Jorge Jesus

Treinador, 70 anos,
Portugal
Equipa Principal: 8 épocas (2009-2015, 2020-2021), 404 jogos (279 vitórias, 64 empates, 61 derrotas)

Títulos: Campeonato Nacional (3), Taça de Portugal (1), Supertaça (1), Taça da Liga (5)

sagan1976

Citação de: Rikurveojmal em 05 de Maio de 2015, 15:04
Citação de: sagan1976 em 05 de Maio de 2015, 15:02
Citação de: Rikurveojmal em 05 de Maio de 2015, 14:55
Citação de: sagan1976 em 05 de Maio de 2015, 14:51
Citação de: nfgl em 05 de Maio de 2015, 14:49
Citação de: sagan1976 em 05 de Maio de 2015, 14:47
O Jesus tem melhorado a sua interpretação do futebol a nível defensivo. Passou duma altura de "atacarem com tude, cilindrarem" à fase do buraco no meio campo à fase do quase lá, fodemo-nos, até uma altura de algum equilíbrio colectivo. Resta saber (se ele ficar) que faceta do Jorge Jesus é que a próxima sangria de jogadores vai revelar.

É uma merda haver um desiquilibrio tão grande entre o nível dos jogos domésticos e internacionais.
Isso já não vai lá com jogadores. Eu nunca me esqueço da primeira campanha europeia do Jesus no Benfica, todos estávamos "ahhh caralho, até o comemos" e depois apanhámos com uma equipa com manha chamada Liverpool e foi tudo com os porcos.

Acima de tudo era uma equipa sedenta por títulos e com pica toda de um treinador que entrava pela primeira vez num grande. Tinha um grande onze mas poucas soluções de banco e sobretudo inexperiência em jogos a doer. Eu acho que o Porto deixou-se dormir no primeiro terço do campeonato a pensar que iria ser mais do costume, o problema é que com arbitragens não havia nada a fazer porque era 4 e 5 em cada jogo. Depois quando acordaram foi tarde demais, foi o Braga que aproveitou o colinho para nos melgar até a ultima jornada.
A equipa do ano passado era bem superior na minha opinião.
Não esquecer que já com o Marselha a equipa borrou-se toda. Hegemonias e sucesso europeu é preciso tempo, não de um ano para outro que se ganhava talo naqueles ambientes, ainda hoje a equipa ressente-se na Champions comparando com Liga Europa. O mesmo digo para hegemonia nacional só mesmo um PSG com o milionário a espetar cá estrelas durante 3 ou 4 anos é que se conquistava a hegemonia de um momento para o outro.
Péra aí, maluco. Hegemonia é uma palavra muito forte ainda. Eu já me contento só com o facto de poder ser nos próximos anos a equipa que ninguém quer apanhar pela frente.

Falo de Hegemonia nacional. Um tetra chegava para destruir o porco de vez. Ainda para mais o velho já tá velho...
Para o ano ainda tenho receio... Caso o Benfica vá buscar um treinador da merda, venda o Gaitan e Salvio e o Porto desencante mais uns negócios espanhois tem tudo para o Porco passear no campeonato e fazer brilharetes na europa ao estilo do Mourinho e Villas Boas e ressuscitá-los de novo...
Queres um bom exemplo, no caso do porco, de equipa para consumo interno? Co Adriaanse.

sagan1976

Citação de: RoYal_EaGle_2004 em 05 de Maio de 2015, 15:05
Acho incrível que se compare um treinador com o palmarés do Jesus com o Mourinho. Ou, se quiserem, ao contrário.

Como raio se consegue afirmar, de peito cheio, que o Jesus é melhor treinador que o Mourinho? Quais são os dados? Os títulos? O futebol "praticado"? Não consigo mesmo perceber, é que não há espaço nenhum para esta discussão.


Porque voltou à ribalta a temática "o futebol do Mourinho é secante" que já tinha sido alicerçada aquando do autocarro do Inter frente ao Barça.

O Soberbo

Citação de: sagan1976 em 05 de Maio de 2015, 14:47
O Jesus tem melhorado a sua interpretação do futebol a nível defensivo. Passou duma altura de "atacarem com tude, cilindrarem" à fase do buraco no meio campo à fase do quase lá, fodemo-nos, até uma altura de algum equilíbrio colectivo. Resta saber (se ele ficar) que faceta do Jorge Jesus é que a próxima sangria de jogadores vai revelar.

