Direitos televisivos

Chris Cornell

Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 15:19
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 14:33
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 12:35Há aqui umas discussões um pouco ao lado na minha opinião. Misturamos ligas periféricas com ligas e competições de topo. A liga portuguesa, no que toca a futebol jogado, sofre o oposto à sobre-exposição.  Tem acesso fechado à maioria dos adeptos. E promove-se mal com cada vez menos contacto com os intervenientes, com foco excessivo em polémicas e em dirigentes.

A nível global está a acontecer outro fenómeno. Há uma maior concentração de consumo nas grandes competições e grandes ligas. Eu por exemplo vejo mais jogos da Premier League e Champions do que da Liga Portuguesa. Em Portugal vejo o Benfica, esporadicamente Porto, Sporting e Braga e acabou. O resto é ao vivo no futebol de formação.

Recentemente tem-se falado na compra dos direitos da Premier League por parte da Netflix. Há mercado para as grandes competições, mas terá o efeito de secar o que está â volta. Liga portuguesa não é, nem será vendável para mercados de jeito.
 
E o caminho do futebol é vender mais conteúdos extra-jogos. Já há bastantes documentários da realidade interna dos clubes e o caminho será de mostrar mais bastidores como fez a Formula 1 com sucesso.
O teu comentário levanta para mim uma questão importante (que acho importante):

o que tu descreves é o modelo de negócio das plataformas de streaming. Não é o modelo do futebol per si.

Parece-me é que o futebol não tem pensado qual o melhor modelo de comercializar os direitos tv, e vai ao reboque de quem tem interesse nos direitos tv, mas segundo os seus próprios parâmetros.

Porque o modelo do streaming (que referes) tem o seu próprio interesse, e não é no futebol como produto, mas no futebol como conteúdo, como qualquer outro.

Acho que na indústria futebol se tem confundido o melhor modelo com o que paga mais.

Para o futebol europeu é melhor receber menos à cabeça, mas ter mais exposição (jogos em sinal aberto) e explorar a publicidade estática e outras. Valoriza mais o produto no geral. Mais gente a ver jogos, mais gente a comprar merchandising, mais comerciantes interessados em colocar o seu produto.

Dispersão em vez de concentração. É dificil, eu sei, porque contraria a mentalidade económica e de investimento atual de grandes fundos a açambarcar o máximo possível.

Mas o futebol quer isso, não quer vender um campeonato principal, quer vender vários campeonatos europeus. E deve escolher o modelo de direitos tv que melhor serve esse propósito.

E nós (adeptos), nem o futebol, têm de ser o ganha pão das Sporttvs e das Dazn, que não têm produção própria e vivem de vender em pacote e exclusividade o que os outros fazem.


A TV em sinal aberto está em profunda quebra. É uma forma de consumo com dias contados na escala que conheciamos.

O próprio conceito de direitos de TV é cada vez mais obsoleto. São direitos de transmissão que serão tendencialmente fragmentados. Não só pelo modelo de negócio das plataformas de streaming, mas também pela forma como as novas gerações consumem conteúdos imediatos e de curta duração.

Os 90 minutos de jogo serão cada vez mais insuficientes para ter retorno, mas são demasiado longos para atrair novas gerações. É um paradoxo. Por isso acredito que será um futuro de fragmentação de conteúdo.

E paralelamente o caminho acabará por ser de concentração nas principais competições e contenção de custos em ligas periféricas. E os grandes em Portugal vão acabar por ter de mudar este modelo de negócio que é insustentável.


Esta bolha vai rebentar, os salários no futebol são pornográficos e não há quem consiga alimentar isto nos moldes atuais.



lonstrup

Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 15:19
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 14:33
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 12:35Há aqui umas discussões um pouco ao lado na minha opinião. Misturamos ligas periféricas com ligas e competições de topo. A liga portuguesa, no que toca a futebol jogado, sofre o oposto à sobre-exposição.  Tem acesso fechado à maioria dos adeptos. E promove-se mal com cada vez menos contacto com os intervenientes, com foco excessivo em polémicas e em dirigentes.

A nível global está a acontecer outro fenómeno. Há uma maior concentração de consumo nas grandes competições e grandes ligas. Eu por exemplo vejo mais jogos da Premier League e Champions do que da Liga Portuguesa. Em Portugal vejo o Benfica, esporadicamente Porto, Sporting e Braga e acabou. O resto é ao vivo no futebol de formação.

Recentemente tem-se falado na compra dos direitos da Premier League por parte da Netflix. Há mercado para as grandes competições, mas terá o efeito de secar o que está â volta. Liga portuguesa não é, nem será vendável para mercados de jeito.
 
E o caminho do futebol é vender mais conteúdos extra-jogos. Já há bastantes documentários da realidade interna dos clubes e o caminho será de mostrar mais bastidores como fez a Formula 1 com sucesso.
O teu comentário levanta para mim uma questão importante (que acho importante):

o que tu descreves é o modelo de negócio das plataformas de streaming. Não é o modelo do futebol per si.

Parece-me é que o futebol não tem pensado qual o melhor modelo de comercializar os direitos tv, e vai ao reboque de quem tem interesse nos direitos tv, mas segundo os seus próprios parâmetros.

Porque o modelo do streaming (que referes) tem o seu próprio interesse, e não é no futebol como produto, mas no futebol como conteúdo, como qualquer outro.

Acho que na indústria futebol se tem confundido o melhor modelo com o que paga mais.

Para o futebol europeu é melhor receber menos à cabeça, mas ter mais exposição (jogos em sinal aberto) e explorar a publicidade estática e outras. Valoriza mais o produto no geral. Mais gente a ver jogos, mais gente a comprar merchandising, mais comerciantes interessados em colocar o seu produto.

Dispersão em vez de concentração. É dificil, eu sei, porque contraria a mentalidade económica e de investimento atual de grandes fundos a açambarcar o máximo possível.

Mas o futebol quer isso, não quer vender um campeonato principal, quer vender vários campeonatos europeus. E deve escolher o modelo de direitos tv que melhor serve esse propósito.

E nós (adeptos), nem o futebol, têm de ser o ganha pão das Sporttvs e das Dazn, que não têm produção própria e vivem de vender em pacote e exclusividade o que os outros fazem.


A TV em sinal aberto está em profunda quebra. É uma forma de consumo com dias contados na escala que conheciamos.

O próprio conceito de direitos de TV é cada vez mais obsoleto. São direitos de transmissão que serão tendencialmente fragmentados. Não só pelo modelo de negócio das plataformas de streaming, mas também pela forma como as novas gerações consumem conteúdos imediatos e de curta duração.

Os 90 minutos de jogo serão cada vez mais insuficientes para ter retorno, mas são demasiado longos para atrair novas gerações. É um paradoxo. Por isso acredito que será um futuro de fragmentação de conteúdo.

E paralelamente o caminho acabará por ser de concentração nas principais competições e contenção de custos em ligas periféricas. E os grandes em Portugal vão acabar por ter de mudar este modelo de negócio que é insustentável.


Mas o futebol tem de contrariar o caminho que estás a indicar no último parágrafo. Esse caminho não serve o interesse do futebol. Esse caminho que interessa às plataformas. É altura de perceber isso, o que é melhor para futebol pode não ser a opção que paga mais à cabeça.

Estas plataformas vão acima de tudo querer impingir assinaturas e exclusividades. E estão no seu direito, e o negócio deles.

O futebol é que tem de perceber o que mais lhe convém numa perspetiva de médio/longo prazo e sustentabilidade.

É só essa a minha opinião.

Agora, claro que o futebol tem de se curar dos seus vícios e parasitas que o habitam, para voltar a ser o desporto popular que foi.

Tu podes montar um bom produto, uma boa competição desportiva, com uma fração do atual custo.

lonstrup

Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:23
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 15:19
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 14:33
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 12:35Há aqui umas discussões um pouco ao lado na minha opinião. Misturamos ligas periféricas com ligas e competições de topo. A liga portuguesa, no que toca a futebol jogado, sofre o oposto à sobre-exposição.  Tem acesso fechado à maioria dos adeptos. E promove-se mal com cada vez menos contacto com os intervenientes, com foco excessivo em polémicas e em dirigentes.

A nível global está a acontecer outro fenómeno. Há uma maior concentração de consumo nas grandes competições e grandes ligas. Eu por exemplo vejo mais jogos da Premier League e Champions do que da Liga Portuguesa. Em Portugal vejo o Benfica, esporadicamente Porto, Sporting e Braga e acabou. O resto é ao vivo no futebol de formação.

Recentemente tem-se falado na compra dos direitos da Premier League por parte da Netflix. Há mercado para as grandes competições, mas terá o efeito de secar o que está â volta. Liga portuguesa não é, nem será vendável para mercados de jeito.
 
E o caminho do futebol é vender mais conteúdos extra-jogos. Já há bastantes documentários da realidade interna dos clubes e o caminho será de mostrar mais bastidores como fez a Formula 1 com sucesso.
O teu comentário levanta para mim uma questão importante (que acho importante):

o que tu descreves é o modelo de negócio das plataformas de streaming. Não é o modelo do futebol per si.

