Cristóvão Carvalho, candidato eleições 2025

Faroleiro

Citação de: Negan Schrute em 15 de Outubro de 2025, 23:47Com a brilhante prestação dos últimos meses, posicionou-se na limha da frente para um hipotético lugar num painel da cmtv a mandar bitaites. Não sei se precisa ou não, mas é a cara chapada daquele circo.
Já ficou famoso e por isso sem dúvida que depois das eleições será um cartilheiro.

Mais pobre não ficará depois desta ridícula pseudo-campanha eleitoral.

Flirt4ever

Citação de: Negan Schrute em 15 de Outubro de 2025, 23:47Com a brilhante prestação dos últimos meses, posicionou-se na linha da frente para um hipotético lugar num painel da cmtv a mandar bitaites. Não sei se precisa ou não, mas é a cara chapada daquele circo.

Pobre Benfica.... e tens toda a razão.


30min à Benfica

Oh meu, ganha alguma dignidade e desiste.

BENFIKA


parreira 96

Faz-me lembrar um cão que o meu tio teve, que também tinha assim a beiçola de baixo para a frente. Ladrava era menos, o cão do meu tio.

Faroleiro

Citação de: 30min à Benfica em 17 de Outubro de 2025, 14:40Oh meu, ganha alguma dignidade e desiste.
Tal como o Mayer, não precisa porque já conseguiu o que queria com esta candidatura da treta.

Faroleiro


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Este boneco está fortíssimo a carregar nos bots, foi no mata-mata e agora na sondagem do maisfutebol  :rir:

Lebohang Mokoena

CitaçãoCristóvão Carvalho: "Tenho um projeto muito disruptivo. Tirando eu, nenhum outro candidato se compromete com nada. É tudo poucochinho"

Nasceu em Paris há 52 anos e foi criado em Trancoso. Foi lá, numa Volta a Portugal em bicicleta, que soube o que era o Benfica. Cristóvão Carvalho é advogado, promete um investimento de 400 milhões de euros e quer ganhar uma Champions nos próximos 12 anos. Diz que falta capacidade de liderança a Rui Costa, que Mourinho não é o treinador certo para um projeto europeu do Benfica e que o clube tem de ser um player na hora de discutir os direitos televisivos, comprando-os. Esta é a primeira entrevista da Tribuna Expresso aos candidatos à presidência do Benfica, nas eleições de 25 de outubro

Qual foi a sua primeira experiência de Benfica?
Até agora não encontrei uma pessoa que me dissesse que a primeira experiência de Benfica é aquela que eu lhe vou dizer. Todos dizem a mesma coisa, que foi um jogo, levados pelo pai ou pelo avô ao Estádio da Luz, ver o Eusébio... Não, a minha primeira experiência de viver o Benfica, de sentir o Benfica, foi com a Volta a Portugal em bicicleta. Estamos a falar dos anos 70, eu vivia com os meus avós em Trancoso. Naquela altura não havia eletricidade, nem nada disso, só havia rádio. Então o grande evento do ano era a Volta a Portugal, que passava no interior de Portugal. A vila parava para ver passar os ciclistas. E na altura aquilo que me encantava eram as camisolas, as camisolas vermelhas dos ciclistas. Ver aquilo que eles falavam, ficavam ali a conversar. Eu era muito pequenino e aquilo mexeu comigo. O futebol vem depois, muitos anos depois. Vem pelos relatos e eu só entro no Estádio da Luz com 19 anos, quando venho estudar para Lisboa. A partir dos 10 já via na televisão, mas só com 19 vou ao estádio. O meu primeiro sentimento de Benfica é com o ciclismo.

A ideia desta candidatura tem quanto tempo e porque é que decidiu avançar?
Quando começo a ter uma intervenção mais forte e a participar nas assembleias gerais, há 15 anos, era uma participação muito anónima. Nunca expus o meu benfiquismo em comentários e várias vezes me pediram, mas achei que não o devia fazer e focar-me na minha profissão de advogado - a reserva é uma coisa importante para nós. Mas ia tendo as minhas tertúlias sobre o Benfica. Entro nas eleições com o Rui Gomes da Silva, quando ele me convida para ser vice-presidente. Explicou-me como é que a máquina estava organizada. E na altura explicou-me o porquê de se candidatar. Eu percebi a razão: era claramente para enfraquecer Luís Filipe Vieira, porque as coisas nos últimos mandatos não estavam a correr bem e havia ali uma contestação muito forte. Eu aceitei ajudá-lo nessa tarefa. E a partir daí começo a ter um conhecimento e uma intervenção mais forte no Benfica. Vieira ganha essas eleições e passado pouco tempo cai e entra Rui Costa. Nessa altura o Benfica já estava numa crise de títulos.

