Competições Nacionais Femininas 2019/2020

anarcos

Opinião: "Estamos e estaremos com as jogadoras"

Presidente do Sindicato dos Jogadores e o limite orçamental no futebol feminino.

Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores, comenta a questão do limite orçamental no futebol feminino, num artigo de opinião publicado no jornal Record:

"Esta semana, sem rodeios, quero deixar algumas ideias no que respeita ao estado atual do futebol feminino no nosso país. Ponto prévio, que resulta da posição já assumida pelo Sindicato. A FPF podia e devia ter feito um melhor enquadramento da medida do "limite orçamental", evitando leituras enviesadas e o movimento que surgiu podia e devia ter promovido o diálogo, pelos canais próprios, evitando trazer à colação a ideologia de género, que nunca esteve em causa.

Dito isto, importa unir esforços e não dividir. Numa modalidade onde o preconceito é o maior inimigo e que continua a ser muito deficitária, no final do dia a nossa prioridade são as condições, efetivas, para as jogadoras, independentemente do seu estatuto.

No futebol feminino falta quase tudo. Faltam melhores condições desportivas e de trabalho, atrair investidores e distribuir a riqueza gerada, da base ao topo, aumentar o número de praticantes com a capacidade de profissionalizar mais jogadoras.

Nos últimos três anos, o trabalho do Sindicato e da Carla Couto, em particular, tem sido o de identificar os principais problemas nesta liga e procurar respostas adequadas para o futebol feminino em Portugal.

Estamos a finalizar, com a FPF, um acordo coletivo de trabalho capaz de responder a questões basilares como: o combate à precariedade dos vínculos laborais, fixando-se salários mínimos e um modelo contratual tipo, retardando o galopante recurso ao contrato de prestação de serviços ou figuras contratuais atípicas, incentivos à carreira dual, a proteção e assistência na maternidade e doença, a assistência médica e seguros, os horários e condições de trabalho, a prevenção do assédio, entre outros temas. Será o grande passo de modernização e desenvolvimento que as nossas jogadoras merecem.

Em síntese, estamos convencidos de que, de forma concertada, ultrapassaremos este mal-entendido, na certeza de que Federação, Sindicato e Jogadoras jogam na mesma equipa."

http://sjogadores.pt/?pt=news&op=OP_SHOW_DETAIL&id=10944

anarcos

Bloco recebe jogadoras revoltadas com limite salarial no futebol feminino e PS e PCP pressionam Governo: "É uma grave discriminação"

Esquerda está a levar a polémica sobre os tetos salariais para jogadoras de futebol feminino até ao Parlamento. Para os bloquistas, há uma "discriminação sem precedentes", "quase distópica". Socialistas e comunistas questionaram o Governo sobre o assunto

As acusações de discriminação de género no futebol feminino chegaram à política pela mão da esquerda. Esta semana, o Bloco de Esquerda (BE) vai receber as jogadoras que estão a protestar contra o polémico limite da massa salarial imposto pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), medida que considera "uma discriminação sem precedentes". Isto dias depois de o PCP já ter dirigido uma pergunta formal ao Governo sobre o assunto.

Ao Expresso, o deputado do Bloco de Esquerda na Comissão de Desporto, Luís Monteiro, confirma que o encontro deverá acontecer no Parlamento, esta quinta-feira, por iniciativa do BE. O partido contactou as jogadoras que integram o movimento "Futebol Sem Género", criado para contestar esta medida, depois de ter recebido uma queixa formal das jogadoras por e-mail.

A intenção do partido passará por ouvir os testemunhos das jogadoras, que serão acompanhadas por um advogado, e consultá-las sobre a melhor forma de intervir no Parlamento. Do leque de hipóteses admitido pelo BE constam uma pergunta formal ao Governo mas também um pedido de audições ou até a entrega de um projeto próprio sobre o assunto.

Por agora, o partido tem uma certeza: "É uma discriminação sem precedentes e sem razão para existir", sentencia Luís Monteiro. "Está tudo ao contrário: parece quase distópico limitar os salários no futebol feminino quando os salários do futebol masculino é que são totalmente abismais. Há um peso e uma medida completamente diferente" consoante o género, assegura.

PCP e PS questionam Governo

A mesma crítica é feita pelo PCP, que vislumbra uma "grave discriminação" que mereceu uma "justificada contestação" das jogadoras que integram o "Futebol Sem Género" e que por isso dirigiu na semana passada uma pergunta formal à ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e ao secretário de Estado do Desporto, João Paulo Rebelo. No documento, o PCP exige saber se o Governo "tem conhecimento da discriminação" descrita pelas jogadoras e "que medidas" irá tomar para "resolver" esta situação.