Parece-me é que mudam as interpretações acerca da interpretação que o Jesus faz do futebol ofensivo. Quando um meio campo composto por Aimar e Javi Garcia ganha o campeonato, está muito bem. Quando a mesma dupla perde, é a fase do buraco. Quando um meio campo composto por Matic e Enzo perde o campeonato, continua a fase do buraco. Quando Pizzi e Samaris ganham, ele volta a saber interpretar muito bem.

sagan1976

Citação de: O Soberbo em 05 de Maio de 2015, 15:09
Citação de: sagan1976 em 05 de Maio de 2015, 14:47
O Jesus tem melhorado a sua interpretação do futebol a nível defensivo. Passou duma altura de "atacarem com tude, cilindrarem" à fase do buraco no meio campo à fase do quase lá, fodemo-nos, até uma altura de algum equilíbrio colectivo. Resta saber (se ele ficar) que faceta do Jorge Jesus é que a próxima sangria de jogadores vai revelar.

Parece-me é que mudam as interpretações acerca da interpretação que o Jesus faz do futebol ofensivo. Quando um meio campo composto por Aimar e Javi Garcia ganha o campeonato, está muito bem. Quando a mesma dupla perde, é a fase do buraco. Quando um meio campo composto por Matic e Enzo perde o campeonato, continua a fase do buraco. Quando Pizzi e Samaris ganham, ele volta a saber interpretar muito bem.
Não, não é mesmo nada disso.

Rikurveojmal

Citação de: sagan1976 em 05 de Maio de 2015, 15:06
Citação de: Rikurveojmal em 05 de Maio de 2015, 15:04
Citação de: sagan1976 em 05 de Maio de 2015, 15:02
Citação de: Rikurveojmal em 05 de Maio de 2015, 14:55
Citação de: sagan1976 em 05 de Maio de 2015, 14:51
Citação de: nfgl em 05 de Maio de 2015, 14:49
Citação de: sagan1976 em 05 de Maio de 2015, 14:47
O Jesus tem melhorado a sua interpretação do futebol a nível defensivo. Passou duma altura de "atacarem com tude, cilindrarem" à fase do buraco no meio campo à fase do quase lá, fodemo-nos, até uma altura de algum equilíbrio colectivo. Resta saber (se ele ficar) que faceta do Jorge Jesus é que a próxima sangria de jogadores vai revelar.

É uma merda haver um desiquilibrio tão grande entre o nível dos jogos domésticos e internacionais.
Isso já não vai lá com jogadores. Eu nunca me esqueço da primeira campanha europeia do Jesus no Benfica, todos estávamos "ahhh caralho, até o comemos" e depois apanhámos com uma equipa com manha chamada Liverpool e foi tudo com os porcos.

Acima de tudo era uma equipa sedenta por títulos e com pica toda de um treinador que entrava pela primeira vez num grande. Tinha um grande onze mas poucas soluções de banco e sobretudo inexperiência em jogos a doer. Eu acho que o Porto deixou-se dormir no primeiro terço do campeonato a pensar que iria ser mais do costume, o problema é que com arbitragens não havia nada a fazer porque era 4 e 5 em cada jogo. Depois quando acordaram foi tarde demais, foi o Braga que aproveitou o colinho para nos melgar até a ultima jornada.
A equipa do ano passado era bem superior na minha opinião.
Não esquecer que já com o Marselha a equipa borrou-se toda. Hegemonias e sucesso europeu é preciso tempo, não de um ano para outro que se ganhava talo naqueles ambientes, ainda hoje a equipa ressente-se na Champions comparando com Liga Europa. O mesmo digo para hegemonia nacional só mesmo um PSG com o milionário a espetar cá estrelas durante 3 ou 4 anos é que se conquistava a hegemonia de um momento para o outro.
Péra aí, maluco. Hegemonia é uma palavra muito forte ainda. Eu já me contento só com o facto de poder ser nos próximos anos a equipa que ninguém quer apanhar pela frente.

Falo de Hegemonia nacional. Um tetra chegava para destruir o porco de vez. Ainda para mais o velho já tá velho...
Para o ano ainda tenho receio... Caso o Benfica vá buscar um treinador da merda, venda o Gaitan e Salvio e o Porto desencante mais uns negócios espanhois tem tudo para o Porco passear no campeonato e fazer brilharetes na europa ao estilo do Mourinho e Villas Boas e ressuscitá-los de novo...
Queres um bom exemplo, no caso do porco, de equipa para consumo interno? Co Adriaanse.

