As Finanças do Benfica

van33

Citação de: golfdreamer em 01 de Março de 2018, 13:10
Gastos com pessoal, 35M em que provavelmente, 15M (40%) estão "empatados" com Julio César, Luisão, Eliseu, Samaris, Pizzi, Salvio e Jimenez.
Ter mantido Julio Cesar, Luisão e Eliseu foi um erro, tal como não vender Samaris, Pizzi e Salvio.
Jogadores com estes ordenados têm que ser titulares indiscutíveis.
ou seja, para ti se um jogador ganha bem tem de ser obrigatoriamente titular por decreto! muito bem, davas um bom gestor de balneários!

mort3santa

Citação de: van33 em 01 de Março de 2018, 13:41
Citação de: golfdreamer em 01 de Março de 2018, 13:10
Gastos com pessoal, 35M em que provavelmente, 15M (40%) estão "empatados" com Julio César, Luisão, Eliseu, Samaris, Pizzi, Salvio e Jimenez.
Ter mantido Julio Cesar, Luisão e Eliseu foi um erro, tal como não vender Samaris, Pizzi e Salvio.
Jogadores com estes ordenados têm que ser titulares indiscutíveis.
ou seja, para ti se um jogador ganha bem tem de ser obrigatoriamente titular por decreto! muito bem, davas um bom gestor de balneários!
O que ele queria dizer é deviam em vez de têm, acho eu. É que se não forem titulares, ou seja, não derem rendimento não podem ser dos mais bem pagos.

peter_slb

Citação de: peter_slb em 26 de Janeiro de 2018, 15:35
O primeiro semestre traz sempre uma visão demasiado positiva das contas. Há sempre muito mais receitas por causa da Champions (prémios e bilheteira) e os gastos são geralmente os mesmos (inferiores se houver prémios a pagar no final do ano), sendo estas rubricas que têm um impacto equivalente em termos de liquidez.

Forçosamente a dívida remunerada do Benfica este ano terá de descer significativamente (no primeiro semestre poderá descer mais que na totalidade do ano), com tantas vendas e tão pouco investimento seria demasiado mau tal não acontecer mas, como já disseram, se isso é resultado duma estratégia ou se é simples resultado duma sobranceria em que já se acredita que se consegue ganhar de qualquer maneira, só se vai perceber no futuro.

Os 33 milhões de melhoria no equilíbrio financeiro não são negativos, mas esperava bastante melhor. Sem mais vendas chegaremos ao fim do ano num nível próximo do final do ano anterior (melhoria de 10/15 milhões no máximo), isto num ano de muito desinvestimento.

Gostava de perceber o aumento de 2,9 milhões nas remunerações fixas, tinha especial interesse no detalhe, para se perceber o que custam ao clube aqueles jogadores que são contratados para nem sequer um treino fazerem, porque custa-me a acreditar que os que entraram para o plantel ganhem mais que os que saíram (na mesma altura do ano passado, até o Taarabt ainda tínhamos) e não vejo razões para terem havido grandes aumentos de ordenados aos que ficaram.

MALU15

Citação de: BossMil em 01 de Março de 2018, 13:11
Citação de: MALU15 em 01 de Março de 2018, 13:02
Citação de: ff77 em 01 de Março de 2018, 10:46
Confesso que ainda não analisei ao detalhe as contas publicadas, mas do que já tive oportunidade de analisar, parece-me que houve uma ligeira evolução positiva, mas com sinais preocupantes para o futuro próximo:

•   Descida de cerca de €53 milhões do passivo
o   Importante, mas atenção porque na prática apenas reduzimos divida a fornecedores (divida financeira liquida desceu menos de 1 milhão de euros passou de €275,4 milhões para €275,1 milhões)
o   Essencialmente foram os recebimentos de clientes é que proporcionaram o decréscimo de passivo
•   Anuncio da redução de €100 milhões para este mês será possível apenas com antecipação do contrato da NOS.
•   Custos com pessoal continuam a escalar (não admira, com mais de 130 jogadores com contrato profissional)
•   Quebra de receitas sem atletas derivada da performance desportiva. Facto que deverá ter tendência para se agravar.
•   Esta quebra de receitas irá originar necessidades adicionais de venda de jogadores e consequente efeito na quebra ainda maior de rendimento desportivo.