Parece-me é que o futebol não tem pensado qual o melhor modelo de comercializar os direitos tv, e vai ao reboque de quem tem interesse nos direitos tv, mas segundo os seus próprios parâmetros.

Porque o modelo do streaming (que referes) tem o seu próprio interesse, e não é no futebol como produto, mas no futebol como conteúdo, como qualquer outro.

Acho que na indústria futebol se tem confundido o melhor modelo com o que paga mais.

Para o futebol europeu é melhor receber menos à cabeça, mas ter mais exposição (jogos em sinal aberto) e explorar a publicidade estática e outras. Valoriza mais o produto no geral. Mais gente a ver jogos, mais gente a comprar merchandising, mais comerciantes interessados em colocar o seu produto.

Dispersão em vez de concentração. É dificil, eu sei, porque contraria a mentalidade económica e de investimento atual de grandes fundos a açambarcar o máximo possível.

Mas o futebol quer isso, não quer vender um campeonato principal, quer vender vários campeonatos europeus. E deve escolher o modelo de direitos tv que melhor serve esse propósito.

E nós (adeptos), nem o futebol, têm de ser o ganha pão das Sporttvs e das Dazn, que não têm produção própria e vivem de vender em pacote e exclusividade o que os outros fazem.


A TV em sinal aberto está em profunda quebra. É uma forma de consumo com dias contados na escala que conheciamos.

O próprio conceito de direitos de TV é cada vez mais obsoleto. São direitos de transmissão que serão tendencialmente fragmentados. Não só pelo modelo de negócio das plataformas de streaming, mas também pela forma como as novas gerações consumem conteúdos imediatos e de curta duração.

Os 90 minutos de jogo serão cada vez mais insuficientes para ter retorno, mas são demasiado longos para atrair novas gerações. É um paradoxo. Por isso acredito que será um futuro de fragmentação de conteúdo.

E paralelamente o caminho acabará por ser de concentração nas principais competições e contenção de custos em ligas periféricas. E os grandes em Portugal vão acabar por ter de mudar este modelo de negócio que é insustentável.


Esta bolha vai rebentar, os salários no futebol são pornográficos e não há quem consiga alimentar isto nos moldes atuais.



e achas que as plataformas de streaming e os canais pagos permitiriam alguma vez uma pay-per-vie?

-------------------------

O modelo do ragueby, algum de vocês conhece como é? Tinha curiosidade em saber. Nr de jogos, competições, direitos tv, etc.

Chris Cornell

Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:33
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:23
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 15:19
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 14:33
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 12:35Há aqui umas discussões um pouco ao lado na minha opinião. Misturamos ligas periféricas com ligas e competições de topo. A liga portuguesa, no que toca a futebol jogado, sofre o oposto à sobre-exposição.  Tem acesso fechado à maioria dos adeptos. E promove-se mal com cada vez menos contacto com os intervenientes, com foco excessivo em polémicas e em dirigentes.

A nível global está a acontecer outro fenómeno. Há uma maior concentração de consumo nas grandes competições e grandes ligas. Eu por exemplo vejo mais jogos da Premier League e Champions do que da Liga Portuguesa. Em Portugal vejo o Benfica, esporadicamente Porto, Sporting e Braga e acabou. O resto é ao vivo no futebol de formação.

Recentemente tem-se falado na compra dos direitos da Premier League por parte da Netflix. Há mercado para as grandes competições, mas terá o efeito de secar o que está â volta. Liga portuguesa não é, nem será vendável para mercados de jeito.
 
E o caminho do futebol é vender mais conteúdos extra-jogos. Já há bastantes documentários da realidade interna dos clubes e o caminho será de mostrar mais bastidores como fez a Formula 1 com sucesso.
O teu comentário levanta para mim uma questão importante (que acho importante):

o que tu descreves é o modelo de negócio das plataformas de streaming. Não é o modelo do futebol per si.

Parece-me é que o futebol não tem pensado qual o melhor modelo de comercializar os direitos tv, e vai ao reboque de quem tem interesse nos direitos tv, mas segundo os seus próprios parâmetros.

Porque o modelo do streaming (que referes) tem o seu próprio interesse, e não é no futebol como produto, mas no futebol como conteúdo, como qualquer outro.

Acho que na indústria futebol se tem confundido o melhor modelo com o que paga mais.

Para o futebol europeu é melhor receber menos à cabeça, mas ter mais exposição (jogos em sinal aberto) e explorar a publicidade estática e outras. Valoriza mais o produto no geral. Mais gente a ver jogos, mais gente a comprar merchandising, mais comerciantes interessados em colocar o seu produto.

Dispersão em vez de concentração. É dificil, eu sei, porque contraria a mentalidade económica e de investimento atual de grandes fundos a açambarcar o máximo possível.

Mas o futebol quer isso, não quer vender um campeonato principal, quer vender vários campeonatos europeus. E deve escolher o modelo de direitos tv que melhor serve esse propósito.

E nós (adeptos), nem o futebol, têm de ser o ganha pão das Sporttvs e das Dazn, que não têm produção própria e vivem de vender em pacote e exclusividade o que os outros fazem.


A TV em sinal aberto está em profunda quebra. É uma forma de consumo com dias contados na escala que conheciamos.

O próprio conceito de direitos de TV é cada vez mais obsoleto. São direitos de transmissão que serão tendencialmente fragmentados. Não só pelo modelo de negócio das plataformas de streaming, mas também pela forma como as novas gerações consumem conteúdos imediatos e de curta duração.

Os 90 minutos de jogo serão cada vez mais insuficientes para ter retorno, mas são demasiado longos para atrair novas gerações. É um paradoxo. Por isso acredito que será um futuro de fragmentação de conteúdo.

E paralelamente o caminho acabará por ser de concentração nas principais competições e contenção de custos em ligas periféricas. E os grandes em Portugal vão acabar por ter de mudar este modelo de negócio que é insustentável.


Esta bolha vai rebentar, os salários no futebol são pornográficos e não há quem consiga alimentar isto nos moldes atuais.



e achas que as plataformas de streaming e os canais pagos permitiriam alguma vez uma pay-per-vie?

-------------------------

O modelo do ragueby, algum de vocês conhece como é? Tinha curiosidade em saber. Nr de jogos, competições, direitos tv, etc.
Vai chegar a um ponto que vão ter de permitir, porque isto é simples ... eu uso aquele sistema com quatro letras ... e se deixar de existir ... irei ver em streams manhosas, está fora de questão pagar os preços que existem. Vai chegar a um ponto que esta bolha toda de casas de apostas e afins vai secar e vão ter de levar um banho de realidade.

Na américa funciona muita coisa à base de PPV

lonstrup

Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:35
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:33
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:23
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 15:19
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 14:33
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 12:35Há aqui umas discussões um pouco ao lado na minha opinião. Misturamos ligas periféricas com ligas e competições de topo. A liga portuguesa, no que toca a futebol jogado, sofre o oposto à sobre-exposição.  Tem acesso fechado à maioria dos adeptos. E promove-se mal com cada vez menos contacto com os intervenientes, com foco excessivo em polémicas e em dirigentes.

A nível global está a acontecer outro fenómeno. Há uma maior concentração de consumo nas grandes competições e grandes ligas. Eu por exemplo vejo mais jogos da Premier League e Champions do que da Liga Portuguesa. Em Portugal vejo o Benfica, esporadicamente Porto, Sporting e Braga e acabou. O resto é ao vivo no futebol de formação.

Recentemente tem-se falado na compra dos direitos da Premier League por parte da Netflix. Há mercado para as grandes competições, mas terá o efeito de secar o que está â volta. Liga portuguesa não é, nem será vendável para mercados de jeito.
 
E o caminho do futebol é vender mais conteúdos extra-jogos. Já há bastantes documentários da realidade interna dos clubes e o caminho será de mostrar mais bastidores como fez a Formula 1 com sucesso.
O teu comentário levanta para mim uma questão importante (que acho importante):

o que tu descreves é o modelo de negócio das plataformas de streaming. Não é o modelo do futebol per si.

Parece-me é que o futebol não tem pensado qual o melhor modelo de comercializar os direitos tv, e vai ao reboque de quem tem interesse nos direitos tv, mas segundo os seus próprios parâmetros.

Porque o modelo do streaming (que referes) tem o seu próprio interesse, e não é no futebol como produto, mas no futebol como conteúdo, como qualquer outro.

Acho que na indústria futebol se tem confundido o melhor modelo com o que paga mais.

Para o futebol europeu é melhor receber menos à cabeça, mas ter mais exposição (jogos em sinal aberto) e explorar a publicidade estática e outras. Valoriza mais o produto no geral. Mais gente a ver jogos, mais gente a comprar merchandising, mais comerciantes interessados em colocar o seu produto.

