tem o crédito de ser indicado pelo Vilarinho, um grande benfiquista.

- Assume a sua inaptidão para a gestão do futebol. Chama José Veiga, ligado ao Porto e a Pinto da Costa numa das decisões mais inusitadas e polémicas de que tenho memória. José Veiga move-se bem no mercado e blinda clube às influências externas. Estamos na altura da morte aos papagaios.

- Estoura o escândalo do Apito Dourado sem o qual nunca teríamos ganho o título com o Trapp.

- Vieira cavalga, com razão, no Apito Dourado. Mesmo assim, perde quatro campeonatos seguidos para o Porto. Koeman, Fernando Santos, Camacho e Quique nada conseguem contra Co Adriaanse e Jesualdo. Veiga sai e Rui Costa assume o futebol.

- Comeca a fase zig-zag de Vieira. Hoje diz umas coisas e amanhã diz o seu contrário. Contradições em barda e aumenta o "entreposto" de jogadores.

- Chega Jorge Jesus e Rui Costa vai para a prateleira. Vieira diz que assume o futebol mas quem o faz é o amigo da Reboleira.

- Entrtanto o clube está melhor financeiramente e caminha para os melhores do mundo em infra-estruturas. Ainda não sabemos com que custos, mas ninguém pode retirar esse mérito a Vieira. É voz corrente nos meandros que é o único clube em Portugal que paga a tempo e horas. Estamos no tempo das vacas gordas no BES.

- A Benfica TV, grande golpe de asa de Vieira, abana com os poderes instalados. Começam a aparecer clubes que duvidam do futuro de Pinto da Costa e sus muchachos.

- O campeonato de 2009/2010 é ganho no limite, contra o Braga. Vieira incha e o seu amigo da Reboleira incha ainda mais. Já se fala na conquista da Champions.

- Jesus, um especialista em treino separado entre defesa e ataque, que tem um adjunto para cada um dos momentos de jogo, toma de assalto o cérebro de Vieira. Como é óbvio, correu mal. Jesus tem um QI de um orangotango e prepara-se para afundar o clube.

- Depois de três campeonatos perdidos para Villas Boas e Vitor Pereira, Vieira investe o que tem e o que não tem para ganhar. Pelo meio, altera os estatutos e perpetua-se no poder. O BES segura tudo.

- 2013/2014 começa mal. Depois do tormento de 2012/2013 estamos a perder em casa com o Gil Vicente nos descontos. Milagre salva Jesus. A equipa joga mal e continua na senda dos anos anteriores. Com um plantel de luxo, não jogamos nada.

- Morre Eusébio. É altura de reunir as almas. Primeiro jogo sem Eusébio é com o Porto na Luz. Viragem. Benfiquistas acreditam e empurram equipa para a vitória. Campeões.

- Depois da lenga-lenga do "o Benfica não precisa de vender jogadores" chegou a narrativa da crise. O BES foi-se. Aposta-se na formação e vende-se em dois anos uma equipa campeã e ainda alguns da formação. Jorge Mendes entra em ação, agora a sério. Os negócios com o Valência e Mónaco aproveitam a todos. E salva-se o clube do incumprimento na banca. Somos bicampeões, o título em que Jesus tem mais mérito, apesar de Lopetegui.

- Vem Rui Vitória. Um treinador sem estatuto, habituado a fazer omeletes sem ovos. Ideal para engolir as vendas e dar roda livre a Vieira.

- Jesus vai para o Sporting e escangalha a estratégia de Vieira. Vieira não queria Jesus. Estava farto dele e agora tem que o aturar todos os dias no rival.

- A época inicia-se de forma dramática. Rui Vitória é peça fora do baralho na guerra Vieira-Jesus. Duas coisa irão mudar o rumo da história: Jesus incha novamente (como em 2010) e, qual Eusébio, acorda o monstro moribundo. Rui Vitória, que já tinha suportado a morte dos pais num acidente, tem cabedal para Jesus e muito mais. Conquista os jogadores, e com um futebol suportado inicialmente em garra e raça, consegue levar a água ao seu moinho contra tudo e contra todos. Fez uma equipa com uma alma que eu nunca tinha visto. E que, com o tempo, melhorou muito a sua qualidade e consistência.

- Hoje por hoje, estamos num dilema. Temos um presidente que salvou o clube. Temos infra-estruturas como nunca tivemos. Somos Tricampeões. Somos dominadores nas amadoras. Temos um passivo brutal. Temos um presidente que falha à sua palavra e muda de discurso constantemente. Temos uma brutalidade de jogadores com contrato e fazemos negócios duvidosos com jogadores para a equipa B. Temos um administrador para a àrea financeira que diz que o dinheiro do Renato pode ser para investir na equipa e temos a equipa toda à venda (não, não é invenção da CS. Temos que vender e vamos vender mais jogadores).

A minha conclusão é simples. Se vendermos novamente a equipa toda, temos que reduzir drasticamente o passivo. Caso isso não se verifique, estaremos perante uma fraude.

