Basquetebol: Benfica conquista Taça de Portugal

Fonte
fpb
Jogo enorme em Fafe com o Benfica a precisar de tempo extra para derrotar um magnifico Barcelos Hotel Terço Givec na Final da Taça de Portugal, em Fafe, num pavilhão com um ambiente fantástico, repleto de emoção e entusiasmo.-Certamente que a final da 66ª edição da Taça de Portugal irá ficar na memória de todos aqueles que acompanham o basquetebol, não só pela qualidade do jogo, como também pela emoção proporcionada durante os 50 minutos. Isto porque só após dois prolongamentos a equipa do SL Benfica conseguir bater o Barcelos HotelTerçoGiv (88-87) conseguiu somar a sua 18ª Taça de Portugal. Embora seja justo referir que a vitória poderia ter caído para qualquer uma das equipas, prova que ambas revelaram argumentos e competência para conquistar o troféu em disputa. A equipa benfiquista mantém assim na sua posse o troféu conquistado na época passada e soma agora 20 triunfos na prova rainha do basquetebol nacional. O jogo começou melhor para os encarnados, sobretudo porque se mostravam maior eficácia nos tiros de longa distância, e contaram com um Tomás Barroso endiabrado no 1º período (14 pontos). O jogo proporcionava bons momentos, as equipas somavam pontos, davam espetáculo e no final dos primeiros 10 minutos era o Benfica quem liderava, por quatro pontos de diferença (25-21). Os minhotos contrariavam os pontos fortes dos encarnados através da exploração do contra-ataque, tirando partido dos turnovers do adversário (20 no total), mas também pelo ritmo imposto nas sua transições ofensivas. O jogo interior era a outra solução procurada pelos minhotos, 22 pontos na 1ª parte, que assim se mantinham na discussão do jogo. Slay e Mário Fernandes davam contributos importantes vindos do banco, e em tempo de intervalo o Benfica continuava na frente do marcador (35-32). Para a segunda parte, Carlos Lisboa retificou a recuperação defensiva da equipa, obrigou o Barcelos a ter que jogar mais vezes em ataque organizado, o que retirou eficácia ofensiva à formação de comandada por José Ricardo. De referir que o Barcelos teve durante a 2ª parte excelentes momentos defensivos, apenas ultrapassados pela enorme competência e pontaria dos jogadores do Benfica, que em vários ataques em crise de tempo somaram cestos que pareciam pouco prováveis de entrar. Mesmo quando perdia por doze pontos de diferença já no 4º período, sempre muito bem liderados pelo seu base Carlos Fechas, o Barcelos foi capaz de ir atrás do prejuízo, colocar-se no comando do jogo, e ter posse de bola para resolver o jogo a seu favor durante o tempo regulamentar. Loncovic falhou um triplo aberto do canto, isto depois de mais uma penetração dos bases barcelenses. No 1º prolongamento, o Benfica voltou a demonstrar capacidade e maturidade para lidar com a pressão do momento. Mesmo estando atrás no resultado, os encarnados foram fortes mentalmente, disciplinados taticamente na busca que situações que lhe permitissem pontos com maior eficácia. A exclusão por faltas de Loncovic primeiro, e Dukovic mais tarde, complicou a tarefa do treinador José Ricardo, mas o resto da equipa soube superar-se e chegou mesmo a estar a vencer por quatro pontos (85-81) quando faltava pouco mais de um minuto para o final do 2º prolongamento. Isto depois de ter nova posse de bola para decidir no final do 1º tempo extra. Nuno Oliveira estava imparável, dando a sensação, que era o base do Barcelos contra o Benfica, e a exibição só não terminou em glória porque a equipa não conquistou o troféu. Mas do outro lado, Jobey Thomas não quis ficar atrás, e quando tudo parecia encaminhar-se para um triunfo dos minhotos, o norte-americano do Benfica resolveu mostrar por que é um dos melhores executantes a jogar em Portugal. Primeiro com um triplo, depois com uma penetração, isto para além de assumir por completo a condução do ataque encarnado. Os segundos finais foram frenéticos, acabando por pertencer ao Barcelos o último lançamento do jogo, depois de uma penetração com sucesso de Ronal Slay numa rápida transição do Benfica.