Acho que o problema desse ano foi mesmo a champions... E o Koeman tava aqui a prazo com a cabeça de dar o salto. Tava-se bem era a cagar para o campeonato. Não sei porquê mas a saida logo nos grupos se calhar davamos mais luta no campeonato.
No Porto qualquer cagalhão é campeão... Agora talvez não seja assim mas antes...
Foda-se em 92 ou 93 o Carlos Alberto Silva campeão contra Futres, Paulos Sousas, Paneiras , Isaias , Schwarz etc...
O gangue das amarelinhas, carecas, caceteiros a ganhar-nos campeonatos. Foda-se onde iam jogar tinha ganhar á força, ainda para mais na altura só dava um jogo em directo por jornada. Faço ideia as imagens dos resumos... Antes de irem para os estúdios o Pinto da Costa passava vistoria primeiro estilo Coreia do Norte.

ricmarkes

Citação de: Gnr. Keenan em 05 de Maio de 2015, 15:02O futebol de Jesus (parece o nome de um Evangelho ou o caralhe) não é só entusiasmante contra os Penafiéis desta vida. É entusiasmante sempre que o consegue explanar, porque é para isso que ele trabalha, claro que muitas vezes tem de tentar ser objectivo. Já fizemos grandes jogos contra equipas de topo nestes 6 anos e ele hoje é melhor treinador que há 6 anos. O seu maior obstáculo é ele próprio, passe o pleonasmo, porque em termos de concepção do que é o jogo de futebol é um treinador de topo. Falha na leitura, o seu outro problema.

No Inter fez de facto um grande trabalho, mas não esquecer que também investiram bem nesses anos, foi o canto do cisne do clube. Em Madrid falhou rotundamente...problemas de balneário e poucos títulos. Não vale a pena tapar o sol com a peneira.

No ano passado fizemos grandes jogos contra o Porto que, admitamos, não era uma equipa sólida, por situações conhecidas de todos. Fizemos também um grande jogo contra o Sporting na Luz. Estes foram jogos em que o Benfica jogou contra equipas que se podem considerar grandes, sem que tenha alterado a sua forma de jogar.

Também fizemos dois grandes jogos contra a Juve, mas em que o futebol foi notoriamente diferente, como tem de ser.

Fizemos grandes finais contra o Chelsea e Sevilha. Concordo. Concordarás também que tínhamos um plantel absurdamente valioso para a nossa realidade. Em termos de qualidade, não ficávamos a dever nada a um Atl. Madrid, principalmente no ano passado. Qual foi o resultado na LC? O mesmo de sempre.

Quanto ao Mourinho em Madrid. Não acho que ganhar 1 campeonato em 3 ao Barça de Guardiola seja um falhanço. Duvido que qualquer outro treinador tivesse ganho esse campeonato. Mas se ganhar um em 3 é considerado falhanço, Jesus esteve em permanente falhanço no Benfica, podendo sair dessa situação no final deste ano.

pjmorce

Citação de: Miguelito22 em 05 de Maio de 2015, 15:05
Dizer que o Jesus é superior ao Ferguson ou ao Mourinho é digamos parvo e completamente sem sentido.

O Jesus é um bom treinador e para no futuro ser comparado a grandes treinadores tem de continuar a ganhar titulos  porque é isso que interessa e já agora que os ganhe no Benfica.

Alguém dizer isso é porque só vê Benfica TV em casa não vendo os jogos da liga inglesa.

BBpT

Citação de: ricmarkes em 05 de Maio de 2015, 15:05
Citação de: BBpT em 05 de Maio de 2015, 15:00
O Jesus neste momento é melhor treinador que o Mourinho, e não se pode comparar o que o Mourinho fez no porco com o que o Jesus fez no Benfica porque o Mourinho de hoje não é o Mourinho do porco, é pior, o porco do Mourinho e o 1º chelsea dele jogavam à bola, defendiam e atacavam bem.

Hoje em dia? Tudo metido atrás da bola e esperar que os craques resolvam por si, ou que caia uma bola parada do céu.

Critica-se o Jesus por jogar um jogo mais cauteloso contra o esportiva e porco, em que o Benfica não abdicou de atacar, mas não o conseguiu tanto como de costume por falta de qualidade principalmente dos médios centro. O Mourinho faz jogos contra o QPR em que ganha com um golo aos 88 minutos no unico remate à baliza e é o maior, é pragmatico, tem que ser assim porque tem uma equipa fraca e jovem, está em renovação.