Gostava de ter certezas absolutas sobre as intenções do presidente. Quem me mente uma vez ( e eu sou sócio 22.xxx, accionista e, acima de tudo, adepto) deixa-me desconfiado. Espero estar cá para ver. E espero, acima de tudo, que a obra feita - que é muita - tenha sido feita por um benfiquista com a melhor das intenções.

Que me desculpem os que conseguiram chegar até ao fim do texto. Teria muito mais para dizer, em especial quanto à podridão que foi o domínio do Porto e as suas consequências nas diversas gestões no Benfica.

Isto é parte da história.

Fernando Martins, João Santos e Jorge de Brito já morreram.

Sobram Damásio, Vilarinho e Vieira...todos falados nos últimos tempos.

Só um pequeno reparo no (de outro modo) excelente texto :clap1: :clap1:

"Somos dominadores nas modalidades."

Red2802

Citação de: Quelasse em 31 de Maio de 2016, 10:44
Citação de: Red2802 em 29 de Maio de 2016, 23:26
TEXTO DEMASIADO LONGO QUE PODE ABORRECER A MAIORIA DOS LEITORES.
É APENAS PARA MEMÓRIA FUTURA.

Há 15 dias atrás o glorioso sagrava-se TRICAMPEÃO após 39 anos de espera. Tinha 6 anos.

Há 15 dias atrás tive a maior alegria desportiva da minha vida e gostava de deixar aqui algumas notas sobre o que penso e sinto sobre o clube. Este título ainda não foi devidamente celebrado e a maioria de nós ainda não se consciencializou da importância do mesmo. Como um dos mais "idosos" do fórum sinto-me na obrigação de dar a minha opinião.

- A última vez e tínhamos sido bicampeões foi em 83/84 com Eriksson. No final da época Eriksson seguiu para a Roma. Stromberg foi vendido à Atalanta e Chalana ao Bordéus. Para os seus lugares não veio ninguém à altura. Pal Csernai para treinador e Wando para o lugar de Chalana.

- Fernando Martins, presidente à data, diz que o dinheiro era para fechar o terceiro anel do estádio. Começou aí a saga do clube que tem que vender jogadores. Ficámos em terceiro lugar e entregámos o campeonato ao Porto que já ía numa seca de 5 anos depois de ter estado 19 anos sem ganhar nada (tinha sido bicampeão em 77/78 e 78/79).

- Nunca mais fomos bicampeões. O poder foi entregue a Pinto da Costa pelo seu último grande amigo no Benfica: Fernando Martins. O homem que teve coragem de estar presente no lançamento do livro "Largos dias têm 100 anos", já bem depois do Apito Dourado.

- Seguiu-se João Santos que formou as melhores equipas dos últimos 40 anos. Com o apoio de Manuel Barbosa e Jorge de Brito, aposta tudo para, dentro do campo, evitar a hegemonia portista. Vai buscar grandes nomes com Mozer, Ricardo e Valdo e faz regressar Eriksson. Tarde demais! O controlo era absoluto por parte dos Pintos. Adriano Pinto, Lourenço Pinto e Pinto de Sousa dominam todo o futebol português. Rui Águas muda-se para o Porto. O clima é insuportável e o Porto domina e controla tudo. Domínio absoluto, só comparável ao Steaua de Bucareste, na Roménia.

- Jorge de Brito tem uma passagem fugaz pela presidência depois do desgaste de João Santos. Não se adapta ao clima de pressão do meio futebolístico ( Jorge de Brito era um senhor ), sofre um ataque do ignóbil Sousa Cintra que leva Paulo Sousa e Pacheco. Abandona a presidência a meio de 93/94, sendo substituído pelo "anjinho" Damásio.

- Damásio despede o campeão Toni e vai buscar Artur Jorge. Entra-se numa espiral de contratações desmedidas e campeonatos ganhos à décima jornada pelo Porto. Era impossível ganhar, tal o poder do clube do Norte. Damásio deixa o clube num estado calamitoso, com -dizia ele- uma SAD "na gaveta" de 20 milhões de contos, à data.

- Estava aberto o caminho para um populista. Não há populistas honestos, mas essa é uma conclusão que teima em ser amiga do pensamento de São Tomé. Vale e Azevedo ganha as eleições e prepara-se para tomar de assalto o clube. Tem uma gestão desportiva calamitosa e uma gestão financeira criminosa.

- Vilarinho e Eusébio salvam o clube. Maltratar Eusébio foi a prova de que não há crimes perfeitos. Eusébio voltava a entrar na história do clube pela positiva. A sua morte será o seu último grande contributo, como falarei à frente. Ironicamente.

- Vilarinho não aguenta a pressão de reconstruir tudo e chama Vieira, esse ilustre desconhecido. Sócio dos três grandes ( Vieira era sócio do Sporting ou do Porto por causa da natação. Domingos Soares Oliveira diz que ele não sabe nadar) e ex-presidente do Alverca, era para mim uma incógnita.

