Kikin Fonseca

Avançado, 46 anos,
México
Equipa Principal: 1 época (2006-2007), 13 jogos (600 minutos), 3 golos

RedVC

Cães a ladrar, cães a escrever. E passa a caravana.

faneca_slb4ever

Citação de: RedVC em 31 de Julho de 2015, 20:33
Cães a ladrar, cães a escrever. E passa a caravana.


Isto.

Dudek

KIKIN ‏@kikinfg 4 hHá 4 horas

Suerte @Raul_Jimenez9 llegas a un club extraordinario. 👏👍

KIKIN ‏@kikinfg 1 hHá 1 hora

Felicidades @SL_Benfica han contratado a una gran persona y gran jugador @Raul_Jimenez9 , éxito para los dos

KIKIN ‏@kikinfg 33 minHá 33 minutos

Saludos, siempre recordare a esa gran afición, 👍 @ilspeciale28 @SL_Benfica @Raul_Jimenez9



Este ainda vai virar ídolo depois da reforma. :metal: Vai Kikin, ainda por cima respondeu-me  ;D

BC


Holmesreis

Ontem estava num jantar de aniversário de uma prima da minha mulher onde os convivas eram maioritariamente femininos. Os ilustres representantes da classe masculina resumiam-se a mim e outros 3 marmanjolas...2 deles não ligavam a futebol, o outro tinha um vincado sotaque do «Puorto» e pensei cá comigo, «É corrupto».

Afinal era dos nossos. E com um monte de histórias para contar que resumem bem a nossa condição única. É engenheiro informático, mas há 8 anos atrás estava em início de carreira a ministrar cursos de manutenção de computadores numa Escola Profissional em Lisboa e viveu nas Olaias num andar abaixo do apartamento do Kikin...Aliás, ele não lhe chamou de apartamento, chamou-lhe de «penthouse», tal era o luxo. Criaram uma relação de amizade pois semana sim, semana não, o computador do Kikin estava a crashar por causa da...pornografia.

Tudo na casa dele cheirava a «Cruz Azul»:galhardetes, bandeiras, fotos, posters. Quando soube que o Tenreiro (nome do meu colega em questão) era benfiquista, ofereceu-lhe uma prenda que tinha recebido no primeiro dia na Luz: uma camisola autografada pelo Eusébio, equipamento alternativo que ele religiosamente conserva até hoje. Volta e meia, ligava-lhe quando precisava de companhia para a noite (ele diz que não era muito de bebedeiras, bebia muito, mas sabia manter a sobriedade) ou de parceiro para as jogatanas na Playstation.

Entre as histórias que posso relatar aqui, o Kikin queixava-se muito de grupinhos no balneário, o Rui Costa era o líder natural. Os jogadores que melhor se davam com o Kikin eram o Nereu e o Karyaka que eram visitas constantes lá de casa.

O Kikin detestava o Fernando Santos, considerando-o o treinador mais distante e enigmático que tivera até ao momento. «Os treinos são demasiado tácticos», queixava-se. No México, 95 % do treino é com bola e só 5% é palestra».

Um dia, pouco depois da férias Natalícias, estavam a treinar livres diretos e o Santolas tinha definido 5 marcadores. O exercício estava a sair muito mal a toda a gente, especialmente ao Rui Costa que invariavelmente fazia as bolas embater nos mecos. O Bruno Moura (adjunto) estava a ter um ataque de raiva com imprecações à mistura perante a impassividade do Santolas. O Kikin vira as costas à prelecção e executa um livre em jeito de folha seca, fazendo um golo de antologia, dizendo «Se me pusessem a jogar, eu no México fazia sempre isto e levantava os estádios». O Moura começou a insultá-lo, dizendo que havia que respeitar hierarquias e que ele não havia sido designado marcador de bolas paradas. O Santolas só esticava o queixo naquele tique nervoso característico. O Kikin só respondeu «A la Madre que te pariò» e o «engenheiro do Penta» indicou-lhe o caminho dos chuveiros. Não durou muito mais no Benfica.

O Kikin não era um jogador banal como querem fazer crer. Essa é a minha opinião. O problema é que tínhamos ainda uma estrutura incipiente e ainda por cima estilhaçada pelas desavenças entre Veiga e Vieira. Era um jogador que necessitava de acarinhamento constante. Não o teve.

O Tenreiro contou ainda histórias deliciosas sobre o nosso «Piccolo Bombardero», mas guardá-las-ei para outra altura.

