Marcelo

Avançado, 55 anos,
Brasil
Equipa Principal: 1 época (1995-1996), 39 jogos (2244 minutos), 13 golos

Títulos: Taça de Portugal (1)

Mestre30

Citação de: DanizaoSlb em 08 de Março de 2013, 23:12
Citação de: Tsoukalos em 08 de Março de 2013, 20:49
Citação de: Darkboy em 05 de Março de 2013, 16:27
Benfica 1-0 V. Guimarães (após prolongamento), Taça de Portugal 1995/1996


:2funny:

Eu penso que acompanhei este jogo pela radio, penso que não deu em directo. Ou será que estou enganado? Eu lembro-me de um jogo da taça que ouvi pela radio e que o Marcelo marca. Será este?
Confere! Tb ouvi pela rádio......que stress do crl!!

Miguelito22

Vai com a cabeça ao chão  :2funny: :2funny: :2funny: não era mais facil ele rematar?  :o

sardao

Citação de: DanizaoSlb em 05 de Março de 2013, 17:51
Citação de: Darkboy em 05 de Março de 2013, 16:27
Benfica 1-0 V. Guimarães (após prolongamento), Taça de Portugal 1995/1996



;D :2funny:

Epá, nem há palavras, que momento de inspiração :2funny:

DanizaoSlb

O Marcelo nesse golo tropeça no relvado e por sorte a bola bate-lhe na cabeça :)

Çula



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Fundamentalista SLB

A bola ressalta na relva, muita sorte teve ele.(o golo contra o Leiria)

Shoky

Citação de: DanizaoSlb em 18 de Março de 2013, 21:21
O Marcelo nesse golo tropeça no relvado e por sorte a bola bate-lhe na cabeça :)

Luisão a imitar o grande Marcelo:



;D

Chelas

Marcelo era tão mau

_JonasThern_

A penúltima Taça de Portugal ganha pelo Benfica tem no Marcelo um dos seus principais obreiros. Tosco ou não, mauzinho ou não, a verdade é esta.

Shoky

Citação de: _JonasThern_ em 05 de Dezembro de 2013, 00:20
A penúltima Taça de Portugal ganha pelo Benfica tem no Marcelo um dos seus principais obreiros. Tosco ou não, mauzinho ou não, a verdade é esta.


A penúltima...até me sinto a ser esfaqueado por dentro.

_JonasThern_

Citação de: Shoky em 05 de Dezembro de 2013, 01:27
Citação de: _JonasThern_ em 05 de Dezembro de 2013, 00:20
A penúltima Taça de Portugal ganha pelo Benfica tem no Marcelo um dos seus principais obreiros. Tosco ou não, mauzinho ou não, a verdade é esta.


A penúltima...até me sinto a ser esfaqueado por dentro.

Já lá vão 18 anos... Incrível.

ClaudioCaniggia


Pancho Lopes 67

Citação de: ClaudioCaniggia em 22 de Junho de 2016, 00:51
https://www.youtube.com/watch?v=2ibHqmniP-w

Provavelmente o melhor jogo que o Marcelo fez pelo Benfica, mas não se deixem enganar pelo video, ñ era jogador para o Benfica...

L@udrup

Anos negros nesta fase do Benfica

Trezeguet

Tenho uma história, que na altura não achei graça nenhuma, um pouco caricata. Em 1992, tinha feito uma época muito boa no Feirense, emprestado pela Académica. O treinador era o Henrique Nunes, tinha lá o Pedro Martins, o Rifa, o Pedro Miguel, que agora também é treinador... Tínhamos uma boa equipa, uma equipa jovem, fizemos uma boa temporada e fui um dos melhores marcadores da II Liga.
Devido a isso, o Manuel Barbosa, que na altura era o melhor agente em Portugal e um dos melhores da Europa, resolveu comprar o meu passe. Na altura ainda se podia fazer isso. Comprou o meu passe à Académica e foi quando aconteceu uma situação, muito divulgada na altura. Ligou-me durante as férias e disse-me que ia jogar no Bordéus. Eu estava a vir da II Liga, do Feirense e ele a falar-me do Bordéus. Lembro-me de lhe perguntar três vezes se ia à experiência e ele, sempre com aquela maneira sui generis que tinha: "Na, na, comigo não há experiência. Os namorados é que fazem experiência, comigo não há disso." Pronto, muito bem.

