Competições Nacionais Femininas 2019/2020

J.P.

#825
SOLUÇÃO CONTRÁRIA À DA FEDERAÇÃO
Fiães, Amora e Torreense insurgem-se contra decisão da FPF e apresentam proposta conjunta

Texto retirado do zerozero.pt
https://www.zerozero.pt/news.php?id=282640&fbclid=IwAR2Tuo_8ADlxrlmrscJzHPz1pbNGujwIGAYGKp7MPX_-S4KLB9buXXnvLKs




J.P.

Hannah Wilkinson rescindiu com o Sporting: «Tive de sair de repente»
Avançada neozelandesa marcou 16 golos em 20 jogos esta temporada

A futebolista neozelandesa Hannah Wilkinson e o Sporting acordaram esta quinta-feira a rescisão do contrato que os unia, segundo anunciou a equipa portuguesa. A jogadora explica, em vídeo, que teve de abandonar o país «abruptamente» face às restrições impostas pela pandemia da covid-19.

«O Sporting é um dos clubes mais incríveis que representei. É um dos mais profissionais que conheci. Conheci pessoas fantásticas e jogadoras talentosas, de todos os cantos do mundo, incluindo algumas das melhores portuguesas. Foi um privilégio jogar ao lado delas», começa por destacar Wilkinson numa mensagem de despedida.

A avançada, de 27 anos, explica depois os motivos da sua saída. «Infelizmente tive de sair de Portugal de repente devido à situação de isolamento em Portugal e na Nova Zelândia, o que me colocou numa situação difícil para voltar a casa, o que me levou a sair da forma como saí. É triste, mas já não estou no Sporting. Peço imensa desculpa por ter acontecido desta forma. Nunca vou esquecer, vou ser sportinguista para sempre», conta ainda avançada que, esta época marcou 16 golos em 20 jogos.

https://maisfutebol.iol.pt/liga/campeonato-feminino/hannah-wilkinson-rescindu-com-o-sporting-tive-de-sair-de-repente

anarcos

Paio Pires sofreu um murro no estômago

Com 14 profissionais estrangeiras, clube aderiu ao lay-off...

PROJECTO ENVOLVE UM INVESTIMENTO DE MEIO MILHÃO DE EUROS



Para o Paio Pires Futebol Clube o término do Campeonato Nacional Feminino da 2.ª Divisão foi um autêntico murro no estômago porque não proporcionou a concretização de um objectivo que havia sido estabelecido com base num projecto devidamente sustentado e suportado por um investimento de meio milhão de euros.

Muita gente pode pensar que se trata de uma loucura porque no Vale da Abelha não existe qualquer poço de petróleo. Contudo, deve ser esclarecido que tudo foi devidamente pensado e delineado com os pés bem assentes na terra.

O clube conseguiu juntar um grupo de pessoas que, fazendo uso da sua experiencia profissional, se empenhou na procura de investidores e parceiros estratégicos, resultando daí a formação de um plantel constituído na sua maioria por jogadoras profissionais estrangeiras. As expectativas eram altas mas o novo coronavírus, que causou esta pandemia, acabou com elas e o clube viu-se na obrigação de aderir ao lay-off para minimizar os prejuízos causados e, no mínimo, cumprir com as suas obrigações para com as jogadoras.

Nuno Painço, responsável pela parte administrativa, logística e comunicação, em entrevista ao nosso jornal, contou tudo ao pormenor e adiantou já alguns pormenores sobre a próxima época.

"Só não erra quem nada faz"

Como reagiu o clube à notícia da decisão da FPF em dar por concluído o campeonato nacional da 2.ª divisão?

Se foi uma surpresa. Não, não foi. Até porque assim que foram dados por terminados os campeonatos de formação, já calculávamos que era o que ia acontecer, e não foi ao mesmo tempo porque não tiveram coragem para o fazer. Mas como é óbvio foi uma enorme decepção, que soubemos da notícia do término dos campeonatos não profissionais, através da comunicação social. No entanto a nossa postura sempre foi estarmos preparados para o reatar da competição, dando condições ao staff técnico e às atletas, tanto a nível físico, médico e psicológico, para estarem prontas para a competição. Agora não nos compete condenar a decisão, de quem teve a responsabilidade de decidir, só o tempo dirá se foi uma medida acertada ou errada, mas também sei, nos 15 anos que levo de movimento associativo, só não erra quem nada faz e nunca teve nas mãos o poder de decisão.

