As Finanças do Benfica

[Glorificus]

Se os resultados já são positivos sem as vendas de Guedes e Costa. E se vendermos pelo menos mais Lindelof neste período 2016/2017, sem falar de possíveis excedentários (Talisca, Marçal e outros)
Podemos atingir resultados históricos (+ 50 M€ de lucro.) Que nos permitirão reduzir drasticamente a dívida financeira.

Finalmente uma luz ao fundo do túnel deste passivo que nos sufoca.

Ja vinham indícios evidentes. Parabéns a toda a estrutura.

[insatisfeito]

Se o Benfica efectivamente reduzir grande parte da divida, devia lá para 2020, definir uma politica inédita de dividendos (que a inicio começaria com valores muitos baixos) que não só ia provar força, ia valorizar a sad e ao mesmo tempo colocar dinheiro no clube (Acho eu, mas não percebo o suficiente disto...)

[lost_paradise]

A SAD do Benfica divulgou, através do Relatório e Contas do 1.º semestre de 2016/17, enviado à CMVM, ter-se comprometido a pagar diversas mais-valias em futuras transferências de alguns dos jogadores mais importantes do plantel.

Esses "compromissos com terceiros, nomeadamente clubes, agentes desportivos ou os próprios atletas", dizem respeito a Ederson (50%), Nélson Semedo (5%), Lindelöf (10%), Kalaica (50%), Salvio (8%), Rafa (10%), Jovic (20%) ou Mitroglou (7%).

É referido, ainda, que uma futura saída de Grimaldo também poderá traduzir-se no pagamento de 15% da mais-valia se essa mudança acontecer antes de 31 de agosto de 2019. Se ocorrer depois, passa a 10%.

Era este tipo de informação que o Benfica não publicava até agora. Finalmente.

O Lindelof já deve ter sido depois de negociada com o Vasteras porque todas as notícias falavam antes de 20%.

Surpresa negativa com os 5% do Nélson e com os 20% do Jovic que tornam a sua avaliação no momento da aquisição em pelo menos €8M.

Supresa positiva com os 15% do Grimaldo. Até pensei que o Barça negociasse uma percentagem bem maior.

[Powerpoint]

excelentes resultados financeiros. E vem provar que o DSO tinha razao e realmente nao era preciso vender o Guedes o que torna a sua venda ainda mais surreal 

não prova nada. O que interessa para a necessidade de vendas não é o resultado líquido, é o dinheiro que se tem e este relatório, o que mostra é que o Benfica não está a gerar dinheiro nenhum apesar dos resultados líquidos positivos.

O que o Benfica anda a fazer é aumentar o seu capital através do aumento dos ativos intangíveis, tudo o resto mais coisa, menos coisa, está igual há vários anos. Esta diminuição de >10 milhões da dívida remunerada seria impossível de manter até final do ano sem vendas de mais jogadores e ainda estamos 18 milhões acima da dívida remunerada de há 3 anos e meio, que é o último resultado antes do começo das vendas de 100 milhões em jogadores anualmente.

O Theroux há pouco referiu o provável facto de no final da época irmos somar mais de 50 milhões em lucro nas últimas 4 temporadas, isto é correto, o problema é que esse aumento de 50 milhões do capital resultante dos lucros será resultante dum aumento de 60 milhões do valor contabilístico do plantel (que não é real, só os miúdos da formação que vendemos, garantem isto) e ainda será compensado pelo aumento da dívida remunerada na diferença (isto, claro, aproximadamente).

O lucro nestes anos ocorre porque estamos praticamente a fazer um diferimento de custos constante, ao trocar rendimentos do exercício (vendas de jogadores) por custos nos próximos 4/5 anos (compras de jogadores).

Tens toda a razão no cenário que traças relativamente a por exemplo, aos exercícios de 13-14 e 14-15. E em 2013 e 2014  a situação era deveras preocupante. Perto do limite.

Mas há diferenças significativas entre 13-14 e 16-17 e uma evolução visível e clara. Basta ver que em 13-14 os resultados operacionais sem venda de jogadores eram negativos e esta época deverão ser substancialmente positivos.

O Benfica estabilizou os custos nos últimos três anos (tirando as amortizações que deverá começar já a baixar dos €40M previsivelmente atingidos neste exercício) e aumentou significativamente todas as fontes de receitas ordinárias.