- Vieira assume mais tarde a presidência com pouca obra feita e com erros enormes na gestão desportiva. O negócio Mantorras, que custou 5 milhões de euros ao Benfica não é um bom prenúncio. Tem o crédito de ser indicado pelo Vilarinho, um grande benfiquista.

- Assume a sua inaptidão para a gestão do futebol. Chama José Veiga, ligado ao Porto e a Pinto da Costa numa das decisões mais inusitadas e polémicas de que tenho memória. José Veiga move-se bem no mercado e blinda clube às influências externas. Estamos na altura da morte aos papagaios.

- Estoura o escândalo do Apito Dourado sem o qual nunca teríamos ganho o título com o Trapp.

- Vieira cavalga, com razão, no Apito Dourado. Mesmo assim, perde quatro campeonatos seguidos para o Porto. Koeman, Fernando Santos, Camacho e Quique nada conseguem contra Co Adriaanse e Jesualdo. Veiga sai e Rui Costa assume o futebol.

- Comeca a fase zig-zag de Vieira. Hoje diz umas coisas e amanhã diz o seu contrário. Contradições em barda e aumenta o "entreposto" de jogadores.

- Chega Jorge Jesus e Rui Costa vai para a prateleira. Vieira diz que assume o futebol mas quem o faz é o amigo da Reboleira.

- Entrtanto o clube está melhor financeiramente e caminha para os melhores do mundo em infra-estruturas. Ainda não sabemos com que custos, mas ninguém pode retirar esse mérito a Vieira. É voz corrente nos meandros que é o único clube em Portugal que paga a tempo e horas. Estamos no tempo das vacas gordas no BES.

- A Benfica TV, grande golpe de asa de Vieira, abana com os poderes instalados. Começam a aparecer clubes que duvidam do futuro de Pinto da Costa e sus muchachos.

- O campeonato de 2009/2010 é ganho no limite, contra o Braga. Vieira incha e o seu amigo da Reboleira incha ainda mais. Já se fala na conquista da Champions.

- Jesus, um especialista em treino separado entre defesa e ataque, que tem um adjunto para cada um dos momentos de jogo, toma de assalto o cérebro de Vieira. Como é óbvio, correu mal. Jesus tem um QI de um orangotango e prepara-se para afundar o clube.

- Depois de três campeonatos perdidos para Villas Boas e Vitor Pereira, Vieira investe o que tem e o que não tem para ganhar. Pelo meio, altera os estatutos e perpetua-se no poder. O BES segura tudo.

- 2013/2014 começa mal. Depois do tormento de 2012/2013 estamos a perder em casa com o Gil Vicente nos descontos. Milagre salva Jesus. A equipa joga mal e continua na senda dos anos anteriores. Com um plantel de luxo, não jogamos nada.

- Morre Eusébio. É altura de reunir as almas. Primeiro jogo sem Eusébio é com o Porto na Luz. Viragem. Benfiquistas acreditam e empurram equipa para a vitória. Campeões.

- Depois da lenga-lenga do "o Benfica não precisa de vender jogadores" chegou a narrativa da crise. O BES foi-se. Aposta-se na formação e vende-se em dois anos uma equipa campeã e ainda alguns da formação. Jorge Mendes entra em ação, agora a sério. Os negócios com o Valência e Mónaco aproveitam a todos. E salva-se o clube do incumprimento na banca. Somos bicampeões, o título em que Jesus tem mais mérito, apesar de Lopetegui.

- Vem Rui Vitória. Um treinador sem estatuto, habituado a fazer omeletes sem ovos. Ideal para engolir as vendas e dar roda livre a Vieira.

- Jesus vai para o Sporting e escangalha a estratégia de Vieira. Vieira não queria Jesus. Estava farto dele e agora tem que o aturar todos os dias no rival.

- A época inicia-se de forma dramática. Rui Vitória é peça fora do baralho na guerra Vieira-Jesus. Duas coisa irão mudar o rumo da história: Jesus incha novamente (como em 2010) e, qual Eusébio, acorda o monstro moribundo. Rui Vitória, que já tinha suportado a morte dos pais num acidente, tem cabedal para Jesus e muito mais. Conquista os jogadores, e com um futebol suportado inicialmente em garra e raça, consegue levar a água ao seu moinho contra tudo e contra todos. Fez uma equipa com uma alma que eu nunca tinha visto. E que, com o tempo, melhorou muito a sua qualidade e consistência.

- Hoje por hoje, estamos num dilema. Temos um presidente que salvou o clube. Temos infra-estruturas como nunca tivemos. Somos Tricampeões. Somos dominadores nas amadoras. Temos um passivo brutal. Temos um presidente que falha à sua palavra e muda de discurso constantemente. Temos uma brutalidade de jogadores com contrato e fazemos negócios duvidosos com jogadores para a equipa B. Temos um administrador para a àrea financeira que diz que o dinheiro do Renato pode ser para investir na equipa e temos a equipa toda à venda (não, não é invenção da CS. Temos que vender e vamos vender mais jogadores).

