Formação (2020/2021)

Idalécio

Como é que uma equipa B, que pelas regras não pode subir de divisão, tem 2 jogadores americanos? Será que é para fazer evoluir os filhos do Boss?

Gradinni


Gradinni


本菲卡

10ª jornada da Proliga

Benfica sub-22 70-74 CA Queluz


Gradinni

Proliga suspensa até 27 Março e 2ª fase cancelada

Gradinni

Playoffs da Proliga vão ser a 1 so jogo e com final 4 a campo neutro

Jayson Tatum

Não estou por dentro do que se está a fazer pelo país fora, mas concentrando-me no Benfica:

- Não me parece que uma equipa de sub22 neste contexto e moldes tenha o mínimo interesse;

- A ideia que tenho é que a formação e os métodos utilizados no Clube são desadequados. Quando os miúdos da formação (identificáveis pelas t-shirts da secção que às vezes usam) vão "fazer uns cestos" no intervalo dos jogos dá para ter uma ideia sobre a falta de domínio dos fundamentos do jogo. Acho que uma vez andava por lá a filha do Gladness ao intervalo (de memória, acho que era do Gladness): era a mais pequenina, mas parecia ser a que já tinha melhores fundamentos.

Face a este contexto, acho que seria interessante dar um passo atrás, não só suspendendo por ora a equipa de sub22, mas também e principalmente refundando a formação. Os professores, os formadores, são o essencial: porque não contratar um número adequado de treinadores de formação americanos, para um projecto a médio/longo prazo? A realocação do dinheiro gasto na equipa de sub22 seria desde logo um ajuda. Porque não fazer uma campanha de captação dos miúdos que já gostam da modalidade e estão em idade de começar? Uma campanha que poderia utilizar como chamariz aquilo que é todo o espetáculo da NBA? Puxar pelo sonho da NBA. Porque não, nesse contexto, fazer alguma parceria com o Carlos Barroca e a Ticha ou tê-los como consultores? Ou o próprio Miguel Barroca, benfiquista, proactivo, pessoa entusiasmada com o jogo? Ou porque não, eventualmente, caso o Neemias venha a entrar na NBA, tê-lo como imagem/nome da nossa escola de formação? Atrair patrocinadores para isto, para um projecto de formação a médio/longo prazo de qualidade, para um projecto comercial que tire dividendos do sonho que o basquetebol pode ser, quando olhado da perspectiva espectáculo/NBA. Pessoas como as que referi acima têm capacidade agregadora e ajudar a colocar as primeiras pedras numa coisa que começará pequena, mas pode ser grande se se der tempo à formação séria e se se gerar nos miúdos uma boa dinâmica.

Coach_Gouveia

Citação de: J. Tatum em 17 de Maio de 2021, 12:17
Não estou por dentro do que se está a fazer pelo país fora, mas concentrando-me no Benfica:

- Não me parece que uma equipa de sub22 neste contexto e moldes tenha o mínimo interesse;

- A ideia que tenho é que a formação e os métodos utilizados no Clube são desadequados. Quando os miúdos da formação (identificáveis pelas t-shirts da secção que às vezes usam) vão "fazer uns cestos" no intervalo dos jogos dá para ter uma ideia sobre a falta de domínio dos fundamentos do jogo. Acho que uma vez andava por lá a filha do Gladness ao intervalo (de memória, acho que era do Gladness): era a mais pequenina, mas parecia ser a que já tinha melhores fundamentos.

Face a este contexto, acho que seria interessante dar um passo atrás, não só suspendendo por ora a equipa de sub22, mas também e principalmente refundando a formação. Os professores, os formadores, são o essencial: porque não contratar um número adequado de treinadores de formação americanos, para um projecto a médio/longo prazo? A realocação do dinheiro gasto na equipa de sub22 seria desde logo um ajuda. Porque não fazer uma campanha de captação dos miúdos que já gostam da modalidade e estão em idade de começar? Uma campanha que poderia utilizar como chamariz aquilo que é todo o espetáculo da NBA? Puxar pelo sonho da NBA. Porque não, nesse contexto, fazer alguma parceria com o Carlos Barroca e a Ticha ou tê-los como consultores? Ou o próprio Miguel Barroca, benfiquista, proactivo, pessoa entusiasmada com o jogo? Ou porque não, eventualmente, caso o Neemias venha a entrar na NBA, tê-lo como imagem/nome da nossa escola de formação? Atrair patrocinadores para isto, para um projecto de formação a médio/longo prazo de qualidade, para um projecto comercial que tire dividendos do sonho que o basquetebol pode ser, quando olhado da perspectiva espectáculo/NBA. Pessoas como as que referi acima têm capacidade agregadora e ajudar a colocar as primeiras pedras numa coisa que começará pequena, mas pode ser grande se se der tempo à formação séria e se se gerar nos miúdos uma boa dinâmica.
O problema é mesmo querer seguir o modelo americano, modelo esse que não se adequa com o europeu.
O modelo americano assenta e muito em praticarem diversos desportos e um desporto escolar forte.
Portugal podia sim olhar para o que se faz do outro lado da fronteira. Isso sim, seria melhorar.

O Benfica já tentou no passado ter os melhores jovens do país e um grupo de treinadores intocáveis.
O Benfica chegou a ter em sub16, 3 equipas inscritas! Equipa A, B e C. Ora isto dá pelo menos 30 jogadores, teriam todos eles capacidade real para jogar numa formação de topo ou seriam apenas aceites para pagarem as quotas?
O modelo espanhol acenta e bem em trabalho individual desde muito novos, dominar os principios básicos da modalidade. Em Portugal e no Benfica nada disso acontece (lembrar que o Queta por exemplo lançou mais vezes de 3 em 2 ou 3 jogos pela B do que nos 3 anos que teve na Universidade).

O principio devia de ser definir bem o que fazer e qual o perfil de jogadores procurados pelo Benfica, e trabalhar os jogadores para evoluir tecnicamente, pois se a preocupação for só ir buscar os melhores para treinar 5 vezes por semana durante 1h/1h30 com um treino geral, então é desperdicio de dinheiro.

Deixo aqui as palavras de um jovem português que há uns anos foi para Espanha:

"Sentiste grandes diferenças entre o nosso basquetebol e o de Espanha?

Senti algumas. Não nas infra-estruturas de treino que até acabam por ser semelhantes, mas os treinos são muito diferentes, bem como a maneira como se vê  o basket. Em Espanha levam o basket muito a sério e o empenho de jogadores e treinadores é completamente diferente. Temos treinos físicos 4 vezes por semana, 4 treinos com a equipa e ainda 2 treinos individuais – todos os jogadores têm esta agenda.

Como foram os teus primeiros tempos? Como correu a fase de adaptação ao basquetebol espanhol?

As duas primeiras semanas foram basicamente de trabalho físico! Eram cargas físicas monstruosas – chegavam a ser 40 minutos de corrida, sprints, e mais 1h30m na sala de musculação. Era dia após dia a ser completamente massacrado. Inicialmente davam mais importância ao trabalho físico do que à parte táctica, mas com o começo do campeonato foram diminuindo as cargas físicas e aumentando a componente técnica e táctica.

E qual o nível das competições em que participaste?

O nível da competição era muito bom. No primeiro semestre ganhávamos sempre ao Real Madrid. Éramos a melhor equipa de cadetes da zona Madrid, à frente de Real e Estudiantes, e a segunda melhor em juniores. Em juniores ficámos em 3º no e não apurámos para o nacional, e a partir daí passei a jogar só em cadetes. A evolução dos jogadores do Real e do Estudiantes foi muito grande, e no final do ano, os jogadores grandes que ao início eram 'toscos' no final já estavam mais móveis, e melhores tecnicamente."