Entretanto, antes de viajar para Bordéus, até me apareceu em casa a RTP. Fizeram uma reportagem comigo porque na altura era raro haver jogadores portugueses no estrangeiro. Fiz a mala, para quase meio ano, a pensar que ia viajar de avião e aparece-me o Manuel Barbosa com o carro dele, que era uma grande máquina, um BMW 850 CSi. Era um maquinão, ainda por cima azul bebé, chamava muito a atenção. Em Lisboa toda a gente conhecia o carro do Manuel Barbosa. Ganhou o carro numa aposta com o Bernard Tapie depois de levar o Mozer para o Marselha. Disse-lhe que se fosse campeão naquele ano queria um carro igual ao dele. O Marselha foi campeão e o Tapie deu-lhe o carro. Então estava à espera de ir de avião para Bordéus mas fomos de carro.

Despedi-me da minha família, dos meus pais, que estavam em Aveiro, e lá fomos na grande máquina dele. Na altura, a estrada não era nada de especial. Até chegar a Vilar Formoso eram quase três horas, não existia a A25. Fizemos a viagem até Salamanca, onde dormimos, e ele ia colocando várias cassetes. Não havia carros com CDs, estamos a falar em 1992, e as cassetes tinham entrevistas que ele dava a falar sobre o Valdo, o Ricardo Gomes, o Aldair, o Mozer, todos esses grandes jogadores que ele representava. Fui para aí três horas a ouvir as cassetes dele e dizia-me: "Ouve o que eu vou dizer agora do Mozer! Ouve o que eu vou dizer agora do Valdo." Para mim foi uma comédia, não é?

Chegámos a Salamanca, dormimos lá e no dia seguinte fizemos a viagem directa para Bordéus. Até fiquei no aeroporto porque íamos fazer o estágio para Aix-les-Bains, perto da fronteira com a Suíça. Ele foi-se embora e fiquei ali sozinho. Falava alguma coisa de Francês, do que tinha aprendido no liceu, conseguia comunicar, e foi quando o director desportivo me disse: "tu vas essayer." Aí caiu-me tudo, percebi que ia mesmo à experiência. O que é que o Barbosa me foi fazer? Criou aquele enredo todo como se estivesse tudo finalizado, eu à espera de assinar contrato e afinal fui para estágio à experiência.

Estive lá duas semanas com a equipa do Bordéus e vi logo que era uma qualidade acima da média, uma equipa fabulosa. Estava o Dugarry, o ponta-de-lança, o Lizarazu, que foi campeão do Mundo, e tinha acabado de chegar um jogador, vindo do Cannes, que era nem mais nem menos do que o Zidane. Comecei a ver aqueles meninos a jogar e pensei: "Não, isto aqui é outro nível." Ah, e o Barbosa também tinha levado para o Bordéus comigo o Márcio Santos, o central que depois foi campeão do Mundo pelo Brasil em 1994. Aquilo era uma qualidade mesmo fora-de-série. E pronto, foi normal, estive ali duas semanas, até fiz um jogo particular contra o Auxerre, que me correu bem, mas disseram ao Barbosa que queriam um jogador mais feito. É normal, mas para ser estrangeiro tinha de ser um jogador que fizesse a diferença e eu naquela altura, obviamente, não fazia.

Voltei e acabei por assinar pelo Gil Vicente, que estava na I Divisão. Depois fiz duas épocas no Tirsense e na segunda fiz muitos golos. No final dessa temporada fui um dos melhores marcadores da I Divisão e fomos fazer um torneio em Paris. Era o Tirsense, o Saint-Étienne e o Leiria. Fiz um grande golo contra o Saint-Étienne e quem estava na bancada era o Toni, que era o treinador do Bordéus, e a imprensa francesa perguntou-lhe:
– Há uns anos o Marcelo esteve à experiência no Bordéus. Você quer levá-lo agora?
E o Toni respondeu:
– Pois, nessa altura podia ter ido para o Bordéus, agora já não é fruta para o nosso bico.
E passado duas ou três semanas assinei pelo Benfica. Isto dá muitas voltas. É uma história curiosa, um pouco dramática para mim, estava a contar assinar um contrato e afinal quando cheguei lá era para ir à experiência. Foram situações do Barbosa, que Deus o tenha, mas era um agente muito sui generis, tinha a sua maneira de trabalhar e às vezes as coisas davam certo.