Bruno Lage, Treinador do SL Benfica

Treinador, 48 anos,
Portugal
Equipa Principal: 3 épocas (2019-2020, 2024-), 88 jogos (61 vitórias, 12 empates, 15 derrotas)
Em 2024/2025: 12 jogos (10 vitórias, 0 empates, 2 derrotas)

Equipa B: 1 época, 13 jogos, 0 golos

Títulos: Campeonato Nacional (1), Supertaça (1)

OclassicoNº10

Estás com um meio campo que não é brincadeira!

Mãos para isto Bruno! Eu acredito em ti!

vermelhoftw

Citação de: Manpaz1904 em 02 de Janeiro de 2020, 20:47
Citação de: Villaridis em 02 de Janeiro de 2020, 19:40
Larguem a ideia do 4-4-2.

O Lage é um homem do 4-3-3 ou 4-2-3-1. Já na equipa B o mostrou.

Era complicado usar essa táctica o ano passado quando havia o Félix, jogador ideal para esse esquema. Este ano mostrou ao que veio.

Que venha o 4-3-3. Será bem-vindo, se funcionar.






PS: Não confundir com o 4-5-1 do bombo. Isso é uma não-táctica. É um esquema ultrapassado, que depende da velocidade de 1 ou 2 jogadores no quinteto central (Salvio, Cervi, Renato, Guedes) para não haver quebra de linhas. Porque a não existir esse jogador a estratégia é balão nas costas da defesa e o Jonas que nos salve. lol.
O homem ainda há dias disse que prefere jogar com 2 jogadores na frente.

Não deve ter dito dois avançados de certeza! Pois até um cego sabe que o chiquinho e tudo menos avançado, se ele dissesse isso ficaria preocupado...

slbenfica_croft

Ai Lage. Tu sabes aquilo que tens em mãos com o Weigl, certo?

Em termos de qualidade e de características, certo?

Diz-me que sim por favor.

lPhoenix

Eu nem digo nada... que é para não estragar.

Para além dos reforços gostava de ver rotinas na equipa, agora é deixar o treinador trabalhar e deixar para os jogos o reflexo desse trabalho.

pmmp20

Citação de: slbenfica_croft em 02 de Janeiro de 2020, 23:04
Ai Lage. Tu sabes aquilo que tens em mãos com o Weigl, certo?

Em termos de qualidade e de características, certo?

Diz-me que sim por favor.

foi pedido dele. é prototipo de medio q o Lage sempre disse q gostava.

Bryan.

Citação de: slbenfica_croft em 02 de Janeiro de 2020, 23:04
Ai Lage. Tu sabes aquilo que tens em mãos com o Weigl, certo?

Em termos de qualidade e de características, certo?

Diz-me que sim por favor.

Sabe.

Esta é contratação de Bruno Lage. Temos um grande médio defensivo em Florentino e mesmo assim Bruno Lage jogava com Gabriel lá, porque sabe que precisava daquela capacidade de distribuição e passe longo para o modelo de jogo dele.

Logo que o deixaram, foi ao mercado resolver essa lacuna.

JoMiJoAn

Citação de: Bryan. em 02 de Janeiro de 2020, 23:42
Citação de: slbenfica_croft em 02 de Janeiro de 2020, 23:04
Ai Lage. Tu sabes aquilo que tens em mãos com o Weigl, certo?

Em termos de qualidade e de características, certo?

Diz-me que sim por favor.

Sabe.

Esta é contratação de Bruno Lage. Temos um grande médio defensivo em Florentino e mesmo assim Bruno Lage jogava com Gabriel lá, porque sabe que precisava daquela capacidade de distribuição e passe longo para o modelo de jogo dele.

Logo que o deixaram, foi ao mercado resolver essa lacuna.
Foi um trabalho em equipa com o Rui costa?

pguerreiro

#93082
Citação de: vermelhoftw em 02 de Janeiro de 2020, 21:57
Citação de: Manpaz1904 em 02 de Janeiro de 2020, 20:47
Citação de: Villaridis em 02 de Janeiro de 2020, 19:40
Larguem a ideia do 4-4-2.

O Lage é um homem do 4-3-3 ou 4-2-3-1. Já na equipa B o mostrou.

Era complicado usar essa táctica o ano passado quando havia o Félix, jogador ideal para esse esquema. Este ano mostrou ao que veio.