Algumas questões sobre o  teu post:
1.Sobre a redução do passivo:
A dívida financeira reduziu 7.849mE e não 1 milhão como dizes (passou de 280,8M para 272,9M) como podes ver na pag. 16 do R&C.
A redução do passivo incidiu mais na rubrica dos fornecedores, porque era aí que havia mais obrigações para tal, e porque depois da renegociação da dívida ocorrida até JUN17 e relatada no R&C de JUN17 a dívida financeira corrente que a 30JUN17 valia só 31,6M dizia respeito a operações associadas ao investimento (estádio, Seixal) e papel comercial e juros, que têm o seu timing próprio de amortização não podendo ser antecipada a sua liquidação de forma unilateral.

2.Sobre os recebimentos de clientes que operaram redução do passivo.

Efectivamente neste semestre ocorreram 59M de recebimentos de clientes. É caso para perguntar como é que se podem reduzir rubricas do passivo que não seja recorrendo aos fluxos de entrada gerados por reduções de rubricas do activo (clientes) ? Seria melhor deixá-los em caixa e não reduzir o passivo? Não consigo perceber.




Fdx Malu15... perdoa-me a linguagem, mas tu és o Chalana desta m*rda!!!  :clap1: :clap1: :clap1:


Já agora, explica-me mais uma coisa.
Por "papel comercial" devo entender acções?
Como se processa o endividamento e o pagamento de dívida do "papel comercial"?

Obrigado
Sobre o papel comercial, não tem nada a ver com acções nem obrigações. São títulos de crédito utilizados pelas empresas como instrumento de financiamento da sua tesouraria, normalmente mais de curto prazo, vencendo uma taxa de juro indexada à Euribor com mais um spread, e funcionam como alternativa aos tradicionais empréstimos bancários, e em que o Banco transfere o risco para os tomadores do papel.

As empresas contratam com os Bancos a montagem dessas operações criando programas que originam depois emissões em função das necessidades, e que os Bancos colocam junto de investidores institucionais (C Seguros, Fundos de pensões, ...). Têm a vantagem de estar isentos de imposto de selo e retenções na fonte de IRS e IRC.

No caso da BSAD existe actualmente um programa 2017-2025, que substituiu um que existia antes, e que valia a DEZ17  57ME assim decomposto no tempo:

Papel comercial
Até 1 ano                    6.000
De 1 ano a 5 anos      24.000
A mais de 5 anos       27.000
                                57.000

Glorificus

Pelas minhas contas de merceeiro o Benfica precisa de fazer 10 M em mais valias para não acabar no vermelho.

O Sporting 35 menos o que ira ganhar da Liga Europa e o Porto prai uns 70.

Como o Porto não pode apresentar prejuízos superiores a 20. Precisam obrigatoriamente de 50 M em mais valias ate 30 de junho.

Pequeno_Genial

Citação de: Jar Jay em 01 de Março de 2018, 12:58
Acuna custou 12 milhões e se o sporte vender o argentino por 15 milhões .. So "ganha" 3 milhões.
Sendo que, se tal se verificar, nunca o "jornal" Record colocará isso na capa do pasquim.

Aliás, a imprensa portuguesa, quando se refere às vendas dos nossos adversários, até costuma anunciar o valor base pelo qual se vende somado aos valores variáveis, por objectivos, que poderão ou não ser atingidos!

O denominador comum é sempre o mesmo: enganar o leitor.

sbremoved_33753

Citação de: Glorificus em 01 de Março de 2018, 14:20
Pelas minhas contas de merceeiro o Benfica precisa de fazer 10 M em mais valias para não acabar no vermelho.

O Sporting 35 menos o que ira ganhar da Liga Europa e o Porto prai uns 70.

Como o Porto não pode apresentar prejuízos superiores a 20. Precisam obrigatoriamente de 50 M em mais valias ate 30 de junho.

Pois sim. Todos precisam disto e daquilo obrigatoriamente mas depois vai-se a ver e o Sporting fode não sei quantos milhões em jogadores novos com dinheiro vindo sabe-se lá de onde, o Porto vai buscar jogadores novos aos clubes satélite do Tugão e o Benfica que é aquele que menos dinheiro precisa de fazer, vende 3 ou 4 titulares e não vai buscar ninguém para o seu lugar.

Podem cá vir buscar o meu comentário em Setembro.