É aí que chega o ímpeto para se candidatar?
Quando aparece Rui Costa pareceu-nos a todos os benfiquistas, ou a muitos - a mim também -, que seria uma sequência normal, acreditando que ele iria trazer o perfume do campo para dentro do clube, iria conseguir libertar-se ali de algumas amarras antigas. Todos acreditámos nisso. Eu só não votei Rui Costa porque, nesse momento, estava em trabalho fora de Portugal e não fui votar. Mas percebo logo no primeiro ano que não ia correr bem. Percebo que lhe faltavam algumas características: sentia-se logo claramente a falta de liderança, era alguém que se amarrava demasiado a treinadores, se amarrava demasiado à bola, às decisões dentro de campo. E havia decisões estruturais que era necessário tomar que Rui Costa não estava a fazer e estava a postergar fazer. Reuni tropas. Começámos a reunir com periodicidade, a partir provavelmente ali do terceiro ano do mandato do Rui Costa. Íamos conversando, começámos a acompanhar as contas do Benfica com mais detalhe, percebemos que as coisas iam para um caminho complicado, fizemos uma espécie de governo sombra, alguém a acompanhar áreas essenciais. Há dois anos reunimos esta equipa de trabalho para apresentarmos uma candidatura sólida, coerente, com critério, quer na parte financeira, quer na parte desportiva. Estou praticamente em full time, fiz basicamente uma sabática no meu escritório de advogados. Tem sido uma viagem bonita, mas dura.

Quando fala de decisões que Rui Costa não tomou, mas devia ter tomado, fala de quê, essencialmente?
Há uma decisão que foi sintomática do que era o presidente Rui Costa, que foi todo o processo do treinador Roger Schmidt. Se analisarmos o processo do princípio ao fim, tirando a contratação e o primeiro ano até às últimas jornadas, tudo o resto é o mapa daquilo que não se pode fazer. Não só a renovação do treinador sem qualquer nexo ou rigor, mas também a falta de visão absoluta de que a equipa ganhou aquele campeonato, sim, mas se houvesse mais duas ou três jornadas podíamos não ter ganhado, a equipa estava em decréscimo. Percebeu-se que o treinador tinha um determinado plano para a equipa de futebol e que o presidente não acompanhou esse plano. E depois amarrou-se ao treinador, com uma capacidade de indecisão de o dispensar na altura própria, num momento próprio, que não o faz. E quando o vem a fazer é outra vez num momento absolutamente errado. A entrada de Bruno Lage é numa situação de recurso. Outro foi não ter renovado a equipa nos timings e nos momentos próprios, e assistimos a saídas de pessoas no tempo em que elas quiseram, não sob orientações do presidente, e também a entrada de outras pessoas que muito pouco tempo depois saíram, o que demonstrou que internamente o clube não estava sólido. As decisões prioritárias do Benfica não passam pelo presidente, passam por assessores do presidente.

Ser o menos mediático dos candidatos é um problema? As sondagens não são favoráveis.
É uma contingência, obviamente que é uma contingência. Eu costumo dizer que sou um cristão-novo do Benfica. Eu chego ao Benfica e a notoriedade que eu tenho é na minha área de trabalho, é na minha profissão, nos meus pares. É óbvio que a notoriedade para os sócios do Benfica ajuda, porque o sócio liga notoriedade com credibilidade. Isso comigo não existiu. Podia ter-me desmotivado? Sim, mas eu acredito que tenho um excelente projeto e que tenho de o apresentar aos benfiquistas. Tenho um projeto muito diferente de todos os candidatos, muito disruptivo, muito ambicioso, não só a nível desportivo como também a nível financeiro, e tendo a perfeita noção que é difícil para os benfiquistas entenderem. Se um benfiquista hoje tem muitas dúvidas se é campeão nacional, aparece alguém a dizer-lhe que quer ser campeão europeu e vai dizer "tu não vives no mesmo mundo que eu". Mas a mensagem tem passado. As sondagens valem o que valem, porque quando eu vou para o terreno as pessoas dizem-me outra coisa. Se isso agora vai ser convertido em votos? Acho que ninguém sabe neste momento. Temos o voto útil, temos uma maioria silenciosa. A única coisa que sabemos é que há duas candidaturas com grande tração nas redes sociais, uma grande intervenção nas Assembleias Gerais e muita votação em Lisboa. Fora de Lisboa estamos todos em pé de igualdade. Como acredito no projeto, acho que vou capitalizar bastantes votos e como vai haver uma 2.ª volta, estas eleições vão ser também substancialmente diferentes.