O investimento foi grande e as expectativas eram altas para esta época. Sente alguma desilusão pelo facto do campeonato não ter terminado?

Foi como um muro no estômago. É claro que dentro da normalidade, os campeonatos são para se decidir dentro do rectângulo de jogo e não de forma administrativa. Mas não estamos num estado, nem numa posição em que o futebol possa estar em primeiro lugar, do que salvaguardar as vidas de todos nós. Com uma vitória e uma derrota nada estava decidido, ainda havia muito campeonato para disputar, estava tudo nas nossas mãos, melhor dizendo nos pés das atletas.

"Somos amadores mas trabalhamos como profissionais"



Muita gente interroga, como foi possível ao Paio Pires fazer uma aposta tão forte no futebol feminino?

Fomos à luta. Em tudo na vida, seja na nossa vida profissional, associativa, ou desportiva, temos de ser profissionais. Temos de colocar em campo todo o nosso profissionalismo, como fazemos em tudo na vida, pelo menos eu penso assim, e também sei, que é assim que o meu presidente pensa. O presidente Jorge Lopes soube rodear-se de pessoas, leais, honestas, sérias e profissionais. Podemos ser amadores do futebol, mas trabalhamos tão bem ou melhor que os clubes profissionais, e foi dito por várias entidades ligadas ao futebol. Criámos um departamento de futebol feminino muito forte e blindado, como um balneário deve ser, liderado pelo vice-presidente João Gonçalves, com a experiência do Pedro Sebastião como director desportivo, a minha experiência no movimento associativo faz 15 anos, aplicando a parte administrativa, logística e comunicação da minha área profissional, e o principal impulsionador deste projecto o Engenheiro Ismael Duarte, no qual colocou toda a sua experiência empresarial, na busca de patrocinadores e parceiros estratégicos. Tentámos libertar o Presidente, para ele se preocupar mais com o futebol masculino, academia, praça de touros, ao fim ao cabo, com tudo o resto, menos como o futebol feminino, e se existe futebol feminino no Paio Pires Futebol Clube ao nosso Presidente podem agradecer.

Esta medida teve algum efeito negativo em termos financeiros para o clube?

Como é óbvio, não havendo movimento no nosso Vale Da Abelha, alguma receita que se ia fazendo com a competição, principalmente com os jogos da equipa sénior, deixou de entrar alguma verba, para despesas correntes que o clube tem. O nosso presidente e a tesoureira têm feito milagres, têm conseguido esticar o dinheiro, para fazer face às despesas, sem ajudas principalmente do poder político local, mas acredito que não estamos esquecidos, e que o vento vai mudar de direcção.



Tendo a época terminado mais cedo, o que vai acontecer às atletas, principalmente às estrangeiras?

Vamos deixar passar o estado de emergência, e aguardarmos serenamente que os órgãos de decisão passem instruções. Não nos podemos esquecer que temos 14 atletas estrangeiras e profissionais, com contrato de trabalho até 30 de Junho do corrente ano, e que neste momento o Paio Pires Futebol Clube aderiu ao lay-off, e que durante este período nem pode rescindir, nem despedir atletas, e como é óbvio, com a limitação de voos, não podemos fazer seguir as atletas para o seu país. Vamos ter mais despesa, porque com a alteração que temos de fazer das passagens que estão asseguradas para o fim da época, mais taxas nos vão cobrar. As atletas portuguesas regressam à sua vida normal, ficando resguardadas como têm feito.

"Aposta em jogadoras portuguesas de qualidade"



O projecto mantém-se na próxima época ou poderão surgir algumas novidades?

Posso dizer que o orçamento da equipa sénior foi meio milhão de euros e que desse orçamento utilizámos até ao dia em que as competições foram suspensas 270 mil euros. Foi um grande investimento. Mas, atenção, orçamento este vindo de parceiros e investidores. O projecto do futebol feminino no Paio Pires Futebol Clube não é uma promessa, é uma realidade. Como sabe durante algum tempo, mataram o futebol feminino no Paio Pires Futebol Clube, pessoas que não deviam andar no futebol, quanto mais no feminino. O nosso presidente reactivou novamente o futebol feminino, esta é a sua segunda época a comandar este navio. Com mais tempo para preparar a próxima época, não só no futebol sénior, mas principalmente na formação. Vamos querer ter técnicos qualificados em todos os escalões, onde o coordenador de todo o futebol feminino será o treinador da equipa sénior que for contratado para a próxima época. Ao nível da equipa sénior, iremos apostar numa base de jogadoras portuguesas de grande qualidade e se conseguirmos internacionais, tendo também no nosso plantel 5 ou 6 atletas estrangeiras que possam fazer a diferença. Queremos ter uma equipa mais equilibrada, tínhamos as melhores jogadoras, mas não tínhamos o melhor plantel, e cabe-nos a nós analisar o que não esteve bem, o que já estamos a fazer. A segunda divisão vai ser composta pelas equipas que estavam a disputar a subida à Liga BPI, irá ser muito forte e competitiva, pelo menos a Zona Sul.