Jayson Tatum

Citação de: Coach_Gouveia em 17 de Maio de 2021, 12:51
Citação de: J. Tatum em 17 de Maio de 2021, 12:17
Não estou por dentro do que se está a fazer pelo país fora, mas concentrando-me no Benfica:

- Não me parece que uma equipa de sub22 neste contexto e moldes tenha o mínimo interesse;

- A ideia que tenho é que a formação e os métodos utilizados no Clube são desadequados. Quando os miúdos da formação (identificáveis pelas t-shirts da secção que às vezes usam) vão "fazer uns cestos" no intervalo dos jogos dá para ter uma ideia sobre a falta de domínio dos fundamentos do jogo. Acho que uma vez andava por lá a filha do Gladness ao intervalo (de memória, acho que era do Gladness): era a mais pequenina, mas parecia ser a que já tinha melhores fundamentos.

Face a este contexto, acho que seria interessante dar um passo atrás, não só suspendendo por ora a equipa de sub22, mas também e principalmente refundando a formação. Os professores, os formadores, são o essencial: porque não contratar um número adequado de treinadores de formação americanos, para um projecto a médio/longo prazo? A realocação do dinheiro gasto na equipa de sub22 seria desde logo um ajuda. Porque não fazer uma campanha de captação dos miúdos que já gostam da modalidade e estão em idade de começar? Uma campanha que poderia utilizar como chamariz aquilo que é todo o espetáculo da NBA? Puxar pelo sonho da NBA. Porque não, nesse contexto, fazer alguma parceria com o Carlos Barroca e a Ticha ou tê-los como consultores? Ou o próprio Miguel Barroca, benfiquista, proactivo, pessoa entusiasmada com o jogo? Ou porque não, eventualmente, caso o Neemias venha a entrar na NBA, tê-lo como imagem/nome da nossa escola de formação? Atrair patrocinadores para isto, para um projecto de formação a médio/longo prazo de qualidade, para um projecto comercial que tire dividendos do sonho que o basquetebol pode ser, quando olhado da perspectiva espectáculo/NBA. Pessoas como as que referi acima têm capacidade agregadora e ajudar a colocar as primeiras pedras numa coisa que começará pequena, mas pode ser grande se se der tempo à formação séria e se se gerar nos miúdos uma boa dinâmica.
O problema é mesmo querer seguir o modelo americano, modelo esse que não se adequa com o europeu.
O modelo americano assenta e muito em praticarem diversos desportos e um desporto escolar forte.
Portugal podia sim olhar para o que se faz do outro lado da fronteira. Isso sim, seria melhorar.

O Benfica já tentou no passado ter os melhores jovens do país e um grupo de treinadores intocáveis.
O Benfica chegou a ter em sub16, 3 equipas inscritas! Equipa A, B e C. Ora isto dá pelo menos 30 jogadores, teriam todos eles capacidade real para jogar numa formação de topo ou seriam apenas aceites para pagarem as quotas?
O modelo espanhol acenta e bem em trabalho individual desde muito novos, dominar os principios básicos da modalidade. Em Portugal e no Benfica nada disso acontece (lembrar que o Queta por exemplo lançou mais vezes de 3 em 2 ou 3 jogos pela B do que nos 3 anos que teve na Universidade).

O principio devia de ser definir bem o que fazer e qual o perfil de jogadores procurados pelo Benfica, e trabalhar os jogadores para evoluir tecnicamente, pois se a preocupação for só ir buscar os melhores para treinar 5 vezes por semana durante 1h/1h30 com um treino geral, então é desperdicio de dinheiro.

Deixo aqui as palavras de um jovem português que há uns anos foi para Espanha:

"Sentiste grandes diferenças entre o nosso basquetebol e o de Espanha?

Senti algumas. Não nas infra-estruturas de treino que até acabam por ser semelhantes, mas os treinos são muito diferentes, bem como a maneira como se vê  o basket. Em Espanha levam o basket muito a sério e o empenho de jogadores e treinadores é completamente diferente. Temos treinos físicos 4 vezes por semana, 4 treinos com a equipa e ainda 2 treinos individuais – todos os jogadores têm esta agenda.

Como foram os teus primeiros tempos? Como correu a fase de adaptação ao basquetebol espanhol?

As duas primeiras semanas foram basicamente de trabalho físico! Eram cargas físicas monstruosas – chegavam a ser 40 minutos de corrida, sprints, e mais 1h30m na sala de musculação. Era dia após dia a ser completamente massacrado. Inicialmente davam mais importância ao trabalho físico do que à parte táctica, mas com o começo do campeonato foram diminuindo as cargas físicas e aumentando a componente técnica e táctica.

E qual o nível das competições em que participaste?

O nível da competição era muito bom. No primeiro semestre ganhávamos sempre ao Real Madrid. Éramos a melhor equipa de cadetes da zona Madrid, à frente de Real e Estudiantes, e a segunda melhor em juniores. Em juniores ficámos em 3º no e não apurámos para o nacional, e a partir daí passei a jogar só em cadetes. A evolução dos jogadores do Real e do Estudiantes foi muito grande, e no final do ano, os jogadores grandes que ao início eram 'toscos' no final já estavam mais móveis, e melhores tecnicamente."

Se o modelo global espanhol for preferível e mais adequado na prática à nossa realidade, tanto melhor. Nada contra.

Mas se for possível trazer treinadores americanos para implementar cá métodos de treino e exigência (por um lado) e associar à formação um marketing apelativo que capitalize o entusiasmo e a força que a NBA espectáculo tem a nível mundial (por outro lado), poderíamos, porque não, trabalhar para no futuro sermos uma referência na formação do nosso continente. Os nomes que referi poderiam ser uma preciosa ajuda.

Uma das questões aqui, é que ao nível do planeta o futebol e o basquetebol serão os desportos mais globais.

Do lado de lá não se pode esperar o mesmo do basebol, do futebol americano ou do hóquei no gelo. Tal como, do lado de cá, não se pode pedir ao volei, ao andebol e por maioria de razão ao hóquei em patins, que tenham o mesmo impacto que a NBA e o futebol têm à escala global.

Se o Benfica é uma instituição global (uma marca global, como o marketing de hoje diz), porque não apostar a longo prazo ser uma referência na Europa, tendo não só uma das melhores escolas de futebol, mas também de basquetebol, começando de raiz a piscar o olho overseas?

Quando comecei a escrever nem pensei nisso, mas o Noronha Lopes, com a ajuda do Barroca e da Ticha, podia lançar os fundamentos de uma cena fixe.

E já estou a imaginar o Neemias de braços abertos a segurar um mega hambúrguer numa mão e uma pepsi king size (ou coisa do género) na outra.

Ou a abafar os lançamentos dos miúdos e deixar a mensagem de que têm de treinar mais, esforçar-se mais, crescer mais (algo que o nosso Clube pode e deve fazer: treinar mais - e melhor -, esforçar-se mais, crescer mais).




lancadordedois

#39
Citação de: J. Tatum em 17 de Maio de 2021, 13:15
Citação de: Coach_Gouveia em 17 de Maio de 2021, 12:51
Citação de: J. Tatum em 17 de Maio de 2021, 12:17
Não estou por dentro do que se está a fazer pelo país fora, mas concentrando-me no Benfica:

- Não me parece que uma equipa de sub22 neste contexto e moldes tenha o mínimo interesse;

- A ideia que tenho é que a formação e os métodos utilizados no Clube são desadequados. Quando os miúdos da formação (identificáveis pelas t-shirts da secção que às vezes usam) vão "fazer uns cestos" no intervalo dos jogos dá para ter uma ideia sobre a falta de domínio dos fundamentos do jogo. Acho que uma vez andava por lá a filha do Gladness ao intervalo (de memória, acho que era do Gladness): era a mais pequenina, mas parecia ser a que já tinha melhores fundamentos.

