Fonte
www.record.pt
A AG da próxima sexta-feira vai ser importante para a modernização dos estatutos do Benfica, pois, além do aumento das quotas, a ordem de trabalhos inclui ainda um segundo ponto dedicado à interpretação do artigo que impede os elementos eleitos para os órgãos sociais de serem remunerados pelo desempenho de funções no clube.
“Com a criação do universo das Sociedades participadas pelo clube isso já não faz sentido. Portanto, para eliminar dúvidas, a Direcção vai levar à AG uma proposta de interpretação do artigo 22 de modo a modernizar a leitura dos estatutos”, afirmou Paulo Olavo Cunha.
O presidente da AG esclareceu que o órgão a que preside “tem poderes para fixar a interpretação”, ou seja, caso os sócios aprovem a proposta – a qual será discutida no plenário de órgãos sociais agendado para amanhã –, através de votação de braço no ar, os elementos dos órgãos sociais que desempenhem funções nas Sociedades participadas pelo Benfica já criadas e a criar deixarão de incorrer na penalização estipulada pelos estatutos (demissão imediata e inelegibilidade durante seis anos).
Os estatutos actuais foram redigidos em 1996 quando ainda não havia qualquer SAD constituída em Portugal. Daí a necessidade de modernizar, para já com uma mera interpretação de um artigo, estando nas cogitações o esboço de uma alteração mais profunda.
“Numa futura revisão estatutária este será, com certeza, um assunto a ter em conta. Ainda não tive oportunidade para me debruçar sobre isso, pois esta vai ser a sexta AG dirigida por mim”, explicou.