Que venha o 4-3-3. Será bem-vindo, se funcionar.






PS: Não confundir com o 4-5-1 do bombo. Isso é uma não-táctica. É um esquema ultrapassado, que depende da velocidade de 1 ou 2 jogadores no quinteto central (Salvio, Cervi, Renato, Guedes) para não haver quebra de linhas. Porque a não existir esse jogador a estratégia é balão nas costas da defesa e o Jonas que nos salve. lol.
O homem ainda há dias disse que prefere jogar com 2 jogadores na frente.

Não deve ter dito dois avançados de certeza! Pois até um cego sabe que o chiquinho e tudo menos avançado, se ele dissesse isso ficaria preocupado...
Quando assume a equipa, já ia com a sua ideia de jogo definida ou fez uma transição para tentar perceber o que a equipa fazia e se, gradualmente, ia ao encontro da sua ideia...

Olhem, tive a noção que ia assumir a equipa, tinha acabado de chegar a casa, quando recebi uma chamada para reunir-me com o presidente. Percebi logo o que se estava a passar. O Tiago Pinto ligou-me para me apresentar no Seixal e teve uma frase curiosa: "Olhe, o que você mais temia vai acontecer. Vai deixar de beber o seu cafezinho descansado, tem que se apresentar e tomar conta da equipa. Venha cá para falar com o Presidente." Assim foi. Quando vou a caminho, o que pensei – e já vos disse – foi o de passar a jogar em 4x4x2.

Mudou logo o chip?

Sim. Não fui jogador, mas na formação, a minha equipa da geração de 89 jogava sempre em 4x4x2 losango, em função das características dos jogadores. Jogava com o André Carvalhas e Bruno Parreira na frente, Miguel Rosa atrás dos avançados. Sentia que era um jogo sempre divertido. Com dois na frente, teria sempre dois homens para tabelar. Dava sempre imensas soluções. Quando venho para os iniciados, jogávamos em 4x3x3, mas senti que não era a mesma coisa. Gosto de ter gente mais à frente para servir de parede, para tabelar. Dá mais soluções para haver ligação e dinâmica. A dada altura começámos a jogar de forma assimétrica. Tínhamos um ala, o Hélder Costa, um ponta de lança, o Bakary ou o Ba e tínhamos o Diego Lopes atrás para tabelar com essa gente toda. Foi o que fizemos em Inglaterra, com o Carvalhal. Jogámos num 4x4x2 clássico. Dois pontas de lança dão uma ligação maior ao jogo, porque dá-nos gente entre linhas para ligar o jogo, como dá para atacar a profundidade. Na equipa B tínhamos algo semelhante, jogávamos com um ponta de lança, o Saponjic ou o Benny, com o Jota por dentro, muita gente entre linhas. A minha primeira ideia foi essa, tentar mudar para um 4x4x2. Tinha visto dois ou três jogos do João [Félix] muito interessantes. Senti que o Rui Vitória a qualquer momento ia dar-lhe essa oportunidade. Há uma boa fase do João Félix, não sei se por dentro ou a vir da esquerda, mas depois lesionou-se e esteve muito tempo parado. Por isso a minha primeira ideia foi passar para 4x4x2 com o João [Félix] na frente e depois acertámos a equipa da melhor maneira. Ali percebemos quem podia jogar, manter toda a gente confortável nas posições e quem interpretasse melhor o 4x4x2. Por isso fomos com aquela equipa para o Rio Ave.

(...)

Disse, ao longo deste ano, para não olharmos para o sistema e olharmos para as dinâmicas. Essas dinâmicas têm de ser sempre com base de dois avançados, com base no 4x4x2?