Face a este contexto, acho que seria interessante dar um passo atrás, não só suspendendo por ora a equipa de sub22, mas também e principalmente refundando a formação. Os professores, os formadores, são o essencial: porque não contratar um número adequado de treinadores de formação americanos, para um projecto a médio/longo prazo? A realocação do dinheiro gasto na equipa de sub22 seria desde logo um ajuda. Porque não fazer uma campanha de captação dos miúdos que já gostam da modalidade e estão em idade de começar? Uma campanha que poderia utilizar como chamariz aquilo que é todo o espetáculo da NBA? Puxar pelo sonho da NBA. Porque não, nesse contexto, fazer alguma parceria com o Carlos Barroca e a Ticha ou tê-los como consultores? Ou o próprio Miguel Barroca, benfiquista, proactivo, pessoa entusiasmada com o jogo? Ou porque não, eventualmente, caso o Neemias venha a entrar na NBA, tê-lo como imagem/nome da nossa escola de formação? Atrair patrocinadores para isto, para um projecto de formação a médio/longo prazo de qualidade, para um projecto comercial que tire dividendos do sonho que o basquetebol pode ser, quando olhado da perspectiva espectáculo/NBA. Pessoas como as que referi acima têm capacidade agregadora e ajudar a colocar as primeiras pedras numa coisa que começará pequena, mas pode ser grande se se der tempo à formação séria e se se gerar nos miúdos uma boa dinâmica.
O problema é mesmo querer seguir o modelo americano, modelo esse que não se adequa com o europeu.
O modelo americano assenta e muito em praticarem diversos desportos e um desporto escolar forte.
Portugal podia sim olhar para o que se faz do outro lado da fronteira. Isso sim, seria melhorar.

O Benfica já tentou no passado ter os melhores jovens do país e um grupo de treinadores intocáveis.
O Benfica chegou a ter em sub16, 3 equipas inscritas! Equipa A, B e C. Ora isto dá pelo menos 30 jogadores, teriam todos eles capacidade real para jogar numa formação de topo ou seriam apenas aceites para pagarem as quotas?
O modelo espanhol acenta e bem em trabalho individual desde muito novos, dominar os principios básicos da modalidade. Em Portugal e no Benfica nada disso acontece (lembrar que o Queta por exemplo lançou mais vezes de 3 em 2 ou 3 jogos pela B do que nos 3 anos que teve na Universidade).

O principio devia de ser definir bem o que fazer e qual o perfil de jogadores procurados pelo Benfica, e trabalhar os jogadores para evoluir tecnicamente, pois se a preocupação for só ir buscar os melhores para treinar 5 vezes por semana durante 1h/1h30 com um treino geral, então é desperdicio de dinheiro.

Deixo aqui as palavras de um jovem português que há uns anos foi para Espanha:

"Sentiste grandes diferenças entre o nosso basquetebol e o de Espanha?

Senti algumas. Não nas infra-estruturas de treino que até acabam por ser semelhantes, mas os treinos são muito diferentes, bem como a maneira como se vê  o basket. Em Espanha levam o basket muito a sério e o empenho de jogadores e treinadores é completamente diferente. Temos treinos físicos 4 vezes por semana, 4 treinos com a equipa e ainda 2 treinos individuais – todos os jogadores têm esta agenda.

Como foram os teus primeiros tempos? Como correu a fase de adaptação ao basquetebol espanhol?

As duas primeiras semanas foram basicamente de trabalho físico! Eram cargas físicas monstruosas – chegavam a ser 40 minutos de corrida, sprints, e mais 1h30m na sala de musculação. Era dia após dia a ser completamente massacrado. Inicialmente davam mais importância ao trabalho físico do que à parte táctica, mas com o começo do campeonato foram diminuindo as cargas físicas e aumentando a componente técnica e táctica.

E qual o nível das competições em que participaste?

O nível da competição era muito bom. No primeiro semestre ganhávamos sempre ao Real Madrid. Éramos a melhor equipa de cadetes da zona Madrid, à frente de Real e Estudiantes, e a segunda melhor em juniores. Em juniores ficámos em 3º no e não apurámos para o nacional, e a partir daí passei a jogar só em cadetes. A evolução dos jogadores do Real e do Estudiantes foi muito grande, e no final do ano, os jogadores grandes que ao início eram 'toscos' no final já estavam mais móveis, e melhores tecnicamente."

Se o modelo global espanhol for preferível e mais adequado na prática à nossa realidade, tanto melhor. Nada contra.

Mas se for possível trazer treinadores americanos para implementar cá métodos de treino e exigência (por um lado) e associar à formação um marketing apelativo que capitalize o entusiasmo e a força que a NBA espectáculo tem a nível mundial (por outro lado), poderíamos, porque não, trabalhar para no futuro sermos uma referência na formação do nosso continente. Os nomes que referi poderiam ser uma preciosa ajuda.

Uma das questões aqui, é que ao nível do planeta o futebol e o basquetebol serão os desportos mais globais.

Do lado de lá não se pode esperar o mesmo do basebol, do futebol americano ou do hóquei no gelo. Tal como, do lado de cá, não se pode pedir ao volei, ao andebol e por maioria de razão ao hóquei em patins, que tenham o mesmo impacto que a NBA e o futebol têm à escala global.

Se o Benfica é uma instituição global (uma marca global, como o marketing de hoje diz), porque não apostar a longo prazo ser uma referência na Europa, tendo não só uma das melhores escolas de futebol, mas também de basquetebol, começando de raiz a piscar o olho overseas?

Quando comecei a escrever nem pensei nisso, mas o Noronha Lopes, com a ajuda do Barroca e da Ticha, podia lançar os fundamentos de uma cena fixe.

E já estou a imaginar o Neemias de braços abertos a segurar um mega hambúrguer numa mão e uma pepsi king size (ou coisa do género) na outra.

Ou a abafar os lançamentos dos miúdos e deixar a mensagem de que têm de treinar mais, esforçar-se mais, crescer mais (algo que o nosso Clube pode e deve fazer: treinar mais - e melhor -, esforçar-se mais, crescer mais).

a lista do Madeira rodrigues no basket teria uma parceria com os Boston Celtics , mas nao me  recordo em que moldes

Jayson Tatum

Citação de: lancadordedois em 17 de Maio de 2021, 13:29
Citação de: J. Tatum em 17 de Maio de 2021, 13:15
Citação de: Coach_Gouveia em 17 de Maio de 2021, 12:51
Citação de: J. Tatum em 17 de Maio de 2021, 12:17
Não estou por dentro do que se está a fazer pelo país fora, mas concentrando-me no Benfica:

- Não me parece que uma equipa de sub22 neste contexto e moldes tenha o mínimo interesse;

- A ideia que tenho é que a formação e os métodos utilizados no Clube são desadequados. Quando os miúdos da formação (identificáveis pelas t-shirts da secção que às vezes usam) vão "fazer uns cestos" no intervalo dos jogos dá para ter uma ideia sobre a falta de domínio dos fundamentos do jogo. Acho que uma vez andava por lá a filha do Gladness ao intervalo (de memória, acho que era do Gladness): era a mais pequenina, mas parecia ser a que já tinha melhores fundamentos.