Há condições para começar a reduzir o montante da divida e os encargos com o serviço da mesma. Há um longo e árduo caminho pela frente de pelo menos 4/5 anos até se reduzir o passivo exigível para níveis saudáveis mas a tendência é positiva.

Até lá, vamos continuar a depender demasiado das receitas extraordinárias de vendas de jogadores do que seria desejável para reduzir o passivo exigível de forma significativa mas os sinais começam a apontar que tal é possível com a actual direção.

E no fundo, só estão a começar a tirar a SAD do poço em que a meteram. Algo que o Vieira terá que conseguir fazer antes de passar o testemunho. Tem essa obrigação moral de eliminar a dívida gerada pela sua gestão que vai para além da herdada ou criada para construção da nova luz.

Liga dos Campeões.

Direitos televisivos. Patrocínios. Bilheteira. Cativos.

Na realidade, há uma subida substancial em todas as rubricas e não só na receita das competições europeias.

Direitos televisivos e patrocínios subiriam sempre fruto da negociação dos novos contratos. Normal.


Cativos e Bilheteira porque 1) em 2013-2014 vinhas de um Tri Melão humilhante e vergonhoso, enquanto que agora tens um Tri Campeão épico e saboroso; 2) o português desapertou um furinho do cinto nestes últimos 3 anos.


São melhorias normais, expectáveis, que já se perspectivavam. Voltássemos a cair na Liga Europa regularmente e voltariam os resultados operacionais negativos.

É mais o segundo ponto. Receitas bilheteiras subiram muito em relação à época passada e ainda mais em relação a há dois anos. Não se trata só de uma subida relativamente a 13-14.

Tem mais a ver com o que creio ser maior capacidade de captação de chamar turistas a ver jogos na luz (e está também relacionada com o boom do turismo em Lisboa e que se sente ao longo do ano) e o ligeiro aumento do poder de compra dos portugueses e confiança do consumidor, do que o contexto de uma época em termos desportivos.

Em relação ao resto, natural que as receitas de bilhetica dependam muito da performance desportivo e com isso sejam mais voláteis. Ainda assim, a subida nas outras receitas mais fixas como os direitos televisivos e patrocínios, pouco interessa se era previsível ou não. Aumentaram em toda a ordem e de forma expressiva.

São receitas ordinárias que fazem depender menos o clube dos resultados desportivos de uma época.

O ano passado o break-even dos resultados operacionais estava pela receita equivalente dos oitavos-de-final da liga dos campeões. Este ano, poderá ficar pela receita da fase de grupos.

Mas sem liga dos campeões, não há de facto resultados operacionais positivos. Algo que o Benfica deverá ponderar estrategicamente porque é quase inevitável que a partir da próxima época, o 3º lugar do campeonato deixe de ter acesso à liga dos campeões e o 2º lugar passe por duas pré-eliminatórias para lá chegar. Vai ser menos provável chegar à champions do que tem sido nos últimos anos. Essa parte é relevante e há trabalho a fazer para depender cada vez menos de receitas que são determinadas "pela bola que entra".

O primeiro ponto também influencia bastante.

Adeptos na Luz para o Campeonato:

07/08 - 563.368
08/09 - 535.475
09/10 - 750.499
10/11 - 572.197
11/12 - 636.954
12/13 - 635.391
13/14 - 654.194
14/15 - 824.845
15/16 - 900.514
16/17 - 704.402 (a decorrer)



A demografia manteve-se e só turistas não fazem isto.



Quanto ao resto é algo que também me preocupa. Então se com a nova superliga europeia de ricos formos cuspidos para fora da Europa dos milhões ainda mais.

[Powerpoint]

Se o Benfica efectivamente reduzir grande parte da divida, devia lá para 2020, definir uma politica inédita de dividendos (que a inicio começaria com valores muitos baixos) que não só ia provar força, ia valorizar a sad e ao mesmo tempo colocar dinheiro no clube (Acho eu, mas não percebo o suficiente disto...)

Acho que o Benfica não teria interesse nisso.

[Slipknot_BMC]

estas "empresas" criadas antes dos jogadores serem transferidos,loool

Segundo o Relatório e Contas do 1.º semestre de 2016/17, enviado pelo Benfica à CMVM, as águias ainda têm mais de 4 milhões de euros por liquidar da aquisição de Zivkovic. Esse valor, refira-se, é devido ao pai do jogador, mais concretamente a uma empresa por ele criada, sendo que a SAD encarnada desembolsou um total de 6 milhões para garantir os serviços do ex-Partizan.

