Vale e Azevedo

Submetida por Guerreiro em
Fonte
A Bola
Esta tarde foram ouvidas no Tribunal da Boa Hora, em Lisboa, cinco testemunhas, sem ligações ao Benfica, mas cujos nomes aparecem na conta-corrente do clube, que ajudaram a apurar os enganos contabilísticos do arguido. A sessão iniciou-se com João Vale e Azevedo a admitir, desde logo, a existência de «meia dúzia» de lançamentos de verba na primeira conta-corrente do clube, que se verificaram por «lapso». Para o arguido, este «lapso» representa, no seu conjunto, entre 80 a 100 mil contos (400 a 500 mil euros), sendo uma percentagem muito pequena do valor global da conta corrente. Em contrapartida, e a seu favor, disse que na conta não constavam 200 mil contos (um milhão de euros), que alegadamente lhe eram devidos pelo clube. As testemunhas Maria Irene Guimarães, Alberto Magalhães, Pedro Oliveira Braga, Armando Telles Fortes e Paulo Próspero Santos negaram todas, de uma forma ou outra, qualquer ligação ao clube da Luz, havendo mesmo quem afirmasse que não percebia como o seu nome surgia nas contas. Com a audição destas testemunhas, a acusação pretendeu sobretudo exibir os enganos nas contas de Vale e Azevedo e demonstrar aquilo que seria o «modus operandi» do arguido. O julgamento prossegue no próximo dia 15 (sexta-feira).