Há um ano, em entrevista ao CM, respondia Augusto Inácio:
Por falar de possibilidade, na segunda-feira vai cumprimentar Jorge Jesus?
- [risos] Vocês querem sempre festa... Mas não. É de todo impossível. O que esse senhor fez não merece o meu respeito.
- Vamos a factos…
- Estávamos em Fevereiro de 1997 e eu era o treinador do Felgueiras. Estávamos muito bem lançados para alcançar a subida de divisão. Entretanto, recebi um convite do Marítimo. Falei com o presidente da altura e ele disse-me que não deveria perder essa oportunidade.
- Foi substituído por Jesus...
- ... e poucos sabem como é que ele lá chegou. Enfim, isso são outras histórias. Quando chegou, a equipa estava a escassos pontos da subida. Ele [Jorge Jesus] perde com o Beira-Mar e Académica e falha o objectivo. E sabe o que é que veio dizer para os jornais no final do jogo? Que se tivesse entrado mais cedo teriam subido facilmente. Passei-me da cabeça. Só podia estar a gozar comigo.
- E não falaram mais até hoje?
- Para quê? Sempre pensei que tivesse a decência de me dizer que as palavras tinham sido mal interpretadas ou algo do género. Mas não. Não falámos nem vamos falar. Passou-se muito tempo e não será agora que ele me irá abordar.
- Seria, de facto, hipocrisia cumprimentá-lo?
- Claro. É uma pessoa que não merece o meu respeito.
- Mas já foram amigos…
- Sim, fomos. Ele era o ‘Carinhas’ [alcunha dada a Jorge Jesus há mais de 20 anos] e sempre nos demos bem. Até àquele dia.