Dispersão em vez de concentração. É dificil, eu sei, porque contraria a mentalidade económica e de investimento atual de grandes fundos a açambarcar o máximo possível.

Mas o futebol quer isso, não quer vender um campeonato principal, quer vender vários campeonatos europeus. E deve escolher o modelo de direitos tv que melhor serve esse propósito.

E nós (adeptos), nem o futebol, têm de ser o ganha pão das Sporttvs e das Dazn, que não têm produção própria e vivem de vender em pacote e exclusividade o que os outros fazem.


A TV em sinal aberto está em profunda quebra. É uma forma de consumo com dias contados na escala que conheciamos.

O próprio conceito de direitos de TV é cada vez mais obsoleto. São direitos de transmissão que serão tendencialmente fragmentados. Não só pelo modelo de negócio das plataformas de streaming, mas também pela forma como as novas gerações consumem conteúdos imediatos e de curta duração.

Os 90 minutos de jogo serão cada vez mais insuficientes para ter retorno, mas são demasiado longos para atrair novas gerações. É um paradoxo. Por isso acredito que será um futuro de fragmentação de conteúdo.

E paralelamente o caminho acabará por ser de concentração nas principais competições e contenção de custos em ligas periféricas. E os grandes em Portugal vão acabar por ter de mudar este modelo de negócio que é insustentável.


Esta bolha vai rebentar, os salários no futebol são pornográficos e não há quem consiga alimentar isto nos moldes atuais.



e achas que as plataformas de streaming e os canais pagos permitiriam alguma vez uma pay-per-vie?

-------------------------

O modelo do ragueby, algum de vocês conhece como é? Tinha curiosidade em saber. Nr de jogos, competições, direitos tv, etc.
Vai chegar a um ponto que vão ter de permitir, porque isto é simples ... eu uso aquele sistema com quatro letras ... e se deixar de existir ... irei ver em streams manhosas, está fora de questão pagar os preços que existem. Vai chegar a um ponto que esta bolha toda de casas de apostas e afins vai secar e vão ter de levar um banho de realidade.

Na américa funciona muita coisa à base de PPV
e não pode ser a própria liga/federação a vender pacotes desses?

Não vejo a necessidade, com a tecnologia de hoje, de estar «preso» a operadoras ou streamings, quando uma simples app pode fazer o serviço.

GloriosoSLB1904

Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:38
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:35
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:33
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:23
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 15:19
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 14:33
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 12:35Há aqui umas discussões um pouco ao lado na minha opinião. Misturamos ligas periféricas com ligas e competições de topo. A liga portuguesa, no que toca a futebol jogado, sofre o oposto à sobre-exposição.  Tem acesso fechado à maioria dos adeptos. E promove-se mal com cada vez menos contacto com os intervenientes, com foco excessivo em polémicas e em dirigentes.

A nível global está a acontecer outro fenómeno. Há uma maior concentração de consumo nas grandes competições e grandes ligas. Eu por exemplo vejo mais jogos da Premier League e Champions do que da Liga Portuguesa. Em Portugal vejo o Benfica, esporadicamente Porto, Sporting e Braga e acabou. O resto é ao vivo no futebol de formação.

Recentemente tem-se falado na compra dos direitos da Premier League por parte da Netflix. Há mercado para as grandes competições, mas terá o efeito de secar o que está â volta. Liga portuguesa não é, nem será vendável para mercados de jeito.
 
E o caminho do futebol é vender mais conteúdos extra-jogos. Já há bastantes documentários da realidade interna dos clubes e o caminho será de mostrar mais bastidores como fez a Formula 1 com sucesso.
O teu comentário levanta para mim uma questão importante (que acho importante):

o que tu descreves é o modelo de negócio das plataformas de streaming. Não é o modelo do futebol per si.

Parece-me é que o futebol não tem pensado qual o melhor modelo de comercializar os direitos tv, e vai ao reboque de quem tem interesse nos direitos tv, mas segundo os seus próprios parâmetros.

Porque o modelo do streaming (que referes) tem o seu próprio interesse, e não é no futebol como produto, mas no futebol como conteúdo, como qualquer outro.

Acho que na indústria futebol se tem confundido o melhor modelo com o que paga mais.

Para o futebol europeu é melhor receber menos à cabeça, mas ter mais exposição (jogos em sinal aberto) e explorar a publicidade estática e outras. Valoriza mais o produto no geral. Mais gente a ver jogos, mais gente a comprar merchandising, mais comerciantes interessados em colocar o seu produto.

Dispersão em vez de concentração. É dificil, eu sei, porque contraria a mentalidade económica e de investimento atual de grandes fundos a açambarcar o máximo possível.

Mas o futebol quer isso, não quer vender um campeonato principal, quer vender vários campeonatos europeus. E deve escolher o modelo de direitos tv que melhor serve esse propósito.

E nós (adeptos), nem o futebol, têm de ser o ganha pão das Sporttvs e das Dazn, que não têm produção própria e vivem de vender em pacote e exclusividade o que os outros fazem.


A TV em sinal aberto está em profunda quebra. É uma forma de consumo com dias contados na escala que conheciamos.

O próprio conceito de direitos de TV é cada vez mais obsoleto. São direitos de transmissão que serão tendencialmente fragmentados. Não só pelo modelo de negócio das plataformas de streaming, mas também pela forma como as novas gerações consumem conteúdos imediatos e de curta duração.

Os 90 minutos de jogo serão cada vez mais insuficientes para ter retorno, mas são demasiado longos para atrair novas gerações. É um paradoxo. Por isso acredito que será um futuro de fragmentação de conteúdo.

E paralelamente o caminho acabará por ser de concentração nas principais competições e contenção de custos em ligas periféricas. E os grandes em Portugal vão acabar por ter de mudar este modelo de negócio que é insustentável.


Esta bolha vai rebentar, os salários no futebol são pornográficos e não há quem consiga alimentar isto nos moldes atuais.



e achas que as plataformas de streaming e os canais pagos permitiriam alguma vez uma pay-per-vie?

-------------------------

O modelo do ragueby, algum de vocês conhece como é? Tinha curiosidade em saber. Nr de jogos, competições, direitos tv, etc.
Vai chegar a um ponto que vão ter de permitir, porque isto é simples ... eu uso aquele sistema com quatro letras ... e se deixar de existir ... irei ver em streams manhosas, está fora de questão pagar os preços que existem. Vai chegar a um ponto que esta bolha toda de casas de apostas e afins vai secar e vão ter de levar um banho de realidade.

Na américa funciona muita coisa à base de PPV
e não pode ser a própria liga/federação a vender pacotes desses?

Não vejo a necessidade, com a tecnologia de hoje, de estar «preso» a operadoras ou streamings, quando uma simples app pode fazer o serviço.

Provavelmente porque não terá o mesmo retorno em contextos pequenos como Portugal.

Chris Cornell

Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:38
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:35
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:33
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:23
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 15:19
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 14:33
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 12:35Há aqui umas discussões um pouco ao lado na minha opinião. Misturamos ligas periféricas com ligas e competições de topo. A liga portuguesa, no que toca a futebol jogado, sofre o oposto à sobre-exposição.  Tem acesso fechado à maioria dos adeptos. E promove-se mal com cada vez menos contacto com os intervenientes, com foco excessivo em polémicas e em dirigentes.

A nível global está a acontecer outro fenómeno. Há uma maior concentração de consumo nas grandes competições e grandes ligas. Eu por exemplo vejo mais jogos da Premier League e Champions do que da Liga Portuguesa. Em Portugal vejo o Benfica, esporadicamente Porto, Sporting e Braga e acabou. O resto é ao vivo no futebol de formação.

Recentemente tem-se falado na compra dos direitos da Premier League por parte da Netflix. Há mercado para as grandes competições, mas terá o efeito de secar o que está â volta. Liga portuguesa não é, nem será vendável para mercados de jeito.
 
E o caminho do futebol é vender mais conteúdos extra-jogos. Já há bastantes documentários da realidade interna dos clubes e o caminho será de mostrar mais bastidores como fez a Formula 1 com sucesso.
O teu comentário levanta para mim uma questão importante (que acho importante):

o que tu descreves é o modelo de negócio das plataformas de streaming. Não é o modelo do futebol per si.

Parece-me é que o futebol não tem pensado qual o melhor modelo de comercializar os direitos tv, e vai ao reboque de quem tem interesse nos direitos tv, mas segundo os seus próprios parâmetros.

Porque o modelo do streaming (que referes) tem o seu próprio interesse, e não é no futebol como produto, mas no futebol como conteúdo, como qualquer outro.

Acho que na indústria futebol se tem confundido o melhor modelo com o que paga mais.

Para o futebol europeu é melhor receber menos à cabeça, mas ter mais exposição (jogos em sinal aberto) e explorar a publicidade estática e outras. Valoriza mais o produto no geral. Mais gente a ver jogos, mais gente a comprar merchandising, mais comerciantes interessados em colocar o seu produto.

