Os mais sérios candidatos ao título

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Zahovic vê o seu Benfica como principal candidato ao título. Em entrevista ao site oficial do clube, o esloveno confessa que este é o único desejo que lhe falta concretizar para se sentir totalmente realizado, após oito anos no futebol português... Zlatko Zahovic concedeu, ontem, uma entrevista ao site oficial do clube, passando em revista a sua longa carreira no futebol português e analisando as possibilidades de o Benfica alcançar a primeira posição no campeonato. Sem reservas, o esloveno considera a sua equipa como «a mais séria candidata ao título» e confessa que só depois de conquistar um título pelo Benfica se poderá considerar um atleta «completamente realizado» no futebol português. Começando por dar por ultrapassados os problemas físicos que o impediram de se impor na época passada, Zahovic diz esperar agora corresponder em pleno. «O facto de o Benfica estar no bom caminho para ser campeão dá-me ânimo para acreditar que poderei oferecer ao público benfiquista aquilo que sempre esperou de mim e dos meus companheiros», enfatizou. O jogador minimizou as considerações que se têm feito sobre a incompatibilidade entre ele e Roger na equipa, lembrando que é Jesualdo Ferreira quem decide: «É uma questão que não me oferece preocupações. Considero o futebol uma actividade de grande exigência. É ao treinador que compete interferir no comando da equipa e, por isso, a opinião pública tem um valor secundário. Interessa-me apenas o que o treinador pensa e decide, porque é ele que nos acompanha todos os dias.» Zahovic assumiu ainda a sua condição de estratega da equipa: «Não é tarefa fácil, mas é algo que eu já faço desde o início da minha carreira. Não é novidade para mim e, por isso, sinto-me à vontade nesse papel. É um prazer!» «Respeitamos U. Leiria mas somos favoritos» Sem deixar passar em claro a má exibição frente ao Moreirense, o jogador encarnado sossegou os adeptos. «Não se pode questionar uma vitória. Em Portugal, já tomei parte em muitos jogos vitoriosos cujas exibições estiveram abaixo daquela a que se assistiu em Braga. É possível até que a equipa venha a fazer jogos semelhantes ao longo de uma prova tão longa», alertou. Sobre o mesmo assunto, o benfiquista reforçou ainda que o importante é que as vitórias se mantenham. «Jogar mal e ganhar é um paradoxo mas mostra, igualmente, a qualidade de uma equipa. O mais importante não é jogar bem, mas sim o sacrifício comum de, jogo a jogo, todos lutarmos pela vitória. Só assim chegaremos ao título», frisou. O poderio dos adversários mais directos não mereceu qualquer comentário da parte de Zahovic, que se diz apenas concentrado no Benfica, mas já sobre o próximo jogo com o União de Leiria, o benfiquista assumiu o favoritismo da sua equipa: «O Benfica só depende de si próprio. Devido ao seu estatuto, o nosso clube tem obrigação de ganhar, mas o futebol português está muito competitivo e mesmo frente a uma equipa considerada de nível inferior, é difícil somar os três pontos sem uma entrega total dentro de campo.» O esloveno salientou, por outro lado, o facto de a equipa estar com um «moral excelente», Zahovic manifestou o desejo de ver os adeptos encherem o estádio. «Na Luz, as bancadas cheias exercem uma forte pressão sobre a equipa adversária e a nossa sente todas as razões para corresponder com um bom resultado», notou. Aos 31 anos, Zahovic sente que ainda tem muito para dar ao futebol, apesar das contingências que marcam o futebol português: «A motivação é grande. Como já disse, quero ser campeão pelo Benfica e participar, para o ano, na Liga dos Campeões, uma prova em que já tenho muita experiência. Hoje em dia, a carreira do jogador permite maior longevidade, embora em Portugal isso não se note tanto. Enquanto em Espanha existe um mercado que compra, aqui há um mercado que vende. Isso reflecte-se muito num jogador com a minha idade, para o qual o mercado português se vai fechando prematuramente. Aqui há muita gente interessada em vender jogadores. Em Espanha e Itália é normal jogar-se com 36 ou 37 anos, pois a idade não interessa. O que conta é o rendimento do jogador em campo.»