A minha conclusão é simples. Se vendermos novamente a equipa toda, temos que reduzir drasticamente o passivo. Caso isso não se verifique, estaremos perante uma fraude.

Gostava de ter certezas absolutas sobre as intenções do presidente. Quem me mente uma vez ( e eu sou sócio 22.xxx, accionista e, acima de tudo, adepto) deixa-me desconfiado. Espero estar cá para ver. E espero, acima de tudo, que a obra feita - que é muita - tenha sido feita por um benfiquista com a melhor das intenções.

Que me desculpem os que conseguiram chegar até ao fim do texto. Teria muito mais para dizer, em especial quanto à podridão que foi o domínio do Porto e as suas consequências nas diversas gestões no Benfica.

Isto é parte da história.

Fernando Martins, João Santos e Jorge de Brito já morreram.

Sobram Damásio, Vilarinho e Vieira...todos falados nos últimos tempos.

Só um pequeno reparo no (de outro modo) excelente texto :clap1: :clap1:

"Somos dominadores nas modalidades."
Exacto.  O0
É da idade.

Red2802

Citação de: XineloBranco em 31 de Maio de 2016, 10:24
Citação de: Red2802 em 31 de Maio de 2016, 10:09
Citação de: kyza em 31 de Maio de 2016, 05:04
Eu até aprimorava o texto... e posso-o fazer pois ate tenho idade e lembro-me bem..
Em todo o caso... esse texto é aniquilado pelas "alturas e epocas"...
Tudo o resto é uma comparação facil... percebo-te, mas sinceramente depois de tudo o que tem sido feito... nao há comparações possiveis...
PS: não gosto do vieira... mas santa paciencia..
Podes aprimorar, até agradeço.
Mas eu não faço nenhum tipo de comparação. Em momento algum comparo qualquer dos presidentes do Benfica. Podem fazer deduções, mas é por conta e risco de quem as faz.
Apenas relato a minha visão dos factos.
É apenas a minha opinião. Ninguém é dono da verdade absoluta.

olha lá ó companheiro, como é que é? contamos contigo... :)
http://serbenfiquista.com/forum/index.php?topic=59326.msg1083289128#msg1083289128
Nesse dia é impossível. :cry2:
Devíamos organizar uma sardinhada em Matosinhos lá mais para o verão.
Fica a sugestão.

XineloBranco

Citação de: Red2802 em 31 de Maio de 2016, 13:00
Citação de: XineloBranco em 31 de Maio de 2016, 10:24
Citação de: Red2802 em 31 de Maio de 2016, 10:09
Citação de: kyza em 31 de Maio de 2016, 05:04
Eu até aprimorava o texto... e posso-o fazer pois ate tenho idade e lembro-me bem..
Em todo o caso... esse texto é aniquilado pelas "alturas e epocas"...
Tudo o resto é uma comparação facil... percebo-te, mas sinceramente depois de tudo o que tem sido feito... nao há comparações possiveis...
PS: não gosto do vieira... mas santa paciencia..
Podes aprimorar, até agradeço.
Mas eu não faço nenhum tipo de comparação. Em momento algum comparo qualquer dos presidentes do Benfica. Podem fazer deduções, mas é por conta e risco de quem as faz.
Apenas relato a minha visão dos factos.
É apenas a minha opinião. Ninguém é dono da verdade absoluta.

olha lá ó companheiro, como é que é? contamos contigo... :)
http://serbenfiquista.com/forum/index.php?topic=59326.msg1083289128#msg1083289128
Nesse dia é impossível. :cry2:
Devíamos organizar uma sardinhada em Matosinhos lá mais para o verão.
Fica a sugestão.

toca a organizar :)


Bola7

Citação de: Red2802 em 29 de Maio de 2016, 23:26
TEXTO DEMASIADO LONGO QUE PODE ABORRECER A MAIORIA DOS LEITORES.
É APENAS PARA MEMÓRIA FUTURA.

Há 15 dias atrás o glorioso sagrava-se TRICAMPEÃO após 39 anos de espera. Tinha 6 anos.

Há 15 dias atrás tive a maior alegria desportiva da minha vida e gostava de deixar aqui algumas notas sobre o que penso e sinto sobre o clube. Este título ainda não foi devidamente celebrado e a maioria de nós ainda não se consciencializou da importância do mesmo. Como um dos mais "idosos" do fórum sinto-me na obrigação de dar a minha opinião.

- A última vez e tínhamos sido bicampeões foi em 83/84 com Eriksson. No final da época Eriksson seguiu para a Roma. Stromberg foi vendido à Atalanta e Chalana ao Bordéus. Para os seus lugares não veio ninguém à altura. Pal Csernai para treinador e Wando para o lugar de Chalana.