Dispersão em vez de concentração. É dificil, eu sei, porque contraria a mentalidade económica e de investimento atual de grandes fundos a açambarcar o máximo possível.

Mas o futebol quer isso, não quer vender um campeonato principal, quer vender vários campeonatos europeus. E deve escolher o modelo de direitos tv que melhor serve esse propósito.

E nós (adeptos), nem o futebol, têm de ser o ganha pão das Sporttvs e das Dazn, que não têm produção própria e vivem de vender em pacote e exclusividade o que os outros fazem.


A TV em sinal aberto está em profunda quebra. É uma forma de consumo com dias contados na escala que conheciamos.

O próprio conceito de direitos de TV é cada vez mais obsoleto. São direitos de transmissão que serão tendencialmente fragmentados. Não só pelo modelo de negócio das plataformas de streaming, mas também pela forma como as novas gerações consumem conteúdos imediatos e de curta duração.

Os 90 minutos de jogo serão cada vez mais insuficientes para ter retorno, mas são demasiado longos para atrair novas gerações. É um paradoxo. Por isso acredito que será um futuro de fragmentação de conteúdo.

E paralelamente o caminho acabará por ser de concentração nas principais competições e contenção de custos em ligas periféricas. E os grandes em Portugal vão acabar por ter de mudar este modelo de negócio que é insustentável.


Esta bolha vai rebentar, os salários no futebol são pornográficos e não há quem consiga alimentar isto nos moldes atuais.



e achas que as plataformas de streaming e os canais pagos permitiriam alguma vez uma pay-per-vie?

-------------------------

O modelo do ragueby, algum de vocês conhece como é? Tinha curiosidade em saber. Nr de jogos, competições, direitos tv, etc.
Vai chegar a um ponto que vão ter de permitir, porque isto é simples ... eu uso aquele sistema com quatro letras ... e se deixar de existir ... irei ver em streams manhosas, está fora de questão pagar os preços que existem. Vai chegar a um ponto que esta bolha toda de casas de apostas e afins vai secar e vão ter de levar um banho de realidade.

Na américa funciona muita coisa à base de PPV
e não pode ser a própria liga/federação a vender pacotes desses?

Não vejo a necessidade, com a tecnologia de hoje, de estar «preso» a operadoras ou streamings, quando uma simples app pode fazer o serviço.

Poder pode, mas falta visão.

O que é que a NBA faz ? A NBA tem um league pass que pertence à liga, eles não deixam ninguém controlar totalmente os seus direitos de tv, tu por exemplo se fores adepto dos Lakers podes comprar só os jogos dos Lakers. Como podes pagar o league pass inteiro e tens acesso a TODOS os jogos da liga. Depois também vendem direitos a cadeias nacionais, mas os jogos passam sempre no league pass, independentemente de darem na national tv ou não. Dá também para comprares só um jogo, só um mês, ou logo o ano todo geral ou só da tua equipa.

Ainda assim, depois da fase regular chegam os playoffs e na américa passam todos no cabo e não no league pass. ( em portugal ou fora dos EUA não, todos os jogos dos playoffs estão incluídos no league pass).

A base de modelo a seguir devia ser esta, podendo fazer mudanças ou não, mas sempre nesta base.

lonstrup

Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 15:40
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:38
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:35
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:33
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:23
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 15:19
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 14:33
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 12:35Há aqui umas discussões um pouco ao lado na minha opinião. Misturamos ligas periféricas com ligas e competições de topo. A liga portuguesa, no que toca a futebol jogado, sofre o oposto à sobre-exposição.  Tem acesso fechado à maioria dos adeptos. E promove-se mal com cada vez menos contacto com os intervenientes, com foco excessivo em polémicas e em dirigentes.

A nível global está a acontecer outro fenómeno. Há uma maior concentração de consumo nas grandes competições e grandes ligas. Eu por exemplo vejo mais jogos da Premier League e Champions do que da Liga Portuguesa. Em Portugal vejo o Benfica, esporadicamente Porto, Sporting e Braga e acabou. O resto é ao vivo no futebol de formação.

Recentemente tem-se falado na compra dos direitos da Premier League por parte da Netflix. Há mercado para as grandes competições, mas terá o efeito de secar o que está â volta. Liga portuguesa não é, nem será vendável para mercados de jeito.
 
E o caminho do futebol é vender mais conteúdos extra-jogos. Já há bastantes documentários da realidade interna dos clubes e o caminho será de mostrar mais bastidores como fez a Formula 1 com sucesso.
O teu comentário levanta para mim uma questão importante (que acho importante):

o que tu descreves é o modelo de negócio das plataformas de streaming. Não é o modelo do futebol per si.

Parece-me é que o futebol não tem pensado qual o melhor modelo de comercializar os direitos tv, e vai ao reboque de quem tem interesse nos direitos tv, mas segundo os seus próprios parâmetros.

Porque o modelo do streaming (que referes) tem o seu próprio interesse, e não é no futebol como produto, mas no futebol como conteúdo, como qualquer outro.

Acho que na indústria futebol se tem confundido o melhor modelo com o que paga mais.

Para o futebol europeu é melhor receber menos à cabeça, mas ter mais exposição (jogos em sinal aberto) e explorar a publicidade estática e outras. Valoriza mais o produto no geral. Mais gente a ver jogos, mais gente a comprar merchandising, mais comerciantes interessados em colocar o seu produto.

Dispersão em vez de concentração. É dificil, eu sei, porque contraria a mentalidade económica e de investimento atual de grandes fundos a açambarcar o máximo possível.

Mas o futebol quer isso, não quer vender um campeonato principal, quer vender vários campeonatos europeus. E deve escolher o modelo de direitos tv que melhor serve esse propósito.

E nós (adeptos), nem o futebol, têm de ser o ganha pão das Sporttvs e das Dazn, que não têm produção própria e vivem de vender em pacote e exclusividade o que os outros fazem.


A TV em sinal aberto está em profunda quebra. É uma forma de consumo com dias contados na escala que conheciamos.

O próprio conceito de direitos de TV é cada vez mais obsoleto. São direitos de transmissão que serão tendencialmente fragmentados. Não só pelo modelo de negócio das plataformas de streaming, mas também pela forma como as novas gerações consumem conteúdos imediatos e de curta duração.

Os 90 minutos de jogo serão cada vez mais insuficientes para ter retorno, mas são demasiado longos para atrair novas gerações. É um paradoxo. Por isso acredito que será um futuro de fragmentação de conteúdo.

E paralelamente o caminho acabará por ser de concentração nas principais competições e contenção de custos em ligas periféricas. E os grandes em Portugal vão acabar por ter de mudar este modelo de negócio que é insustentável.


Esta bolha vai rebentar, os salários no futebol são pornográficos e não há quem consiga alimentar isto nos moldes atuais.



e achas que as plataformas de streaming e os canais pagos permitiriam alguma vez uma pay-per-vie?

-------------------------

O modelo do ragueby, algum de vocês conhece como é? Tinha curiosidade em saber. Nr de jogos, competições, direitos tv, etc.
Vai chegar a um ponto que vão ter de permitir, porque isto é simples ... eu uso aquele sistema com quatro letras ... e se deixar de existir ... irei ver em streams manhosas, está fora de questão pagar os preços que existem. Vai chegar a um ponto que esta bolha toda de casas de apostas e afins vai secar e vão ter de levar um banho de realidade.

Na américa funciona muita coisa à base de PPV
e não pode ser a própria liga/federação a vender pacotes desses?

Não vejo a necessidade, com a tecnologia de hoje, de estar «preso» a operadoras ou streamings, quando uma simples app pode fazer o serviço.

Provavelmente porque não terá o mesmo retorno em contextos pequenos como Portugal.
e provavelmente as operadoras devem fazer pressão para tal não acontecer, porque seria a morte da Sporttv.

Mas como a federação ja fez o 11, não seria de todo impossível.

lonstrup

Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:44
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:38
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:35
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:33
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:23
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 15:19
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 14:33
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 12:35Há aqui umas discussões um pouco ao lado na minha opinião. Misturamos ligas periféricas com ligas e competições de topo. A liga portuguesa, no que toca a futebol jogado, sofre o oposto à sobre-exposição.  Tem acesso fechado à maioria dos adeptos. E promove-se mal com cada vez menos contacto com os intervenientes, com foco excessivo em polémicas e em dirigentes.

A nível global está a acontecer outro fenómeno. Há uma maior concentração de consumo nas grandes competições e grandes ligas. Eu por exemplo vejo mais jogos da Premier League e Champions do que da Liga Portuguesa. Em Portugal vejo o Benfica, esporadicamente Porto, Sporting e Braga e acabou. O resto é ao vivo no futebol de formação.

Recentemente tem-se falado na compra dos direitos da Premier League por parte da Netflix. Há mercado para as grandes competições, mas terá o efeito de secar o que está â volta. Liga portuguesa não é, nem será vendável para mercados de jeito.
 