Face a este contexto, acho que seria interessante dar um passo atrás, não só suspendendo por ora a equipa de sub22, mas também e principalmente refundando a formação. Os professores, os formadores, são o essencial: porque não contratar um número adequado de treinadores de formação americanos, para um projecto a médio/longo prazo? A realocação do dinheiro gasto na equipa de sub22 seria desde logo um ajuda. Porque não fazer uma campanha de captação dos miúdos que já gostam da modalidade e estão em idade de começar? Uma campanha que poderia utilizar como chamariz aquilo que é todo o espetáculo da NBA? Puxar pelo sonho da NBA. Porque não, nesse contexto, fazer alguma parceria com o Carlos Barroca e a Ticha ou tê-los como consultores? Ou o próprio Miguel Barroca, benfiquista, proactivo, pessoa entusiasmada com o jogo? Ou porque não, eventualmente, caso o Neemias venha a entrar na NBA, tê-lo como imagem/nome da nossa escola de formação? Atrair patrocinadores para isto, para um projecto de formação a médio/longo prazo de qualidade, para um projecto comercial que tire dividendos do sonho que o basquetebol pode ser, quando olhado da perspectiva espectáculo/NBA. Pessoas como as que referi acima têm capacidade agregadora e ajudar a colocar as primeiras pedras numa coisa que começará pequena, mas pode ser grande se se der tempo à formação séria e se se gerar nos miúdos uma boa dinâmica.
O problema é mesmo querer seguir o modelo americano, modelo esse que não se adequa com o europeu.
O modelo americano assenta e muito em praticarem diversos desportos e um desporto escolar forte.
Portugal podia sim olhar para o que se faz do outro lado da fronteira. Isso sim, seria melhorar.

O Benfica já tentou no passado ter os melhores jovens do país e um grupo de treinadores intocáveis.
O Benfica chegou a ter em sub16, 3 equipas inscritas! Equipa A, B e C. Ora isto dá pelo menos 30 jogadores, teriam todos eles capacidade real para jogar numa formação de topo ou seriam apenas aceites para pagarem as quotas?
O modelo espanhol acenta e bem em trabalho individual desde muito novos, dominar os principios básicos da modalidade. Em Portugal e no Benfica nada disso acontece (lembrar que o Queta por exemplo lançou mais vezes de 3 em 2 ou 3 jogos pela B do que nos 3 anos que teve na Universidade).

O principio devia de ser definir bem o que fazer e qual o perfil de jogadores procurados pelo Benfica, e trabalhar os jogadores para evoluir tecnicamente, pois se a preocupação for só ir buscar os melhores para treinar 5 vezes por semana durante 1h/1h30 com um treino geral, então é desperdicio de dinheiro.

Deixo aqui as palavras de um jovem português que há uns anos foi para Espanha:

"Sentiste grandes diferenças entre o nosso basquetebol e o de Espanha?

Senti algumas. Não nas infra-estruturas de treino que até acabam por ser semelhantes, mas os treinos são muito diferentes, bem como a maneira como se vê  o basket. Em Espanha levam o basket muito a sério e o empenho de jogadores e treinadores é completamente diferente. Temos treinos físicos 4 vezes por semana, 4 treinos com a equipa e ainda 2 treinos individuais – todos os jogadores têm esta agenda.

Como foram os teus primeiros tempos? Como correu a fase de adaptação ao basquetebol espanhol?

As duas primeiras semanas foram basicamente de trabalho físico! Eram cargas físicas monstruosas – chegavam a ser 40 minutos de corrida, sprints, e mais 1h30m na sala de musculação. Era dia após dia a ser completamente massacrado. Inicialmente davam mais importância ao trabalho físico do que à parte táctica, mas com o começo do campeonato foram diminuindo as cargas físicas e aumentando a componente técnica e táctica.

E qual o nível das competições em que participaste?

O nível da competição era muito bom. No primeiro semestre ganhávamos sempre ao Real Madrid. Éramos a melhor equipa de cadetes da zona Madrid, à frente de Real e Estudiantes, e a segunda melhor em juniores. Em juniores ficámos em 3º no e não apurámos para o nacional, e a partir daí passei a jogar só em cadetes. A evolução dos jogadores do Real e do Estudiantes foi muito grande, e no final do ano, os jogadores grandes que ao início eram 'toscos' no final já estavam mais móveis, e melhores tecnicamente."

Se o modelo global espanhol for preferível e mais adequado na prática à nossa realidade, tanto melhor. Nada contra.

Mas se for possível trazer treinadores americanos para implementar cá métodos de treino e exigência (por um lado) e associar à formação um marketing apelativo que capitalize o entusiasmo e a força que a NBA espectáculo tem a nível mundial (por outro lado), poderíamos, porque não, trabalhar para no futuro sermos uma referência na formação do nosso continente. Os nomes que referi poderiam ser uma preciosa ajuda.

Uma das questões aqui, é que ao nível do planeta o futebol e o basquetebol serão os desportos mais globais.

Do lado de lá não se pode esperar o mesmo do basebol, do futebol americano ou do hóquei no gelo. Tal como, do lado de cá, não se pode pedir ao volei, ao andebol e por maioria de razão ao hóquei em patins, que tenham o mesmo impacto que a NBA e o futebol têm à escala global.

Se o Benfica é uma instituição global (uma marca global, como o marketing de hoje diz), porque não apostar a longo prazo ser uma referência na Europa, tendo não só uma das melhores escolas de futebol, mas também de basquetebol, começando de raiz a piscar o olho overseas?

Quando comecei a escrever nem pensei nisso, mas o Noronha Lopes, com a ajuda do Barroca e da Ticha, podia lançar os fundamentos de uma cena fixe.

E já estou a imaginar o Neemias de braços abertos a segurar um mega hambúrguer numa mão e uma pepsi king size (ou coisa do género) na outra.

Ou a abafar os lançamentos dos miúdos e deixar a mensagem de que têm de treinar mais, esforçar-se mais, crescer mais (algo que o nosso Clube pode e deve fazer: treinar mais - e melhor -, esforçar-se mais, crescer mais).

a lista do Madeira rodrigues no basket teria uma parceria com os Boston Celtics , mas nao me  recordo em que moldes

Nem me fales disso. Que enjoo. Eu ia ter de engolir um grande sapo, enquanto benfiquista e apoiante dos Celtics... ::bater::

lancadordedois

Citação de: J. Tatum em 17 de Maio de 2021, 13:34
Citação de: lancadordedois em 17 de Maio de 2021, 13:29
Citação de: J. Tatum em 17 de Maio de 2021, 13:15
Citação de: Coach_Gouveia em 17 de Maio de 2021, 12:51
Citação de: J. Tatum em 17 de Maio de 2021, 12:17
Não estou por dentro do que se está a fazer pelo país fora, mas concentrando-me no Benfica:

- Não me parece que uma equipa de sub22 neste contexto e moldes tenha o mínimo interesse;

- A ideia que tenho é que a formação e os métodos utilizados no Clube são desadequados. Quando os miúdos da formação (identificáveis pelas t-shirts da secção que às vezes usam) vão "fazer uns cestos" no intervalo dos jogos dá para ter uma ideia sobre a falta de domínio dos fundamentos do jogo. Acho que uma vez andava por lá a filha do Gladness ao intervalo (de memória, acho que era do Gladness): era a mais pequenina, mas parecia ser a que já tinha melhores fundamentos.