- Fernando Martins, presidente à data, diz que o dinheiro era para fechar o terceiro anel do estádio. Começou aí a saga do clube que tem que vender jogadores. Ficámos em terceiro lugar e entregámos o campeonato ao Porto que já ía numa seca de 5 anos depois de ter estado 19 anos sem ganhar nada (tinha sido bicampeão em 77/78 e 78/79).

- Nunca mais fomos bicampeões. O poder foi entregue a Pinto da Costa pelo seu último grande amigo no Benfica: Fernando Martins. O homem que teve coragem de estar presente no lançamento do livro "Largos dias têm 100 anos", já bem depois do Apito Dourado.

- Seguiu-se João Santos que formou as melhores equipas dos últimos 40 anos. Com o apoio de Manuel Barbosa e Jorge de Brito, aposta tudo para, dentro do campo, evitar a hegemonia portista. Vai buscar grandes nomes com Mozer, Ricardo e Valdo e faz regressar Eriksson. Tarde demais! O controlo era absoluto por parte dos Pintos. Adriano Pinto, Lourenço Pinto e Pinto de Sousa dominam todo o futebol português. Rui Águas muda-se para o Porto. O clima é insuportável e o Porto domina e controla tudo. Domínio absoluto, só comparável ao Steaua de Bucareste, na Roménia.

- Jorge de Brito tem uma passagem fugaz pela presidência depois do desgaste de João Santos. Não se adapta ao clima de pressão do meio futebolístico ( Jorge de Brito era um senhor ), sofre um ataque do ignóbil Sousa Cintra que leva Paulo Sousa e Pacheco. Abandona a presidência a meio de 93/94, sendo substituído pelo "anjinho" Damásio.

- Damásio despede o campeão Toni e vai buscar Artur Jorge. Entra-se numa espiral de contratações desmedidas e campeonatos ganhos à décima jornada pelo Porto. Era impossível ganhar, tal o poder do clube do Norte. Damásio deixa o clube num estado calamitoso, com -dizia ele- uma SAD "na gaveta" de 20 milhões de contos, à data.

- Estava aberto o caminho para um populista. Não há populistas honestos, mas essa é uma conclusão que teima em ser amiga do pensamento de São Tomé. Vale e Azevedo ganha as eleições e prepara-se para tomar de assalto o clube. Tem uma gestão desportiva calamitosa e uma gestão financeira criminosa.

- Vilarinho e Eusébio salvam o clube. Maltratar Eusébio foi a prova de que não há crimes perfeitos. Eusébio voltava a entrar na história do clube pela positiva. A sua morte será o seu último grande contributo, como falarei à frente. Ironicamente.

- Vilarinho não aguenta a pressão de reconstruir tudo e chama Vieira, esse ilustre desconhecido. Sócio dos três grandes ( Vieira era sócio do Sporting ou do Porto por causa da natação. Domingos Soares Oliveira diz que ele não sabe nadar) e ex-presidente do Alverca, era para mim uma incógnita.

- Vieira assume mais tarde a presidência com pouca obra feita e com erros enormes na gestão desportiva. O negócio Mantorras, que custou 5 milhões de euros ao Benfica não é um bom prenúncio. Tem o crédito de ser indicado pelo Vilarinho, um grande benfiquista.

- Assume a sua inaptidão para a gestão do futebol. Chama José Veiga, ligado ao Porto e a Pinto da Costa numa das decisões mais inusitadas e polémicas de que tenho memória. José Veiga move-se bem no mercado e blinda clube às influências externas. Estamos na altura da morte aos papagaios.

- Estoura o escândalo do Apito Dourado sem o qual nunca teríamos ganho o título com o Trapp.

- Vieira cavalga, com razão, no Apito Dourado. Mesmo assim, perde quatro campeonatos seguidos para o Porto. Koeman, Fernando Santos, Camacho e Quique nada conseguem contra Co Adriaanse e Jesualdo. Veiga sai e Rui Costa assume o futebol.

- Comeca a fase zig-zag de Vieira. Hoje diz umas coisas e amanhã diz o seu contrário. Contradições em barda e aumenta o "entreposto" de jogadores.

- Chega Jorge Jesus e Rui Costa vai para a prateleira. Vieira diz que assume o futebol mas quem o faz é o amigo da Reboleira.

- Entrtanto o clube está melhor financeiramente e caminha para os melhores do mundo em infra-estruturas. Ainda não sabemos com que custos, mas ninguém pode retirar esse mérito a Vieira. É voz corrente nos meandros que é o único clube em Portugal que paga a tempo e horas. Estamos no tempo das vacas gordas no BES.

- A Benfica TV, grande golpe de asa de Vieira, abana com os poderes instalados. Começam a aparecer clubes que duvidam do futuro de Pinto da Costa e sus muchachos.

- O campeonato de 2009/2010 é ganho no limite, contra o Braga. Vieira incha e o seu amigo da Reboleira incha ainda mais. Já se fala na conquista da Champions.