Gosto de jogar com dois homens na frente. Agora, a questão é que tipo de homens são. Eles é que têm de dar essa dinâmica. Porque podem ser dois avançados... as pessoas dizem "um joga atrás, outro à frente, jogam lado a lado". Depende do contributo à equipa. O João Félix, se calhar, era um segundo avançado, o Raul [de Tomas] é um primeiro avançado e o Chiquinho, se calhar, é um terceiro médio. O mais importante é perceber que tipo de dinâmicas e posicionamentos nos pode oferecer o jogador para projetar o nosso jogo. Qual é a ideia? A ideia é sempre, de forma geral e transversal, que a equipa tenha sempre uma transição defensiva muito forte, uma organização defensiva muito forte, que seja sempre pressionante, no meio-campo ofensivo e no meio-campo defensivo, que com bola tenha capacidade de organizar, de construir, de meter gente entre linhas e à largura, por ser importante ter o controlo de jogo com bola, de atrair no corredor e entrar nos espaços, de atacar a profundidade. Por vezes somos caracterizados de ser uma equipa de transição ofensiva. Acredito é em tudo. Prefiro olhar para a minha equipa e tirar partido das características dos meus jogadores e do momento. Se recuperar a bola numa determinada zona e o adversário oferecer um espaço para progredir e marcar um golo em dois passes, porque é que não hei-dei aproveitar isso? As pessoas confundem muito isso. Quero uma equipa competente nos vários momentos, incluindo os esquemas táticos. Depois, se é com dois homens na frente ou com um, depende muito da dinâmica dos nossos jogadores. Não nos podemos esquecer disto: quem joga e toma as decisões são os jogadores. Posso – e esse é o nosso trabalho – fazer uma análise, porque temos essa capacidade por estar fora e perdemos muito tempo nisso, e ver que há diferentes espaços para explorar em função do posicionamento adversário. Temos é que tirar partido disso. A ideia de jogo é sempre essa, olhar para o adversário, olhar para nós, colocarmo-nos da melhor maneira em campo, mas, depois, as decisões têm de ser dos jogadores. Podemos ajudá-los, mas todos eles tomam decisões diferentes. Daquilo que é funções e conhecimento do jogo deles, conseguem descobrir e fazer coisas que nós, por fora, nem conseguimos ver nem perceber. Por isso é que digo: há o nosso posicionamento, mas as decisões são deles e a partir daí temos de jogar.

rotepa

Espero que fizeste boa manicura nesta quadra natalicia, e que tenhas ficado com boas unhas para tocar nisto.

adeptoBancada

Estou curioso em ver como vais integrar o Weigl no Benfica.

vermelhoftw

Citação de: pguerreiro em 02 de Janeiro de 2020, 23:47
Citação de: vermelhoftw em 02 de Janeiro de 2020, 21:57
Citação de: Manpaz1904 em 02 de Janeiro de 2020, 20:47
Citação de: Villaridis em 02 de Janeiro de 2020, 19:40
Larguem a ideia do 4-4-2.

O Lage é um homem do 4-3-3 ou 4-2-3-1. Já na equipa B o mostrou.

Era complicado usar essa táctica o ano passado quando havia o Félix, jogador ideal para esse esquema. Este ano mostrou ao que veio.

Que venha o 4-3-3. Será bem-vindo, se funcionar.






PS: Não confundir com o 4-5-1 do bombo. Isso é uma não-táctica. É um esquema ultrapassado, que depende da velocidade de 1 ou 2 jogadores no quinteto central (Salvio, Cervi, Renato, Guedes) para não haver quebra de linhas. Porque a não existir esse jogador a estratégia é balão nas costas da defesa e o Jonas que nos salve. lol.
O homem ainda há dias disse que prefere jogar com 2 jogadores na frente.

Não deve ter dito dois avançados de certeza! Pois até um cego sabe que o chiquinho e tudo menos avançado, se ele dissesse isso ficaria preocupado...
Quando assume a equipa, já ia com a sua ideia de jogo definida ou fez uma transição para tentar perceber o que a equipa fazia e se, gradualmente, ia ao encontro da sua ideia...

Olhem, tive a noção que ia assumir a equipa, tinha acabado de chegar a casa, quando recebi uma chamada para reunir-me com o presidente. Percebi logo o que se estava a passar. O Tiago Pinto ligou-me para me apresentar no Seixal e teve uma frase curiosa: "Olhe, o que você mais temia vai acontecer. Vai deixar de beber o seu cafezinho descansado, tem que se apresentar e tomar conta da equipa. Venha cá para falar com o Presidente." Assim foi. Quando vou a caminho, o que pensei – e já vos disse – foi o de passar a jogar em 4x4x2.

Mudou logo o chip?