Face a este contexto, acho que seria interessante dar um passo atrás, não só suspendendo por ora a equipa de sub22, mas também e principalmente refundando a formação. Os professores, os formadores, são o essencial: porque não contratar um número adequado de treinadores de formação americanos, para um projecto a médio/longo prazo? A realocação do dinheiro gasto na equipa de sub22 seria desde logo um ajuda. Porque não fazer uma campanha de captação dos miúdos que já gostam da modalidade e estão em idade de começar? Uma campanha que poderia utilizar como chamariz aquilo que é todo o espetáculo da NBA? Puxar pelo sonho da NBA. Porque não, nesse contexto, fazer alguma parceria com o Carlos Barroca e a Ticha ou tê-los como consultores? Ou o próprio Miguel Barroca, benfiquista, proactivo, pessoa entusiasmada com o jogo? Ou porque não, eventualmente, caso o Neemias venha a entrar na NBA, tê-lo como imagem/nome da nossa escola de formação? Atrair patrocinadores para isto, para um projecto de formação a médio/longo prazo de qualidade, para um projecto comercial que tire dividendos do sonho que o basquetebol pode ser, quando olhado da perspectiva espectáculo/NBA. Pessoas como as que referi acima têm capacidade agregadora e ajudar a colocar as primeiras pedras numa coisa que começará pequena, mas pode ser grande se se der tempo à formação séria e se se gerar nos miúdos uma boa dinâmica.
O problema é mesmo querer seguir o modelo americano, modelo esse que não se adequa com o europeu.
O modelo americano assenta e muito em praticarem diversos desportos e um desporto escolar forte.
Portugal podia sim olhar para o que se faz do outro lado da fronteira. Isso sim, seria melhorar.

O Benfica já tentou no passado ter os melhores jovens do país e um grupo de treinadores intocáveis.
O Benfica chegou a ter em sub16, 3 equipas inscritas! Equipa A, B e C. Ora isto dá pelo menos 30 jogadores, teriam todos eles capacidade real para jogar numa formação de topo ou seriam apenas aceites para pagarem as quotas?
O modelo espanhol acenta e bem em trabalho individual desde muito novos, dominar os principios básicos da modalidade. Em Portugal e no Benfica nada disso acontece (lembrar que o Queta por exemplo lançou mais vezes de 3 em 2 ou 3 jogos pela B do que nos 3 anos que teve na Universidade).

O principio devia de ser definir bem o que fazer e qual o perfil de jogadores procurados pelo Benfica, e trabalhar os jogadores para evoluir tecnicamente, pois se a preocupação for só ir buscar os melhores para treinar 5 vezes por semana durante 1h/1h30 com um treino geral, então é desperdicio de dinheiro.

Deixo aqui as palavras de um jovem português que há uns anos foi para Espanha:

"Sentiste grandes diferenças entre o nosso basquetebol e o de Espanha?

Senti algumas. Não nas infra-estruturas de treino que até acabam por ser semelhantes, mas os treinos são muito diferentes, bem como a maneira como se vê  o basket. Em Espanha levam o basket muito a sério e o empenho de jogadores e treinadores é completamente diferente. Temos treinos físicos 4 vezes por semana, 4 treinos com a equipa e ainda 2 treinos individuais – todos os jogadores têm esta agenda.

Como foram os teus primeiros tempos? Como correu a fase de adaptação ao basquetebol espanhol?

As duas primeiras semanas foram basicamente de trabalho físico! Eram cargas físicas monstruosas – chegavam a ser 40 minutos de corrida, sprints, e mais 1h30m na sala de musculação. Era dia após dia a ser completamente massacrado. Inicialmente davam mais importância ao trabalho físico do que à parte táctica, mas com o começo do campeonato foram diminuindo as cargas físicas e aumentando a componente técnica e táctica.

E qual o nível das competições em que participaste?

O nível da competição era muito bom. No primeiro semestre ganhávamos sempre ao Real Madrid. Éramos a melhor equipa de cadetes da zona Madrid, à frente de Real e Estudiantes, e a segunda melhor em juniores. Em juniores ficámos em 3º no e não apurámos para o nacional, e a partir daí passei a jogar só em cadetes. A evolução dos jogadores do Real e do Estudiantes foi muito grande, e no final do ano, os jogadores grandes que ao início eram 'toscos' no final já estavam mais móveis, e melhores tecnicamente."

Se o modelo global espanhol for preferível e mais adequado na prática à nossa realidade, tanto melhor. Nada contra.

Mas se for possível trazer treinadores americanos para implementar cá métodos de treino e exigência (por um lado) e associar à formação um marketing apelativo que capitalize o entusiasmo e a força que a NBA espectáculo tem a nível mundial (por outro lado), poderíamos, porque não, trabalhar para no futuro sermos uma referência na formação do nosso continente. Os nomes que referi poderiam ser uma preciosa ajuda.

Uma das questões aqui, é que ao nível do planeta o futebol e o basquetebol serão os desportos mais globais.

Do lado de lá não se pode esperar o mesmo do basebol, do futebol americano ou do hóquei no gelo. Tal como, do lado de cá, não se pode pedir ao volei, ao andebol e por maioria de razão ao hóquei em patins, que tenham o mesmo impacto que a NBA e o futebol têm à escala global.

Se o Benfica é uma instituição global (uma marca global, como o marketing de hoje diz), porque não apostar a longo prazo ser uma referência na Europa, tendo não só uma das melhores escolas de futebol, mas também de basquetebol, começando de raiz a piscar o olho overseas?

Quando comecei a escrever nem pensei nisso, mas o Noronha Lopes, com a ajuda do Barroca e da Ticha, podia lançar os fundamentos de uma cena fixe.

E já estou a imaginar o Neemias de braços abertos a segurar um mega hambúrguer numa mão e uma pepsi king size (ou coisa do género) na outra.

Ou a abafar os lançamentos dos miúdos e deixar a mensagem de que têm de treinar mais, esforçar-se mais, crescer mais (algo que o nosso Clube pode e deve fazer: treinar mais - e melhor -, esforçar-se mais, crescer mais).

a lista do Madeira rodrigues no basket teria uma parceria com os Boston Celtics , mas nao me  recordo em que moldes

Nem me fales disso. Que enjoo. Eu ia ter de engolir um grande sapo, enquanto benfiquista e apoiante dos Celtics... ::bater::

e supostamente dinheiro para  contratar qualidade de forma a baterem se com os melhores da europa...

Jayson Tatum

#42
Citação de: J. Tatum em 17 de Maio de 2021, 13:15
Citação de: Coach_Gouveia em 17 de Maio de 2021, 12:51
Citação de: J. Tatum em 17 de Maio de 2021, 12:17
Não estou por dentro do que se está a fazer pelo país fora, mas concentrando-me no Benfica:

- Não me parece que uma equipa de sub22 neste contexto e moldes tenha o mínimo interesse;

- A ideia que tenho é que a formação e os métodos utilizados no Clube são desadequados. Quando os miúdos da formação (identificáveis pelas t-shirts da secção que às vezes usam) vão "fazer uns cestos" no intervalo dos jogos dá para ter uma ideia sobre a falta de domínio dos fundamentos do jogo. Acho que uma vez andava por lá a filha do Gladness ao intervalo (de memória, acho que era do Gladness): era a mais pequenina, mas parecia ser a que já tinha melhores fundamentos.

