Luís Filipe Vieira: "Defesa do Benfica não se faz aos gritos"

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renascença

O presidente do Benfica afirmou, numa resposta indirectamente enviada ao homólogo do Sporting, que o clima "permanente de suspeição" e de "guerrilha" está a prejudicar o futebol português.

 

À margem de uma homenagem efectuada a Armando Jorge Carneiro, dirigente que está de saída do emblema encarnado, Luís Filipe Vieira lamentou o panorama de "conflito" que se está a instalar no seio do desporto-rei nacional.

 

"Num tempo em que, cada vez mais, os clubes nacionais vão ter de ir à procura de patrocinadores internacionais, em que é preciso credibilizar a Liga portuguesa, em que é preciso valorizá-la, não contem com o Benfica ou com o seu presidente para fazer exactamente o contrário. Uma postura permanente de suspeição, de guerrilha, de conflito não prejudica o Benfica, prejudica todo o futebol português. A conjuntura hoje não é a mesma de há 10 anos. O nosso futebol precisa, cada vez mais, de se credibilizar, de atrair investimento estrangeiro. Mas não se atrai esse investimento desvalorizando diariamente o 'produto'. Não esperem atrair patrocinadores para a Liga portuguesa ou para os nossos clubes acenando diariamente com insinuações e calúnias que lançam um manto de suspeição injustificado e altamente penalizador", afirmou, sem nunca se referir a Bruno de Carvalho ou ao rival da Segunda Circular.

 

Ainda assim, o líder dos bicampeões nacionais não se coibiu de exortar a uma postura bem mais calma e serena, sem "gritos", no que diz respeito à intransigente defesa dos interesses de cada um.

 

"A credibilidade do clube e a sua defesa não se fazem aos gritos. Porque a razão não está naqueles que mais gritam, a razão não se ganha na praça pública. Ou temos ou não temos razão. E, se precisamos de estar permanentemente aos gritos, é porque não existe razão naquilo que gritamos", salientou, na Catedral da Cerveja, em Lisboa.