Sim. Não fui jogador, mas na formação, a minha equipa da geração de 89 jogava sempre em 4x4x2 losango, em função das características dos jogadores. Jogava com o André Carvalhas e Bruno Parreira na frente, Miguel Rosa atrás dos avançados. Sentia que era um jogo sempre divertido. Com dois na frente, teria sempre dois homens para tabelar. Dava sempre imensas soluções. Quando venho para os iniciados, jogávamos em 4x3x3, mas senti que não era a mesma coisa. Gosto de ter gente mais à frente para servir de parede, para tabelar. Dá mais soluções para haver ligação e dinâmica. A dada altura começámos a jogar de forma assimétrica. Tínhamos um ala, o Hélder Costa, um ponta de lança, o Bakary ou o Ba e tínhamos o Diego Lopes atrás para tabelar com essa gente toda. Foi o que fizemos em Inglaterra, com o Carvalhal. Jogámos num 4x4x2 clássico. Dois pontas de lança dão uma ligação maior ao jogo, porque dá-nos gente entre linhas para ligar o jogo, como dá para atacar a profundidade. Na equipa B tínhamos algo semelhante, jogávamos com um ponta de lança, o Saponjic ou o Benny, com o Jota por dentro, muita gente entre linhas. A minha primeira ideia foi essa, tentar mudar para um 4x4x2. Tinha visto dois ou três jogos do João [Félix] muito interessantes. Senti que o Rui Vitória a qualquer momento ia dar-lhe essa oportunidade. Há uma boa fase do João Félix, não sei se por dentro ou a vir da esquerda, mas depois lesionou-se e esteve muito tempo parado. Por isso a minha primeira ideia foi passar para 4x4x2 com o João [Félix] na frente e depois acertámos a equipa da melhor maneira. Ali percebemos quem podia jogar, manter toda a gente confortável nas posições e quem interpretasse melhor o 4x4x2. Por isso fomos com aquela equipa para o Rio Ave.

(...)

Disse, ao longo deste ano, para não olharmos para o sistema e olharmos para as dinâmicas. Essas dinâmicas têm de ser sempre com base de dois avançados, com base no 4x4x2?

Gosto de jogar com dois homens na frente. Agora, a questão é que tipo de homens são. Eles é que têm de dar essa dinâmica. Porque podem ser dois avançados... as pessoas dizem "um joga atrás, outro à frente, jogam lado a lado". Depende do contributo à equipa. O João Félix, se calhar, era um segundo avançado, o Raul [de Tomas] é um primeiro avançado e o Chiquinho, se calhar, é um terceiro médio. O mais importante é perceber que tipo de dinâmicas e posicionamentos nos pode oferecer o jogador para projetar o nosso jogo. Qual é a ideia? A ideia é sempre, de forma geral e transversal, que a equipa tenha sempre uma transição defensiva muito forte, uma organização defensiva muito forte, que seja sempre pressionante, no meio-campo ofensivo e no meio-campo defensivo, que com bola tenha capacidade de organizar, de construir, de meter gente entre linhas e à largura, por ser importante ter o controlo de jogo com bola, de atrair no corredor e entrar nos espaços, de atacar a profundidade. Por vezes somos caracterizados de ser uma equipa de transição ofensiva. Acredito é em tudo. Prefiro olhar para a minha equipa e tirar partido das características dos meus jogadores e do momento. Se recuperar a bola numa determinada zona e o adversário oferecer um espaço para progredir e marcar um golo em dois passes, porque é que não hei-dei aproveitar isso? As pessoas confundem muito isso. Quero uma equipa competente nos vários momentos, incluindo os esquemas táticos. Depois, se é com dois homens na frente ou com um, depende muito da dinâmica dos nossos jogadores. Não nos podemos esquecer disto: quem joga e toma as decisões são os jogadores. Posso – e esse é o nosso trabalho – fazer uma análise, porque temos essa capacidade por estar fora e perdemos muito tempo nisso, e ver que há diferentes espaços para explorar em função do posicionamento adversário. Temos é que tirar partido disso. A ideia de jogo é sempre essa, olhar para o adversário, olhar para nós, colocarmo-nos da melhor maneira em campo, mas, depois, as decisões têm de ser dos jogadores. Podemos ajudá-los, mas todos eles tomam decisões diferentes. Daquilo que é funções e conhecimento do jogo deles, conseguem descobrir e fazer coisas que nós, por fora, nem conseguimos ver nem perceber. Por isso é que digo: há o nosso posicionamento, mas as decisões são deles e a partir daí temos de jogar.

obrigado pelo texto pois deu me razao!!!!!