Derek

Citação de: Holmesreis em 10 de Outubro de 2015, 11:20
Ontem estava num jantar de aniversário de uma prima da minha mulher onde os convivas eram maioritariamente femininos. Os ilustres representantes da classe masculina resumiam-se a mim e outros 3 marmanjolas...2 deles não ligavam a futebol, o outro tinha um vincado sotaque do «Puorto» e pensei cá comigo, «É corrupto».

Afinal era dos nossos. E com um monte de histórias para contar que resumem bem a nossa condição única. É engenheiro informático, mas há 8 anos atrás estava em início de carreira a ministrar cursos de manutenção de computadores numa Escola Profissional em Lisboa e viveu nas Olaias num andar abaixo do apartamento do Kikin...Aliás, ele não lhe chamou de apartamento, chamou-lhe de «penthouse», tal era o luxo. Criaram uma relação de amizade pois semana sim, semana não, o computador do Kikin estava a crashar por causa da...pornografia.

Tudo na casa dele cheirava a «Cruz Azul»:galhardetes, bandeiras, fotos, posters. Quando soube que o Tenreiro (nome do meu colega em questão) era benfiquista, ofereceu-lhe uma prenda que tinha recebido no primeiro dia na Luz: uma camisola autografada pelo Eusébio, equipamento alternativo que ele religiosamente conserva até hoje. Volta e meia, ligava-lhe quando precisava de companhia para a noite (ele diz que não era muito de bebedeiras, bebia muito, mas sabia manter a sobriedade) ou de parceiro para as jogatanas na Playstation.

Entre as histórias que posso relatar aqui, o Kikin queixava-se muito de grupinhos no balneário, o Rui Costa era o líder natural. Os jogadores que melhor se davam com o Kikin eram o Nereu e o Karyaka que eram visitas constantes lá de casa.

O Kikin detestava o Fernando Santos, considerando-o o treinador mais distante e enigmático que tivera até ao momento. «Os treinos são demasiado tácticos», queixava-se. No México, 95 % do treino é com bola e só 5% é palestra».

Um dia, pouco depois da férias Natalícias, estavam a treinar livres diretos e o Santolas tinha definido 5 marcadores. O exercício estava a sair muito mal a toda a gente, especialmente ao Rui Costa que invariavelmente fazia as bolas embater nos mecos. O Bruno Moura (adjunto) estava a ter um ataque de raiva com imprecações à mistura perante a impassividade do Santolas. O Kikin vira as costas à prelecção e executa um livre em jeito de folha seca, fazendo um golo de antologia, dizendo «Se me pusessem a jogar, eu no México fazia sempre isto e levantava os estádios». O Moura começou a insultá-lo, dizendo que havia que respeitar hierarquias e que ele não havia sido designado marcador de bolas paradas. O Santolas só esticava o queixo naquele tique nervoso característico. O Kikin só respondeu «A la Madre que te pariò» e o «engenheiro do Penta» indicou-lhe o caminho dos chuveiros. Não durou muito mais no Benfica.

O Kikin não era um jogador banal como querem fazer crer. Essa é a minha opinião. O problema é que tínhamos ainda uma estrutura incipiente e ainda por cima estilhaçada pelas desavenças entre Veiga e Vieira. Era um jogador que necessitava de acarinhamento constante. Não o teve.

O Tenreiro contou ainda histórias deliciosas sobre o nosso «Piccolo Bombardero», mas guardá-las-ei para outra altura.

Conta mais :drunk:

acemessiae

Citação de: Holmesreis em 10 de Outubro de 2015, 11:20
Ontem estava num jantar de aniversário de uma prima da minha mulher onde os convivas eram maioritariamente femininos. Os ilustres representantes da classe masculina resumiam-se a mim e outros 3 marmanjolas...2 deles não ligavam a futebol, o outro tinha um vincado sotaque do «Puorto» e pensei cá comigo, «É corrupto».

Afinal era dos nossos. E com um monte de histórias para contar que resumem bem a nossa condição única. É engenheiro informático, mas há 8 anos atrás estava em início de carreira a ministrar cursos de manutenção de computadores numa Escola Profissional em Lisboa e viveu nas Olaias num andar abaixo do apartamento do Kikin...Aliás, ele não lhe chamou de apartamento, chamou-lhe de «penthouse», tal era o luxo. Criaram uma relação de amizade pois semana sim, semana não, o computador do Kikin estava a crashar por causa da...pornografia.