Ora, segundo os dados que podem ser encontrados na internet, a empresa detida por Jovica Zivkovic (Zile Football Management) foi criada a 27 de junho de 2016, poucos dias antes de o Benfica oficializar a contratação do futebolista. E é a essa mesma empresa que as águias terão de liquidar, ainda, 4,2 milhões de euros, sendo que a lei obriga a que a Zile Football Management esteja registada na federação. Só dessa forma poderá receber a comissão devida.

No mesmo Relatório e Contas é possível observar que os encarnados terão de pagar (a essa empresa) "um prémio de 3 milhões de euros em caso de uma futura transferência" de Andrija Zivkovic para outro clube. O jogador, recorde-se, assinou pelo Benfica depois de ter terminado contrato com o Partizan, sendo que, para convencê-lo a assinar - e face à concorrência existente -, a SAD aceitou pagar um prémio de assinatura de 6 milhões.

[lost_paradise]

excelentes resultados financeiros. E vem provar que o DSO tinha razao e realmente nao era preciso vender o Guedes o que torna a sua venda ainda mais surreal 

não prova nada. O que interessa para a necessidade de vendas não é o resultado líquido, é o dinheiro que se tem e este relatório, o que mostra é que o Benfica não está a gerar dinheiro nenhum apesar dos resultados líquidos positivos.

O que o Benfica anda a fazer é aumentar o seu capital através do aumento dos ativos intangíveis, tudo o resto mais coisa, menos coisa, está igual há vários anos. Esta diminuição de >10 milhões da dívida remunerada seria impossível de manter até final do ano sem vendas de mais jogadores e ainda estamos 18 milhões acima da dívida remunerada de há 3 anos e meio, que é o último resultado antes do começo das vendas de 100 milhões em jogadores anualmente.

O Theroux há pouco referiu o provável facto de no final da época irmos somar mais de 50 milhões em lucro nas últimas 4 temporadas, isto é correto, o problema é que esse aumento de 50 milhões do capital resultante dos lucros será resultante dum aumento de 60 milhões do valor contabilístico do plantel (que não é real, só os miúdos da formação que vendemos, garantem isto) e ainda será compensado pelo aumento da dívida remunerada na diferença (isto, claro, aproximadamente).

O lucro nestes anos ocorre porque estamos praticamente a fazer um diferimento de custos constante, ao trocar rendimentos do exercício (vendas de jogadores) por custos nos próximos 4/5 anos (compras de jogadores).

Tens toda a razão no cenário que traças relativamente a por exemplo, aos exercícios de 13-14 e 14-15. E em 2013 e 2014  a situação era deveras preocupante. Perto do limite.

Mas há diferenças significativas entre 13-14 e 16-17 e uma evolução visível e clara. Basta ver que em 13-14 os resultados operacionais sem venda de jogadores eram negativos e esta época deverão ser substancialmente positivos.

O Benfica estabilizou os custos nos últimos três anos (tirando as amortizações que deverá começar já a baixar dos €40M previsivelmente atingidos neste exercício) e aumentou significativamente todas as fontes de receitas ordinárias.

Há condições para começar a reduzir o montante da divida e os encargos com o serviço da mesma. Há um longo e árduo caminho pela frente de pelo menos 4/5 anos até se reduzir o passivo exigível para níveis saudáveis mas a tendência é positiva.

Até lá, vamos continuar a depender demasiado das receitas extraordinárias de vendas de jogadores do que seria desejável para reduzir o passivo exigível de forma significativa mas os sinais começam a apontar que tal é possível com a actual direção.

E no fundo, só estão a começar a tirar a SAD do poço em que a meteram. Algo que o Vieira terá que conseguir fazer antes de passar o testemunho. Tem essa obrigação moral de eliminar a dívida gerada pela sua gestão que vai para além da herdada ou criada para construção da nova luz.

Liga dos Campeões.

Direitos televisivos. Patrocínios. Bilheteira. Cativos.

Na realidade, há uma subida substancial em todas as rubricas e não só na receita das competições europeias.

Direitos televisivos e patrocínios subiriam sempre fruto da negociação dos novos contratos. Normal.


Cativos e Bilheteira porque 1) em 2013-2014 vinhas de um Tri Melão humilhante e vergonhoso, enquanto que agora tens um Tri Campeão épico e saboroso; 2) o português desapertou um furinho do cinto nestes últimos 3 anos.


São melhorias normais, expectáveis, que já se perspectivavam. Voltássemos a cair na Liga Europa regularmente e voltariam os resultados operacionais negativos.

