O CASO «Pressing» e jogo sujo..

Fonte
Record
O BOAVISTA-BENFICA de ontem, de acordo com a cronometragem da Infordesporto, teve apenas 33m20s de jogo útil, quando a FIFA pretende há muito que a bola esteja em jogo pelo menos uma hora. O Boavista cometeu 34 faltas – quando a FIFA acha que um jogo não deve ter mais de 35... Dir-se-á que o Benfica cometeu 23, que também são muitas, mas algumas foram no ataque. Jaime Pacheco é um treinador de “pressing” e joga com as armas que tem. O “pressing”, alguém disse um dia, com exagero, foi inventado por um treinador que gostava de ganhar, mas não gostava de futebol. O “pressing” do Boavista confunde-se às vezes com jogo sujo, quando a pequena falta é só para parar o jogo. O Boavista joga com as regras, com inteligência dirão alguns, mas futebol, desculpem meus senhores, não pode ser isto. Louve-se a competitividade, mas não se pode louvar um jogo em que a bola está parada 40 segundos em cada minuto cronometrado. E em que se cometem 12 faltas sobre o mesmo jogador (Mantorras). Não se tira o mérito de uma equipa que luta, que joga nos limites, que dá tudo, que ganhou um título com mérito indiscutível. O problema é quando ultrapassa os limites. Ontem fê-lo e se o árbitro deu um amarelo a Turra por sucessão de faltas sobre Mantorras, logo a seguir devia ter-lhe mostrado o vermelho. Pedro Emanuel fez muitas faltas na segunda parte (10 no jogo todo), mas só viu o amarelo aos 90.