Também as deputadas do PS Carla Sousa, Elza Pais, Edite Estrela, Catarina Marcelino, Rosário Gambôa, Sara Velez, Alexandra Tavares de Moura e Cristina Moreira se mostraram indignadas, questionando o Governo sobre o mesmo tema. Esta segunda-feira, as parlamentares socialistas entregaram uma pergunta na Assembleia República sobre o que descrevem como uma "declarada discriminação salarial", além de uma medida "injusta, socialmente imoral, eticamente reprovável" que "institucionaliza a desigualdade salarial".

Para mais, no entender do PS a iniciativa da FPF viola ainda a mais recente lei destinada a promover a igualdade remuneratória entre homens e mulheres e, dado que a Federação tem estatuto de utilidade pública desportiva. As socialistas que assinam a pergunta querem saber se o Governo tomará medidas para corrigir a "injustiça".

Os protestos que chegaram agora à política ouvem-se desde que, a 29 de maio, a FPF anunciou que as equipas da primeira divisão de futebol feminino passariam a contar com a imposição de um limite de 550 mil euros no montante que podem pagar aos seus plantéis. No regulamento em causa, justifica-se a decisão "face às circunstâncias excecionais decorrentes da pandemia covid-19 e à necessidade de garantir o equilíbrio dos clubes e a estabilidade da competição". Em resposta, as jogadoras apressaram-se a criar o "Futebol sem Género", em protesto contra uma medida que descrevem como "avassaladoramente violadora" dos seus direitos individuais.

https://tribunaexpresso.pt/futebol-feminino/2020-06-23-Bloco-recebe-jogadoras-revoltadas-com-limite-salarial-no-futebol-feminino-e-PS-e-PCP-pressionam-Governo-E-uma-grave-discriminacao

darkwolf

1º reduz a qualidade das jogadoras estrangeiras.as boas não vêm para cá.
2º as melhores tugas também não ficarão.
3º equipas portuguesas humilhadas na Champions até pelas equipas mais fracas.

Gradinni

Para esta direção o pensamento é: uma oportunidade de baixar investimento sem porem culpas em nós?? Até esfregam as mãos!

BlankFile

Com a pressão dos partidos sobre o Governo em relação a esta matéria, acredito que possa haver um volte-face nesta medida por parte da FPF. E fazia sentido que essa medida desaparecesse de vez, que nem visse a luz do dia.

É de facto vergonhoso, ultrajante e discriminatório. Estou do lado das atletas a 100%.

Gradinni

Citação de: BlankFile em 24 de Junho de 2020, 14:19
Com a pressão dos partidos sobre o Governo em relação a esta matéria, acredito que possa haver um volte-face nesta medida por parte da FPF. E fazia sentido que essa medida desaparecesse de vez, que nem visse a luz do dia.

É de facto vergonhoso, ultrajante e discriminatório. Estou do lado das atletas a 100%.
No que nos toca, depois o orçamento já estará feito e já "não será possível" fazer alterações, se isso acontecer. E a desculpa do teto salarial para baixar o investimento já terá servido o seu efeito...

BlankFile

Citação de: Gradinni em 24 de Junho de 2020, 14:42
Citação de: BlankFile em 24 de Junho de 2020, 14:19
Com a pressão dos partidos sobre o Governo em relação a esta matéria, acredito que possa haver um volte-face nesta medida por parte da FPF. E fazia sentido que essa medida desaparecesse de vez, que nem visse a luz do dia.

É de facto vergonhoso, ultrajante e discriminatório. Estou do lado das atletas a 100%.
No que nos toca, depois o orçamento já estará feito e já "não será possível" fazer alterações, se isso acontecer. E a desculpa do teto salarial para baixar o investimento já terá servido o seu efeito...

Ora... para esta direcção, o tecto salarial veio mesmo a calhar.

anarcos

FUTEBOL FEMININO

Federação Portuguesa de Futebol e Sindicato dos Jogadores chegam a entendimento e norma do limite orçamental não constará da proposta final.

A Federação Portuguesa de Futebol e o Sindicato dos Jogadores realizaram uma reunião de trabalho na sequência da interpretação sobre a norma de "limite orçamental" proposto para o regulamento 2020/21 da Liga feminina de futebol de 11 que está em discussão e recolha de contributos anterior à sua aprovação final.

Sendo a Federação e o Sindicato parceiros na promoção e desenvolvimento da participação das mulheres no desporto em geral e no futebol em particular e face ao clima de intranquilidade gerado pelo facto da medida ter sido interpretada como uma discriminação em função do género – coisa que não é nem poderia ser -, a FPF informou o Sindicato que essa norma específica não constará do regulamento 2020/2021.

Desta forma, em clima de diálogo social com o Sindicato de Jogadores, será encontrada uma solução alternativa que busque aquilo que todo o universo do futebol feminino deseja: mais equilíbrio competitivo.