É mais o segundo ponto. Receitas bilheteiras subiram muito em relação à época passada e ainda mais em relação a há dois anos. Não se trata só de uma subida relativamente a 13-14.

Tem mais a ver com o que creio ser maior capacidade de captação de chamar turistas a ver jogos na luz (e está também relacionada com o boom do turismo em Lisboa e que se sente ao longo do ano) e o ligeiro aumento do poder de compra dos portugueses e confiança do consumidor, do que o contexto de uma época em termos desportivos.

Em relação ao resto, natural que as receitas de bilhetica dependam muito da performance desportivo e com isso sejam mais voláteis. Ainda assim, a subida nas outras receitas mais fixas como os direitos televisivos e patrocínios, pouco interessa se era previsível ou não. Aumentaram em toda a ordem e de forma expressiva.

São receitas ordinárias que fazem depender menos o clube dos resultados desportivos de uma época.

O ano passado o break-even dos resultados operacionais estava pela receita equivalente dos oitavos-de-final da liga dos campeões. Este ano, poderá ficar pela receita da fase de grupos.

Mas sem liga dos campeões, não há de facto resultados operacionais positivos. Algo que o Benfica deverá ponderar estrategicamente porque é quase inevitável que a partir da próxima época, o 3º lugar do campeonato deixe de ter acesso à liga dos campeões e o 2º lugar passe por duas pré-eliminatórias para lá chegar. Vai ser menos provável chegar à champions do que tem sido nos últimos anos. Essa parte é relevante e há trabalho a fazer para depender cada vez menos de receitas que são determinadas "pela bola que entra".

O primeiro ponto também influencia bastante.

Adeptos na Luz para o Campeonato:

07/08 - 563.368
08/09 - 535.475
09/10 - 750.499
10/11 - 572.197
11/12 - 636.954
12/13 - 635.391
13/14 - 654.194
14/15 - 824.845
15/16 - 900.514
16/17 - 704.402 (a decorrer)



A demografia manteve-se e só turistas não fazem isto.



Quanto ao resto é algo que também me preocupa. Então se com a nova superliga europeia de ricos formos cuspidos para fora da Europa dos milhões ainda mais.

Verdade.

Mudando de assunto, o Benfica tem é que baixar o investimento em contratações.

Evolução das amortizações em 14-15,15-16 e 16-17 »»€30M-€36M-€40M (números de cabeça mas não devem andar longe da realidade).

Esta é a rubrica que mais me preocupa e que mais é possível descer de forma expressiva a curto prazo. Comprar menos jogadores e parar com os valores absurdos das compras Mendes. O Benfica não deveria pagar mais de 10M por um jogador.

Com duas gerações de ouro na formação a despontar (97 e 99), não há nenhuma razão para não baixar o investimento anual em compras de jogadores sem com isso ter que sofrer ai nível de baixa de qualidade e nível do plantel.

É esperar para ver pelo mercado de verão a ver se há uma inversão da tendência dos dois últimos  anos.

[BENFIKA]

Sinceramente cada vez tenho menos vontade de ler sobre as finanças do Benfica. Há muito que percebi que é um ciclo vicioso sem fim.
Todas as vendas, pateocionios, acordos de TV, só servem para manter as coisas à girar, pouco ou nada melhoram.

Cada vez mais me mentalizo que não vamos sair disto. Amanhã até podia chegar um patrocinador a dar 100M/ano que acho que as finanças se mantinham na mesma.

[JFCR]

Sinceramente cada vez tenho menos vontade de ler sobre as finanças do Benfica. Há muito que percebi que é um ciclo vicioso sem fim.
Todas as vendas, pateocionios, acordos de TV, só servem para manter as coisas à girar, pouco ou nada melhoram.

Cada vez mais me mentalizo que não vamos sair disto. Amanhã até podia chegar um patrocinador a dar 100M/ano que acho que as finanças se mantinham na mesma.

Em que dados concretos te baseias?
O que te referes como ciclo vicioso sem fim?

[louis97]

6milhoes pelo Zivkovic? grande negocio, melhor Negocio de todos para mim.
Sabe-se mais alguma coisa dos Patrocinios e quanto a Emirates nos ta a pagar?

[Eterno Benfica]

Finalmente uma redução no passivo bancário que se veja.
Gostava de uma redução superior no próximo semestre.