Face a este contexto, acho que seria interessante dar um passo atrás, não só suspendendo por ora a equipa de sub22, mas também e principalmente refundando a formação. Os professores, os formadores, são o essencial: porque não contratar um número adequado de treinadores de formação americanos, para um projecto a médio/longo prazo? A realocação do dinheiro gasto na equipa de sub22 seria desde logo um ajuda. Porque não fazer uma campanha de captação dos miúdos que já gostam da modalidade e estão em idade de começar? Uma campanha que poderia utilizar como chamariz aquilo que é todo o espetáculo da NBA? Puxar pelo sonho da NBA. Porque não, nesse contexto, fazer alguma parceria com o Carlos Barroca e a Ticha ou tê-los como consultores? Ou o próprio Miguel Barroca, benfiquista, proactivo, pessoa entusiasmada com o jogo? Ou porque não, eventualmente, caso o Neemias venha a entrar na NBA, tê-lo como imagem/nome da nossa escola de formação? Atrair patrocinadores para isto, para um projecto de formação a médio/longo prazo de qualidade, para um projecto comercial que tire dividendos do sonho que o basquetebol pode ser, quando olhado da perspectiva espectáculo/NBA. Pessoas como as que referi acima têm capacidade agregadora e ajudar a colocar as primeiras pedras numa coisa que começará pequena, mas pode ser grande se se der tempo à formação séria e se se gerar nos miúdos uma boa dinâmica.
O problema é mesmo querer seguir o modelo americano, modelo esse que não se adequa com o europeu.
O modelo americano assenta e muito em praticarem diversos desportos e um desporto escolar forte.
Portugal podia sim olhar para o que se faz do outro lado da fronteira. Isso sim, seria melhorar.

O Benfica já tentou no passado ter os melhores jovens do país e um grupo de treinadores intocáveis.
O Benfica chegou a ter em sub16, 3 equipas inscritas! Equipa A, B e C. Ora isto dá pelo menos 30 jogadores, teriam todos eles capacidade real para jogar numa formação de topo ou seriam apenas aceites para pagarem as quotas?
O modelo espanhol acenta e bem em trabalho individual desde muito novos, dominar os principios básicos da modalidade. Em Portugal e no Benfica nada disso acontece (lembrar que o Queta por exemplo lançou mais vezes de 3 em 2 ou 3 jogos pela B do que nos 3 anos que teve na Universidade).

O principio devia de ser definir bem o que fazer e qual o perfil de jogadores procurados pelo Benfica, e trabalhar os jogadores para evoluir tecnicamente, pois se a preocupação for só ir buscar os melhores para treinar 5 vezes por semana durante 1h/1h30 com um treino geral, então é desperdicio de dinheiro.

Deixo aqui as palavras de um jovem português que há uns anos foi para Espanha:

"Sentiste grandes diferenças entre o nosso basquetebol e o de Espanha?

Senti algumas. Não nas infra-estruturas de treino que até acabam por ser semelhantes, mas os treinos são muito diferentes, bem como a maneira como se vê  o basket. Em Espanha levam o basket muito a sério e o empenho de jogadores e treinadores é completamente diferente. Temos treinos físicos 4 vezes por semana, 4 treinos com a equipa e ainda 2 treinos individuais – todos os jogadores têm esta agenda.

Como foram os teus primeiros tempos? Como correu a fase de adaptação ao basquetebol espanhol?

As duas primeiras semanas foram basicamente de trabalho físico! Eram cargas físicas monstruosas – chegavam a ser 40 minutos de corrida, sprints, e mais 1h30m na sala de musculação. Era dia após dia a ser completamente massacrado. Inicialmente davam mais importância ao trabalho físico do que à parte táctica, mas com o começo do campeonato foram diminuindo as cargas físicas e aumentando a componente técnica e táctica.

E qual o nível das competições em que participaste?

O nível da competição era muito bom. No primeiro semestre ganhávamos sempre ao Real Madrid. Éramos a melhor equipa de cadetes da zona Madrid, à frente de Real e Estudiantes, e a segunda melhor em juniores. Em juniores ficámos em 3º no e não apurámos para o nacional, e a partir daí passei a jogar só em cadetes. A evolução dos jogadores do Real e do Estudiantes foi muito grande, e no final do ano, os jogadores grandes que ao início eram 'toscos' no final já estavam mais móveis, e melhores tecnicamente."

Se o modelo global espanhol for preferível e mais adequado na prática à nossa realidade, tanto melhor. Nada contra.

Mas se for possível trazer treinadores americanos para implementar cá métodos de treino e exigência (por um lado) e associar à formação um marketing apelativo que capitalize o entusiasmo e a força que a NBA espectáculo tem a nível mundial (por outro lado), poderíamos, porque não, trabalhar para no futuro sermos uma referência na formação do nosso continente. Os nomes que referi poderiam ser uma preciosa ajuda.

Uma das questões aqui, é que ao nível do planeta o futebol e o basquetebol serão os desportos mais globais.

Do lado de lá não se pode esperar o mesmo do basebol, do futebol americano ou do hóquei no gelo. Tal como, do lado de cá, não se pode pedir ao volei, ao andebol e por maioria de razão ao hóquei em patins, que tenham o mesmo impacto que a NBA e o futebol têm à escala global.

Se o Benfica é uma instituição global (uma marca global, como o marketing de hoje diz), porque não apostar a longo prazo ser uma referência na Europa, tendo não só uma das melhores escolas de futebol, mas também de basquetebol, começando de raiz a piscar o olho overseas?

Quando comecei a escrever nem pensei nisso, mas o Noronha Lopes, com a ajuda do Barroca e da Ticha, podia lançar os fundamentos de uma cena fixe.

E já estou a imaginar o Neemias de braços abertos a segurar um mega hambúrguer numa mão e uma pepsi king size (ou coisa do género) na outra.

Ou a abafar os lançamentos dos miúdos e deixar a mensagem de que têm de treinar mais, esforçar-se mais, crescer mais (algo que o nosso Clube pode e deve fazer: treinar mais - e melhor -, esforçar-se mais, crescer mais).

Acrescentar que, lembrei-me agora, o Noronha tinha na lista alguém que possivelmente poderia ter o entusiasmo necessário para ajudar nisto a partir da Direcção, o Pedro Adão e Silva, fã da NBA e a quem já vi assistir a jogos no nosso pavilhão.

E mesmo pensando mais directamente na influência positiva da NBA: o Clint Capela e o Eddy Tavares são benfiquistas. Porque não sondá-los para a promoção da nossa formação/escola? A um nível abrangente ou com, por exemplo, programas e sinergias específicas junto da comunidade angolana em Portugal (o pai do Capela é angolano) ou da comunidade cabo verdiano (E. Tavares)? Quem diz estes, diz também o Carlos Morais ou até o Bruno Fernando (este não sei se tem alguma preferência clubística em Portugal).

Acho que há potencial se se apontar para cima, bem como para a refundação, de raiz, e para os frutos da formação a longo prazo

lancadordedois

Citação de: J. Tatum em 17 de Maio de 2021, 14:14
Citação de: J. Tatum em 17 de Maio de 2021, 13:15
Citação de: Coach_Gouveia em 17 de Maio de 2021, 12:51
Citação de: J. Tatum em 17 de Maio de 2021, 12:17
Não estou por dentro do que se está a fazer pelo país fora, mas concentrando-me no Benfica:

- Não me parece que uma equipa de sub22 neste contexto e moldes tenha o mínimo interesse;

- A ideia que tenho é que a formação e os métodos utilizados no Clube são desadequados. Quando os miúdos da formação (identificáveis pelas t-shirts da secção que às vezes usam) vão "fazer uns cestos" no intervalo dos jogos dá para ter uma ideia sobre a falta de domínio dos fundamentos do jogo. Acho que uma vez andava por lá a filha do Gladness ao intervalo (de memória, acho que era do Gladness): era a mais pequenina, mas parecia ser a que já tinha melhores fundamentos.