Tudo na casa dele cheirava a «Cruz Azul»:galhardetes, bandeiras, fotos, posters. Quando soube que o Tenreiro (nome do meu colega em questão) era benfiquista, ofereceu-lhe uma prenda que tinha recebido no primeiro dia na Luz: uma camisola autografada pelo Eusébio, equipamento alternativo que ele religiosamente conserva até hoje. Volta e meia, ligava-lhe quando precisava de companhia para a noite (ele diz que não era muito de bebedeiras, bebia muito, mas sabia manter a sobriedade) ou de parceiro para as jogatanas na Playstation.

Entre as histórias que posso relatar aqui, o Kikin queixava-se muito de grupinhos no balneário, o Rui Costa era o líder natural. Os jogadores que melhor se davam com o Kikin eram o Nereu e o Karyaka que eram visitas constantes lá de casa.

O Kikin detestava o Fernando Santos, considerando-o o treinador mais distante e enigmático que tivera até ao momento. «Os treinos são demasiado tácticos», queixava-se. No México, 95 % do treino é com bola e só 5% é palestra».

Um dia, pouco depois da férias Natalícias, estavam a treinar livres diretos e o Santolas tinha definido 5 marcadores. O exercício estava a sair muito mal a toda a gente, especialmente ao Rui Costa que invariavelmente fazia as bolas embater nos mecos. O Bruno Moura (adjunto) estava a ter um ataque de raiva com imprecações à mistura perante a impassividade do Santolas. O Kikin vira as costas à prelecção e executa um livre em jeito de folha seca, fazendo um golo de antologia, dizendo «Se me pusessem a jogar, eu no México fazia sempre isto e levantava os estádios». O Moura começou a insultá-lo, dizendo que havia que respeitar hierarquias e que ele não havia sido designado marcador de bolas paradas. O Santolas só esticava o queixo naquele tique nervoso característico. O Kikin só respondeu «A la Madre que te pariò» e o «engenheiro do Penta» indicou-lhe o caminho dos chuveiros. Não durou muito mais no Benfica.

O Kikin não era um jogador banal como querem fazer crer. Essa é a minha opinião. O problema é que tínhamos ainda uma estrutura incipiente e ainda por cima estilhaçada pelas desavenças entre Veiga e Vieira. Era um jogador que necessitava de acarinhamento constante. Não o teve.

O Tenreiro contou ainda histórias deliciosas sobre o nosso «Piccolo Bombardero», mas guardá-las-ei para outra altura.

Era menino para me sentar na cadeira com o whisky na mão a ler as tuas histórias e os teus relatos ao longo de toda a noite.

Presenteia-nos mais!

brandoamanz

Não quero ser daqueles gajos que só falam depois, mas eu gostava do Kikin. Acho que no Dragão, no jogo do 3-2 do Bruno Moraes, até fez uma boa exibição. A certa altura, começa a ser utilizado e a marcar golos (em 2 jogos creio, um para a liga e outro para a taça). Acho que o jogo para o campeonato foi com o Belenenses??, que eu vi ao vivo na Luz, em que ele marca e tem aquela festejo engraçado em que imita as asas de uma águia. Achei que aí criou empatia com o público da Luz. Depois marcou noutro jogo e achei que ia finalmente engatar.
O que me lembro a seguir é de em Janeiro o Veiga andar a negociar a saída dele e xau aí. Nunca percebi sinceramente. Acho que foi mal aproveitado.

Shoplifter20

Citação de: Holmesreis em 10 de Outubro de 2015, 11:20
Ontem estava num jantar de aniversário de uma prima da minha mulher onde os convivas eram maioritariamente femininos. Os ilustres representantes da classe masculina resumiam-se a mim e outros 3 marmanjolas...2 deles não ligavam a futebol, o outro tinha um vincado sotaque do «Puorto» e pensei cá comigo, «É corrupto».

Afinal era dos nossos. E com um monte de histórias para contar que resumem bem a nossa condição única. É engenheiro informático, mas há 8 anos atrás estava em início de carreira a ministrar cursos de manutenção de computadores numa Escola Profissional em Lisboa e viveu nas Olaias num andar abaixo do apartamento do Kikin...Aliás, ele não lhe chamou de apartamento, chamou-lhe de «penthouse», tal era o luxo. Criaram uma relação de amizade pois semana sim, semana não, o computador do Kikin estava a crashar por causa da...pornografia.

Tudo na casa dele cheirava a «Cruz Azul»:galhardetes, bandeiras, fotos, posters. Quando soube que o Tenreiro (nome do meu colega em questão) era benfiquista, ofereceu-lhe uma prenda que tinha recebido no primeiro dia na Luz: uma camisola autografada pelo Eusébio, equipamento alternativo que ele religiosamente conserva até hoje. Volta e meia, ligava-lhe quando precisava de companhia para a noite (ele diz que não era muito de bebedeiras, bebia muito, mas sabia manter a sobriedade) ou de parceiro para as jogatanas na Playstation.