Uma das 2 variáveis que nos fazem vender jogadores (juros e amortizações) já está finalmente a querer baixar, agora falta é parar com as contratações absurdas, espero pelo verão a ver se verifica. Danilo não pode vir!


Já se sabe  o destino do dinheiro da subscrição da BenficaTV ?

[Powerpoint]

excelentes resultados financeiros. E vem provar que o DSO tinha razao e realmente nao era preciso vender o Guedes o que torna a sua venda ainda mais surreal 

não prova nada. O que interessa para a necessidade de vendas não é o resultado líquido, é o dinheiro que se tem e este relatório, o que mostra é que o Benfica não está a gerar dinheiro nenhum apesar dos resultados líquidos positivos.

O que o Benfica anda a fazer é aumentar o seu capital através do aumento dos ativos intangíveis, tudo o resto mais coisa, menos coisa, está igual há vários anos. Esta diminuição de >10 milhões da dívida remunerada seria impossível de manter até final do ano sem vendas de mais jogadores e ainda estamos 18 milhões acima da dívida remunerada de há 3 anos e meio, que é o último resultado antes do começo das vendas de 100 milhões em jogadores anualmente.

O Theroux há pouco referiu o provável facto de no final da época irmos somar mais de 50 milhões em lucro nas últimas 4 temporadas, isto é correto, o problema é que esse aumento de 50 milhões do capital resultante dos lucros será resultante dum aumento de 60 milhões do valor contabilístico do plantel (que não é real, só os miúdos da formação que vendemos, garantem isto) e ainda será compensado pelo aumento da dívida remunerada na diferença (isto, claro, aproximadamente).

O lucro nestes anos ocorre porque estamos praticamente a fazer um diferimento de custos constante, ao trocar rendimentos do exercício (vendas de jogadores) por custos nos próximos 4/5 anos (compras de jogadores).

Tens toda a razão no cenário que traças relativamente a por exemplo, aos exercícios de 13-14 e 14-15. E em 2013 e 2014  a situação era deveras preocupante. Perto do limite.

Mas há diferenças significativas entre 13-14 e 16-17 e uma evolução visível e clara. Basta ver que em 13-14 os resultados operacionais sem venda de jogadores eram negativos e esta época deverão ser substancialmente positivos.

O Benfica estabilizou os custos nos últimos três anos (tirando as amortizações que deverá começar já a baixar dos €40M previsivelmente atingidos neste exercício) e aumentou significativamente todas as fontes de receitas ordinárias.

Há condições para começar a reduzir o montante da divida e os encargos com o serviço da mesma. Há um longo e árduo caminho pela frente de pelo menos 4/5 anos até se reduzir o passivo exigível para níveis saudáveis mas a tendência é positiva.

Até lá, vamos continuar a depender demasiado das receitas extraordinárias de vendas de jogadores do que seria desejável para reduzir o passivo exigível de forma significativa mas os sinais começam a apontar que tal é possível com a actual direção.

E no fundo, só estão a começar a tirar a SAD do poço em que a meteram. Algo que o Vieira terá que conseguir fazer antes de passar o testemunho. Tem essa obrigação moral de eliminar a dívida gerada pela sua gestão que vai para além da herdada ou criada para construção da nova luz.

Liga dos Campeões.

Direitos televisivos. Patrocínios. Bilheteira. Cativos.

Na realidade, há uma subida substancial em todas as rubricas e não só na receita das competições europeias.

Direitos televisivos e patrocínios subiriam sempre fruto da negociação dos novos contratos. Normal.


Cativos e Bilheteira porque 1) em 2013-2014 vinhas de um Tri Melão humilhante e vergonhoso, enquanto que agora tens um Tri Campeão épico e saboroso; 2) o português desapertou um furinho do cinto nestes últimos 3 anos.


São melhorias normais, expectáveis, que já se perspectivavam. Voltássemos a cair na Liga Europa regularmente e voltariam os resultados operacionais negativos.

É mais o segundo ponto. Receitas bilheteiras subiram muito em relação à época passada e ainda mais em relação a há dois anos. Não se trata só de uma subida relativamente a 13-14.

Tem mais a ver com o que creio ser maior capacidade de captação de chamar turistas a ver jogos na luz (e está também relacionada com o boom do turismo em Lisboa e que se sente ao longo do ano) e o ligeiro aumento do poder de compra dos portugueses e confiança do consumidor, do que o contexto de uma época em termos desportivos.