BossMil

Citação de: MALU15 em 01 de Março de 2018, 14:07
Citação de: BossMil em 01 de Março de 2018, 13:11
Citação de: MALU15 em 01 de Março de 2018, 13:02
Citação de: ff77 em 01 de Março de 2018, 10:46
Confesso que ainda não analisei ao detalhe as contas publicadas, mas do que já tive oportunidade de analisar, parece-me que houve uma ligeira evolução positiva, mas com sinais preocupantes para o futuro próximo:

•   Descida de cerca de €53 milhões do passivo
o   Importante, mas atenção porque na prática apenas reduzimos divida a fornecedores (divida financeira liquida desceu menos de 1 milhão de euros passou de €275,4 milhões para €275,1 milhões)
o   Essencialmente foram os recebimentos de clientes é que proporcionaram o decréscimo de passivo
•   Anuncio da redução de €100 milhões para este mês será possível apenas com antecipação do contrato da NOS.
•   Custos com pessoal continuam a escalar (não admira, com mais de 130 jogadores com contrato profissional)
•   Quebra de receitas sem atletas derivada da performance desportiva. Facto que deverá ter tendência para se agravar.
•   Esta quebra de receitas irá originar necessidades adicionais de venda de jogadores e consequente efeito na quebra ainda maior de rendimento desportivo.

Algumas questões sobre o  teu post:
1.Sobre a redução do passivo:
A dívida financeira reduziu 7.849mE e não 1 milhão como dizes (passou de 280,8M para 272,9M) como podes ver na pag. 16 do R&C.
A redução do passivo incidiu mais na rubrica dos fornecedores, porque era aí que havia mais obrigações para tal, e porque depois da renegociação da dívida ocorrida até JUN17 e relatada no R&C de JUN17 a dívida financeira corrente que a 30JUN17 valia só 31,6M dizia respeito a operações associadas ao investimento (estádio, Seixal) e papel comercial e juros, que têm o seu timing próprio de amortização não podendo ser antecipada a sua liquidação de forma unilateral.

2.Sobre os recebimentos de clientes que operaram redução do passivo.

Efectivamente neste semestre ocorreram 59M de recebimentos de clientes. É caso para perguntar como é que se podem reduzir rubricas do passivo que não seja recorrendo aos fluxos de entrada gerados por reduções de rubricas do activo (clientes) ? Seria melhor deixá-los em caixa e não reduzir o passivo? Não consigo perceber.




Fdx Malu15... perdoa-me a linguagem, mas tu és o Chalana desta m*rda!!!  :clap1: :clap1: :clap1:


Já agora, explica-me mais uma coisa.
Por "papel comercial" devo entender acções?
Como se processa o endividamento e o pagamento de dívida do "papel comercial"?

Obrigado
Sobre o papel comercial, não tem nada a ver com acções nem obrigações. São títulos de crédito utilizados pelas empresas como instrumento de financiamento da sua tesouraria, normalmente mais de curto prazo, vencendo uma taxa de juro indexada à Euribor com mais um spread, e funcionam como alternativa aos tradicionais empréstimos bancários, e em que o Banco transfere o risco para os tomadores do papel.

As empresas contratam com os Bancos a montagem dessas operações criando programas que originam depois emissões em função das necessidades, e que os Bancos colocam junto de investidores institucionais (C Seguros, Fundos de pensões, ...). Têm a vantagem de estar isentos de imposto de selo e retenções na fonte de IRS e IRC.

No caso da BSAD existe actualmente um programa 2017-2025, que substituiu um que existia antes, e que valia a DEZ17  57ME assim decomposto no tempo:

Papel comercial
Até 1 ano                    6.000
De 1 ano a 5 anos      24.000
A mais de 5 anos       27.000
                                57.000


Obrigado. Agora já entendi!

golfdreamer

Citação de: mort3santa em 01 de Março de 2018, 13:47
Citação de: van33 em 01 de Março de 2018, 13:41
Citação de: golfdreamer em 01 de Março de 2018, 13:10
Gastos com pessoal, 35M em que provavelmente, 15M (40%) estão "empatados" com Julio César, Luisão, Eliseu, Samaris, Pizzi, Salvio e Jimenez.
Ter mantido Julio Cesar, Luisão e Eliseu foi um erro, tal como não vender Samaris, Pizzi e Salvio.
Jogadores com estes ordenados têm que ser titulares indiscutíveis.
ou seja, para ti se um jogador ganha bem tem de ser obrigatoriamente titular por decreto! muito bem, davas um bom gestor de balneários!
O que ele queria dizer é deviam em vez de têm, acho eu. É que se não forem titulares, ou seja, não derem rendimento não podem ser dos mais bem pagos.

Óbvio, não podemos pagar tanto a quem rendem tão pouco!
Termos 15M anuais em salários mais +50M investidos em jogadores que não se destacam é porque andamos a fazer mal o nosso trabalho.