E depois tudo o que o Mourinho diz tem defesa, ele tem sempre razão. Quando é um dos maiores hipócritas que há no futebol, queixa-se de equipas que jogam de autocarro contra o chelsea, quando ele joga de autocarro contra qualquer equipa de nivel semelhante ou um pouco abaixo, o ano passado queixava-se de o city ter muito dinheiro para contratações, coitadinho do chelsea que é um clube pobre, que na primeira passagem do Mourinho por lá não tinha dinheiro para estoirar 20M em laterais direitos banais do porco.

O Mourinho fez no porco algo que é dificil algum treinador voltar a fazer numa equipa portuguesa, mas esse Mourinho já não existe

Vou fazer algo que me ensinaram há pouco: caro benfiquista, se o Mourinho jogasse em Portugal, tendo de visitar os poderosos Gil Vicente, Penafiel, Nacional e afins, jogaria certamente de outra forma, talvez ligasse o rolo compressor. Depois, quando tivesse de ir a Alvalade, esse reduto intransponível, talvez fizesse uma exibição tão miserável como a que fizemos lá, provavelmente com uma grande diferença: saíamos com os 3 pontos.

Caro benfiquista, dizer que o Jesus é melhor que o Mourinho não faz sentido nenhum.

Abraço de benfiquista para benfiquista.

Então se contra o Nacional, que está em 9º do nosso campeonato, ligava o rolo compressor, porque é que não ligou contra o QPR que está em penúltimo da Premier e é a equipa com mais golos sofridos?

Velazquez

Citação de: O Soberbo em 05 de Maio de 2015, 15:09


Parece-me é que mudam as interpretações acerca da interpretação que o Jesus faz do futebol ofensivo. Quando um meio campo composto por Aimar e Javi Garcia ganha o campeonato, está muito bem. Quando a mesma dupla perde, é a fase do buraco. Quando um meio campo composto por Matic e Enzo perde o campeonato, continua a fase do buraco. Quando Pizzi e Samaris ganham, ele volta a saber interpretar muito bem.
Se calhar não é pelos jogadores que jogam mas sim pelo espaço que se dá ou não se dá.Talvez seja dai que se fale no buraco

RoYal_EaGle_2004

Só para reforçar a ideia...

Jesus

1989-1993 (Amora)
1993-1998 (Felgueiras)
1998-2000 (Estrela da Amadora)
2000-2002 (V. Setúbal)
2002-2003 (Estrela da Amadora)
2003-2004 (V. Guimarães)
2004-2005 (Moreirense)
2005-2006 (U. Leiria)
2006-2008 (Belenenses)
2008-2009 (SC Braga)
2009- (Benfica)

Segunda Divisão B (1): 1991–92
União Europeia Taça Intertoto (1): 2008
Campeonato Português (2): 2009–10, 2013–14
Taça de Portugal (1): 2013–14
Taça da Liga (4): 2009–10, 2010–11, 2011–12, 2013–14
Supertaça Cândido de Oliveira (1): 2014

Mourinho

2000 (Benfica)
2001–2002 (União de Leiria)
2002–2004 (Porto)
2004–2007 (Chelsea)
2008–2010 (Internazionale)
2010–2013 (Real Madrid)
2013– (Chelsea)   

Liga dos Campeões da UEFA: 2003–04
Taça UEFA: 2002–03
Campeonato Português: 2002–03, 2003–04
Taça de Portugal: 2002–03
Supertaça Cândido de Oliveira: 2002–03, 2003–04

Premier League: 2004–05, 2005–06, 2014–15
FA Cup: 2006-07
Carling Cup: 2004–05, 2006–07, 2014–15
FA Community Shield: 2005

Liga dos Campeões da UEFA: 2009–10
Serie A: 2008–09, 2009–10
Coppa Italia: 2009–10
Supercoppa Italiana: 2009

La Liga: 2011–12
Copa del Rey: 2010–11
Supercopa da Espanha: 2012
Troféu Santiago Bernabéu: 2010, 2011, 2012

Está tudo maluco?

yerlow

É um pouco comprido, mas vale a pena, para quem tiver tempo.
in Lateral-Esquerdo

"A minha história com José Mourinho começa em 2001. Numa altura em que deixava o comando técnico do Benfica para assinar pelo Leiria, trazia o perfume refrescante que Portugal precisava para que uma revolução qualitativa fosse operada no futebol. Por tudo o que dizia, por tudo o que fazia, Mourinho sempre foi um treinador diferente, para melhor. Em Portugal, o seu Leiria passeava qualidade de jogo ainda que não fosse a equipa com melhores individualidades. Mourinho treinava de forma diferente, era rigoroso como nenhum outro que o antecedeu, era diferente na forma de abordar o treino - desde o aquecimento até ao retorno à calma -, treinava um pequeno que jogava como um grande. Aqui, começa a minha paixão por Mourinho, o verdadeiro. Aquele que começa a mostrar que é possível fazer diferente, e ganhar. Que há um caminho que garante uma percentagem de vitórias esmagadora em relação à derrotas e empates. O caminho é o da organização de jogo, o da criação de competências em todos os momentos do jogo, tudo suportado por duas bases fundamentais: o golo, e a posse de bola.

