Exibição

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"SIMÃO - Demolidor. Não pára, siga, siga. Parece ser este o lema do pequeno-grande atacante, a estrela mais luminosa de um grupo ontem brilhante. E que fome de golo: começou por rematar de longe, falhou um cabeceamento frontal, rematou de primeira ao lado. Pelo meio, ofereceu um golo a Zahovic, após jogada individual. Os seus "raides", quer à esquerda, quer à direita, na segunda parte, romperam a defesa contrária e foi a correr que ganhou um "penalty". Converteu-o e recebeu o prémio merecido MOREIRA - Espectador. O acerto do sector defensivo tem como principal indicador a ausência de trabalho para o guarda-redes, que apenas teve de segurar um remate frontal de Wênio, já na segunda parte. Sempre atento, de resto. ARMANDO - Faltoso. Parou na sétima falta, após ter visto o cartão amarelo à sexta, revelando clarividência numa exibição pouco conseguida. Alan ultrapassou-o algumas vezes e os cruzamentos nunca encontraram o alvo. RICARDO ROCHA - Intransponível. Não foi à toa que a claque benfiquista cantou o seu nome em várias ocasiões. O estreante (em jogos a sério) agarrou a oportunidade para mostrar que é uma opção válida. Realizou três cortes providenciais e colocou no bolso os adversários que apanhou pela frente. Prometedor. JOÃO MANUEL PINTO - Rigoroso. O capitão não quis ficar atrás em relação à rocha ao seu lado e jogou com raça e temperança, contribuindo para que Moreira só tenha visto os avançados contrários ao longe. E se tivesse mais acerto no cabeceamento, até poderia ter marcado. CABRAL - Regular. O melhor elogio que se pode fazer é destacar a segurança defensiva: procurou não dar espaço a Joel Santos. Não arriscou muito no ataque, limitando-se a jogar certinho com Simão. Cumpriu, portanto. EDNILSON - Estratego. O futebol encarnado fluiu graças à acção organizadora do médio. Nos seus pés, a bola foi sempre bem tratada e até descobriu novos caminhos para o ataque. Notável também a capacidade defensiva. TIAGO - Volátil. Quantos quilómetros correu? Mais que os outros, com certeza. Com Ednilson na sombra, encontrou liberdade para dar uma ajuda ao sector mais avançado e, por duas vezes, entrou sozinho pela grande área contrária. Na segunda fez golo. No vaivém constante, nunca se esqueceu de defender como um leão... perdão, como uma águia. ROGER - Voluntarioso. Teima em descair para o meio, qual número 10. Tecnicamente esteve ao seu nível, apesar da tendência para se agarrar à bola, e procurou ajudar Armando a defender. Mas é incapaz de funcionar como um médio-ala. Saiu amuado e com razão – foi cedo de mais. ZAHOVIC - Económico. Mais do que um número 10, foi um segundo ponta-de-lança, pelo que não foi visto a coordenar o ataque. "Empurrou" Zeca para longe do seu meio-campo e esperou a ocasião certa para aparecer. Simão deu-lhe a bola e fez o primeiro golo encarnado. Não demorou a mostrar serviço outra vez: passe para o golo de Tiago. E pronto, a noite foi ganha. NUNO GOMES - Abnegado. Não marcou, é certo, mas trabalhou sem reservas para a equipa, não se limitando a esperar pela bola. E, se calhar, Zahovic e Tiago (nos dois primeiros golos) beneficiaram da atenção dos defesas sobre o avançado. Por uma vez apenas visou a baliza de Nélson com perigo, mas o cabeceamento saiu sem direcção. DRULOVIC - Motivado. Substituiu Roger e deambulou com alegria em toda a largura do terreno, procurando fazer a diferença com os famosos passes certeiros. Serviu bem Fehér, mas este desperdiçou a ocasião. CARLITOS - Apagado. Pouco tempo em campo para impor a sua velocidade. Não entrou com o acerto devido mas poucas vezes teve a bola nos pés. FEHÉR - Escasso. Mesmo desfrutando apenas de dez minutos, teve oportunidade para marcar, mas o remate repentino deu altura a mais à trajectória da bola."