O presidente dos encarnados garantiu acordo com empresa chinesa, que só deverá ser divulgado após o Euro 2016
Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, regressou ontem da China, onde garantiu um contrato de patrocínio com uma grande empresa daquele país. Os montantes do negócio não são ainda conhecidos, mas ao que o DN apurou trata-se de um acordo milionário, que no entanto apenas será anunciado após o final do Euro 2016, que coincide com o início da nova época.
O presidente dos encarnados esteve cinco dias na China, onde teve a companhia do empresário Jorge Mendes, tendo desenvolvido contactos sobre uma parceria relativa à formação, mais concretamente relacionada com as escolas de jogadores, nomeadamente na expansão das escolas já existentes - onde estão alguns treinadores do Benfica - na cidade de Hangzhou, considerada uma das cidades mais prósperas do território chinês, que tem mais de oito milhões de habitantes.
Ao que o DN apurou, a presença do Benfica na China faz parte de uma estratégia desenvolvida a pensar na expansão da marca no estrangeiro, sendo aquela região do globo um dos pontos fundamentais desse plano, sobretudo porque se trata de um país com uma economia em expansão. Aliás, o Benfica tem desde fevereiro de 2015 um contrato de parceria tecnológica com a empresa de telemóveis Huawei, sediada na província de Guangdong, um acordo que obedeceu já a esse plano estratégico.
O novo patrocinador dos encarnados irá juntar-se aos restantes parceiros, entre os quais a Emirates, cujo contrato de patrocínio nas camisolas ronda os oito milhões anuais, a Sagres, a Adidas e a NOS, com quem a SAD do Benfica assinou, em dezembro, um contrato de exploração dos direitos televisivos de 400 milhões por dez anos, que entra em vigor a 1 de julho.
Tendo em conta o relatório e contas da SAD relativo à época 2014-15, os patrocínios representavam 20% dos rendimentos operacionais consolidados, no valor de 102 milhões de euros, tendo a maior fatia que ver com as receitas de televisão (34%). Pois bem, tendo em conta os novos contratos, estes são dois itens que deverão sofrer um significativo aumento, que será refletido no próximo relatório e contas anuais.
É bom lembrar que em aberto continuam as negociações relativas ao naming do Estádio da Luz, um dossiê que está a ser conduzido com todo o cuidado, uma vez que estão a ser avaliadas várias possibilidades. A questão aqui, tal como várias vezes foi referida pelo administrador Domingos Soares Oliveira, prende-se com os valores que o Benfica entende como justos para que possa vender o nome do estádio. Neste capítulo, um futuro contrato de naming poderá até não envolver qualquer parceria com origem em empresas chinesas. A exploração comercial do nome do centro de estágio do Seixal, cujo contrato com a Caixa Geral de Depósitos termina neste ano, também estará a ser equacionado.
Talisca mais perto da China
Luís Filipe Vieira deixou ainda bem encaminhada a transferência de Anderson Talisca para o Shangai Shenhua, num negócio a rondar os 25 milhões de euros. O DN sabe que este é um processo que estará agora nas mãos do médio brasileiro e dos seus empresários, que deverão comunicar uma decisão nos próximos dias. Jonas é outro dos jogadores pretendidos na China, mas o avançado não está muito recetivo a rumar àquele país.