Entre as histórias que posso relatar aqui, o Kikin queixava-se muito de grupinhos no balneário, o Rui Costa era o líder natural. Os jogadores que melhor se davam com o Kikin eram o Nereu e o Karyaka que eram visitas constantes lá de casa.

O Kikin detestava o Fernando Santos, considerando-o o treinador mais distante e enigmático que tivera até ao momento. «Os treinos são demasiado tácticos», queixava-se. No México, 95 % do treino é com bola e só 5% é palestra».

Um dia, pouco depois da férias Natalícias, estavam a treinar livres diretos e o Santolas tinha definido 5 marcadores. O exercício estava a sair muito mal a toda a gente, especialmente ao Rui Costa que invariavelmente fazia as bolas embater nos mecos. O Bruno Moura (adjunto) estava a ter um ataque de raiva com imprecações à mistura perante a impassividade do Santolas. O Kikin vira as costas à prelecção e executa um livre em jeito de folha seca, fazendo um golo de antologia, dizendo «Se me pusessem a jogar, eu no México fazia sempre isto e levantava os estádios». O Moura começou a insultá-lo, dizendo que havia que respeitar hierarquias e que ele não havia sido designado marcador de bolas paradas. O Santolas só esticava o queixo naquele tique nervoso característico. O Kikin só respondeu «A la Madre que te pariò» e o «engenheiro do Penta» indicou-lhe o caminho dos chuveiros. Não durou muito mais no Benfica.

O Kikin não era um jogador banal como querem fazer crer. Essa é a minha opinião. O problema é que tínhamos ainda uma estrutura incipiente e ainda por cima estilhaçada pelas desavenças entre Veiga e Vieira. Era um jogador que necessitava de acarinhamento constante. Não o teve.

O Tenreiro contou ainda histórias deliciosas sobre o nosso «Piccolo Bombardero», mas guardá-las-ei para outra altura.

Brilhante  :clap1: conta mais!

Holmesreis

Citação de: acemessiae em 10 de Outubro de 2015, 20:17
Citação de: Holmesreis em 10 de Outubro de 2015, 11:20
Ontem estava num jantar de aniversário de uma prima da minha mulher onde os convivas eram maioritariamente femininos. Os ilustres representantes da classe masculina resumiam-se a mim e outros 3 marmanjolas...2 deles não ligavam a futebol, o outro tinha um vincado sotaque do «Puorto» e pensei cá comigo, «É corrupto».

Afinal era dos nossos. E com um monte de histórias para contar que resumem bem a nossa condição única. É engenheiro informático, mas há 8 anos atrás estava em início de carreira a ministrar cursos de manutenção de computadores numa Escola Profissional em Lisboa e viveu nas Olaias num andar abaixo do apartamento do Kikin...Aliás, ele não lhe chamou de apartamento, chamou-lhe de «penthouse», tal era o luxo. Criaram uma relação de amizade pois semana sim, semana não, o computador do Kikin estava a crashar por causa da...pornografia.

Tudo na casa dele cheirava a «Cruz Azul»:galhardetes, bandeiras, fotos, posters. Quando soube que o Tenreiro (nome do meu colega em questão) era benfiquista, ofereceu-lhe uma prenda que tinha recebido no primeiro dia na Luz: uma camisola autografada pelo Eusébio, equipamento alternativo que ele religiosamente conserva até hoje. Volta e meia, ligava-lhe quando precisava de companhia para a noite (ele diz que não era muito de bebedeiras, bebia muito, mas sabia manter a sobriedade) ou de parceiro para as jogatanas na Playstation.

Entre as histórias que posso relatar aqui, o Kikin queixava-se muito de grupinhos no balneário, o Rui Costa era o líder natural. Os jogadores que melhor se davam com o Kikin eram o Nereu e o Karyaka que eram visitas constantes lá de casa.

O Kikin detestava o Fernando Santos, considerando-o o treinador mais distante e enigmático que tivera até ao momento. «Os treinos são demasiado tácticos», queixava-se. No México, 95 % do treino é com bola e só 5% é palestra».

