Comunicação Social

[Tabaka]

Deliciem-se com mais um excelente texto da nossa querida Leonor Pinhão
alguém que eu acho que já deveria fazer parte dos quadros do clube
mas como em questões de prospeções nós sabemos como o clube é.....






Se houvesse «segredo de Justiça» Hermínio Loureiro não era presidente da Liga
Para Hermínio Loureiro o problema reside na Justiça. A culpa não é de dirigentes, árbitros, empresários, que combinam favores e recompensas. A culpa é dos polícias que investigam, dos juízes que autorizam escutas telefónicas e da transcrição pública dessas conversas

Foi preciso que passassem dois meses para o novo presidente da Liga de Clubes tomar posse. Pronto, mas já tomou. E discursou como lhe competia. Com palavras cuidadosamente escolhidas para não ferir as susceptibilidades dos seus patrões — «ele é apenas um empregado dos clubes», disse sem a menor das gentilezas o presidente do Nacional — e com promessas de acção, muita acção. «Não vou descansar enquanto o futebol profissional não estiver limpo de uma suspeição generalizada», rematar.
Assim que se calou foi prontamente elogiado por Laurentino Dias, o secretário de Estado do Desporto. «Uma intervenção corajosa», disse o governante. Também o seu antecessor no cargo, Valentim Loureiro, se mostrou «positivamente surpreendido» com as palavras do empossado de fresco presidente da Liga.

Hermínio Loureiro foi muito aplaudido por uma plateia de dirigentes-arguidos e não-arguidos quando proferiu a chave-frase da sua alocução, a propósito do processo do Apito Dourado: «É uma vergonha para a Justiça, que em nada dignifica o futebol.» Eis um monumento ao compromisso apressadamente interpretado como um arrojo de valentia.

E, por isso, recebeu palmas. Porque para Hermínio Loureiro o problema reside na Justiça e o futebol é a vítima inocente. A Justiça é má, o futebol é bom. A culpa da situação não é de dirigentes, árbitros, empresários, que combinam favores e recompensas. A culpa é dos polícias que investigam, dos juízes que autorizam escutas telefónicas e da transcrição pública dessas conversas, o que não é permitido pela Lei.

Nem sequer foi suficientemente vago o presidente da Liga ao abordar a questão. Tivesse ordenado a frase ao contrário — «é uma vergonha para o futebol, que em nada dignifica a Justiça» — e teria, assim sim, produzido uma intervenção lúcida, prometedora e corajosa.

Mas não o fez. Colou-se à defesa dos arguidos, agitando o mesmo argumento de sempre em casos como este. Não interessam os factos apurados, o que interessa é que eles não deviam ser tornados públicos.

O segredo de justiça foi quebrado ao longo do processo do Apito Dourado? Sim, sem dúvida, talvez umas quinhentas vezes. Mas se não tivesse sido quebrado, Hermínio Loureiro jamais seria hoje o presidente da Liga.

Se a opinião pública não tivesse sido fornecida de informação como foi, se desconhecesse o teor das conversas dos suspeitos, poderiam todos os arguidos, todos sem excepção, explicar aos amigos, aos adeptos e à imprensa que tinham passado horas e dias no Tribunal de Gondomar a tratar de uns problemazinhos relacionados com multas de trânsito por estacionamento indevido dos respectivos bólides.

O discurso do novo presidente da Liga não foi corajoso. Foi tristemente e apenas uma ilustração banal da velha máxima literária: «É preciso que alguma coisa mude para que tudo fique na mesma.» Na assistência, os velhos leopardos rosnaram de satisfação.

E teriam rugido triunfantes se Hermínio Loureiro, fiel à sua linha de apreciação do Apito Dourado, tivesse concluído assim:

— E se afinal é falso o ouro com que os árbitros foram presenteados, tal como a digníssima comunicação social referiu na passada semana, como é que pode haver indícios de corrupção se as prendas, afinal, não tinham o menor valor?

Mas não se lembrou desta. Ou não teve coragem.

O porting anunciou que vai dar três meses de benefício da dúvida à nova Direcção da Liga. Em termos práticos, quer dizer isto: se, no Natal, o Sporting liderar o campeonato isolado, com mais de 4 pontos de avanço, sobre o mais directo perseguidor, é porque o futebol português está, felizmente, no bom caminho. Mas se, no Natal, estiver colocado do segundo lugar para baixo, então é porque o futebol português está no mau caminho e é preciso fazer qualquer coisa, essa é que é essa.

SE todos os benfiquistas fossem médicos ou preparadores físicos diplomados, todos poderiam opinar, com sapiência, sobre a questão das lesões musculares e sobre a questão da «falta de pernas», esse outro mal da equipa, prosaicamente apontado a dedo por Carlos Queirós no fim do jogo com o Manchester United.

Mas até os benfiquistas que estudaram para ser médicos e que estudaram para ser preparadores físicos, se limitam a encolher os ombros, sem vontade de dar explicações, perante o caso clínico que aflige, agora, Rui Costa.

Não é difícil imaginar que foi Rui Costa quem obrigou o departamento médico do Benfica a emitir um comunicado que é, muito claramente, um reconhecimento de incompetências que ilibam o jogador de qualquer suspeita de ter regressado ao clube em deficientes condições.

Seria a última coisa que Rui Costa quereria que os benfiquistas pensassem. E seria a última coisa que ele mereceria.

O ponto 6 do comunicado, quase aposto, foi ditado em voz alta e grave pelo próprio Rui Costa. Reza assim: «Na sua história clínica não existem lesões musculares.» Para que todos percebessem.