Kyoto

alguem me explica como aumentamos 5M€ de gastos com pessoal?
ja se começavam a despachar os elefantes brancos tipo Luisão

Maka

Citação de: van33 em 01 de Março de 2018, 13:41
Citação de: golfdreamer em 01 de Março de 2018, 13:10
Gastos com pessoal, 35M em que provavelmente, 15M (40%) estão "empatados" com Julio César, Luisão, Eliseu, Samaris, Pizzi, Salvio e Jimenez.
Ter mantido Julio Cesar, Luisão e Eliseu foi um erro, tal como não vender Samaris, Pizzi e Salvio.
Jogadores com estes ordenados têm que ser titulares indiscutíveis.
ou seja, para ti se um jogador ganha bem tem de ser obrigatoriamente titular por decreto! muito bem, davas um bom gestor de balneários!

Nada a ver com titularidades por decreto. Simplesmente não faz sentido haver tipos a ganhar balúrdios e que pouco jogam.

Maka

Ainda só li por alto alguns excertos, porque tenho andado com bastante trabalho. Até agora, o que salta mais à vista é a decepção na descida do passivo: praticamente toda a descida foi na rúbrica de Fornecedores (passivo não remunerado), com a descida do passivo financeiro (remunerado) a ser algo residual.

Maka

Citação de: pempitas em 01 de Março de 2018, 15:49
Citação de: Maka em 01 de Março de 2018, 15:37
Citação de: van33 em 01 de Março de 2018, 13:41
Citação de: golfdreamer em 01 de Março de 2018, 13:10
Gastos com pessoal, 35M em que provavelmente, 15M (40%) estão "empatados" com Julio César, Luisão, Eliseu, Samaris, Pizzi, Salvio e Jimenez.
Ter mantido Julio Cesar, Luisão e Eliseu foi um erro, tal como não vender Samaris, Pizzi e Salvio.
Jogadores com estes ordenados têm que ser titulares indiscutíveis.
ou seja, para ti se um jogador ganha bem tem de ser obrigatoriamente titular por decreto! muito bem, davas um bom gestor de balneários!

Nada a ver com titularidades por decreto. Simplesmente não faz sentido haver tipos a ganhar balúrdios e que pouco jogam.

Os compromissos com os atletas são de natureza plurianual. De outra forma não acautelamos os nossos interesses, nomeadamente a titularidade dos direitos económicos sobre o mesmo.

Depois o jogar muito ou jogar pouco já depende de um conjunto de fatores essencialmente desportivos, mas não basta carregar num botão para "despachar" os jogadores que ficam aquém.

Pois. O problema é meu, que interpreto o facto de termos um empresário que é "um parceiro" como algo que possa também servir para "despachar" jogadores que não nos interessam. Mas pelos vistos só é "parceiro" quando é para vender titulares (e receber a sua comissão choruda), porque quando é para vender não-titulares, aí "não basta carregar num botão".

LA Lakers

Citação de: Maka em 01 de Março de 2018, 15:41
Ainda só li por alto alguns excertos, porque tenho andado com bastante trabalho. Até agora, o que salta mais à vista é a decepção na descida do passivo: praticamente toda a descida foi na rúbrica de Fornecedores (passivo não remunerado), com a descida do passivo financeiro (remunerado) a ser algo residual.
Isso na prática quer dizer o quê?

MALU15

Citação de: Maka em 01 de Março de 2018, 15:41
Ainda só li por alto alguns excertos, porque tenho andado com bastante trabalho. Até agora, o que salta mais à vista é a decepção na descida do passivo: praticamente toda a descida foi na rúbrica de Fornecedores (passivo não remunerado), com a descida do passivo financeiro (remunerado) a ser algo residual.
Junto parte do post que enviei a outro user, com o qual espero contribuir para melhorar a tua decepção na redução do passivo. Mas quando não existe passivo financeiro corrente para amortizar, nada mais há a fazer do que reduzir componentes do outro passivo, a não ser que se invente.


"A redução do passivo incidiu mais na rubrica dos fornecedores, porque era aí que havia mais obrigações para tal, e porque depois da renegociação da dívida ocorrida até JUN17 e relatada no R&C de JUN17 a dívida financeira corrente que a 30JUN17 valia só 31,6M dizia respeito a operações associadas ao investimento (estádio, Seixal) e papel comercial e juros, que têm o seu timing próprio de amortização não podendo ser antecipada a sua liquidação de forma unilateral"