Eduardo Coudet Último treinador do extremo, concretamente no Rosário Central, pede aos adeptos encarnados que não coloquem "muita pressão" em cima do jovem.
Franco Cervi é destaque entre quem chegou à Luz no presente defeso. E a herança de Gaitán torna o argentino de 22 anos num caso de especial atenção entre os adeptos, ainda que o seu antigo treinador no Rosário Central, Eduardo Coudet, em declarações a O JOGO, peça para que não lhe "coloquem demasiada pressão em cima, pois ainda é um jovem". A juventude, porém, não impede que o técnico olhe para Cervi como um atleta que possui a "desfaçatez própria de um futebolista de elite".
A participação na conquista encarnada da Algarve Cup foi um sinal claro de que o processo de adaptação ao clube e futebol nacional está a correr como o esperado, pelo menos para Eduardo Coudet. "Não tinha dúvidas de que Cervi ia adaptar-se rapidamente ao Benfica, pois tem uma enorme qualidade de jogo, a tal desfaçatez própria de um futebolista de elite. Agora, o público do Benfica deve saber que o clube contratou um projeto de jogador importante, mas também não devem carregá-lo com pressão tão rápido. Não se podem esquecer que é um jovem, o qual há não muito tempo nem estava na primeira divisão argentina", sublinhou.
Por isso mesmo, pede Coudet, não devem ser feitas comparações entre Cervi e Gaitán, pois tal, advoga, "seria bastante injusto para ambos os jogadores". E explica porquê, ou não tivesse Coudet orientado o novo camisola 22 dos encarnados na derradeira temporada, lembrando que não o vê como um extremo, ao contrário do que sucede com o novo reforço dos espanhóis do Atlético de Madrid - ainda que quando chegou ao Benfica, em 2010/11, Gaitán ocupasse no Boca Juniors uma posição mais central, no apoio direto ao avançado. "Franco Cervi não é exclusivamente um extremo, apesar da sua verticalidade e velocidade, que pode naturalmente ser explorada pelos flancos. Fiz isso mesmo em várias ocasiões, colocando-o também como médio-interior ou de apoio. Entendo que em termos de paralelismos, comparações, haja coisas similares com Gaitán, mas vejo diferenças de posicionamento dentro do terreno de jogo", considerou, acrescentando: "Se se quiser, mesmo criando o odioso de gerar uma comparação entre jogadores, diria que Cervi é mais parecido com Ángel Di María [extremo que também se formou no Rosário Central, de onde saiu para o Benfica, evoluindo hoje no PSG], pela forma como controla a bola em velocidade e porque tem um bom pontapé."
Coudet mostra assim ao nosso jornal a sua confiança no trabalho que está a ser desenvolvido por Cervi, deixando votos de sucesso. "O que desejo é o melhor para ele e que consiga, claro, manter o máximo nível possível. No Rosário Central, vamos sentir a sua falta", concluiu.
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