Vamos primeiro ao projeto desportivo. Tem a ambição de ganhar 75% dos campeonatos a cada quatro anos e em 12 anos ganhar três títulos europeus, um deles uma Champions. Face ao atual estatuto do futebol português na Europa, não é demasiado ambicioso?
Não existe isso da demasiada ambição. Se não tivermos ambição, não atingimos os nossos objetivos. O Benfica é um clube enorme, que vem do povo. Eu ando pelo país inteiro e conheço benfiquistas que são muito diferentes dos de Lisboa, não são melhores nem são piores, são diferentes. A realidade deles é diferente, é uma realidade mais dura, mais cruel, mais saída do corpo, mais esforçada. E o Benfica, para eles, é aquilo que eles podem dizer: "Eu ganhei, porque eu sou do Benfica". Porque a vida não lhe traz nada de bom, traz-lhes agruras. E o Benfica traz-lhe isso de bom. Nós olhamos para estas pessoas e vemos que o Benfica, nos últimos 7, 8, 9 anos, a única coisa que fez foi com que eles aceitassem a derrota. O que o Benfica lhes dá é justificativas para aceitarem a derrota. O Benfica, com a dimensão que tem, não pode ganhar um título em quatro anos. Muitos estão muito descrentes, é óbvio. Quando nós apresentamos um projeto destes, eles pensam que eu sou louco, porque nem conseguimos ganhar uma Taça de Portugal. Mas eu não posso pensar assim se me quero candidatar ao Benfica. O Benfica é muito maior que Portugal, nós não temos mais nada para crescer aqui, temos que crescer no mundo. E no mundo só vamos crescer se tivermos um projeto com ambição, porque depois tudo isto gravita à volta dessa ambição.

Não vê essa ambição nos restantes candidatos?
Eu não vou fazer um projeto emocional. Todos os projetos que você vai encontrar nos outros candidatos são emocionais. O último programa que saiu, do Noronha Lopes, tive a curiosidade de ler e não há uma ideia a nível financeiro e a nível desportivo a não ser os chavões típicos. "Vamos ser hegemónicos". Mas o que é isso? Respeitar o manto sagrado e ser hegemónico. Mas onde é que estão as medidas? Os objetivos? Ninguém se compromete com nada. Tirando o Cristóvão Carvalho, nenhum candidato se compromete com nada. É tudo poucochinho, eu tinha vergonha de apresentar aquilo. Isso para mim não é o Benfica. Como Presidente, tenho de procurar colocar objetivos a mim próprio e à minha equipa. Não posso deixar de ser coerente comigo mesmo e de fixar os objetivos naquilo que eu acho que consigo alcançar, por muito longe que estejamos agora. Porque eu não apresento um projeto a quatro anos, apresento um projeto a 12 anos. Uma empresa e um clube da dimensão do Benfica não aguenta um projeto a quatro anos. É impossível. Em quatro anos, não conseguimos fazer as reformas necessárias a nível financeiro e a nível desportivo. No início da época, na Liga dos Campeões, o benfiquista tem de pensar: eu vou passar a fase de liga fácil. E a seguir vou estar a jogar quartos e meias-finais com facilidade. E em um, dois, três, quatro anos, há um em que vamos estar a jogar o raio da final. Quando jogarmos a final eu vou levar a estátua do Béla Guttmann para lá e é lá que vamos perder a maldição. Garanto que vou fazer isso. Se eu não tiver esta ambição transmitida para a minha equipa, transmitida para os sócios, diga-me, eu vou para o Benfica fazer o quê? Eu não preciso do Benfica, tenho a minha vida organizada, sou um advogado muito reputado na minha área.