Paralelamente, Federação e Sindicato continuam comprometidos a finalizar o acordo coletivo de trabalho com normas adequadas ao futebol feminino nacional, que traduzam as políticas ativas de discriminação positiva, como tem acontecido nos últimos 8 anos de forma inequívoca.

A FPF informou o Sindicato que manterá o plano de apoio para o setor no valor de 600 mil euros e que juntos trabalharão na melhoria desse programa de discriminação positiva que ajudará os clubes e contribuirá para o desenvolvimento das jogadoras portuguesas.

https://www.fpf.pt/News/Todas-as-not%C3%ADcias/Not%C3%ADcia/news/27013

anarcos

futebol_semgenero COMUNICADO OFICIAL: O Movimento Futebol Sem Género vê, com naturalidade, o recuo da FPF relativamente à imposição de um teto salarial somente para o futebol feminino.
Todavia, lamentamos que a FPF continue a entender que a imposição deste teto, somente aplicável ao futebol feminino, não encerre em si mesmo violações crassas dos direitos das jogadoras, em prejuízo do futebol em geral e do futebol feminino em particular, e que recue alegando o clima de intranquilidade gerado. Pena é que a FPF não alcance, ainda, a gravidade das suas intenções e a dimensão da perda de confiança que a defesa da desigualdade sempre acarreta – no presente, e no futuro - o que obriga o Movimento Futebol Sem Género a continuar alerta contra estas e outras violações.
O Movimento sabe que, como sempre acontece nestas ocasiões, enquanto umas afirmaram e defenderam as suas ideias independentemente da "intranquilidade" que as mesmas lhes poderiam provocar nas suas vidas profissionais e pessoais, outros houve que iam gerindo as suas opiniões e posições em função de outros valores que não os da defesa do que é ajuizado e acertado.
Daí que, naturalmente, o Movimento Futebol Sem Género não se poderá rever, nem agora, nem nunca, num Sindicato cujo Presidente, nas tormentas das primeiras ondas seja o primeiro a abandonar a embarcação (se é que alguma vez lá esteve dentro) e, uma vez passado o "Bojador" venha cantar 'aqui-d'el-rei' que aqui cheguei, tentando reescrever a História. Aliás, o lado errado da História em que se posicionou para granjear as boas graças da FPF.
O Movimento Futebol Sem Género, que conta já com a assinatura de mais 200 jogadoras, vai continuar com uma voz ativa e a lutar pelos interesses das jogadoras de futebol feminino, doa a quem doer. Estamos e estaremos sempre do lado da igualdade e do respeito.
Muito nos orgulha que o Movimento tenha conseguido mudar a opinião de um Sindicato que, por si só, apenas existe como organismo para defesa dos jogadores e jogadoras.
O Movimento agradece, naturalmente, a todos os que colaboraram na divulgação e defesa dos argumentos que SEMPRE defendemos contra a imposição de um teto salarial discriminatório e que deve envergonhar quem do mesmo se lembrou, quem negociou e, naturalmente, quem o pretendia, a coberto de uma Pandemia, o fazer aplicar. Um especial agradecimento ao Dr. Ricardo Cardoso e a toda a equipa da CMB que nos acompanhou e à assessora de imprensa @inesimoesoficial , pelo trabalho inexcedível.

https://www.instagram.com/futebol_semgenero/

anarcos

Edite Fernandes tem novo desafio no Futebol Benfica


Edite Fernandes continuará pelos relvados

A avançada continuará a jogar na próxima época e integrará a estrutura para o futebol feminino, além de ficar com a orientação técnica da academia que o histórico clube lisboeta vai criar.

Nome histórico do futebol feminino nacional, Edite Fernandes prepara-se para um novo desafio. Aos 40 anos, a avançada do Futebol Benfica terá um papel essencial na futura academia do emblema lisboeta. "O Clube Futebol Benfica quer abrir a academia de futebol feminino sob a minha orientação técnica e com base na minha experiência, queremos ampliar a oferta do clube, em termos de futebol feminino. De momento, estamos a fazer captações nos sub-19, sub-17, sub-15 e sub-13 e queremos rapidamente abrir para escalões a partir dos 6 anos", explica Edite a O JOGO.

Melhor marcadora da Seleção Nacional, com 39 golos, a jogadora conta que o projeto está inserido numa estratégia de valorização do futebol feminino do clube, que já foi bicampeão nacional. "O objetivo é aumentar a competitividade em todos os escalões e fazer chegar a modalidade ao máximo de meninas que a queiram experimentar, contando para isso com a minha experiência e de uma vasta equipa técnica com credenciais dadas no futebol feminino e ex-jogadoras de referência nacional", destaca.

A experiente avançada fala ainda com entusiasmo do projeto de modernização em perspetiva, com a construção das novas instalações, cujas obras vão começar no final do verão e durar um ano. A edificação de um pavilhão com capacidade para 1000 espetadores e vários ginásios está prevista.