Um dia, pouco depois da férias Natalícias, estavam a treinar livres diretos e o Santolas tinha definido 5 marcadores. O exercício estava a sair muito mal a toda a gente, especialmente ao Rui Costa que invariavelmente fazia as bolas embater nos mecos. O Bruno Moura (adjunto) estava a ter um ataque de raiva com imprecações à mistura perante a impassividade do Santolas. O Kikin vira as costas à prelecção e executa um livre em jeito de folha seca, fazendo um golo de antologia, dizendo «Se me pusessem a jogar, eu no México fazia sempre isto e levantava os estádios». O Moura começou a insultá-lo, dizendo que havia que respeitar hierarquias e que ele não havia sido designado marcador de bolas paradas. O Santolas só esticava o queixo naquele tique nervoso característico. O Kikin só respondeu «A la Madre que te pariò» e o «engenheiro do Penta» indicou-lhe o caminho dos chuveiros. Não durou muito mais no Benfica.

O Kikin não era um jogador banal como querem fazer crer. Essa é a minha opinião. O problema é que tínhamos ainda uma estrutura incipiente e ainda por cima estilhaçada pelas desavenças entre Veiga e Vieira. Era um jogador que necessitava de acarinhamento constante. Não o teve.

O Tenreiro contou ainda histórias deliciosas sobre o nosso «Piccolo Bombardero», mas guardá-las-ei para outra altura.

Era menino para me sentar na cadeira com o whisky na mão a ler as tuas histórias e os teus relatos ao longo de toda a noite.

Presenteia-nos mais!
Eh, pá...Esta é a mais soft...

Se vos contar que havia um prankster no plantel daquela época e que fazia as apostas mais mirabolantes...Um dia, «obrigou» um dos elementos mais novos a andar com uns guizinhos amarrados ao pénis no balneário por ter conseguido marcar 3 penalties à Panenka num treino...

E outras mais: bebedeiras de vodka, casa arrendada que, quando foi devolvida estava cheia de paredes impregnadas de urina, um jogador que de tão supersticioso guardava no seu balneário as unhas que tinha cortado nessa semana.

Coisas "fascinantes" de algum pessoal que ainda está no activo.

ForçadoBloqueio

Citação de: Holmesreis em 10 de Outubro de 2015, 11:20
Ontem estava num jantar de aniversário de uma prima da minha mulher onde os convivas eram maioritariamente femininos. Os ilustres representantes da classe masculina resumiam-se a mim e outros 3 marmanjolas...2 deles não ligavam a futebol, o outro tinha um vincado sotaque do «Puorto» e pensei cá comigo, «É corrupto».

Afinal era dos nossos. E com um monte de histórias para contar que resumem bem a nossa condição única. É engenheiro informático, mas há 8 anos atrás estava em início de carreira a ministrar cursos de manutenção de computadores numa Escola Profissional em Lisboa e viveu nas Olaias num andar abaixo do apartamento do Kikin...Aliás, ele não lhe chamou de apartamento, chamou-lhe de «penthouse», tal era o luxo. Criaram uma relação de amizade pois semana sim, semana não, o computador do Kikin estava a crashar por causa da...pornografia.

Tudo na casa dele cheirava a «Cruz Azul»:galhardetes, bandeiras, fotos, posters. Quando soube que o Tenreiro (nome do meu colega em questão) era benfiquista, ofereceu-lhe uma prenda que tinha recebido no primeiro dia na Luz: uma camisola autografada pelo Eusébio, equipamento alternativo que ele religiosamente conserva até hoje. Volta e meia, ligava-lhe quando precisava de companhia para a noite (ele diz que não era muito de bebedeiras, bebia muito, mas sabia manter a sobriedade) ou de parceiro para as jogatanas na Playstation.

Entre as histórias que posso relatar aqui, o Kikin queixava-se muito de grupinhos no balneário, o Rui Costa era o líder natural. Os jogadores que melhor se davam com o Kikin eram o Nereu e o Karyaka que eram visitas constantes lá de casa.

O Kikin detestava o Fernando Santos, considerando-o o treinador mais distante e enigmático que tivera até ao momento. «Os treinos são demasiado tácticos», queixava-se. No México, 95 % do treino é com bola e só 5% é palestra».

Um dia, pouco depois da férias Natalícias, estavam a treinar livres diretos e o Santolas tinha definido 5 marcadores. O exercício estava a sair muito mal a toda a gente, especialmente ao Rui Costa que invariavelmente fazia as bolas embater nos mecos. O Bruno Moura (adjunto) estava a ter um ataque de raiva com imprecações à mistura perante a impassividade do Santolas. O Kikin vira as costas à prelecção e executa um livre em jeito de folha seca, fazendo um golo de antologia, dizendo «Se me pusessem a jogar, eu no México fazia sempre isto e levantava os estádios». O Moura começou a insultá-lo, dizendo que havia que respeitar hierarquias e que ele não havia sido designado marcador de bolas paradas. O Santolas só esticava o queixo naquele tique nervoso característico. O Kikin só respondeu «A la Madre que te pariò» e o «engenheiro do Penta» indicou-lhe o caminho dos chuveiros. Não durou muito mais no Benfica.