E em José Mourinho, não vê nele essa sua ambição europeia?
[Pausa] Eu gosto muito do José Mourinho. José Mourinho é o melhor treinador português de todos os tempos, fez um trabalho fantástico de abertura de mercado para os treinadores portugueses. É um treinador super titulado, ganhou tudo o que havia para ganhar, mas neste preciso momento do clube, não acho que seja o treinador certo para um projeto europeu do Benfica. Pratica um futebol que para mim não é o futebol que o Benfica precisa, nem que os sócios gostem. O Benfica precisa de um futebol de ataque, um futebol bonito, solto, alegre. No Benfica não basta ganhar: temos de encantar. Sinto que Mourinho pode ser a base para ganharmos alguns títulos - espero que o José Mourinho seja campeão nacional este ano e comigo a presidente, espero mesmo - mas não é aquela pessoa que eu ache que vai revolucionar o futebol do Benfica. Porque não é um treinador de projeto. Nós precisamos de um treinador que esteja aqui 5, 6, 7 anos.

Lebohang Mokoena

CitaçãoJürgen Klopp ainda há pouco tempo disse que não quer voltar a treinar. Como vai convencê-lo?
Ele não disse isso, disse mais ou menos isso. Tenho a certeza que o consigo convencer. Eu quis explicar qual é o meu modelo de treinador, que é alguém com um futebol de ataque, que encante. E um treinador de projeto, que ajude a montar um projeto europeu. Se Klopp vem treinar o Benfica? Acredito que virá, comigo ou sem mim. Eu sei que ele quer. Se é fácil convencê-lo? Nada é fácil, mas eu tenho um argumento que muitos poucos clubes têm: a grandiosidade do Benfica, a sua história e os seus sócios. Se a isso juntar um projeto financeiro com critérios rigorosos, jogadores que temos na academia, se lhe der segurança e continuidade, eu não tenho dúvidas. Estou plenamente convicto disso. Eu não desisto facilmente. O Benfica tem todas as condições, tem um estádio fantástico, uma academia fantástica, mais de 400 mil sócios. Esteve em 10 finais europeias. É um unicórnio, todos querem esse treinador. Mas poucos têm os argumentos do Benfica.

Tudo isto tem de estar ligado a um plano financeiro bem-sucedido. Promete um investimento de 400 milhões de euros em quatro anos. De onde vem esse empréstimo, em que condições de mercado e servirá para investir imediatamente em quê?
O Benfica tem um problema financeiro muito complexo: nos últimos dois anos praticamente duplicámos a dívida bancária e os empréstimos obrigacionistas. O Benfica não pode criar mais dívida. Temos outro problema crónico que já vem do último mandato de Vieira: pelas minhas contas, o Benfica tem um défice anual de 100 milhões de euros. Tirando as receitas normais, faltam 100 milhões de euros. Como se tem resolvido? Venda extraodinária de jogadores. Os Joões Neves desta vida. Que vêm da academia, têm um custo zero e é tudo lucro. Agora isso acabou, acabaram com o pote de ouro, este ano não há um jogador que tenha subido. O modelo financeiro do Benfica está falido há quatro anos. Fomos ver como se financiam os grandes clubes europeus e encontrámos a empresa mais bem cotada na assessoria desses clubes. Tive de utilizar o meu prestígio e disse: eu preciso de 400 milhões de euros para o Benfica e quero pagar uma taxa de juro de mercado, 50% da que o Benfica paga, que é 6%, nós queremos pagar 3%. Estivemos a trabalhar com eles sete ou oito meses, tive uma equipa só para trabalhar com eles. E eles disseram que estavam disponíveis para encontrar uma pool de bancos para poder financiar o montante. A operação está completamente negociada, temos o parceiro.

E quem é esse parceiro?
Não posso dizer, porque há um contrato de confidencialidade. Mas eu disse-lhes que se passar à 2.ª volta os benfiquistas vão exigir saber quem eles são. E então criei uma cláusula: caso eu passe à 2.ª volta fazemos uma conferência de imprensa com essa empresa em que iremos explicar a operação e quem são os parceiros. É tudo sólido, sustentável e está protocolado. São alemães, vão explicar qual é a pool e todos os detalhes. Nenhum outro candidato fala sequer onde é que vai arranjar estes 100 milhões de euros para o Benfica. E podem dizer que isso vai aumentar a dívida em mais 400 milhões. É óbvio, mas é uma dívida de investimento. Eu preciso desse valor nos primeiros anos, mas no projeto financeiro estão previstas as receitas para, no final do quarto ano, esse valor estar pago.