E o caminho do futebol é vender mais conteúdos extra-jogos. Já há bastantes documentários da realidade interna dos clubes e o caminho será de mostrar mais bastidores como fez a Formula 1 com sucesso.
O teu comentário levanta para mim uma questão importante (que acho importante):

o que tu descreves é o modelo de negócio das plataformas de streaming. Não é o modelo do futebol per si.

Parece-me é que o futebol não tem pensado qual o melhor modelo de comercializar os direitos tv, e vai ao reboque de quem tem interesse nos direitos tv, mas segundo os seus próprios parâmetros.

Porque o modelo do streaming (que referes) tem o seu próprio interesse, e não é no futebol como produto, mas no futebol como conteúdo, como qualquer outro.

Acho que na indústria futebol se tem confundido o melhor modelo com o que paga mais.

Para o futebol europeu é melhor receber menos à cabeça, mas ter mais exposição (jogos em sinal aberto) e explorar a publicidade estática e outras. Valoriza mais o produto no geral. Mais gente a ver jogos, mais gente a comprar merchandising, mais comerciantes interessados em colocar o seu produto.

Dispersão em vez de concentração. É dificil, eu sei, porque contraria a mentalidade económica e de investimento atual de grandes fundos a açambarcar o máximo possível.

Mas o futebol quer isso, não quer vender um campeonato principal, quer vender vários campeonatos europeus. E deve escolher o modelo de direitos tv que melhor serve esse propósito.

E nós (adeptos), nem o futebol, têm de ser o ganha pão das Sporttvs e das Dazn, que não têm produção própria e vivem de vender em pacote e exclusividade o que os outros fazem.


A TV em sinal aberto está em profunda quebra. É uma forma de consumo com dias contados na escala que conheciamos.

O próprio conceito de direitos de TV é cada vez mais obsoleto. São direitos de transmissão que serão tendencialmente fragmentados. Não só pelo modelo de negócio das plataformas de streaming, mas também pela forma como as novas gerações consumem conteúdos imediatos e de curta duração.

Os 90 minutos de jogo serão cada vez mais insuficientes para ter retorno, mas são demasiado longos para atrair novas gerações. É um paradoxo. Por isso acredito que será um futuro de fragmentação de conteúdo.

E paralelamente o caminho acabará por ser de concentração nas principais competições e contenção de custos em ligas periféricas. E os grandes em Portugal vão acabar por ter de mudar este modelo de negócio que é insustentável.


Esta bolha vai rebentar, os salários no futebol são pornográficos e não há quem consiga alimentar isto nos moldes atuais.



e achas que as plataformas de streaming e os canais pagos permitiriam alguma vez uma pay-per-vie?

-------------------------

O modelo do ragueby, algum de vocês conhece como é? Tinha curiosidade em saber. Nr de jogos, competições, direitos tv, etc.
Vai chegar a um ponto que vão ter de permitir, porque isto é simples ... eu uso aquele sistema com quatro letras ... e se deixar de existir ... irei ver em streams manhosas, está fora de questão pagar os preços que existem. Vai chegar a um ponto que esta bolha toda de casas de apostas e afins vai secar e vão ter de levar um banho de realidade.

Na américa funciona muita coisa à base de PPV
e não pode ser a própria liga/federação a vender pacotes desses?

Não vejo a necessidade, com a tecnologia de hoje, de estar «preso» a operadoras ou streamings, quando uma simples app pode fazer o serviço.

Poder pode, mas falta visão.

O que é que a NBA faz ? A NBA tem um league pass que pertence à liga, eles não deixam ninguém controlar totalmente os seus direitos de tv, tu por exemplo se fores adepto dos Lakers podes comprar só os jogos dos Lakers. Como podes pagar o league pass inteiro e tens acesso a TODOS os jogos da liga. Depois também vendem direitos a cadeias nacionais, mas os jogos passam sempre no league pass, independentemente de darem na national tv ou não. Dá também para comprares só um jogo, só um mês, ou logo o ano todo geral ou só da tua equipa.

Ainda assim, depois da fase regular chegam os playoffs e na américa passam todos no cabo e não no league pass. ( em portugal ou fora dos EUA não, todos os jogos dos playoffs estão incluídos no league pass).

A base de modelo a seguir devia ser esta, podendo fazer mudanças ou não, mas sempre nesta base.
mas a ideia de ter alguns a passar em canal aberto é também «espicaçar» o interesse.

Ainda na 4a estava a ver o PSG vs Tottenham na dazn, e o comentário da minha mulher foi «para ver este futebol vale a pena».

Tem de se dar um cheirinho de vez em quando dm Benfica, Porto ou Sportem, para motivar a comprar mais jogos.

Chris Cornell

Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:54
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:44
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:38
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:35
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:33
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:23
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 15:19
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 14:33
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 12:35Há aqui umas discussões um pouco ao lado na minha opinião. Misturamos ligas periféricas com ligas e competições de topo. A liga portuguesa, no que toca a futebol jogado, sofre o oposto à sobre-exposição.  Tem acesso fechado à maioria dos adeptos. E promove-se mal com cada vez menos contacto com os intervenientes, com foco excessivo em polémicas e em dirigentes.

A nível global está a acontecer outro fenómeno. Há uma maior concentração de consumo nas grandes competições e grandes ligas. Eu por exemplo vejo mais jogos da Premier League e Champions do que da Liga Portuguesa. Em Portugal vejo o Benfica, esporadicamente Porto, Sporting e Braga e acabou. O resto é ao vivo no futebol de formação.

Recentemente tem-se falado na compra dos direitos da Premier League por parte da Netflix. Há mercado para as grandes competições, mas terá o efeito de secar o que está â volta. Liga portuguesa não é, nem será vendável para mercados de jeito.
 
E o caminho do futebol é vender mais conteúdos extra-jogos. Já há bastantes documentários da realidade interna dos clubes e o caminho será de mostrar mais bastidores como fez a Formula 1 com sucesso.
O teu comentário levanta para mim uma questão importante (que acho importante):

o que tu descreves é o modelo de negócio das plataformas de streaming. Não é o modelo do futebol per si.

Parece-me é que o futebol não tem pensado qual o melhor modelo de comercializar os direitos tv, e vai ao reboque de quem tem interesse nos direitos tv, mas segundo os seus próprios parâmetros.

Porque o modelo do streaming (que referes) tem o seu próprio interesse, e não é no futebol como produto, mas no futebol como conteúdo, como qualquer outro.

Acho que na indústria futebol se tem confundido o melhor modelo com o que paga mais.

Para o futebol europeu é melhor receber menos à cabeça, mas ter mais exposição (jogos em sinal aberto) e explorar a publicidade estática e outras. Valoriza mais o produto no geral. Mais gente a ver jogos, mais gente a comprar merchandising, mais comerciantes interessados em colocar o seu produto.

Dispersão em vez de concentração. É dificil, eu sei, porque contraria a mentalidade económica e de investimento atual de grandes fundos a açambarcar o máximo possível.

Mas o futebol quer isso, não quer vender um campeonato principal, quer vender vários campeonatos europeus. E deve escolher o modelo de direitos tv que melhor serve esse propósito.

E nós (adeptos), nem o futebol, têm de ser o ganha pão das Sporttvs e das Dazn, que não têm produção própria e vivem de vender em pacote e exclusividade o que os outros fazem.


A TV em sinal aberto está em profunda quebra. É uma forma de consumo com dias contados na escala que conheciamos.

O próprio conceito de direitos de TV é cada vez mais obsoleto. São direitos de transmissão que serão tendencialmente fragmentados. Não só pelo modelo de negócio das plataformas de streaming, mas também pela forma como as novas gerações consumem conteúdos imediatos e de curta duração.

Os 90 minutos de jogo serão cada vez mais insuficientes para ter retorno, mas são demasiado longos para atrair novas gerações. É um paradoxo. Por isso acredito que será um futuro de fragmentação de conteúdo.

E paralelamente o caminho acabará por ser de concentração nas principais competições e contenção de custos em ligas periféricas. E os grandes em Portugal vão acabar por ter de mudar este modelo de negócio que é insustentável.


Esta bolha vai rebentar, os salários no futebol são pornográficos e não há quem consiga alimentar isto nos moldes atuais.



e achas que as plataformas de streaming e os canais pagos permitiriam alguma vez uma pay-per-vie?

-------------------------

O modelo do ragueby, algum de vocês conhece como é? Tinha curiosidade em saber. Nr de jogos, competições, direitos tv, etc.
Vai chegar a um ponto que vão ter de permitir, porque isto é simples ... eu uso aquele sistema com quatro letras ... e se deixar de existir ... irei ver em streams manhosas, está fora de questão pagar os preços que existem. Vai chegar a um ponto que esta bolha toda de casas de apostas e afins vai secar e vão ter de levar um banho de realidade.

Na américa funciona muita coisa à base de PPV
e não pode ser a própria liga/federação a vender pacotes desses?

