Barros
1970-1971
1973-1977
Duas semanas depois de Mão Tsé-Tung ter proclamado a República Popular da China, pelo ano de 1949, nascia António Barros, no coração da cidade do Porto. Nem de propósito. Mais tarde profissional de futebol, caracterizou-se por um toque revolucionário, anti-sistema, com gérmens na excentricidade. A ele sempre se associou o estigma de que poderia ter ido mais além. Sincopou o rendimento. Às vezes com soberba. Por temperamento. Áspero e agreste.
Barros adveio na localidade piscatória de Matosinhos, no Leixões. Em maré alta. De craques. Era Raul, era Jacinto, era Fonseca, era Praia. Era sustento do Benfica. Para não mudar o rumo, o mesmo embarque, as mesmas milhas. Até ao porto seguro da Luz.
Estava apostado em fazer água na boca. Afinal, já havia contribuído para fainas bem sucedidas. Em 70/71, todavia, os centrais Humberto Coelho e Zeca estiveram autoritários. Chances não deram ao jovem recruta de 21 anos. Saiu por empréstimo. Num curto hiato. Dois anos depois regressou. Era mais jogador. Mais maturado.
O ano foi verde. Hagan queria o tetracampeonato. A ilusão durou três curtas jornadas. Seguiu-se Fernando Cabrita, com o britânico fora de jogo, após litigio sério com a Direcção do clube. A um mês do final do Campeonato, o Sporting liderava com grande folga. Em Alvalade, no dia 31 de Março de 1974, Marcelo Caetano era apupado, na agonia do regime. Aplausos só para o Benfica, numa fulgurante vitória, por 5-3. Aplausos para Barros, titular no eixo recuado. Não chegou para Nacional vencer, mas ficou a evidência da superioridade benfiquista.
Na temporada imediata, terceiro jogador mais utilizado seria. Quase sempre a lateral-esquerdo, em abono da sua polivalência. O Campeonato voltou a sorrir. Sem sorrir ficaram os adeptos, no final da época, com a transferência do carismático Humberto para França. Barros aceitou o desafio de Mário Wilson. Passou a operar na jurisdição de Humberto. A contento. O titulo revalidado foi.
Novo ano, novo triunfo. Novo Barros. Novo? Antes diferente. Para pior. Menos competitivo, menos rigoroso, menos eficiente. Mais distante. Com as portas aberta para a saída. Tanto mais que havia Eurico, Bastos Lopes, o regressado Humberto. Jogou cinco anos, compaginou quatro Campeonatos, internacional se fez. Ao lado de muitos outros defesas, bola nos pés, sustenta Toni, “era coisa azeda comparada a pastéis de Belém”. Fica o açúcar nas representações de Barros à Benfica.
Épocas no Benfica: 5 (70/71 e 73/74)
Jogos: 106
Golos: 3
Títulos: 4CN
Texto: Memorial Benfica, 100 Glórias
Copiado de Ednilson
Equipa Principal | Jogos | Minutos | Cartões (A./V.) | Golos | |
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1968/1969 | |||||
Amigáveis | 0 | 0 | |||
1970/1971 | 7 | 341 | 0 / 0 | 0 | |
Campeonato Nacional | 5 | 241 | 0 / 0 | 0 | |
Taça das Taças | 2 | 100 | 0 / 0 | 0 | |
Amigáveis | 4 | 0 | |||
1973/1974 | 16 | 1214 | 0 / 0 | 0 | |
Campeonato Nacional | 12 | 944 | 0 / 0 | 0 | |
AF Lisboa Taça de Honra 1ª Divisão | 1 | 0 | 0 / 0 | 0 | |
Taça de Portugal | 3 | 270 | 0 / 0 | 0 | |
Amigáveis | 3 | 0 | |||
1974/1975 | 39 | 3240 | 0 / 0 | 3 | |
Campeonato Nacional | 27 | 2340 | 0 / 0 | 2 | |
AF Lisboa Taça de Honra 1ª Divisão | 2 | 0 | 0 / 0 | 0 | |
Taça de Portugal | 5 | 450 | 0 / 0 | 0 | |
Taça das Taças | 5 | 450 | 0 / 0 | 1 | |
Amigáveis | 13 | 0 | |||
1975/1976 | 34 | 2970 | 0 / 0 | 0 | |
Campeonato Nacional | 26 | 2340 | 0 / 0 | 0 | |
AF Lisboa Taça de Honra 1ª Divisão | 1 | 0 | 0 / 0 | 0 | |
Taça de Portugal | 1 | 90 | 0 / 0 | 0 | |
Taça dos Campeões Europeus | 6 | 540 | 0 / 0 | 0 | |
Amigáveis | 10 | 0 | |||
1976/1977 | 14 | 1179 | 0 / 0 | 0 | |
Campeonato Nacional | 10 | 819 | 0 / 0 | 0 | |
Taça de Portugal | 2 | 180 | 0 / 0 | 0 | |
Taça dos Campeões Europeus | 2 | 180 | 0 / 0 | 0 | |
Amigáveis | 5 | 0 | |||
Total Jogos Amigáveis | 35 | 0 | |||
Total Jogos Oficiais | 110 | 8944 | 0 / 0 | 3 |
Na equipa principal |
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Primeiro jogo
Seleção de Luanda 1 - 9 SL Benfica
Troféu Governo Geral
Último jogo
Sporting CP 3 - 0 SL Benfica
Taça de Portugal
- Shoky a Sexta, 13 Abril 2018
- administrador a Sexta, 13 Abril 2018