Que receitas são essas?
Há muitas coisas para fazer no Benfica. Uma delas é recomprar as ações da SAD, revalorizar a SAD, porque a SAD do Benfica vale muito pouco dinheiro, 80 a 100 milhões de euros. O último critério da Deloitte diz-nos que a SAD vale €600 milhões. Temos de fazer essa revalorização e quando a formos vender, vendemos por esse valor. Depois quero escolher três parceiros que acrescentem ao Benfica. Um deles terá de ser a Adidas, depois temos de ter uma entidade bancária connosco e uma empresa portuguesa de referência, uma Galp, por exemplo. Só aqui vamos buscar muito valor. Temos o naming do estádio que não foi negociado, porque não há credibilidade. Podemos ir buscar aqui 10 a 12 milhões por ano. Temos os direitos televisivos que é algo que temos de explorar ao máximo.

Quanto às infraestruturas do clube: estão desaproveitadas?
O Benfica tem duas grandes infraestuturas: a academia e o estádio. Já foram construídas há algum tempo, cumpriram o seu objetivo e precisam de reformulação. Daí o meu projeto ser a 12 anos, porque há coisas que demoram o seu tempo. Tudo o que estamos a falar de infraestuturas chama-se investimento, o Benfica tem de investir muito e não há dinheiro para o fazer. Quando nos vêm dizer que vamos encontrar um parceiro que paga as infraestruturas é só alguém que é tonto ou quer chamar-me de tonto. Ninguém paga nada a ninguém nesta vida. Se alguém aceitar fazer isso, é porque quer receber dinheiro de volta e o Benfica não pode aceitar alguém dentro do clube e fique a explorar aquilo durante 15 ou 20 anos, não nos serve para nada. O Seixal tem de crescer, nomeadamente para poder abarcar as equipas femininas, para ter melhores condições e um lar para ex-atletas. E temos de fazer uma reformulação interna no Seixal que dote a nossa academia das últimas tecnologias disponíveis para o treino, que não tem, perdemos muito nesse aspecto.

E o estádio?
Temos uma infraestrutura no centro de Lisboa que oferece dois espectáculos por mês. Não é possível. O projeto tem de ser construído com os parceiros que estão à volta do estádio. Por exemplo, o Benfica District não faz sentido quando se implementa um centro comercial ao lado do Colombo. Nós não percebemos nada de centros comerciais. Todo o negócio que fossemos ali colocar seria ruinoso. Precisamos ali de dois hotéis? Honestamente acho que não. Temos é de potencializar todo aquele estádio e infraestrutura para zonas de espectáculo que sejam vividas todos os dias da semana, com jogo ou sem jogo. Temos de trazer pessoas e vida. Temos de ter o melhor restaurante de Portugal. Todas a zonas de trabalho têm de sair do estádio, ir para outro edifício, e essas zonas têm de ser transformadas em lugares corporate, rentáveis para o Benfica. Isto é um projeto que vai demorar algum tempo a pensar, não pode ser em cima do joelho. E depois é preciso manter na mesma a vida do Benfica, algumas modalidades têm de continuar ali, mas não será o centro. Temos de pensar noutra solução para as modalidades, uma cidade desportiva nos arredores de Lisboa, com outras condições.

Quanto à centralização, que modelo defende?
Os direitos televisivos, não estou a falar de centralização, que eu nem sei bem o que é isso, mas os direitos televisivos é só a principal e fundamental receita do Benfica. É onde recebemos mais dinheiro e é aquela que é certa: todos os anos o Benfica recebia 40 milhões de euros. Quer faça chuva ou sol, quer a bola entre ou não entre. Quando dizem que querem a centralização e que o Benfica tem de abdicar de valores eu digo: parou. Esqueçam. Eu não posso mexer nessa receita, é a primeira coisa que se tem de dizer. Não aceitamos o diálogo de que não podemos pedir mais do que os outros. O diálogo é este: o Benfica tem um valor e ele é infinitamente superior ao dos nossos concorrentes. Querem levar-nos para uma negociação em que nós vamos ceder os nossos direitos a uma empresa, uma organização, e depois fazer a tal redistribuição, que ninguém sabe como é, para melhorar o futebol português. Eu não faço ideia o que é que é isso. Não sei, não quero saber e não me interessa. Não é um problema do Benfica. É da Liga e da Federação e do estado. Mas eu não vou hipotecar os meus direitos a favor de algo que eu não domino.

