O Benfica exige a Jorge Jesus o pagamento de uma indemnização de 14 milhões de euros, na sequência do corte de relações entre o antigo treinador e o clube da Luz, que terminou com a polémica ida do técnico para o rival Sporting.
No processo ao qual a revista "Sábado" teve acesso, as águias pedem ao anterior treinador o "pagamento simbólico" de 14 milhões de euros por danos não patrimoniais: um euro por cada adepto que os encarnados dizem ter, baseando-se num estudo de 2001 da autoria de Luís Reto, reitor do ISCTE, e da empresa de sondagens Aximage, que aponta que o bicampeão nacional tem esse número de adeptos e simpatizantes entre Portugal, diáspora, países de expressão portuguesa e no estrangeiro.
Entre os argumentos do processo está a acusação de que Jorge Jesus "traiu" a anterior entidade patronal quando ainda tinha contrato. O Benfica diz-se "ultrapassado e enganado pelo seu treinador principal", vincando que "não há, praticamente, memória de uma 'traição' desta dimensão e relevo".
As águias pedem ainda que Jesus pague 7,5 milhões de euros pelo facto de o treinador ter rescindido de "forma unilateral e sem justa causa" o contrato de trabalho que o ligava ao Benfica. Um valor não cumulativo aos 14 milhões, pelo que está fora de questão o pagamento da soma das partes.