O Kikin não era um jogador banal como querem fazer crer. Essa é a minha opinião. O problema é que tínhamos ainda uma estrutura incipiente e ainda por cima estilhaçada pelas desavenças entre Veiga e Vieira. Era um jogador que necessitava de acarinhamento constante. Não o teve.

O Tenreiro contou ainda histórias deliciosas sobre o nosso «Piccolo Bombardero», mas guardá-las-ei para outra altura.

O Kikin foi um dos piores jogadores que vi jogar ao vivo. E foi uma jogo da Taça contra uma equipa da 5ªdivisão que nem me lembro do nome...

AG

Citação de: ForçadoBloqueio em 10 de Outubro de 2015, 22:43
Citação de: Holmesreis em 10 de Outubro de 2015, 11:20
Ontem estava num jantar de aniversário de uma prima da minha mulher onde os convivas eram maioritariamente femininos. Os ilustres representantes da classe masculina resumiam-se a mim e outros 3 marmanjolas...2 deles não ligavam a futebol, o outro tinha um vincado sotaque do «Puorto» e pensei cá comigo, «É corrupto».

Afinal era dos nossos. E com um monte de histórias para contar que resumem bem a nossa condição única. É engenheiro informático, mas há 8 anos atrás estava em início de carreira a ministrar cursos de manutenção de computadores numa Escola Profissional em Lisboa e viveu nas Olaias num andar abaixo do apartamento do Kikin...Aliás, ele não lhe chamou de apartamento, chamou-lhe de «penthouse», tal era o luxo. Criaram uma relação de amizade pois semana sim, semana não, o computador do Kikin estava a crashar por causa da...pornografia.

Tudo na casa dele cheirava a «Cruz Azul»:galhardetes, bandeiras, fotos, posters. Quando soube que o Tenreiro (nome do meu colega em questão) era benfiquista, ofereceu-lhe uma prenda que tinha recebido no primeiro dia na Luz: uma camisola autografada pelo Eusébio, equipamento alternativo que ele religiosamente conserva até hoje. Volta e meia, ligava-lhe quando precisava de companhia para a noite (ele diz que não era muito de bebedeiras, bebia muito, mas sabia manter a sobriedade) ou de parceiro para as jogatanas na Playstation.

Entre as histórias que posso relatar aqui, o Kikin queixava-se muito de grupinhos no balneário, o Rui Costa era o líder natural. Os jogadores que melhor se davam com o Kikin eram o Nereu e o Karyaka que eram visitas constantes lá de casa.

O Kikin detestava o Fernando Santos, considerando-o o treinador mais distante e enigmático que tivera até ao momento. «Os treinos são demasiado tácticos», queixava-se. No México, 95 % do treino é com bola e só 5% é palestra».

Um dia, pouco depois da férias Natalícias, estavam a treinar livres diretos e o Santolas tinha definido 5 marcadores. O exercício estava a sair muito mal a toda a gente, especialmente ao Rui Costa que invariavelmente fazia as bolas embater nos mecos. O Bruno Moura (adjunto) estava a ter um ataque de raiva com imprecações à mistura perante a impassividade do Santolas. O Kikin vira as costas à prelecção e executa um livre em jeito de folha seca, fazendo um golo de antologia, dizendo «Se me pusessem a jogar, eu no México fazia sempre isto e levantava os estádios». O Moura começou a insultá-lo, dizendo que havia que respeitar hierarquias e que ele não havia sido designado marcador de bolas paradas. O Santolas só esticava o queixo naquele tique nervoso característico. O Kikin só respondeu «A la Madre que te pariò» e o «engenheiro do Penta» indicou-lhe o caminho dos chuveiros. Não durou muito mais no Benfica.

O Kikin não era um jogador banal como querem fazer crer. Essa é a minha opinião. O problema é que tínhamos ainda uma estrutura incipiente e ainda por cima estilhaçada pelas desavenças entre Veiga e Vieira. Era um jogador que necessitava de acarinhamento constante. Não o teve.

O Tenreiro contou ainda histórias deliciosas sobre o nosso «Piccolo Bombardero», mas guardá-las-ei para outra altura.