Mourinho foi o treinador que me ensinou que o conceito de equipa era superior às relações que os jogadores tinham fora do campo, era superior ao esforço físico que todos faziam para conseguir compensar o colega, era superior ao esforço físico que se fazia para recuperar a bola. Ele mostrou-me que mais equipa era aquela em que os jogadores em cada momento pensavam e agiam de forma semelhante, ligados por uma forma colectiva de resolver os problemas do jogo. Veio o Porto e concretizou para o mundo, de forma estrondosa, o que vinha prometendo desde que se tornou treinador principal. O futebol era bem superior relativamente ao que se praticava pela Europa. Percebia-se, ainda que não tivesse as melhores individualidades, que era o melhor futebol do mundo. O Porto era superior, colectivamente, em todos os momentos do jogo. O Porto, a jogar com menos um jogador em campo continuava a ser mandão, continuava a ter a bola, continuava a dominar os adversário não se adaptando nunca ao que este pudesse dar. Obrigava, por isso, que fossem os outros a pensar como parar o Porto. Subjugava as maiores e mais poderosas equipas da Europa com um futebol de linhas de passe constantes, de combinações ofensivas de grande qualidade, de superioridade no corredor central em posse, de uma reacção agressiva à perda, de zonas de pressão que não davam espaço aos adversários, que sufocavam e deliravam dizendo que parecia sempre que Mourinho jogava com mais um. E jogava, de facto, por ter uma equipa preparada para jogar o jogo como ele devia ser jogado - com qualidade colectiva em todos os momentos do jogo.

Em Inglaterra tornou-se especial para o mundo que ainda não o conhecia, já o era para mim. Era-o porque foi sempre diferente. Fiel ao caminho que traçou de domínio do adversário, do qual não abdicou nunca por perceber que também essa era a melhor forma de defender, de descansar, de gerir o jogo, de jogar com as expectativas do adversário, fosse em que estádio fosse. Foi tão arrebatador como eu já esperava que fosse, porque era o melhor de muito longe. Tinha a melhor proposta de futebol ofensivo, gostava de jogadores inteligentes acima de qualquer outro aspecto, defendia como poucos utilizando referências zonais. O que conseguiu ganhar, foi sempre de forma distinta, teve sempre qualidade. Ganhou como poucos ganham, com um estilo de jogo apaixonante, que mostrava o caminho para o evoluir do jogo. Ganhou mais do que títulos, ganhou mais do que jogos, ganhou a eternidade. O Leiria de Mourinho; o Porto de Mourinho; o Chelsea de Mourinho, o verdadeiro; serão sempre lembrados como grandes marcos da história do jogo. Serão lembrados pelos motivos certos, pelo futebol que praticavam. Eram tempos em que Mourinho mostrava que não era preciso defender com muitos para defender bem, que era preciso jogar no meio campo do adversário mais tempo do que no próprio meio campo, que era preciso encontrar com inteligência os melhores caminhos para o golo.

Seguiu-se Itália. País onde se dizia que iria ser enxovalhado, pelo saber táctico que os transalpinos diziam ter. Saber esse que estava mais que ultrapassado, que assentava na ideia de terem tido um grande treinador a revolucionar a forma de pensar o jogo, e terem vivido anos na sombra do sucesso que um treinador teve, com um jogo de qualidade. Saber esse que na altura não era assim tanto, comparado com o que Mourinho já tinha mostrado ao mundo. Saber esse que não tinha tanta relevância, tendo em conta o atraso para o melhor ao nível do treino. Aqui, em Itália, Mourinho começou a mostrar a diferença. Começou a mostrar que a inteligência de jogo, que a superioridade no corredor central, que o futebol ofensivo continuava a ser o melhor caminho. Quando chegou ao Inter teve duas afirmações que romperam à toda linha com aquilo que a maioria dos italianos parecia pensar, dizendo que o jogador à frente da linha defensiva não tinha de ter características defensivas. Disse que esse jogador tinha de ser um jogador com boa capacidade para jogar com bola, com boa visão, para ser o homem que inicia a construção nessa zona. Disse que era a posição de Cambiasso, mas também de Stankovic caso fosse necessário. Disse também, nessa altura, que lhe agradava um jogador de futebol e não alguém que andasse a destruir o jogo do adversário. De seguida, perguntavam-lhe sobre Ibrahimovic, que não marcava golos. E com a clareza habitual, ele responde que para um avançado da sua equipa, por ele querer jogar um futebol de controlo e de posse, seria sempre mais importante ser um super-jogador do ponto de vista técnico do que um jogador que marque golos. Isto porque, dizia ele, se uma equipa estivesse dependente dos golos de um jogador no caso do jogador não estar bem, ou não estar, a equipa iria passar dificuldades. Aqui, quando chegou, Mourinho ainda jogava com os factores mais importantes, os factores que ele controlava. Aqui, ele percebia perfeitamente que não podia controlar os jogadores, mas que podia controlar alguns comportamentos que lhe permitiam ficar menos exposto ao maior imponderável do jogo: o jogador.