Face a este contexto, acho que seria interessante dar um passo atrás, não só suspendendo por ora a equipa de sub22, mas também e principalmente refundando a formação. Os professores, os formadores, são o essencial: porque não contratar um número adequado de treinadores de formação americanos, para um projecto a médio/longo prazo? A realocação do dinheiro gasto na equipa de sub22 seria desde logo um ajuda. Porque não fazer uma campanha de captação dos miúdos que já gostam da modalidade e estão em idade de começar? Uma campanha que poderia utilizar como chamariz aquilo que é todo o espetáculo da NBA? Puxar pelo sonho da NBA. Porque não, nesse contexto, fazer alguma parceria com o Carlos Barroca e a Ticha ou tê-los como consultores? Ou o próprio Miguel Barroca, benfiquista, proactivo, pessoa entusiasmada com o jogo? Ou porque não, eventualmente, caso o Neemias venha a entrar na NBA, tê-lo como imagem/nome da nossa escola de formação? Atrair patrocinadores para isto, para um projecto de formação a médio/longo prazo de qualidade, para um projecto comercial que tire dividendos do sonho que o basquetebol pode ser, quando olhado da perspectiva espectáculo/NBA. Pessoas como as que referi acima têm capacidade agregadora e ajudar a colocar as primeiras pedras numa coisa que começará pequena, mas pode ser grande se se der tempo à formação séria e se se gerar nos miúdos uma boa dinâmica.
O problema é mesmo querer seguir o modelo americano, modelo esse que não se adequa com o europeu.
O modelo americano assenta e muito em praticarem diversos desportos e um desporto escolar forte.
Portugal podia sim olhar para o que se faz do outro lado da fronteira. Isso sim, seria melhorar.

O Benfica já tentou no passado ter os melhores jovens do país e um grupo de treinadores intocáveis.
O Benfica chegou a ter em sub16, 3 equipas inscritas! Equipa A, B e C. Ora isto dá pelo menos 30 jogadores, teriam todos eles capacidade real para jogar numa formação de topo ou seriam apenas aceites para pagarem as quotas?
O modelo espanhol acenta e bem em trabalho individual desde muito novos, dominar os principios básicos da modalidade. Em Portugal e no Benfica nada disso acontece (lembrar que o Queta por exemplo lançou mais vezes de 3 em 2 ou 3 jogos pela B do que nos 3 anos que teve na Universidade).

O principio devia de ser definir bem o que fazer e qual o perfil de jogadores procurados pelo Benfica, e trabalhar os jogadores para evoluir tecnicamente, pois se a preocupação for só ir buscar os melhores para treinar 5 vezes por semana durante 1h/1h30 com um treino geral, então é desperdicio de dinheiro.

Deixo aqui as palavras de um jovem português que há uns anos foi para Espanha:

"Sentiste grandes diferenças entre o nosso basquetebol e o de Espanha?

Senti algumas. Não nas infra-estruturas de treino que até acabam por ser semelhantes, mas os treinos são muito diferentes, bem como a maneira como se vê  o basket. Em Espanha levam o basket muito a sério e o empenho de jogadores e treinadores é completamente diferente. Temos treinos físicos 4 vezes por semana, 4 treinos com a equipa e ainda 2 treinos individuais – todos os jogadores têm esta agenda.

Como foram os teus primeiros tempos? Como correu a fase de adaptação ao basquetebol espanhol?

As duas primeiras semanas foram basicamente de trabalho físico! Eram cargas físicas monstruosas – chegavam a ser 40 minutos de corrida, sprints, e mais 1h30m na sala de musculação. Era dia após dia a ser completamente massacrado. Inicialmente davam mais importância ao trabalho físico do que à parte táctica, mas com o começo do campeonato foram diminuindo as cargas físicas e aumentando a componente técnica e táctica.

E qual o nível das competições em que participaste?

O nível da competição era muito bom. No primeiro semestre ganhávamos sempre ao Real Madrid. Éramos a melhor equipa de cadetes da zona Madrid, à frente de Real e Estudiantes, e a segunda melhor em juniores. Em juniores ficámos em 3º no e não apurámos para o nacional, e a partir daí passei a jogar só em cadetes. A evolução dos jogadores do Real e do Estudiantes foi muito grande, e no final do ano, os jogadores grandes que ao início eram 'toscos' no final já estavam mais móveis, e melhores tecnicamente."

Se o modelo global espanhol for preferível e mais adequado na prática à nossa realidade, tanto melhor. Nada contra.

Mas se for possível trazer treinadores americanos para implementar cá métodos de treino e exigência (por um lado) e associar à formação um marketing apelativo que capitalize o entusiasmo e a força que a NBA espectáculo tem a nível mundial (por outro lado), poderíamos, porque não, trabalhar para no futuro sermos uma referência na formação do nosso continente. Os nomes que referi poderiam ser uma preciosa ajuda.

Uma das questões aqui, é que ao nível do planeta o futebol e o basquetebol serão os desportos mais globais.

Do lado de lá não se pode esperar o mesmo do basebol, do futebol americano ou do hóquei no gelo. Tal como, do lado de cá, não se pode pedir ao volei, ao andebol e por maioria de razão ao hóquei em patins, que tenham o mesmo impacto que a NBA e o futebol têm à escala global.

Se o Benfica é uma instituição global (uma marca global, como o marketing de hoje diz), porque não apostar a longo prazo ser uma referência na Europa, tendo não só uma das melhores escolas de futebol, mas também de basquetebol, começando de raiz a piscar o olho overseas?

Quando comecei a escrever nem pensei nisso, mas o Noronha Lopes, com a ajuda do Barroca e da Ticha, podia lançar os fundamentos de uma cena fixe.

E já estou a imaginar o Neemias de braços abertos a segurar um mega hambúrguer numa mão e uma pepsi king size (ou coisa do género) na outra.

Ou a abafar os lançamentos dos miúdos e deixar a mensagem de que têm de treinar mais, esforçar-se mais, crescer mais (algo que o nosso Clube pode e deve fazer: treinar mais - e melhor -, esforçar-se mais, crescer mais).

Acrescentar que, lembrei-me agora, o Noronha tinha na lista alguém que possivelmente poderia ter o entusiasmo necessário para ajudar nisto a partir da Direcção, o Pedro Adão e Silva, fã da NBA e a quem já vi assistir a jogos no nosso pavilhão.

E mesmo pensando mais directamente na influência positiva da NBA: o Clint Capela e o Eddy Tavares são benfiquistas. Porque não sondá-los para a promoção da nossa formação/escola? A um nível abrangente ou com, por exemplo, programas e sinergias específicas junto da comunidade angolana em Portugal (o pai do Capela é angolano) ou da comunidade cabo verdiano (E. Tavares)? Quem diz estes, diz também o Carlos Morais ou até o Bruno Fernando (este não sei se tem alguma preferência clubística em Portugal).

Acho que há potencial se se apontar para cima, bem como para a refundação, de raiz, e para os frutos da formação a longo prazo

isso faz tudo sentido com um Noronha Lopes por exemplo , fora isso nao ha vontade


gungunhana

#44
Citação de: J. Tatum em 17 de Maio de 2021, 12:17
Não estou por dentro do que se está a fazer pelo país fora, mas concentrando-me no Benfica:

- Não me parece que uma equipa de sub22 neste contexto e moldes tenha o mínimo interesse;

- A ideia que tenho é que a formação e os métodos utilizados no Clube são desadequados. Quando os miúdos da formação (identificáveis pelas t-shirts da secção que às vezes usam) vão "fazer uns cestos" no intervalo dos jogos dá para ter uma ideia sobre a falta de domínio dos fundamentos do jogo. Acho que uma vez andava por lá a filha do Gladness ao intervalo (de memória, acho que era do Gladness): era a mais pequenina, mas parecia ser a que já tinha melhores fundamentos.

