Num artigo intitulado "As maldições e o misticismo na grande magia do futebol", o site oficial da FIFA dedica algumas linhas à maldição que há várias décadas atormenta o Benfica: a de Béla Guttmann. Além de explicar todos os contornos da história que liga o húngaro às águias, o site da entidade que rege o futebol mundial recorda a última final europeia perdida, diante do Sevilha, nas grandes penalidades.
"Apesar de terem recentemente erguido uma estátua em homenagem a Guttman, onde surge com a Taça dos Campeões Europeus debaixo do braço, numa tentativa de apaziguar e quebrar a maldição, tal gesto não teve efeito, para desgosto dos adeptos do Benfica", pode ler-se na peça.
Além do contexto histórico, a FIFA recorda o caso do América Cali, da Colômbia, como uma espécie de "receita" para travar a maldição. Tudo porque em 1948, depois de ver o clube tornar-se profissional, um adepto indignado lançou também uma maldição ao emblema.
"Que o profissionalismo vá para o inferno! Podem fazer o que quiserem com o America, mas garanto-vos que não serão campeões", disse o referido adepto, de seu nome Benjamin Urrea. Ninguém o levou a sério, mas o certo é que o clube passou por uma seca de 31 anos sem títulos.
E só conseguiu voltar a festejar quando um grupo de sócios se uniu e levantou a "Maldición del Garabato", recorrendo a um exorcismo e, curiosidade ou não, o clube venceu o título colombiano... no ano seguinte. Depois disso, seguiram para Cali 13 títulos nacionais e uma Copa Merconorte.