Pensava-se que Mourinho iria continuar a somar pontos, e a mudar paradigmas por onde quer que fosse. Mas a eliminação nos oitavos de final da Liga dos Campeões, frente ao Manchester, mudou-o. Mudou os seus objectivos, e ganhou. E como ganhou, muito, passou a acreditar que aquela forma de trabalhar era o que lhe poderia  garantir, no futuro, maior regularidade ao nível dos troféus, em todas as provas. Diga-se que era difícil de gerir o sucesso estrondoso que teve nesse ano, mas reflectindo um pouco sobre ele, e sobre os anos que seguiram, não era necessário ser brilhante para perceber que não passou de uma especificidade do jogo, que teima em premiar ocasionalmente equipas que pouco têm para oferecer ao jogo. Hoje, Mourinho vive sobre a aura do sucesso de 2010. E tudo o que faz, a metodologia de treino, o modelo de jogo, as escolhas dos jogadores, os onzes iniciais, são atrocidades que reflectem um passado que ele ignora, com sustentação no sucesso de uma e uma só época desportiva. A partir daqui, Mourinho passou a ser o treinador que preparava a equipa para competições a eliminar, para momentos específicos da época. Treinava todo um ano para um único momento, para um jogo, para parar uma determinada equipa. Passou a jogar com os imponderáveis, a defender como podia, a atacar sem risco, e a esperar pela inspiração dos seus avançados, ou pela sorte, para marcar. Passou a ser um treinador como o outros, a tentar parar adversário à pancada e sem futebol. E por isso, como os outros, passou a ganhar menos títulos ao final de cada época. Passou a ganhar como muitos ganham, por um acaso, por individualidades fortes, por obra divina. Por ter deixado de preparar a sua equipa para a maior parte dos jogos, por treinar constantemente para provas onde a sorte é um factor muito importante, por achar que cada jogo é uma batalha onde a sua equipa tem de encaixar no adversário, por ter começado a jogar mais perto da sua baliza do que da baliza do adversário, por não permitir a jogadores de grande qualidade - desde o Real Madrid ao novo Chelsea - que possam expressar a sua mais valia individual, por fazer com que os seus jogadores pareçam piores do que realmente são, Mourinho regrediu e é hoje igual a muitos. Ganha como muitos, perde como muitos. Quando ganha não é marcante, não é eterno. Não é, hoje, mais treinador que Di Matteo, Rehhagel, ou Benitez. Porque o que ele faz, qualquer um consegue. O que fazia, só estava ao alcance dos melhores. É verdade que nesse ano venceu o Triplete, coisa que muito poucos poderão repetir. Mas as exigências do jogo ditam que uma equipa que é trabalhada com tais ideias, nunca mais poderá ser regular em títulos e em finais, como o foi naquele momento especifico.

Para Mourinho hoje o importante é marcar golos e parar o adversário. Esqueceu-se da bola. Onde preferia jogadores capazes de construir, agora prefere defesas centrais, para que, nas palavras dele, seja um jogo de 10 contra 10, por anular um adversário. Anular um adversário! Hoje, mais do que nunca, Mourinho pensa que o futebol é um jogo de duelos individuais, onde quem vencer mais duelos ganha o jogo. Hoje, Mourinho acredita mais do que nunca nos factores externos, naqueles que ele não controla, para ganhar o jogo. Hoje, Mourinho acredita que ganha a maioria dos jogos com estratégia, com palestras inspiradoras, com garra, com esforço físico sobre-humano. Hoje, Mourinho acredita que a melhor equipa é aquela onde os jogadores correm mais que o adversário.  Hoje, mais do que nunca, Mourinho está atrasado no tempo, por depender essencialmente da inspiração individual dos seus jogadores, e da sorte para ganhar. Hoje, seja contra quem for, baixa as linhas e defende em cima da área. Entrega completamente a iniciativa ao adversário, mesmo contra dez. Em vantagem, mesmo que jogue contra o último, defende nos últimos trinta metros. O quanto mudou Mourinho! E por essa mudança, nos últimos cinco anos, Mourinho jogou 12 provas a eliminar e chegou a três finais! Trabalhou, preparou, montou a equipa para estes momentos - os de decisão - por achar que os controla melhor assim, e o falhanço é absolutamente demonstrativo de como nunca esteve tão longe do sucesso, e tão igual aos iguais. O Mourinhismo é hoje nada mais que uma religião sustentada pela fé absoluta no divino para conseguir o resultado."