https://www.jornaldedesporto.pt/2020/04/futebol-feminino-paio-pires-sofreu-um.html

JMiguel23

500 mil € já era um valor bastante considerável,
Não sei quanto o Famalicão estava a investir mas não seria muito mais que o Paio Pires.

RicardoSR

seria terrivel para a competição não subir nenhuma equipa e continuarmos com As-dos-Francos e outras fraquissimas.

Pedro2910

Citação de: JMiguel23 em 17 de Abril de 2020, 12:34
500 mil € já era um valor bastante considerável,
Não sei quanto o Famalicão estava a investir mas não seria muito mais que o Paio Pires.

Se calhar nem tanto, aliás admira-me que o Famalicão principal candidato à subida na zona norte não tenha estado presente na reunião com as outras equipas lideres, será desinteresse? Quanto ao Paio Pires apesar do seu extraordinário orçamento, ainda mais tratando-se de um clube tão pequeno, não conseguiu os resultados esperados, em quatro jogos contra equipas candidatas perdeu três e empatou um. Um corrupio de jogadoras sul americanas que foram chegando ao longo da época, mesmo tendo qualidade, não serviu para construir uma equipa suficientemente competitiva.

anarcos

Citação de: J.P. em 16 de Abril de 2020, 19:31
Hannah Wilkinson rescindiu com o Sporting: «Tive de sair de repente»
Avançada neozelandesa marcou 16 golos em 20 jogos esta temporada

A futebolista neozelandesa Hannah Wilkinson e o Sporting acordaram esta quinta-feira a rescisão do contrato que os unia, segundo anunciou a equipa portuguesa. A jogadora explica, em vídeo, que teve de abandonar o país «abruptamente» face às restrições impostas pela pandemia da covid-19.

«O Sporting é um dos clubes mais incríveis que representei. É um dos mais profissionais que conheci. Conheci pessoas fantásticas e jogadoras talentosas, de todos os cantos do mundo, incluindo algumas das melhores portuguesas. Foi um privilégio jogar ao lado delas», começa por destacar Wilkinson numa mensagem de despedida.

A avançada, de 27 anos, explica depois os motivos da sua saída. «Infelizmente tive de sair de Portugal de repente devido à situação de isolamento em Portugal e na Nova Zelândia, o que me colocou numa situação difícil para voltar a casa, o que me levou a sair da forma como saí. É triste, mas já não estou no Sporting. Peço imensa desculpa por ter acontecido desta forma. Nunca vou esquecer, vou ser sportinguista para sempre», conta ainda avançada que, esta época marcou 16 golos em 20 jogos.

https://maisfutebol.iol.pt/liga/campeonato-feminino/hannah-wilkinson-rescindu-com-o-sporting-tive-de-sair-de-repente



https://www.sporting.pt/pt/noticias/futebol/futebol-feminino/2020-04-16/hannah-wilkinson-obrigada-pela-experiencia-foi




20Nico Gaitan20

Se o futebol masculino voltar... O feminino também tem de voltar... É só idiota isto.... Se dá para uns tem de dar para os outros.

Josepereira1904

Citação de: 20Nico Gaitan20 em 19 de Abril de 2020, 10:28
Se o futebol masculino voltar... O feminino também tem de voltar... É só idiota isto.... Se dá para uns tem de dar para os outros.
Não é liquido, quem tutela a feminino é a federação, o masculino é a liga

carvalho0407

5oo mil euros de orçamento na 2ª divisao?, bem ou sou burro ou alguma coisa aqui me escapa.

entao benfica, sporting, braga, tem orçamentos de que?4 ou 5 milhoes?

Bryan.

Citação de: 20Nico Gaitan20 em 19 de Abril de 2020, 10:28
Se o futebol masculino voltar... O feminino também tem de voltar... É só idiota isto.... Se dá para uns tem de dar para os outros.