Não vejo a necessidade, com a tecnologia de hoje, de estar «preso» a operadoras ou streamings, quando uma simples app pode fazer o serviço.

Poder pode, mas falta visão.

O que é que a NBA faz ? A NBA tem um league pass que pertence à liga, eles não deixam ninguém controlar totalmente os seus direitos de tv, tu por exemplo se fores adepto dos Lakers podes comprar só os jogos dos Lakers. Como podes pagar o league pass inteiro e tens acesso a TODOS os jogos da liga. Depois também vendem direitos a cadeias nacionais, mas os jogos passam sempre no league pass, independentemente de darem na national tv ou não. Dá também para comprares só um jogo, só um mês, ou logo o ano todo geral ou só da tua equipa.

Ainda assim, depois da fase regular chegam os playoffs e na américa passam todos no cabo e não no league pass. ( em portugal ou fora dos EUA não, todos os jogos dos playoffs estão incluídos no league pass).

A base de modelo a seguir devia ser esta, podendo fazer mudanças ou não, mas sempre nesta base.
mas a ideia de ter alguns a passar em canal aberto é também «espicaçar» o interesse.

Ainda na 4a estava a ver o PSG vs Tottenham na dazn, e o comentário da minha mulher foi «para ver este futebol vale a pena».

Tem de se dar um cheirinho de vez em quando dm Benfica, Porto ou Sportem, para motivar a comprar mais jogos.
Em Portugal existe muito compadrio e muito tacho para alimentar.

O medo de mudar o modelo de negócio é apenas falta de vontade.

Hoje em dia ter um canal de televisão e uma plataforma de streaming não é difícil. E podia aproveitar para acompanhar essa mudança com jogos tipo ao meio dia como em inglaterra.

lonstrup

agora, os valores que se pagavam de direitos os clubes não podem de maneira nenhuma ser sustentáveis.

temos de voltar a pensar no valor de cada jogo, e não termos de custear a exclusividade que a plataforma ou cabo decidiram pagar.

Não podemos ser nós, consumidores, num produto que vivia da publicidade estática também, a suportar o negócio.

GloriosoSLB1904

Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:56
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:54
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:44
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:38
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:35
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:33
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:23
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 15:19
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 14:33
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 12:35Há aqui umas discussões um pouco ao lado na minha opinião. Misturamos ligas periféricas com ligas e competições de topo. A liga portuguesa, no que toca a futebol jogado, sofre o oposto à sobre-exposição.  Tem acesso fechado à maioria dos adeptos. E promove-se mal com cada vez menos contacto com os intervenientes, com foco excessivo em polémicas e em dirigentes.

A nível global está a acontecer outro fenómeno. Há uma maior concentração de consumo nas grandes competições e grandes ligas. Eu por exemplo vejo mais jogos da Premier League e Champions do que da Liga Portuguesa. Em Portugal vejo o Benfica, esporadicamente Porto, Sporting e Braga e acabou. O resto é ao vivo no futebol de formação.

Recentemente tem-se falado na compra dos direitos da Premier League por parte da Netflix. Há mercado para as grandes competições, mas terá o efeito de secar o que está â volta. Liga portuguesa não é, nem será vendável para mercados de jeito.
 
E o caminho do futebol é vender mais conteúdos extra-jogos. Já há bastantes documentários da realidade interna dos clubes e o caminho será de mostrar mais bastidores como fez a Formula 1 com sucesso.
O teu comentário levanta para mim uma questão importante (que acho importante):

o que tu descreves é o modelo de negócio das plataformas de streaming. Não é o modelo do futebol per si.

Parece-me é que o futebol não tem pensado qual o melhor modelo de comercializar os direitos tv, e vai ao reboque de quem tem interesse nos direitos tv, mas segundo os seus próprios parâmetros.

Porque o modelo do streaming (que referes) tem o seu próprio interesse, e não é no futebol como produto, mas no futebol como conteúdo, como qualquer outro.

Acho que na indústria futebol se tem confundido o melhor modelo com o que paga mais.

Para o futebol europeu é melhor receber menos à cabeça, mas ter mais exposição (jogos em sinal aberto) e explorar a publicidade estática e outras. Valoriza mais o produto no geral. Mais gente a ver jogos, mais gente a comprar merchandising, mais comerciantes interessados em colocar o seu produto.

Dispersão em vez de concentração. É dificil, eu sei, porque contraria a mentalidade económica e de investimento atual de grandes fundos a açambarcar o máximo possível.

Mas o futebol quer isso, não quer vender um campeonato principal, quer vender vários campeonatos europeus. E deve escolher o modelo de direitos tv que melhor serve esse propósito.

E nós (adeptos), nem o futebol, têm de ser o ganha pão das Sporttvs e das Dazn, que não têm produção própria e vivem de vender em pacote e exclusividade o que os outros fazem.


A TV em sinal aberto está em profunda quebra. É uma forma de consumo com dias contados na escala que conheciamos.

O próprio conceito de direitos de TV é cada vez mais obsoleto. São direitos de transmissão que serão tendencialmente fragmentados. Não só pelo modelo de negócio das plataformas de streaming, mas também pela forma como as novas gerações consumem conteúdos imediatos e de curta duração.

Os 90 minutos de jogo serão cada vez mais insuficientes para ter retorno, mas são demasiado longos para atrair novas gerações. É um paradoxo. Por isso acredito que será um futuro de fragmentação de conteúdo.

E paralelamente o caminho acabará por ser de concentração nas principais competições e contenção de custos em ligas periféricas. E os grandes em Portugal vão acabar por ter de mudar este modelo de negócio que é insustentável.


Esta bolha vai rebentar, os salários no futebol são pornográficos e não há quem consiga alimentar isto nos moldes atuais.



e achas que as plataformas de streaming e os canais pagos permitiriam alguma vez uma pay-per-vie?

-------------------------

O modelo do ragueby, algum de vocês conhece como é? Tinha curiosidade em saber. Nr de jogos, competições, direitos tv, etc.
Vai chegar a um ponto que vão ter de permitir, porque isto é simples ... eu uso aquele sistema com quatro letras ... e se deixar de existir ... irei ver em streams manhosas, está fora de questão pagar os preços que existem. Vai chegar a um ponto que esta bolha toda de casas de apostas e afins vai secar e vão ter de levar um banho de realidade.

Na américa funciona muita coisa à base de PPV
e não pode ser a própria liga/federação a vender pacotes desses?

Não vejo a necessidade, com a tecnologia de hoje, de estar «preso» a operadoras ou streamings, quando uma simples app pode fazer o serviço.

Poder pode, mas falta visão.

O que é que a NBA faz ? A NBA tem um league pass que pertence à liga, eles não deixam ninguém controlar totalmente os seus direitos de tv, tu por exemplo se fores adepto dos Lakers podes comprar só os jogos dos Lakers. Como podes pagar o league pass inteiro e tens acesso a TODOS os jogos da liga. Depois também vendem direitos a cadeias nacionais, mas os jogos passam sempre no league pass, independentemente de darem na national tv ou não. Dá também para comprares só um jogo, só um mês, ou logo o ano todo geral ou só da tua equipa.

Ainda assim, depois da fase regular chegam os playoffs e na américa passam todos no cabo e não no league pass. ( em portugal ou fora dos EUA não, todos os jogos dos playoffs estão incluídos no league pass).

A base de modelo a seguir devia ser esta, podendo fazer mudanças ou não, mas sempre nesta base.
mas a ideia de ter alguns a passar em canal aberto é também «espicaçar» o interesse.

Ainda na 4a estava a ver o PSG vs Tottenham na dazn, e o comentário da minha mulher foi «para ver este futebol vale a pena».

Tem de se dar um cheirinho de vez em quando dm Benfica, Porto ou Sportem, para motivar a comprar mais jogos.
Em Portugal existe muito compadrio e muito tacho para alimentar.

O medo de mudar o modelo de negócio é apenas falta de vontade.

Hoje em dia ter um canal de televisão e uma plataforma de streaming não é difícil. E podia aproveitar para acompanhar essa mudança com jogos tipo ao meio dia como em inglaterra.

E como garantias retorno de 40 a 50M por ano?

lonstrup

Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:56
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:54
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:44
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:38
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:35
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:33
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:23
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 15:19
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 14:33
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 12:35Há aqui umas discussões um pouco ao lado na minha opinião. Misturamos ligas periféricas com ligas e competições de topo. A liga portuguesa, no que toca a futebol jogado, sofre o oposto à sobre-exposição.  Tem acesso fechado à maioria dos adeptos. E promove-se mal com cada vez menos contacto com os intervenientes, com foco excessivo em polémicas e em dirigentes.

A nível global está a acontecer outro fenómeno. Há uma maior concentração de consumo nas grandes competições e grandes ligas. Eu por exemplo vejo mais jogos da Premier League e Champions do que da Liga Portuguesa. Em Portugal vejo o Benfica, esporadicamente Porto, Sporting e Braga e acabou. O resto é ao vivo no futebol de formação.