Em relação ao resto, natural que as receitas de bilhetica dependam muito da performance desportivo e com isso sejam mais voláteis. Ainda assim, a subida nas outras receitas mais fixas como os direitos televisivos e patrocínios, pouco interessa se era previsível ou não. Aumentaram em toda a ordem e de forma expressiva.

São receitas ordinárias que fazem depender menos o clube dos resultados desportivos de uma época.

O ano passado o break-even dos resultados operacionais estava pela receita equivalente dos oitavos-de-final da liga dos campeões. Este ano, poderá ficar pela receita da fase de grupos.

Mas sem liga dos campeões, não há de facto resultados operacionais positivos. Algo que o Benfica deverá ponderar estrategicamente porque é quase inevitável que a partir da próxima época, o 3º lugar do campeonato deixe de ter acesso à liga dos campeões e o 2º lugar passe por duas pré-eliminatórias para lá chegar. Vai ser menos provável chegar à champions do que tem sido nos últimos anos. Essa parte é relevante e há trabalho a fazer para depender cada vez menos de receitas que são determinadas "pela bola que entra".

O primeiro ponto também influencia bastante.

Adeptos na Luz para o Campeonato:

07/08 - 563.368
08/09 - 535.475
09/10 - 750.499
10/11 - 572.197
11/12 - 636.954
12/13 - 635.391
13/14 - 654.194
14/15 - 824.845
15/16 - 900.514
16/17 - 704.402 (a decorrer)



A demografia manteve-se e só turistas não fazem isto.



Quanto ao resto é algo que também me preocupa. Então se com a nova superliga europeia de ricos formos cuspidos para fora da Europa dos milhões ainda mais.

Verdade.

Mudando de assunto, o Benfica tem é que baixar o investimento em contratações.

Evolução das amortizações em 14-15,15-16 e 16-17 »»€30M-€36M-€40M (números de cabeça mas não devem andar longe da realidade).

Esta é a rubrica que mais me preocupa e que mais é possível descer de forma expressiva a curto prazo. Comprar menos jogadores e parar com os valores absurdos das compras Mendes. O Benfica não deveria pagar mais de 10M por um jogador.

Com duas gerações de ouro na formação a despontar (97 e 99), não há nenhuma razão para não baixar o investimento anual em compras de jogadores sem com isso ter que sofrer ai nível de baixa de qualidade e nível do plantel.

É esperar para ver pelo mercado de verão a ver se há uma inversão da tendência dos dois últimos  anos.

Para começar, a tendência geral de tudo é aumentar. Tanto aquilo que recebemos como aquilo que pagamos. O objectivo nunca pode ser tentar contrariar isso. Daqui por 10 anos lutamos pelo 3º lugar. É preciso é.. gerir.

As amortizações aumentam porque o valor do plantel aumenta (ativos intangíveis). Era aquilo que o pedroslb estava a dizer.

Só desce a curto prazo de forma expressiva se o valor do plantel diminuir de forma expressiva. Vais enfiar todos os juniores na A? Deixar de comprar jogadores? Comprar jogadores baratos e sem qualidade? "Ah, bom scouting". Não chega. É preciso estar disponível para pagar bem pelo que é bom.

Além disso, os melhores da formação vão sair e não vais querer substituí-los com jogadores de fraca qualidade. Por isso, há sim razões para não baixar esse investimento. Os melhores dessas gerações vão para outros sítios e têm que ser substituídos com jogadores capazes de manter o Benfica a ser campeão e a fazer boa figura na LC. Se não lá se vão os resultados operacionais sem atletas estáveis.. o que obriga a necessidade de vender... mas quem vais vender se não tens jogadores de qualidade?

Portanto, não.

[Slb04Sempre]

Bem, aparentemente ninguem está preocupado com o facto de que se não tivéssemos vendido o Guedes estavamos em modo catástrofe, quiçá a caminhar para salários em atraso.

[Eterno Benfica]

O ideal seria os jogadores da formação serem substituídos por jogadores da formação. Obviamente que não  é fácil substituir jogadores de qualidade com outro jogador de grande qualidade formado no CFC, mas uma maior estabilidade financeira permite segurar um jogador 3/4 anos e ter assim tempo para encontrar um substituto, e pontualmente ir ao mercado. Pontualmente.

[BBpT]

Em relação a sermos o clube com salários mais baixos no primeiro semestre, numa entrevista o DSO disse que o grande objectivo era substituir grande parte do valor fixo dos salários por prémios por objectivos, é natural que no 2º semestre aumente bastante esse valor