A esmagadora maioria das atletas são amadoras. São obrigações completamente diferentes.

anarcos

Torreense, Amora e Fiães apresentam plano à FPF

Torreense, Amora e Fiães, três equipas das Séries Norte e Sul do Campeonato da 2.ª Divisão de futebol feminino, propõem à Federação Portuguesa de Futebol duas hipóteses que possibilitem a subida de divisão à Liga BPI, a principal competição do país.

Os três clubes juntaram-se depois de, no dia 8 deste mês, a FPF determinar o fim de todas as provas por ela organizadas, desde Campeonato de Portugal, futsal e as provas nacionais de futebol feminino, entre as quais a 2.ª Divisão, sem subidas e descidas. Consequência do Covid-19.

A proposta prevê dois cenários. Primeiro: os dois primeiros de cada série sobem à Liga BPI e esta alargaria de 12 para 16 equipas em 2020/2021. Assim, na próxima época desciam quatro clubes e subiam dois. Nesta hipótese subiriam Famalicão, Fiães (Série Norte), Torreense e Amora (Série Sul). O segundo cenário contempla a realização de um play-off, mediante sorteio, entre os dois primeiros classificados da mesma série, os mesmos clubes. Aí subiriam apenas duas equipas e a Liga BPI passava de 12 para 14 em 2020/2021. Os clubes aguardam uma resposta por parte da FPF.

«Enviámos o comunicado à Federação na quinta-feira e responderam-nos prontamente de forma formal. Disseram-nos que iam analisar e responder de forma definitiva», afirma Nuno Carvalho, vice-presidente do Torreense, a A BOLA. A proposta foi assinada por três clubes, mas não consta o Famalicão, líder da Série Norte. Os famalicenses, contudo, estão de acordo: «Foi uma questão de timing. Não podíamos perder mais tempo, mas o Famalicão revê-se na reivindicação, como é lógico.»

Os clubes pretendem ter sucesso desportivo e alcançar o objetivo proposto, o de subida à Liga, ou correm o risco do investimento de uma temporada ir por água abaixo. «Fizemos investimento nesse sentido. O nível de competitividade na 2.ª Divisão é díspar, mais ainda do que na 1.ª Divisão. Para quem ia atingir o objetivo, chegar a meio da prova e ver-se castrado disso torna a situação complicada em termos desportivos e económicos», atira.

O Torreense investiu 500 mil euros no futebol feminino, uma aposta forte, depois do clube ter recuperado a SAD a um investidor chinês. A equipa é orientada por Nuno Cristóvão, um dos treinadores com melhor palmarés na modalidade, e reforçou-se com jogadoras portuguesas e estrangeiras. «Se não conseguirmos a subida de divisão, é como ir ao Casino do Estoril jogar nas máquinas e perder tudo. Mas estaremos cá para o ano», promete o vice-presidente.

Depois do anúncio da FPF, as jogadoras do Torreense foram dispensadas, sem data para voltar, uma vez que se desconhece como será a época 2020/2021. As estrangeiras, na maioria brasileiras, regressaram aos países de origem. O clube de Torres Vedras espera que a FPF faça justiça. «As jogadoras estão a manter a forma como é possível. Mas desmobilizámos depois da decisão. Houve o princípio de não prejudicar ao não haver descidas, mas há prejuízo de subidas. Não se pode olhar para baixo de uma forma e para cima de outra», completa Nuno Carvalho.

https://www.abola.pt/nnh/2020-04-22/torreense-amora-e-fiaes-apresentam-plano-a-fpf/840908

anarcos

Citação de: anarcos em 08 de Abril de 2020, 17:34
Vai-se decidir quem é o representante de Portugal, não quem é o campeão.

E, enquanto a prova for a UEFA Women's Champions League, a última palavra é da... Pois...

Dados objectivos de 2019/2020 que a FPF (e/ou a UEFA) poderá (ou não) ter em conta:

Liga BPI: Braga 0 - 2 Benfica (+) Benfica com 8 pontos de vantagem sobre o Braga

Supertaça: Benfica 1 - 0 Braga

Taça da Liga: Braga 1 - 3 Benfica

Para já, acho que a FPF vai esperar para ver o que sucede nas outras ligas femininas europeias (Espanha/França/Inglaterra/Alemanha à cabeça).

Mas este post é apenas a minha modesta opinião. Aguardemos.