- Jesus, um especialista em treino separado entre defesa e ataque, que tem um adjunto para cada um dos momentos de jogo, toma de assalto o cérebro de Vieira. Como é óbvio, correu mal. Jesus tem um QI de um orangotango e prepara-se para afundar o clube.

- Depois de três campeonatos perdidos para Villas Boas e Vitor Pereira, Vieira investe o que tem e o que não tem para ganhar. Pelo meio, altera os estatutos e perpetua-se no poder. O BES segura tudo.

- 2013/2014 começa mal. Depois do tormento de 2012/2013 estamos a perder em casa com o Gil Vicente nos descontos. Milagre salva Jesus. A equipa joga mal e continua na senda dos anos anteriores. Com um plantel de luxo, não jogamos nada.

- Morre Eusébio. É altura de reunir as almas. Primeiro jogo sem Eusébio é com o Porto na Luz. Viragem. Benfiquistas acreditam e empurram equipa para a vitória. Campeões.

- Depois da lenga-lenga do "o Benfica não precisa de vender jogadores" chegou a narrativa da crise. O BES foi-se. Aposta-se na formação e vende-se em dois anos uma equipa campeã e ainda alguns da formação. Jorge Mendes entra em ação, agora a sério. Os negócios com o Valência e Mónaco aproveitam a todos. E salva-se o clube do incumprimento na banca. Somos bicampeões, o título em que Jesus tem mais mérito, apesar de Lopetegui.

- Vem Rui Vitória. Um treinador sem estatuto, habituado a fazer omeletes sem ovos. Ideal para engolir as vendas e dar roda livre a Vieira.

- Jesus vai para o Sporting e escangalha a estratégia de Vieira. Vieira não queria Jesus. Estava farto dele e agora tem que o aturar todos os dias no rival.

- A época inicia-se de forma dramática. Rui Vitória é peça fora do baralho na guerra Vieira-Jesus. Duas coisa irão mudar o rumo da história: Jesus incha novamente (como em 2010) e, qual Eusébio, acorda o monstro moribundo. Rui Vitória, que já tinha suportado a morte dos pais num acidente, tem cabedal para Jesus e muito mais. Conquista os jogadores, e com um futebol suportado inicialmente em garra e raça, consegue levar a água ao seu moinho contra tudo e contra todos. Fez uma equipa com uma alma que eu nunca tinha visto. E que, com o tempo, melhorou muito a sua qualidade e consistência.

- Hoje por hoje, estamos num dilema. Temos um presidente que salvou o clube. Temos infra-estruturas como nunca tivemos. Somos Tricampeões. Somos dominadores nas amadoras. Temos um passivo brutal. Temos um presidente que falha à sua palavra e muda de discurso constantemente. Temos uma brutalidade de jogadores com contrato e fazemos negócios duvidosos com jogadores para a equipa B. Temos um administrador para a àrea financeira que diz que o dinheiro do Renato pode ser para investir na equipa e temos a equipa toda à venda (não, não é invenção da CS. Temos que vender e vamos vender mais jogadores).

A minha conclusão é simples. Se vendermos novamente a equipa toda, temos que reduzir drasticamente o passivo. Caso isso não se verifique, estaremos perante uma fraude.

Gostava de ter certezas absolutas sobre as intenções do presidente. Quem me mente uma vez ( e eu sou sócio 22.xxx, accionista e, acima de tudo, adepto) deixa-me desconfiado. Espero estar cá para ver. E espero, acima de tudo, que a obra feita - que é muita - tenha sido feita por um benfiquista com a melhor das intenções.

Que me desculpem os que conseguiram chegar até ao fim do texto. Teria muito mais para dizer, em especial quanto à podridão que foi o domínio do Porto e as suas consequências nas diversas gestões no Benfica.

Isto é parte da história.

Fernando Martins, João Santos e Jorge de Brito já morreram.

Sobram Damásio, Vilarinho e Vieira...todos falados nos últimos tempos.
muito bom em especial...Jesus, um especialista em treino separado entre defesa e ataque, que tem um adjunto para cada um dos momentos de jogo, toma de assalto o cérebro de Vieira. Como é óbvio, correu mal. Jesus tem um QI de um orangotango e prepara-se para afundar o clube. ihihihihih

cernache1

Citação de: Bola7 em 31 de Maio de 2016, 14:59
Citação de: Red2802 em 29 de Maio de 2016, 23:26
TEXTO DEMASIADO LONGO QUE PODE ABORRECER A MAIORIA DOS LEITORES.
É APENAS PARA MEMÓRIA FUTURA.

Há 15 dias atrás o glorioso sagrava-se TRICAMPEÃO após 39 anos de espera. Tinha 6 anos.

Há 15 dias atrás tive a maior alegria desportiva da minha vida e gostava de deixar aqui algumas notas sobre o que penso e sinto sobre o clube. Este título ainda não foi devidamente celebrado e a maioria de nós ainda não se consciencializou da importância do mesmo. Como um dos mais "idosos" do fórum sinto-me na obrigação de dar a minha opinião.