Um ano de transição

Além de continuar mais uma época como jogadora, pois renovou contrato com a equipa orientada por Madalena Gala, Edite passará também a fazer parte da direção técnica do clube para o futebol feminino, dando apoio igualmente à restante direção do Fofó.

Tendo em conta as novas funções, Edite considera que o próximo ano será de "transição". "Vou fazer mais um ano como jogadora e estarei focada naquilo que são os objetivos da equipa. Em relação à carreira de treinadora, é algo que não pensei sobre isso, mas quero, futuramente, trabalhar na minha formação", diz.

Nesta fase, o Fofó já voltou aos treinos e Edite explica que tudo tem decorrido "dentro de todas as regras de segurança". "Obviamente estamos felizes por voltarmos a pisar o campo e ter contacto com a bola. Já tínhamos saudades", refere.

Alargamento visto com ceticismo

Expectante sobre uma futura decisão federativa em relação ao teto salarial, Edite mostra-se cética sobre o alargamento do principal campeonato a 20 equipas. "Não acho que tenha sido a melhor solução. No entanto, teremos de aceitar essa decisão. Com tantos anos de futebol, só vivi um campeonato assim há 20 anos. Com todo o trabalho, e bom, que a federação fez no futebol feminino durante estes anos, para chegarmos a uma liga com 12 equipas, deixa-me a pensar que se calhar retrocedemos. Há três meses falava-se de uma liga com 10 clubes para os próximos dois anos e de repente passámos para o dobro com duas séries. De qualquer das formas, aquilo em que acredito é que possamos continuar a crescer e a evoluir e o mais importante é dar continuidade a esse processo de desenvolvimento do futebol feminino em Portugal", analisa.

https://www.ojogo.pt/especiais/futebol-feminino/edite-fernandes-tem-novo-desafio-no-futebol-benfica-12348668.html

nelsonandre

#1195
Vamos ver como se irá ser na prática o envolvimento da Edite.
Como tenho a minha filha lá nas (provavelmente) sub-17, irei acompanhar.

Se bem conheço o clube, se vocês acham que há culto do lider com o LFV então ainda não vos foi apresentado o Domingos Estanislau, o dirigente no ativo há mais anos (mais que o Pinto da Costa), isto é mais propaganda, mas espero que as coisas realmente sejam como vem nesta e outras notícias e que o Fofó consiga ter condições para que as equipas se preparem bem e sejam competição para o Benfica e Sporting.

O futebol feminino só tem a ganhar com competições com muitas equipas fortes.
E lá estarei apoiar em treinos e jogos.

anarcos

Citação de: anarcos em 14 de Junho de 2020, 21:47

Na altura foram feitas contas por vários users, mas não me recordo de ter visto este dado divulgado, aqui ou noutro sítio:



Portanto, havia um valor global limite, mas também um número máximo de atletas.
O que daria € 20.370,37 anuais/atleta em média (x27), sendo rigorosos.
Para memória futura.


anarcos

Citação de: anarcos em 13 de Junho de 2020, 00:16
Já agora, para o Sporting de Braga não roubar o foco das atenções ao clube-mãe Sporting de Lisboa, um ponto da situação deste.

Contratos ainda em vigor, feitos nos últimos dias do reinado de BdC em meados de 2018,

até 2022
- Rita Fontemanha
- Joana Marchão

e até 2021
- Tatiana Pinto
- Patrícia Morais
- Ana Capeta
- Inês Pereira

Têm também contrato até 2021:
- Raquel Fernandes
- Fátima Pinto
- Bruna Costa

De acordo com a listagem da FPF de "Intermediários e Transações" (01Abr2019 a 31Mar2020),
- Ana Borges
terá renovado o contrato.

Termina em 2020:
- Wibke Meister

Rescisão de contrato:
- Hannah Wilkinson

Renovações em Junho de 2020:
- Neuza Besugo
- Amanda Perez
- Carlyn Baldwin
- Nevena Damjanovic
- Carolina Mendes

Contratos a terminar agora, mas que têm mais 1 ano de opção:
- Joana Martins

As restantes desconheço, supondo que estarão todas a concluir o vínculo:
- Mariana Azevedo
- Diana Silva
- Carole Costa

[Actualizado em 26Jun.]

anarcos

futebol_semgenero
ATUALIZAÇÃO: O Movimento Futebol sem Género deslocou-se hoje a uma reunião de trabalho na Assembleia da República, onde foram discutidos vários assuntos, desde o teto salarial a outros que entendemos serem de fulcral importância para o futebol feminino.
Segue-se nova reunião de trabalho, na próxima segunda-feira, pelas 15:30, na Secretaria de Estado para a Igualdade e Cidadania.
O Movimento Futebol Sem Género veio para ficar.

https://www.instagram.com/futebol_semgenero/