Face a este contexto, acho que seria interessante dar um passo atrás, não só suspendendo por ora a equipa de sub22, mas também e principalmente refundando a formação. Os professores, os formadores, são o essencial: porque não contratar um número adequado de treinadores de formação americanos, para um projecto a médio/longo prazo? A realocação do dinheiro gasto na equipa de sub22 seria desde logo um ajuda. Porque não fazer uma campanha de captação dos miúdos que já gostam da modalidade e estão em idade de começar? Uma campanha que poderia utilizar como chamariz aquilo que é todo o espetáculo da NBA? Puxar pelo sonho da NBA. Porque não, nesse contexto, fazer alguma parceria com o Carlos Barroca e a Ticha ou tê-los como consultores? Ou o próprio Miguel Barroca, benfiquista, proactivo, pessoa entusiasmada com o jogo? Ou porque não, eventualmente, caso o Neemias venha a entrar na NBA, tê-lo como imagem/nome da nossa escola de formação? Atrair patrocinadores para isto, para um projecto de formação a médio/longo prazo de qualidade, para um projecto comercial que tire dividendos do sonho que o basquetebol pode ser, quando olhado da perspectiva espectáculo/NBA. Pessoas como as que referi acima têm capacidade agregadora e ajudar a colocar as primeiras pedras numa coisa que começará pequena, mas pode ser grande se se der tempo à formação séria e se se gerar nos miúdos uma boa dinâmica.

De há 10 anos para cá, que o basquetebol em Portugal não profissionaliza jogadores em seniores de forma a que em jovem eles possam ter vontade de abdicar de mta coisa para seguirem no futuro como basquetebolistas.
Não há dinheiro que alavanque toda uma transformação do tipo que preconizas.

Antigamente (há mt tempo atrás), havia sempre Torneios de 3x3 que captavam jovens para serem federados , mas que para além disso punham apaixonados do jg (mesmo os sem qualidade) a jogar e isso punha gente a ver e a falar sobre o jg.  Marcas de calçado, alimentação etc a entrarem como sponsors e a trazerem gente a participar e dinheiro a correr. A NBA em Portugal (sei que nos USA tb enfrenta problemas de seguidores, os numeros baixam de época para época) tem um visionamento menor do que tinha quando só passava um jg por semana... os comentadores actuais parece que estão num bar  a beber uns copos e a "mandar" umas graçolas, enfeudados nuns conhecimentos daquilo que foram e falam de tudo menos do que deviam, não "vendem" o jg pela paixão como  por exemplo João Coutinho o fazoia, por mim já só sigo os jgs da equipa (Indiana) sediada zona da Faculdade (Notre Dame)  em que estive a aprender coisas e da qual me habituei a ser fan.

O Junior NBA que foi lançado nas Escolas Europeias e sul-americanas e dá dinheiro a mta gente... em Portugal está longe, mt longe do objectivo que a Federação julgava atingir vem na sequência dessa perda de mercado da NBA, em Àfrica este ano criaram uma Liga profissional entre países africanos, para comercializarem a marca e encontrar ainda mais fácilmente jogadores que possam interessar ao negócio.

Os miudos e miudas hj treinam regra geral, (tirando nos grandes clubes ou nas boas equipas) 3 vezes por semana, cm cortes aquando de más notas exames doença etc. Mais, se os pais não gostarem das opções dos treinadores, desistem. Já nem falo no meu tempo de atleta, mas quando comecei como treinador a miudagem não pagava, hj como não há dinheiro tds pagam, perdeu-se um capital enorme de miudagem que seguiu para modalidades em que os patrocinios são maiores e não pagam (Futsal exemplo maior).
Apareceu futebol feminino, há mais pólos de diversão (x-box, playstation etc, que fazem a miudagem ficar em casa, sem pessoas a jogar, a ver, a gastar dinheiro, sem visibilidade não há investimento. O basket em Portugal tem um jg por semana na TV!!!, e tem de pagar os custos operacionais para essa mesma TV transmitir o jg!!!

O Benfica em basket segue uma politica da qual não gosto, de recrutamento e aliciamento a miudos e miudas que afunda clubes Formadores e leva para os seus quadros um ror de miudagem que chegando lá não joga... logo se eram bons onde estavam e suscitaram interesse, chegam a um clube onde estão 3 ou 4 do mesmo nivel na mesma posição e regridem no seu crescimento pk jogam mt menos minutos ou nada, do que jogavam no clube anterior...

Candido Sá, João Fernandes, António Monteiro, Castela, Ricardo Monteiro, André Mendes,João Ribeiro, Gallina, Gameiro, Ventura, Diogo Correia, Ferreirinho, Calabote, Marco Gonçalves, Sérgio Silva, Nemias, Delgado.... (Barroso e Lisboa só estes 2 nos nossos seniores) e estou-me a esquecer de muitos com mta qualidade, que não vingaram cá e que vingaram pouco noutros lados.

Se me disserem que  os melhores treinadores teem de estar logo no Minibasquete, aceito, há dinheiro para pagar a esses treinadores? duvido, se eles querem ainda treinar esses escalões? muitos tb duvido!!! Se o Benfica tem bons treinadores na Formação, tem alguns, se teem o nivel de exigência que deviam ter ? mt poucos .
Mas tb vos digo, treinador que exige cultura de esforço, rigor, que defina regras internas cuidadas, não tem sucesso ou tem sérios problemas.

Como alguem disse aqui. Uma equipa por escalão chega se queremos formar para a equipa de seniores, se queremos sacar dinheiro a pais e enganar miudos tirando-os dos clubes em que se desenvolveram até chamar a atenção do Benfica, acabando com eles em equipas B, C, D então esqueçam, pk eles e os pais sentem-se enganados, desistem de trabalhar, continuam a achar que são bons e criticam os que acabam por jogar mais.

Há 4 anos e durante os 2  anos que se seguiram, tentei no clube em que era Coordenador receber jogadores que não ficavam no Benfica, sabem o que  acontecia? saindo do Benfica como derrotados(as) por lá não conseguirem jogar, preferiam deixar de jogar...
Sabem onde o Benfica treinava com a sua equipa mais importante de Formação e ás vezes equipa B?, no pavilhão do clube em que era Coordenador, ou seja, infraestrutura de treino igual...

Quando houver condições em Seniores e já só digo seniores de Ligas (mas e fem), Proliga e 1ª Divisão feminina..., para que os treinadores sejam todos profissionais, quando todos os jogadores(as) seniores poderem no minimo receber o ordenado minimo nacional aí já se pode começar a ter gente suficiente a pensar em trabalhar na Formação a sério , com objectivos, seguindo regras, ouvindo treinadores e almejando a um futuro que lhes promova emprego, até lá duvido e continuaremos a ter investimentos em Benfica, Porto, Sporting e mais alguns através das autarquias ou beneméritos, a aproveitar o trabalho mais azizado de alguma juventude que já sabe á partida que será profissional, nesses clubes ou em poucos mais, e ninguém que tenha escola como treinador em países em que desporto é tratado como igual na sociedade, quererá ( a não ser por oportunismo e não profissionalismo e devoção) pegar num projecto como o referido.

O Benfica foi responsável por ter terminado a Liga Profissional, saiu e aquilo desabou como um castelo de cartas, que tal ser agora o responsável por criar condições para se conseguir tornar a vender o basket a sério em Portugal?