- A última vez e tínhamos sido bicampeões foi em 83/84 com Eriksson. No final da época Eriksson seguiu para a Roma. Stromberg foi vendido à Atalanta e Chalana ao Bordéus. Para os seus lugares não veio ninguém à altura. Pal Csernai para treinador e Wando para o lugar de Chalana.

- Fernando Martins, presidente à data, diz que o dinheiro era para fechar o terceiro anel do estádio. Começou aí a saga do clube que tem que vender jogadores. Ficámos em terceiro lugar e entregámos o campeonato ao Porto que já ía numa seca de 5 anos depois de ter estado 19 anos sem ganhar nada (tinha sido bicampeão em 77/78 e 78/79).

- Nunca mais fomos bicampeões. O poder foi entregue a Pinto da Costa pelo seu último grande amigo no Benfica: Fernando Martins. O homem que teve coragem de estar presente no lançamento do livro "Largos dias têm 100 anos", já bem depois do Apito Dourado.

- Seguiu-se João Santos que formou as melhores equipas dos últimos 40 anos. Com o apoio de Manuel Barbosa e Jorge de Brito, aposta tudo para, dentro do campo, evitar a hegemonia portista. Vai buscar grandes nomes com Mozer, Ricardo e Valdo e faz regressar Eriksson. Tarde demais! O controlo era absoluto por parte dos Pintos. Adriano Pinto, Lourenço Pinto e Pinto de Sousa dominam todo o futebol português. Rui Águas muda-se para o Porto. O clima é insuportável e o Porto domina e controla tudo. Domínio absoluto, só comparável ao Steaua de Bucareste, na Roménia.

- Jorge de Brito tem uma passagem fugaz pela presidência depois do desgaste de João Santos. Não se adapta ao clima de pressão do meio futebolístico ( Jorge de Brito era um senhor ), sofre um ataque do ignóbil Sousa Cintra que leva Paulo Sousa e Pacheco. Abandona a presidência a meio de 93/94, sendo substituído pelo "anjinho" Damásio.

- Damásio despede o campeão Toni e vai buscar Artur Jorge. Entra-se numa espiral de contratações desmedidas e campeonatos ganhos à décima jornada pelo Porto. Era impossível ganhar, tal o poder do clube do Norte. Damásio deixa o clube num estado calamitoso, com -dizia ele- uma SAD "na gaveta" de 20 milhões de contos, à data.

- Estava aberto o caminho para um populista. Não há populistas honestos, mas essa é uma conclusão que teima em ser amiga do pensamento de São Tomé. Vale e Azevedo ganha as eleições e prepara-se para tomar de assalto o clube. Tem uma gestão desportiva calamitosa e uma gestão financeira criminosa.

- Vilarinho e Eusébio salvam o clube. Maltratar Eusébio foi a prova de que não há crimes perfeitos. Eusébio voltava a entrar na história do clube pela positiva. A sua morte será o seu último grande contributo, como falarei à frente. Ironicamente.

- Vilarinho não aguenta a pressão de reconstruir tudo e chama Vieira, esse ilustre desconhecido. Sócio dos três grandes ( Vieira era sócio do Sporting ou do Porto por causa da natação. Domingos Soares Oliveira diz que ele não sabe nadar) e ex-presidente do Alverca, era para mim uma incógnita.

- Vieira assume mais tarde a presidência com pouca obra feita e com erros enormes na gestão desportiva. O negócio Mantorras, que custou 5 milhões de euros ao Benfica não é um bom prenúncio. Tem o crédito de ser indicado pelo Vilarinho, um grande benfiquista.

- Assume a sua inaptidão para a gestão do futebol. Chama José Veiga, ligado ao Porto e a Pinto da Costa numa das decisões mais inusitadas e polémicas de que tenho memória. José Veiga move-se bem no mercado e blinda clube às influências externas. Estamos na altura da morte aos papagaios.

- Estoura o escândalo do Apito Dourado sem o qual nunca teríamos ganho o título com o Trapp.

- Vieira cavalga, com razão, no Apito Dourado. Mesmo assim, perde quatro campeonatos seguidos para o Porto. Koeman, Fernando Santos, Camacho e Quique nada conseguem contra Co Adriaanse e Jesualdo. Veiga sai e Rui Costa assume o futebol.

- Comeca a fase zig-zag de Vieira. Hoje diz umas coisas e amanhã diz o seu contrário. Contradições em barda e aumenta o "entreposto" de jogadores.

- Chega Jorge Jesus e Rui Costa vai para a prateleira. Vieira diz que assume o futebol mas quem o faz é o amigo da Reboleira.

- Entrtanto o clube está melhor financeiramente e caminha para os melhores do mundo em infra-estruturas. Ainda não sabemos com que custos, mas ninguém pode retirar esse mérito a Vieira. É voz corrente nos meandros que é o único clube em Portugal que paga a tempo e horas. Estamos no tempo das vacas gordas no BES.