Como é natural, os adeptos do Benfica não querem perceber de medicina nem das leis do esforço físico, nem estão vocacionados para passar o tempo a discutir laboratórios de ecografias. Tal como os adeptos de qualquer outro clube, os adeptos do Benfica querem discutir futebol, jogadas, treinadores e substituições.

E começa a ser difícil discutir substituições no Benfica por falta de matéria. Jogam os que estão bons e os que não estão castigados.

Entretanto, em Inglaterra, Manuel Fernandes curou-se miraculosamente e em Itália todos perguntam por Miccoli, dono de uma saúde de ferro que o levou até à squadra azzurra antes de se transformar, na Luz, num jogador de vaivém entre o campo e a enfermaria.

OS frangos dos guarda-redes do Benfica não fazem grande mossa. Embora o de Quim, no domingo, tenha sido espectacular — «Ena, parecia o Costa Pereira em San Siro», logo disse um benfiquista da velha guarda, cheio de ternura pelos dois guarda-redes —, nem serviu sequer para alimentar a discussão sobre quem deveria ser o número um da equipa. Quim, Moreira ou Moretto? Na pré-temporada, Fernando Santos fez rodar os três entre os postes e foi tal o despautério que já ninguém, nas bancadas, se atreve a nomear o seu preferido. «Ele que decida», dizem. «Ele» é o treinador.

Com o Desportivo das Aves a equipa foi despedida com uma assobiadela ao intervalo e com aplausos no final do jogo.

— Amanhã o Porto perde em Braga e nós ficamos em cima deles...

É assim. Quatro golos dão para muito optimismo.

E o FC Porto perdeu mesmo. Pegando nas palavras de Carlos Queirós, os campeões nacionais não tiveram pernas para um Braga com menos 48 horas de descanso e mais meia hora de jogo europeu.

Jesualdo Ferreira repete, no FC Porto, o seu início de campeonato como treinador principal do Benfica em 2002/2003. Quatro vitórias de rajada. E uma derrota a seguir.

Agora que o campeonato começava a animar, vem aí a Selecção.

[Imperador1983SLB]

Leonor Pinhâo sempre em grande!Dá-lhes!!!!!

[Califas]

"O Sporting anunciou que vai dar três meses de benefício da dúvida à nova Direcção da Liga. Em termos práticos, quer dizer isto: se, no Natal, o Sporting liderar o campeonato isolado, com mais de 4 pontos de avanço, sobre o mais directo perseguidor, é porque o futebol português está, felizmente, no bom caminho. Mas se, no Natal, estiver colocado do segundo lugar para baixo, então é porque o futebol português está no mau caminho e é preciso fazer qualquer coisa, essa é que é essa."

lindo

[luis___alex]

AI GRANDE LEONOR. MUITO BEM

[Messe]

A Leonor tira as culpas à Justiça, mas se a Justiça fosse rápida e eficaz os corruptos já estavam na prisão! O q se vê neste momento é os casos serem todos arquivados!

Relativamente ao assunto do Rui Costa, concordo com ela a 100%.

[ET]

Brilhante, como aliás sempre nos habituou.

[JDF]

Entretanto, em Inglaterra, Manuel Fernandes curou-se miraculosamente e em Itália todos perguntam por Miccoli, dono de uma saúde de ferro que o levou até à squadra azzurra antes de se transformar, na Luz, num jogador de vaivém entre o campo e a enfermaria.

Pois, eu também

[spectrum]

lamento a leonor pinhão ter perdido a coerência há já algum tempo
antigamente lia e prestava mais atenção ao que ela dizia, mas desde que
comecei a observar muitas incoerências em muitos dos seu escritos perdi o interesse

[Lobo_Iberico]

É sempre a partir..... ela não tem meias medidas.... assim é que é!

[fmb]

é obvio que algo de serio tem de ser feito na questao das lesoes!! o miccoli NUNCA, mas NUNCA tinah perdido um jogo em italia por lesao!!!

[persus]

Concordo com quase tudo, quanto à capacidade fisica do Benfica de certeza que algo se passa que tem de ser resolvido muito em breve, isso e a atitude de alguns jogadores em campo que ou muda ou a porta da rua é a serventia da casa.

Será que é coincidencia que quando  jogámos melhorzinho este ano tínhamos 8 Portugueses em campo e se não estou em erro na primeira vez 2 e da segunda 1 brasileiro e jogámos melhor.

Será que o Fernando santos é assim tão mau? então porque é que o Karagounis este ano joga à brava e o ano passado não calçava?

[fish]

lamento a leonor pinhão ter perdido a coerência há já algum tempo
antigamente lia e prestava mais atenção ao que ela dizia, mas desde que
comecei a observar muitas incoerências em muitos dos seu escritos perdi o interesse

Se calhar foi a partir do momento em que ela abriu os olhos...

[Blast]

Re: Deliciem-se com Leonor Pinhão!...

essa é forte!!!...

[Freire]

Curto ler a Leonor Pinhão, não é obtusa nem seguidista, contrariamente ao mst e ao sapo que lá escrevem.

[spectrum]

lamento a leonor pinhão ter perdido a coerência há já algum tempo
antigamente lia e prestava mais atenção ao que ela dizia, mas desde que
comecei a observar muitas incoerências em muitos dos seu escritos perdi o interesse

Se calhar foi a partir do momento em que ela abriu os olhos...

ou terá sido a partir do momento que não lhe serviram mais os interesses pessoais dela?
eis a questão