O Kikin foi um dos piores jogadores que vi jogar ao vivo. E foi uma jogo da Taça contra uma equipa da 5ªdivisão que nem me lembro do nome...
Onde marcou 2 golos, contra o Oliveira do Bairro. Foi vendido na semana a seguir.

ForçadoBloqueio

Citação de: Slb-Ag em 11 de Outubro de 2015, 01:10
Citação de: ForçadoBloqueio em 10 de Outubro de 2015, 22:43
Citação de: Holmesreis em 10 de Outubro de 2015, 11:20
Ontem estava num jantar de aniversário de uma prima da minha mulher onde os convivas eram maioritariamente femininos. Os ilustres representantes da classe masculina resumiam-se a mim e outros 3 marmanjolas...2 deles não ligavam a futebol, o outro tinha um vincado sotaque do «Puorto» e pensei cá comigo, «É corrupto».

Afinal era dos nossos. E com um monte de histórias para contar que resumem bem a nossa condição única. É engenheiro informático, mas há 8 anos atrás estava em início de carreira a ministrar cursos de manutenção de computadores numa Escola Profissional em Lisboa e viveu nas Olaias num andar abaixo do apartamento do Kikin...Aliás, ele não lhe chamou de apartamento, chamou-lhe de «penthouse», tal era o luxo. Criaram uma relação de amizade pois semana sim, semana não, o computador do Kikin estava a crashar por causa da...pornografia.

Tudo na casa dele cheirava a «Cruz Azul»:galhardetes, bandeiras, fotos, posters. Quando soube que o Tenreiro (nome do meu colega em questão) era benfiquista, ofereceu-lhe uma prenda que tinha recebido no primeiro dia na Luz: uma camisola autografada pelo Eusébio, equipamento alternativo que ele religiosamente conserva até hoje. Volta e meia, ligava-lhe quando precisava de companhia para a noite (ele diz que não era muito de bebedeiras, bebia muito, mas sabia manter a sobriedade) ou de parceiro para as jogatanas na Playstation.

Entre as histórias que posso relatar aqui, o Kikin queixava-se muito de grupinhos no balneário, o Rui Costa era o líder natural. Os jogadores que melhor se davam com o Kikin eram o Nereu e o Karyaka que eram visitas constantes lá de casa.

O Kikin detestava o Fernando Santos, considerando-o o treinador mais distante e enigmático que tivera até ao momento. «Os treinos são demasiado tácticos», queixava-se. No México, 95 % do treino é com bola e só 5% é palestra».

Um dia, pouco depois da férias Natalícias, estavam a treinar livres diretos e o Santolas tinha definido 5 marcadores. O exercício estava a sair muito mal a toda a gente, especialmente ao Rui Costa que invariavelmente fazia as bolas embater nos mecos. O Bruno Moura (adjunto) estava a ter um ataque de raiva com imprecações à mistura perante a impassividade do Santolas. O Kikin vira as costas à prelecção e executa um livre em jeito de folha seca, fazendo um golo de antologia, dizendo «Se me pusessem a jogar, eu no México fazia sempre isto e levantava os estádios». O Moura começou a insultá-lo, dizendo que havia que respeitar hierarquias e que ele não havia sido designado marcador de bolas paradas. O Santolas só esticava o queixo naquele tique nervoso característico. O Kikin só respondeu «A la Madre que te pariò» e o «engenheiro do Penta» indicou-lhe o caminho dos chuveiros. Não durou muito mais no Benfica.

O Kikin não era um jogador banal como querem fazer crer. Essa é a minha opinião. O problema é que tínhamos ainda uma estrutura incipiente e ainda por cima estilhaçada pelas desavenças entre Veiga e Vieira. Era um jogador que necessitava de acarinhamento constante. Não o teve.

O Tenreiro contou ainda histórias deliciosas sobre o nosso «Piccolo Bombardero», mas guardá-las-ei para outra altura.

O Kikin foi um dos piores jogadores que vi jogar ao vivo. E foi uma jogo da Taça contra uma equipa da 5ªdivisão que nem me lembro do nome...
Onde marcou 2 golos, contra o Oliveira do Bairro. Foi vendido na semana a seguir.

Olha agora que dizes acho que foi mesmo esse...

acemessiae

Citação de: Holmesreis em 10 de Outubro de 2015, 21:40
Citação de: acemessiae em 10 de Outubro de 2015, 20:17
Citação de: Holmesreis em 10 de Outubro de 2015, 11:20
Ontem estava num jantar de aniversário de uma prima da minha mulher onde os convivas eram maioritariamente femininos. Os ilustres representantes da classe masculina resumiam-se a mim e outros 3 marmanjolas...2 deles não ligavam a futebol, o outro tinha um vincado sotaque do «Puorto» e pensei cá comigo, «É corrupto».