Recentemente tem-se falado na compra dos direitos da Premier League por parte da Netflix. Há mercado para as grandes competições, mas terá o efeito de secar o que está â volta. Liga portuguesa não é, nem será vendável para mercados de jeito.
 
E o caminho do futebol é vender mais conteúdos extra-jogos. Já há bastantes documentários da realidade interna dos clubes e o caminho será de mostrar mais bastidores como fez a Formula 1 com sucesso.
O teu comentário levanta para mim uma questão importante (que acho importante):

o que tu descreves é o modelo de negócio das plataformas de streaming. Não é o modelo do futebol per si.

Parece-me é que o futebol não tem pensado qual o melhor modelo de comercializar os direitos tv, e vai ao reboque de quem tem interesse nos direitos tv, mas segundo os seus próprios parâmetros.

Porque o modelo do streaming (que referes) tem o seu próprio interesse, e não é no futebol como produto, mas no futebol como conteúdo, como qualquer outro.

Acho que na indústria futebol se tem confundido o melhor modelo com o que paga mais.

Para o futebol europeu é melhor receber menos à cabeça, mas ter mais exposição (jogos em sinal aberto) e explorar a publicidade estática e outras. Valoriza mais o produto no geral. Mais gente a ver jogos, mais gente a comprar merchandising, mais comerciantes interessados em colocar o seu produto.

Dispersão em vez de concentração. É dificil, eu sei, porque contraria a mentalidade económica e de investimento atual de grandes fundos a açambarcar o máximo possível.

Mas o futebol quer isso, não quer vender um campeonato principal, quer vender vários campeonatos europeus. E deve escolher o modelo de direitos tv que melhor serve esse propósito.

E nós (adeptos), nem o futebol, têm de ser o ganha pão das Sporttvs e das Dazn, que não têm produção própria e vivem de vender em pacote e exclusividade o que os outros fazem.


A TV em sinal aberto está em profunda quebra. É uma forma de consumo com dias contados na escala que conheciamos.

O próprio conceito de direitos de TV é cada vez mais obsoleto. São direitos de transmissão que serão tendencialmente fragmentados. Não só pelo modelo de negócio das plataformas de streaming, mas também pela forma como as novas gerações consumem conteúdos imediatos e de curta duração.

Os 90 minutos de jogo serão cada vez mais insuficientes para ter retorno, mas são demasiado longos para atrair novas gerações. É um paradoxo. Por isso acredito que será um futuro de fragmentação de conteúdo.

E paralelamente o caminho acabará por ser de concentração nas principais competições e contenção de custos em ligas periféricas. E os grandes em Portugal vão acabar por ter de mudar este modelo de negócio que é insustentável.


Esta bolha vai rebentar, os salários no futebol são pornográficos e não há quem consiga alimentar isto nos moldes atuais.



e achas que as plataformas de streaming e os canais pagos permitiriam alguma vez uma pay-per-vie?

-------------------------

O modelo do ragueby, algum de vocês conhece como é? Tinha curiosidade em saber. Nr de jogos, competições, direitos tv, etc.
Vai chegar a um ponto que vão ter de permitir, porque isto é simples ... eu uso aquele sistema com quatro letras ... e se deixar de existir ... irei ver em streams manhosas, está fora de questão pagar os preços que existem. Vai chegar a um ponto que esta bolha toda de casas de apostas e afins vai secar e vão ter de levar um banho de realidade.

Na américa funciona muita coisa à base de PPV
e não pode ser a própria liga/federação a vender pacotes desses?

Não vejo a necessidade, com a tecnologia de hoje, de estar «preso» a operadoras ou streamings, quando uma simples app pode fazer o serviço.

Poder pode, mas falta visão.

O que é que a NBA faz ? A NBA tem um league pass que pertence à liga, eles não deixam ninguém controlar totalmente os seus direitos de tv, tu por exemplo se fores adepto dos Lakers podes comprar só os jogos dos Lakers. Como podes pagar o league pass inteiro e tens acesso a TODOS os jogos da liga. Depois também vendem direitos a cadeias nacionais, mas os jogos passam sempre no league pass, independentemente de darem na national tv ou não. Dá também para comprares só um jogo, só um mês, ou logo o ano todo geral ou só da tua equipa.

Ainda assim, depois da fase regular chegam os playoffs e na américa passam todos no cabo e não no league pass. ( em portugal ou fora dos EUA não, todos os jogos dos playoffs estão incluídos no league pass).

A base de modelo a seguir devia ser esta, podendo fazer mudanças ou não, mas sempre nesta base.
mas a ideia de ter alguns a passar em canal aberto é também «espicaçar» o interesse.

Ainda na 4a estava a ver o PSG vs Tottenham na dazn, e o comentário da minha mulher foi «para ver este futebol vale a pena».

Tem de se dar um cheirinho de vez em quando dm Benfica, Porto ou Sportem, para motivar a comprar mais jogos.
Em Portugal existe muito compadrio e muito tacho para alimentar.

O medo de mudar o modelo de negócio é apenas falta de vontade.

Hoje em dia ter um canal de televisão e uma plataforma de streaming não é difícil. E podia aproveitar para acompanhar essa mudança com jogos tipo ao meio dia como em inglaterra.
Nem é preciso Inglaterra. Era um intercambio com outras ligas com problemas similares, como França e Bélgica.

GloriosoSLB1904

Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:57
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:56
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:54
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:44
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:38
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:35
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:33
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:23
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 15:19
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 14:33
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 12:35Há aqui umas discussões um pouco ao lado na minha opinião. Misturamos ligas periféricas com ligas e competições de topo. A liga portuguesa, no que toca a futebol jogado, sofre o oposto à sobre-exposição.  Tem acesso fechado à maioria dos adeptos. E promove-se mal com cada vez menos contacto com os intervenientes, com foco excessivo em polémicas e em dirigentes.

A nível global está a acontecer outro fenómeno. Há uma maior concentração de consumo nas grandes competições e grandes ligas. Eu por exemplo vejo mais jogos da Premier League e Champions do que da Liga Portuguesa. Em Portugal vejo o Benfica, esporadicamente Porto, Sporting e Braga e acabou. O resto é ao vivo no futebol de formação.

Recentemente tem-se falado na compra dos direitos da Premier League por parte da Netflix. Há mercado para as grandes competições, mas terá o efeito de secar o que está â volta. Liga portuguesa não é, nem será vendável para mercados de jeito.
 
E o caminho do futebol é vender mais conteúdos extra-jogos. Já há bastantes documentários da realidade interna dos clubes e o caminho será de mostrar mais bastidores como fez a Formula 1 com sucesso.
O teu comentário levanta para mim uma questão importante (que acho importante):

o que tu descreves é o modelo de negócio das plataformas de streaming. Não é o modelo do futebol per si.

Parece-me é que o futebol não tem pensado qual o melhor modelo de comercializar os direitos tv, e vai ao reboque de quem tem interesse nos direitos tv, mas segundo os seus próprios parâmetros.

Porque o modelo do streaming (que referes) tem o seu próprio interesse, e não é no futebol como produto, mas no futebol como conteúdo, como qualquer outro.

Acho que na indústria futebol se tem confundido o melhor modelo com o que paga mais.

Para o futebol europeu é melhor receber menos à cabeça, mas ter mais exposição (jogos em sinal aberto) e explorar a publicidade estática e outras. Valoriza mais o produto no geral. Mais gente a ver jogos, mais gente a comprar merchandising, mais comerciantes interessados em colocar o seu produto.

Dispersão em vez de concentração. É dificil, eu sei, porque contraria a mentalidade económica e de investimento atual de grandes fundos a açambarcar o máximo possível.

Mas o futebol quer isso, não quer vender um campeonato principal, quer vender vários campeonatos europeus. E deve escolher o modelo de direitos tv que melhor serve esse propósito.

E nós (adeptos), nem o futebol, têm de ser o ganha pão das Sporttvs e das Dazn, que não têm produção própria e vivem de vender em pacote e exclusividade o que os outros fazem.


A TV em sinal aberto está em profunda quebra. É uma forma de consumo com dias contados na escala que conheciamos.

O próprio conceito de direitos de TV é cada vez mais obsoleto. São direitos de transmissão que serão tendencialmente fragmentados. Não só pelo modelo de negócio das plataformas de streaming, mas também pela forma como as novas gerações consumem conteúdos imediatos e de curta duração.

Os 90 minutos de jogo serão cada vez mais insuficientes para ter retorno, mas são demasiado longos para atrair novas gerações. É um paradoxo. Por isso acredito que será um futuro de fragmentação de conteúdo.

E paralelamente o caminho acabará por ser de concentração nas principais competições e contenção de custos em ligas periféricas. E os grandes em Portugal vão acabar por ter de mudar este modelo de negócio que é insustentável.


Esta bolha vai rebentar, os salários no futebol são pornográficos e não há quem consiga alimentar isto nos moldes atuais.



e achas que as plataformas de streaming e os canais pagos permitiriam alguma vez uma pay-per-vie?