CitaçãoComité Executivo aprova directrizes sobre elegibilidade para as competições da UEFA

Quinta-Feira, 23 de Abril de 2020

Forte recomendação para a conclusão das primeiras divisões nacionais. UEFA EURO 2020 mantém a mesma designação.

O Comité Executivo da UEFA reuniu-se esta quinta-feira, através de videoconferência. Recebeu actualizações sobre os Grupos de Trabalho criados em parceria com a Associação Europeia de Clubes (ECA), Ligas Europeias (EL) e FIFPRO Europa. Das duas hipóteses a serem examinadas pelo Grupo de Trabalho de Calendarização, ambas preconizam o reinício dos campeonatos nacionais antes das competições europeias, com uma das hipóteses a preconizar a realização de ambos em paralelo e a outra a estabelecer o fim dos campeonatos antes do reinício das competições europeias, em Agosto.

O Comité ouviu notícias sobre o trabalho do recém-criado sub-grupo de Medicina, presidido por Tim Meyer, que tem como função examinar assuntos de saúde relacionados com o retomar do futebol, e que trabalha em conjunto com a ECA e as EL para ligar o trabalho já desenvolvido por ligas e clubes para produzir um conjunto de directrizes que vão ser alinhadas com os melhores protocolos de saúde disponíveis. O Comité valorizou a união mostrada pelo futebol europeu e o ênfase dado na prioridade à saúde na tentativa de estabelecer um caminho para o regresso do futebol.

Como resultado de apresentações efectuadas pelas autoridades futebolísticas de Bélgica e Escócia, o Comité reconhece os assuntos identificados e aprovou as Directrizes sobre os princípios de elegibilidade para as competições europeias de 2020/21. As Directrizes reflectem o princípio de que a admissão às competições de clubes da UEFA deve ser sempre baseada no mérito desportivo.

Assim, a UEFA apela às federações e ligas que explorem todas as opções possíveis para concluir todas as competições nacionais que deem acesso às competições de clubes da UEFA. No entanto, a UEFA sublinha que a saúde de jogadores, espectadores e todos os envolvidos no futebol, bem como o publico em geral, deve continuar a ser a preocupação principal neste momento.

O cenário ideal, caso a situação de pandemia o permita, é terminar as competições nacionais actualmente suspensas, permitindo aos clubes apurarem-se para as competições de clubes da UEFA com base no mérito desportivo, tal como no formato original. Caso isso não seja possível, em particular devido a problemas de calendarização, seria preferível que as competições suspensas fossem reatadas mas com um formato diferente, por forma a facilitar que os clubes se qualificassem com base no mérito desportivo.

Ao mesmo tempo que envidam os esforços possíveis para concluir as competições nacionais, as Federações e/ou Ligas podem ter motivos legítimos para as dar por concluídas, em particular nos casos seguintes:

• existência de uma ordem oficial a proibir eventos desportivos, de forma a que as competições nacionais não possam ser completadas até uma data que tornasse possível o fim da época actual em tempo oportuno antes do início da próxima.

• inultrapassáveis problemas económicos que levem a que seja impossível terminar a temporada porque colocaria em risco a estabilidade financeira a longo prazo da competição nacional e/ou clubes.

Se uma competição nacional terminar de forma prematura por motivos legítimos de acordo com as condições enumeradas antes, a UEFA pedirá à federação em causa, encarregue de escolher os clubes para as competições europeias de 2020/21 com base no mérito desportivo em 2019/20, o seguinte:

• o procedimento para a escolha de clubes deve basear-se em princípios objectivos, transparentes e não-discriminatórios. Em última instância, as Federações e Ligas devem ter a capacidade para decidir a classificação final das suas competições nacionais, sempre tendo em conta as circunstâncias específicas de cada competição;

• a determinação final sobre vagas elegíveis para as competições de clubes da UEFA deve ser confirmadas pelos órgãos competentes relevantes a nível nacional.

A UEFA reserva-se o direito de recusar ou avaliar qualquer clube proposto por uma Federação cuja competição nacional tiver terminado de forma prematura nos seguintes casos:

• as competições nacionais não terem terminado prematuramente com base nos motivos enumerados nestas directrizes da UEFA ou com base em qualquer outro motivo legítimo de saúde pública;

• os clubes terem sido escolhidos após um procedimento que não tenha sido objectivo, transparente e não-discriminatório, dessa forma não se considerando que os clubes escolhidos se qualificaram com base no mérito desportivo;

• exista a percepção pública de injustiça na qualificação do clube.

https://pt.uefa.com/insideuefa/news/newsid=2641728.html