Afinal era dos nossos. E com um monte de histórias para contar que resumem bem a nossa condição única. É engenheiro informático, mas há 8 anos atrás estava em início de carreira a ministrar cursos de manutenção de computadores numa Escola Profissional em Lisboa e viveu nas Olaias num andar abaixo do apartamento do Kikin...Aliás, ele não lhe chamou de apartamento, chamou-lhe de «penthouse», tal era o luxo. Criaram uma relação de amizade pois semana sim, semana não, o computador do Kikin estava a crashar por causa da...pornografia.

Tudo na casa dele cheirava a «Cruz Azul»:galhardetes, bandeiras, fotos, posters. Quando soube que o Tenreiro (nome do meu colega em questão) era benfiquista, ofereceu-lhe uma prenda que tinha recebido no primeiro dia na Luz: uma camisola autografada pelo Eusébio, equipamento alternativo que ele religiosamente conserva até hoje. Volta e meia, ligava-lhe quando precisava de companhia para a noite (ele diz que não era muito de bebedeiras, bebia muito, mas sabia manter a sobriedade) ou de parceiro para as jogatanas na Playstation.

Entre as histórias que posso relatar aqui, o Kikin queixava-se muito de grupinhos no balneário, o Rui Costa era o líder natural. Os jogadores que melhor se davam com o Kikin eram o Nereu e o Karyaka que eram visitas constantes lá de casa.

O Kikin detestava o Fernando Santos, considerando-o o treinador mais distante e enigmático que tivera até ao momento. «Os treinos são demasiado tácticos», queixava-se. No México, 95 % do treino é com bola e só 5% é palestra».

Um dia, pouco depois da férias Natalícias, estavam a treinar livres diretos e o Santolas tinha definido 5 marcadores. O exercício estava a sair muito mal a toda a gente, especialmente ao Rui Costa que invariavelmente fazia as bolas embater nos mecos. O Bruno Moura (adjunto) estava a ter um ataque de raiva com imprecações à mistura perante a impassividade do Santolas. O Kikin vira as costas à prelecção e executa um livre em jeito de folha seca, fazendo um golo de antologia, dizendo «Se me pusessem a jogar, eu no México fazia sempre isto e levantava os estádios». O Moura começou a insultá-lo, dizendo que havia que respeitar hierarquias e que ele não havia sido designado marcador de bolas paradas. O Santolas só esticava o queixo naquele tique nervoso característico. O Kikin só respondeu «A la Madre que te pariò» e o «engenheiro do Penta» indicou-lhe o caminho dos chuveiros. Não durou muito mais no Benfica.

O Kikin não era um jogador banal como querem fazer crer. Essa é a minha opinião. O problema é que tínhamos ainda uma estrutura incipiente e ainda por cima estilhaçada pelas desavenças entre Veiga e Vieira. Era um jogador que necessitava de acarinhamento constante. Não o teve.

O Tenreiro contou ainda histórias deliciosas sobre o nosso «Piccolo Bombardero», mas guardá-las-ei para outra altura.

Era menino para me sentar na cadeira com o whisky na mão a ler as tuas histórias e os teus relatos ao longo de toda a noite.

Presenteia-nos mais!
Eh, pá...Esta é a mais soft...

Se vos contar que havia um prankster no plantel daquela época e que fazia as apostas mais mirabolantes...Um dia, «obrigou» um dos elementos mais novos a andar com uns guizinhos amarrados ao pénis no balneário por ter conseguido marcar 3 penalties à Panenka num treino...

E outras mais: bebedeiras de vodka, casa arrendada que, quando foi devolvida estava cheia de paredes impregnadas de urina, um jogador que de tão supersticioso guardava no seu balneário as unhas que tinha cortado nessa semana.

Coisas "fascinantes" de algum pessoal que ainda está no activo.

O prankster seria o Ricardo Rocha ou o Katsouranis?

O das bebedeiras apontaria o Miccoli ou o Karagounis.

E o supersticioso das unhas diria o David Luiz ou o Léo.

Desvenda que um gajo quer se rir, além de recordar o passado recente dos nossos plantéis.  :D

Pedro84

O Kikin estava muito longe de ser o cepo que muitos apregoavam. E honestamente, bastava usar o cérebro para se perceber que não podia ser cepo nenhum.