O Benfica exige o pagamento de 14 milhões de euros por parte de Jorge Jesus, alegando danos causados por aquilo a que o clube da Luz apelida de traição do agora treinador do Sporting. A reportagem exaustiva publicada na revista ‘Sábado’, que hoje está nas bancas, dá conta de uma ação judicial contra o técnico de quase 100 páginas, e que foi entregue na passada terça-feira, noTribunal do Barreiro – 2.ª secção doTrabalho da Instância Central.
Nela, os encarnados acusam o treinador de desertar do clube e manter contactos com um funcionário do Sporting muito antes de 5 de junho, data em que assinou contrato com o Sporting. A ação judicial, entregue noTribunal do Barreiro, é conduzida por João Correia, advogado que trabalha com o Benfica há muitos anos. Por exemplo, foi ele quem defendeu os interesses das águias nas saídas unilaterais de PauloSousa e Pacheco, também para Alvalade, no verão de 1993.
Cópias "ilícitas"
Na extensa acusação, o Benfica acusa Jorge Jesus de ter copiado software confidencial do clube antes de se mudar de vez para Alvalade e apresenta 9 testemunhas contra o agora treinador dos leões, e que tem regresso marcado para a Luz no próximo dia 25, para se sentar no banco leonino, durante os 90 minutos do dérbi.
Entre outros, os advogados do emblema encarnado arrolaram como testemunhas Paulo Gonçalves, advogado da SAD, RicardoLemos, assessor de imprensa do Benfica, BrunoMendes, diretor do Benfica Lab, MarcoPedroso, vídeo analista e também Jose Iribarren, empresário de Gaitán.
Agora, otribunal tem 10 dias para chamar as partes, neste caso Benfica e Jorge Jesus, a fim de tentar um entendimento, obviamente cada vez mais difícil de conseguir.
Depois de Bruno de Carvalho ter levantado ontem a suspeição sobre a data em que os encarnados iriam avançar com a ação prometida contra Jorge Jesus, não houve mais reação do clube. Também Luís Miguel Henrique, advogado de JJ, recusou qualquer comentário ontem. É possível, porém, que hoje os leões possam reagir; Jesus só o deve fazer após a Taça.