E então qual será o papel do Benfica nessa negociação?
Já negociei muita coisa na minha vida e sei em que é que aquela negociação vai dar. Nós temos claramente muito valor, mas vão ser vinte e tal contra um e vai ficar difícil. E, portanto, o que o Benfica tem de fazer é dizer que não vai ceder, mas se querem fazer uma pool de direitos, tudo muito bem: quanto é que vocês querem pela vossa parte? Temos dois anos em que ainda podemos negociar os direitos diretamente e esse parceiro tem de ser o mesmo que vai connosco à negociação. Vamos entrar em parceria, comprar os restantes direitos e sermos nós a trabalhá-los.

Não há aqui um conflito de interesses?
Não, nenhum. É um negócio como outro qualquer. Repare, o Benfica vai pagar o melhor valor. Esse valor é entregue a essa empresa e essa empresa faz o que achar, o Benfica não se mete nisso. Conflito de interesses era se o Benfica opinasse sobre isso. E depois através desse parceiro vamos vender para a Europa, África, Ásia, Índia, Estados Unidos. Vamos investir provavelmente 150 ou 200 milhões e transformá-los em quatro ou cinco vezes mais esse valor. Correndo o risco, porque podemos comprar e não vender nada a ninguém. Mas eu estou disposto a assumir esse risco. E vou negociar que os jogos em casa e fora do Benfica sejam gratuitos para os nossos sócios. É fundamental para passar a mística e respeitar os sócios.

Qual será a primeira medida que tomará no Benfica caso seja eleito?
Entrar imediatamente no processo da negociação dos direitos audiovisuais, de onde o Benfica nunca devia ter saído. E dizer que quero comprar e ser um player. Porque é a nossa principal receita. Vai ser a primeira coisa: marcar a reunião e no dia seguinte estar lá.

Se tivesse que identificar apenas um, qual é o maior problema que o Benfica tem neste momento?
É o problema financeiro, este défice de 100 milhões de euros. É um garrote no Benfica. O Benfica não vai conseguir ganhar se não se libertar deste garrote. O Benfica tem de se libertar imediatamente da venda extraordinária de jogadores para poder evoluir e vencer. Uma equipa sem estabilidade não ganha, tenha o treinador que tiver. Eu posso ir buscar o Klopp e neste modelo ele não vai funcionar porque não há estabilidade financeira, porque eu vou vender jogadores oito meses depois de os comprar. Não se ganha assim, basta olhar para o nosso rival da 2.ª Circular. Está ali mesmo ao lado, eles estão a fazer o que deve ser feito. Venderam um jogador este ano. Acha que não tiveram propostas por outros jogadores? O segredo é este. Tem de se acabar com o despedir o treinador ao fim de um ano, é um modelo emocional, que está falido. Eu garanto aos benfiquistas que em três, quatro anos vamos ter outra equipa, outra motivação, vitórias, vamos estar a jogar finais, a jogar bem e isto depois é uma bola de neve e nós ficamos imparáveis.

pedro_9

#1211
Pagina 5 https://cristovaocarvalho.net/wp-content/uploads/2025/09/Cristovao-Carvalho_Programa-Eleitoral_Pelo-Benfica-1.pdf

Entao o homem quer conquistar 3 ligas europa?

Isso significa nao ganhar o campeonato, ficar em terceiro ate, 3 anos pelo menos. E ganhar a liga europa da acesso directo a liga dos campeoes.

Que amador :2funny:


O moderador na Radio Observador disse isto durante o debate esta tarde.

pevmac

Homenagem a um grande navegador...ou ao centro comercial próximo da Luz!




Mercurio_10

Levou para o debate do Observador uma pessoa que não deveria debater depois de almoço. Mas que encaixa perfeitamente naquela candidatura.

Esta candidatura e a do Martim, dois verbos de encher mas carregados de imbecis que parecem bois a marrar na candidatura de JNL. A inveja é um sentimento muito feio.

Diogo20

O bacano do CC a dizer que o Noronha tem um centro de emprego e que a estratégia desportiva é apenas o Bernardo. Que valente otário.