Flirt4ever

Ao menos já não escreves o Rui Vitória como estando na linha da frente   :winner:

he he he.

E esqueçam o Marco Silva, o Lenardo Jardim e o Vitor Pereira. Os 2 primeiros têm contratos de longa duração e o Vitor Pereira esteve anos a destilar ódio ao Benfica.


Citação de: 10Baggio em 05 de Maio de 2015, 14:51
As preferencias da SAD nâo serão por esta ordem se JJ sair?

1- Marco Silva
2- Jardim
3- Vitor Pereira
4- Paulo Bento

Sergio Conceição e Paulo Fonseca não me parecem apostas para já. Carlos Quieiroz?! Brincamos?!

Depois há Rui Vitoria e José Peseiro, mais afastados nesta altura...
Citação de: 10Baggio em 03 de Maio de 2015, 23:26
As hipóteses da analise que faço do que se foi falando e tendo em conta que o treinador será sempre Portugues sâo Vitor Pereira, Jardim ou Marco Silva.

Paulo Bento e José Peseiro numa segunda linha.
Citação de: 10Baggio em 03 de Maio de 2015, 22:40
Vitor Pereira, Jardim, José Peseiro, Paulo Bento ou Marco Silva. Será um destes se JJ sair...
Citação de: 10Baggio em 27 de Abril de 2015, 16:04
Sera entre Rui Vitoria, Paulo Bento, Peseiro ou Vitor Pereira.
Citação de: 10Baggio em 17 de Abril de 2015, 13:57
Atendendo ás preferências e relaçôes directas da SAD será entre José Peseiro, Paulo Bento e Vitor Pereira.
Citação de: 10Baggio em 17 de Abril de 2015, 12:14
Peseiro, Paulo Bento ou Vitor Pereira serâo as escolhas previsíveis da SAD. Nâo descurando a situação de Marco Silva.

Eu escolheria Preud´Homme ou Marco Silva.
Citação de: 10Baggio em 16 de Abril de 2015, 23:59
Rui Vitoria, Paulo Bento, Vitor Pereira e José Peseiro. Preud Homme infelizmente nâo me parece que seja opçâo para a SAD. Marco Silva só se sair do sporting, Sergio Conceiçâo nâo terá ainda maturidade suficiente para o cargo...
Citação de: 10Baggio em 08 de Abril de 2015, 15:13
Se sair JJ acho que Vieira vai escolher o Peseiro, é uma opinião minha. Se bem que nomes como P.Bento. Vitor Pereira e Rui Vitória estejam também em boa posição...
Citação de: 10Baggio em 08 de Abril de 2015, 00:28
Sendo Vieira a escolher, caso JJ saia , n me espantaria de uma escolha entre estes nomes: Vitor Pereira, Rui Vitoria, Paulo Bento ou Jose Peseiro.

Trezeguet

saindo JJ, promove-se Chalana a treinador principal.

ricmarkes

Citação de: BBpT em 05 de Maio de 2015, 15:14
Citação de: ricmarkes em 05 de Maio de 2015, 15:05
Citação de: BBpT em 05 de Maio de 2015, 15:00
O Jesus neste momento é melhor treinador que o Mourinho, e não se pode comparar o que o Mourinho fez no porco com o que o Jesus fez no Benfica porque o Mourinho de hoje não é o Mourinho do porco, é pior, o porco do Mourinho e o 1º chelsea dele jogavam à bola, defendiam e atacavam bem.

Hoje em dia? Tudo metido atrás da bola e esperar que os craques resolvam por si, ou que caia uma bola parada do céu.