-------------------------

O modelo do ragueby, algum de vocês conhece como é? Tinha curiosidade em saber. Nr de jogos, competições, direitos tv, etc.
Vai chegar a um ponto que vão ter de permitir, porque isto é simples ... eu uso aquele sistema com quatro letras ... e se deixar de existir ... irei ver em streams manhosas, está fora de questão pagar os preços que existem. Vai chegar a um ponto que esta bolha toda de casas de apostas e afins vai secar e vão ter de levar um banho de realidade.

Na américa funciona muita coisa à base de PPV
e não pode ser a própria liga/federação a vender pacotes desses?

Não vejo a necessidade, com a tecnologia de hoje, de estar «preso» a operadoras ou streamings, quando uma simples app pode fazer o serviço.

Poder pode, mas falta visão.

O que é que a NBA faz ? A NBA tem um league pass que pertence à liga, eles não deixam ninguém controlar totalmente os seus direitos de tv, tu por exemplo se fores adepto dos Lakers podes comprar só os jogos dos Lakers. Como podes pagar o league pass inteiro e tens acesso a TODOS os jogos da liga. Depois também vendem direitos a cadeias nacionais, mas os jogos passam sempre no league pass, independentemente de darem na national tv ou não. Dá também para comprares só um jogo, só um mês, ou logo o ano todo geral ou só da tua equipa.

Ainda assim, depois da fase regular chegam os playoffs e na américa passam todos no cabo e não no league pass. ( em portugal ou fora dos EUA não, todos os jogos dos playoffs estão incluídos no league pass).

A base de modelo a seguir devia ser esta, podendo fazer mudanças ou não, mas sempre nesta base.
mas a ideia de ter alguns a passar em canal aberto é também «espicaçar» o interesse.

Ainda na 4a estava a ver o PSG vs Tottenham na dazn, e o comentário da minha mulher foi «para ver este futebol vale a pena».

Tem de se dar um cheirinho de vez em quando dm Benfica, Porto ou Sportem, para motivar a comprar mais jogos.
Em Portugal existe muito compadrio e muito tacho para alimentar.

O medo de mudar o modelo de negócio é apenas falta de vontade.

Hoje em dia ter um canal de televisão e uma plataforma de streaming não é difícil. E podia aproveitar para acompanhar essa mudança com jogos tipo ao meio dia como em inglaterra.
Nem é preciso Inglaterra. Era um intercambio com outras ligas com problemas similares, como França e Bélgica.

Um dos problemas neste caso da liga belga é ter jogos em sinal aberto obrigatórios por lei.

lonstrup

Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 15:57
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:56
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:54
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:44
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:38
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:35
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 15:33
Citação de: Chris Cornell em 28 de Novembro de 2025, 15:23
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 15:19
Citação de: lonstrup em 28 de Novembro de 2025, 14:33
Citação de: GloriosoSLB1904 em 28 de Novembro de 2025, 12:35Há aqui umas discussões um pouco ao lado na minha opinião. Misturamos ligas periféricas com ligas e competições de topo. A liga portuguesa, no que toca a futebol jogado, sofre o oposto à sobre-exposição.  Tem acesso fechado à maioria dos adeptos. E promove-se mal com cada vez menos contacto com os intervenientes, com foco excessivo em polémicas e em dirigentes.

A nível global está a acontecer outro fenómeno. Há uma maior concentração de consumo nas grandes competições e grandes ligas. Eu por exemplo vejo mais jogos da Premier League e Champions do que da Liga Portuguesa. Em Portugal vejo o Benfica, esporadicamente Porto, Sporting e Braga e acabou. O resto é ao vivo no futebol de formação.

Recentemente tem-se falado na compra dos direitos da Premier League por parte da Netflix. Há mercado para as grandes competições, mas terá o efeito de secar o que está â volta. Liga portuguesa não é, nem será vendável para mercados de jeito.
 
E o caminho do futebol é vender mais conteúdos extra-jogos. Já há bastantes documentários da realidade interna dos clubes e o caminho será de mostrar mais bastidores como fez a Formula 1 com sucesso.
O teu comentário levanta para mim uma questão importante (que acho importante):

o que tu descreves é o modelo de negócio das plataformas de streaming. Não é o modelo do futebol per si.

Parece-me é que o futebol não tem pensado qual o melhor modelo de comercializar os direitos tv, e vai ao reboque de quem tem interesse nos direitos tv, mas segundo os seus próprios parâmetros.

Porque o modelo do streaming (que referes) tem o seu próprio interesse, e não é no futebol como produto, mas no futebol como conteúdo, como qualquer outro.

Acho que na indústria futebol se tem confundido o melhor modelo com o que paga mais.

Para o futebol europeu é melhor receber menos à cabeça, mas ter mais exposição (jogos em sinal aberto) e explorar a publicidade estática e outras. Valoriza mais o produto no geral. Mais gente a ver jogos, mais gente a comprar merchandising, mais comerciantes interessados em colocar o seu produto.

Dispersão em vez de concentração. É dificil, eu sei, porque contraria a mentalidade económica e de investimento atual de grandes fundos a açambarcar o máximo possível.

Mas o futebol quer isso, não quer vender um campeonato principal, quer vender vários campeonatos europeus. E deve escolher o modelo de direitos tv que melhor serve esse propósito.

E nós (adeptos), nem o futebol, têm de ser o ganha pão das Sporttvs e das Dazn, que não têm produção própria e vivem de vender em pacote e exclusividade o que os outros fazem.


A TV em sinal aberto está em profunda quebra. É uma forma de consumo com dias contados na escala que conheciamos.

O próprio conceito de direitos de TV é cada vez mais obsoleto. São direitos de transmissão que serão tendencialmente fragmentados. Não só pelo modelo de negócio das plataformas de streaming, mas também pela forma como as novas gerações consumem conteúdos imediatos e de curta duração.

Os 90 minutos de jogo serão cada vez mais insuficientes para ter retorno, mas são demasiado longos para atrair novas gerações. É um paradoxo. Por isso acredito que será um futuro de fragmentação de conteúdo.

E paralelamente o caminho acabará por ser de concentração nas principais competições e contenção de custos em ligas periféricas. E os grandes em Portugal vão acabar por ter de mudar este modelo de negócio que é insustentável.


Esta bolha vai rebentar, os salários no futebol são pornográficos e não há quem consiga alimentar isto nos moldes atuais.



e achas que as plataformas de streaming e os canais pagos permitiriam alguma vez uma pay-per-vie?

-------------------------

O modelo do ragueby, algum de vocês conhece como é? Tinha curiosidade em saber. Nr de jogos, competições, direitos tv, etc.
Vai chegar a um ponto que vão ter de permitir, porque isto é simples ... eu uso aquele sistema com quatro letras ... e se deixar de existir ... irei ver em streams manhosas, está fora de questão pagar os preços que existem. Vai chegar a um ponto que esta bolha toda de casas de apostas e afins vai secar e vão ter de levar um banho de realidade.

Na américa funciona muita coisa à base de PPV
e não pode ser a própria liga/federação a vender pacotes desses?

Não vejo a necessidade, com a tecnologia de hoje, de estar «preso» a operadoras ou streamings, quando uma simples app pode fazer o serviço.

Poder pode, mas falta visão.

O que é que a NBA faz ? A NBA tem um league pass que pertence à liga, eles não deixam ninguém controlar totalmente os seus direitos de tv, tu por exemplo se fores adepto dos Lakers podes comprar só os jogos dos Lakers. Como podes pagar o league pass inteiro e tens acesso a TODOS os jogos da liga. Depois também vendem direitos a cadeias nacionais, mas os jogos passam sempre no league pass, independentemente de darem na national tv ou não. Dá também para comprares só um jogo, só um mês, ou logo o ano todo geral ou só da tua equipa.

Ainda assim, depois da fase regular chegam os playoffs e na américa passam todos no cabo e não no league pass. ( em portugal ou fora dos EUA não, todos os jogos dos playoffs estão incluídos no league pass).

A base de modelo a seguir devia ser esta, podendo fazer mudanças ou não, mas sempre nesta base.
mas a ideia de ter alguns a passar em canal aberto é também «espicaçar» o interesse.

Ainda na 4a estava a ver o PSG vs Tottenham na dazn, e o comentário da minha mulher foi «para ver este futebol vale a pena».

Tem de se dar um cheirinho de vez em quando dm Benfica, Porto ou Sportem, para motivar a comprar mais jogos.
Em Portugal existe muito compadrio e muito tacho para alimentar.

O medo de mudar o modelo de negócio é apenas falta de vontade.

Hoje em dia ter um canal de televisão e uma plataforma de streaming não é difícil. E podia aproveitar para acompanhar essa mudança com jogos tipo ao meio dia como em inglaterra.

E como garantias retorno de 40 a 50M por ano?
a quem? aos clubes? Mas isso não existe. Veja-se França e Bélgica.