- A Benfica TV, grande golpe de asa de Vieira, abana com os poderes instalados. Começam a aparecer clubes que duvidam do futuro de Pinto da Costa e sus muchachos.

- O campeonato de 2009/2010 é ganho no limite, contra o Braga. Vieira incha e o seu amigo da Reboleira incha ainda mais. Já se fala na conquista da Champions.

- Jesus, um especialista em treino separado entre defesa e ataque, que tem um adjunto para cada um dos momentos de jogo, toma de assalto o cérebro de Vieira. Como é óbvio, correu mal. Jesus tem um QI de um orangotango e prepara-se para afundar o clube.

- Depois de três campeonatos perdidos para Villas Boas e Vitor Pereira, Vieira investe o que tem e o que não tem para ganhar. Pelo meio, altera os estatutos e perpetua-se no poder. O BES segura tudo.

- 2013/2014 começa mal. Depois do tormento de 2012/2013 estamos a perder em casa com o Gil Vicente nos descontos. Milagre salva Jesus. A equipa joga mal e continua na senda dos anos anteriores. Com um plantel de luxo, não jogamos nada.

- Morre Eusébio. É altura de reunir as almas. Primeiro jogo sem Eusébio é com o Porto na Luz. Viragem. Benfiquistas acreditam e empurram equipa para a vitória. Campeões.

- Depois da lenga-lenga do "o Benfica não precisa de vender jogadores" chegou a narrativa da crise. O BES foi-se. Aposta-se na formação e vende-se em dois anos uma equipa campeã e ainda alguns da formação. Jorge Mendes entra em ação, agora a sério. Os negócios com o Valência e Mónaco aproveitam a todos. E salva-se o clube do incumprimento na banca. Somos bicampeões, o título em que Jesus tem mais mérito, apesar de Lopetegui.

- Vem Rui Vitória. Um treinador sem estatuto, habituado a fazer omeletes sem ovos. Ideal para engolir as vendas e dar roda livre a Vieira.

- Jesus vai para o Sporting e escangalha a estratégia de Vieira. Vieira não queria Jesus. Estava farto dele e agora tem que o aturar todos os dias no rival.

- A época inicia-se de forma dramática. Rui Vitória é peça fora do baralho na guerra Vieira-Jesus. Duas coisa irão mudar o rumo da história: Jesus incha novamente (como em 2010) e, qual Eusébio, acorda o monstro moribundo. Rui Vitória, que já tinha suportado a morte dos pais num acidente, tem cabedal para Jesus e muito mais. Conquista os jogadores, e com um futebol suportado inicialmente em garra e raça, consegue levar a água ao seu moinho contra tudo e contra todos. Fez uma equipa com uma alma que eu nunca tinha visto. E que, com o tempo, melhorou muito a sua qualidade e consistência.

- Hoje por hoje, estamos num dilema. Temos um presidente que salvou o clube. Temos infra-estruturas como nunca tivemos. Somos Tricampeões. Somos dominadores nas amadoras. Temos um passivo brutal. Temos um presidente que falha à sua palavra e muda de discurso constantemente. Temos uma brutalidade de jogadores com contrato e fazemos negócios duvidosos com jogadores para a equipa B. Temos um administrador para a àrea financeira que diz que o dinheiro do Renato pode ser para investir na equipa e temos a equipa toda à venda (não, não é invenção da CS. Temos que vender e vamos vender mais jogadores).

A minha conclusão é simples. Se vendermos novamente a equipa toda, temos que reduzir drasticamente o passivo. Caso isso não se verifique, estaremos perante uma fraude.

Gostava de ter certezas absolutas sobre as intenções do presidente. Quem me mente uma vez ( e eu sou sócio 22.xxx, accionista e, acima de tudo, adepto) deixa-me desconfiado. Espero estar cá para ver. E espero, acima de tudo, que a obra feita - que é muita - tenha sido feita por um benfiquista com a melhor das intenções.

Que me desculpem os que conseguiram chegar até ao fim do texto. Teria muito mais para dizer, em especial quanto à podridão que foi o domínio do Porto e as suas consequências nas diversas gestões no Benfica.

Isto é parte da história.

Fernando Martins, João Santos e Jorge de Brito já morreram.

Sobram Damásio, Vilarinho e Vieira...todos falados nos últimos tempos.
muito bom em especial...Jesus, um especialista em treino separado entre defesa e ataque, que tem um adjunto para cada um dos momentos de jogo, toma de assalto o cérebro de Vieira. Como é óbvio, correu mal. Jesus tem um QI de um orangotango e prepara-se para afundar o clube. ihihihihih

Discordo e quero que se respeite os orangotangos.

LeandroSLB

BEENFIICAAA BEENFFIIICAAA BEEENNFFFIIIICAAA DÁ-ME O 36!!!