31 futebolistas "Made in Benfica" a competir em 31 países

Fonte
Record

O sucesso da formação de um clube pode medir-se pelos jogadores que coloca no plantel principal, pelos triunfos e títulos conquistados e, também, pelos futebolistas que “exporta”. A este nível, nunca os encarnados conheceram tão grande reconhecimento como agora.

De acordo com os dados compilados e fornecidos pelo próprio Benfica, neste momento, existem jogadores que passaram pelas escolas das águias a competir em 31 países, da Ásia à Europa. As maiores concentrações verificam-se em Inglaterra (7 elementos) e Espanha (4), embora este fenómeno atinja outras zonas, como Cazaquistão (Manuel Curto), China (Yu Dabao e Wang Gang) e Bakar (Geórgia).

“Nunca tivemos tantos jogadores saídos da formação espalhados por todo o Mundo”, observa Armando Jorge Carneiro, diretor-geral do Centro de Formação e Treino, não esquecendo o papel que o centro de estágio do Seixal na recuperação do clube ao nível da formação.

Mentalidade

Num clube como o Benfica, a cultura vitória não é esquecida e, como destaca Armando Jorge, as exportações e triunfos andam de mãos dadas. Na temporada passada, entre nacionais e distritais, as águias venceram “cinco dos seis principais campeonatos”. A nota de destaque vai para os títulos nacionais de juniores e juvenis, pois há 38 anos que o Benfica não os conquistava na mesma época.

“Tivemos uma taxa de sucesso de 80 por cento nos nossos campeonatos”, destaca, ainda, o homem-forte da formação encarnada, sublinhando a relação entre os golos marcados e sofridos. Este desempenho prende-se com um dado importante: “Temos um modelo muito ofensivo. Queremos incutir uma mentalidade vencedora.”

“Nunca tivemos tantos jogadores saídos da formação espalhados por todo o Mundo”
Armando Jorge Carneiro, 51 anos

Internacionalizações

Outro dado que reforça a convicção dos encarnados de que estão no bom caminho são as internacionalizações. Os encarnados orgulham-se de, nas seis épocas anteriores, terem ultrapassado os rivais em número de internacionalizações, entre os Sub-15 e os Sub-19: 200, contra 198 do Sporting e 170 do FC Porto.

Para se chegar a estes números, são contabilizados os jogos que cada futebolista faz, mesmo que seja em mais do que um escalão. “É um critério adotado também nos outros clubes”, esclarece. Em cada uma das três temporadas anteriores, as águias estiveram sempre à frente de leões e dragões. Para os encarnados, este registo é animador, uma vez que, entre 2002/03 e 2012/13 os encarnados ficam a perder: 294 internacionalizações, enquanto os rivais ultrapassaram as 300 (339 no caso do Sporting e 309 no do FC Porto).