Critica-se o Jesus por jogar um jogo mais cauteloso contra o esportiva e porco, em que o Benfica não abdicou de atacar, mas não o conseguiu tanto como de costume por falta de qualidade principalmente dos médios centro. O Mourinho faz jogos contra o QPR em que ganha com um golo aos 88 minutos no unico remate à baliza e é o maior, é pragmatico, tem que ser assim porque tem uma equipa fraca e jovem, está em renovação.

E depois tudo o que o Mourinho diz tem defesa, ele tem sempre razão. Quando é um dos maiores hipócritas que há no futebol, queixa-se de equipas que jogam de autocarro contra o chelsea, quando ele joga de autocarro contra qualquer equipa de nivel semelhante ou um pouco abaixo, o ano passado queixava-se de o city ter muito dinheiro para contratações, coitadinho do chelsea que é um clube pobre, que na primeira passagem do Mourinho por lá não tinha dinheiro para estoirar 20M em laterais direitos banais do porco.

O Mourinho fez no porco algo que é dificil algum treinador voltar a fazer numa equipa portuguesa, mas esse Mourinho já não existe

Vou fazer algo que me ensinaram há pouco: caro benfiquista, se o Mourinho jogasse em Portugal, tendo de visitar os poderosos Gil Vicente, Penafiel, Nacional e afins, jogaria certamente de outra forma, talvez ligasse o rolo compressor. Depois, quando tivesse de ir a Alvalade, esse reduto intransponível, talvez fizesse uma exibição tão miserável como a que fizemos lá, provavelmente com uma grande diferença: saíamos com os 3 pontos.

Caro benfiquista, dizer que o Jesus é melhor que o Mourinho não faz sentido nenhum.

Abraço de benfiquista para benfiquista.

Então se contra o Nacional, que está em 9º do nosso campeonato, ligava o rolo compressor, porque é que não ligou contra o QPR que está em penúltimo da Premier e é a equipa com mais golos sofridos?

O orçamento do QPR é à volta de 90M€. Pelo menos foi isto há um ano atrás. Tiras Porto e Benfica das contas e é um valor superior às outras 16 equipas do campeonato português, juntas. Talvez quase o dobro desse valor. Só para teres uma noção do que estamos a falar.

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Citação de: Rikurveojmal em 05 de Maio de 2015, 14:55
Citação de: sagan1976 em 05 de Maio de 2015, 14:51
Citação de: nfgl em 05 de Maio de 2015, 14:49
Citação de: sagan1976 em 05 de Maio de 2015, 14:47
O Jesus tem melhorado a sua interpretação do futebol a nível defensivo. Passou duma altura de "atacarem com tude, cilindrarem" à fase do buraco no meio campo à fase do quase lá, fodemo-nos, até uma altura de algum equilíbrio colectivo. Resta saber (se ele ficar) que faceta do Jorge Jesus é que a próxima sangria de jogadores vai revelar.

É uma merda haver um desiquilibrio tão grande entre o nível dos jogos domésticos e internacionais.
Isso já não vai lá com jogadores. Eu nunca me esqueço da primeira campanha europeia do Jesus no Benfica, todos estávamos "ahhh caralho, até o comemos" e depois apanhámos com uma equipa com manha chamada Liverpool e foi tudo com os porcos.

Acima de tudo era uma equipa sedenta por títulos e com pica toda de um treinador que entrava pela primeira vez num grande. Tinha um grande onze mas poucas soluções de banco e sobretudo inexperiência em jogos a doer. Eu acho que o Porto deixou-se dormir no primeiro terço do campeonato a pensar que iria ser mais do costume, o problema é que com arbitragens não havia nada a fazer porque era 4 e 5 em cada jogo. Depois quando acordaram foi tarde demais, foi o Braga que aproveitou o colinho para nos melgar até a ultima jornada.
A equipa do ano passado era bem superior na minha opinião.
Não esquecer que já com o Marselha a equipa borrou-se toda. Hegemonias e sucesso europeu é preciso tempo, não de um ano para outro que se ganhava talo naqueles ambientes, ainda hoje a equipa ressente-se na Champions comparando com Liga Europa. O mesmo digo para hegemonia nacional só mesmo um PSG com o milionário a espetar cá estrelas durante 3 ou 4 anos é que se conquistava a hegemonia de um momento para o outro.

Desculpa mas isso é mentira, e das grandes, se jogo ouve em que a equipa do Benfica mostrou ter colhões do tamanho do mundo, foi nesse jogo no Vélodrome, fomos pra cima deles e mesmo depois de termos sofrido golo não paramos de ir para cima deles nem baixamos os braços. E na luz , também fomos superiores e tivemos o azar de sofrer um golo no último minuto.