Disse, ao longo deste ano, para não olharmos para o sistema e olharmos para as dinâmicas. Essas dinâmicas têm de ser sempre com base de dois avançados, com base no 4x4x2?

"Gosto de jogar com dois homens na frente. Agora, a questão é que tipo de homens são. Eles é que têm de dar essa dinâmica. Porque podem ser dois avançados... as pessoas dizem "um joga atrás, outro à frente, jogam lado a lado". Depende do contributo à equipa. O João Félix, se calhar, era um segundo avançado, o Raul [de Tomas] é um primeiro avançado e o Chiquinho, se calhar, é um terceiro médio."

palavras do Lage

20Nico Gaitan20

Citação de: slbenfica_croft em 02 de Janeiro de 2020, 23:04
Ai Lage. Tu sabes aquilo que tens em mãos com o Weigl, certo?

Em termos de qualidade e de características, certo?

Diz-me que sim por favor.
não te preocupes...que certamente sabe mais que tu.

Manpaz1904

Citação de: vermelhoftw em 03 de Janeiro de 2020, 00:02
Citação de: pguerreiro em 02 de Janeiro de 2020, 23:47
Citação de: vermelhoftw em 02 de Janeiro de 2020, 21:57
Citação de: Manpaz1904 em 02 de Janeiro de 2020, 20:47
Citação de: Villaridis em 02 de Janeiro de 2020, 19:40
Larguem a ideia do 4-4-2.

O Lage é um homem do 4-3-3 ou 4-2-3-1. Já na equipa B o mostrou.

Era complicado usar essa táctica o ano passado quando havia o Félix, jogador ideal para esse esquema. Este ano mostrou ao que veio.

Que venha o 4-3-3. Será bem-vindo, se funcionar.






PS: Não confundir com o 4-5-1 do bombo. Isso é uma não-táctica. É um esquema ultrapassado, que depende da velocidade de 1 ou 2 jogadores no quinteto central (Salvio, Cervi, Renato, Guedes) para não haver quebra de linhas. Porque a não existir esse jogador a estratégia é balão nas costas da defesa e o Jonas que nos salve. lol.
O homem ainda há dias disse que prefere jogar com 2 jogadores na frente.

Não deve ter dito dois avançados de certeza! Pois até um cego sabe que o chiquinho e tudo menos avançado, se ele dissesse isso ficaria preocupado...
Quando assume a equipa, já ia com a sua ideia de jogo definida ou fez uma transição para tentar perceber o que a equipa fazia e se, gradualmente, ia ao encontro da sua ideia...

Olhem, tive a noção que ia assumir a equipa, tinha acabado de chegar a casa, quando recebi uma chamada para reunir-me com o presidente. Percebi logo o que se estava a passar. O Tiago Pinto ligou-me para me apresentar no Seixal e teve uma frase curiosa: "Olhe, o que você mais temia vai acontecer. Vai deixar de beber o seu cafezinho descansado, tem que se apresentar e tomar conta da equipa. Venha cá para falar com o Presidente." Assim foi. Quando vou a caminho, o que pensei – e já vos disse – foi o de passar a jogar em 4x4x2.

Mudou logo o chip?

Sim. Não fui jogador, mas na formação, a minha equipa da geração de 89 jogava sempre em 4x4x2 losango, em função das características dos jogadores. Jogava com o André Carvalhas e Bruno Parreira na frente, Miguel Rosa atrás dos avançados. Sentia que era um jogo sempre divertido. Com dois na frente, teria sempre dois homens para tabelar. Dava sempre imensas soluções. Quando venho para os iniciados, jogávamos em 4x3x3, mas senti que não era a mesma coisa. Gosto de ter gente mais à frente para servir de parede, para tabelar. Dá mais soluções para haver ligação e dinâmica. A dada altura começámos a jogar de forma assimétrica. Tínhamos um ala, o Hélder Costa, um ponta de lança, o Bakary ou o Ba e tínhamos o Diego Lopes atrás para tabelar com essa gente toda. Foi o que fizemos em Inglaterra, com o Carvalhal. Jogámos num 4x4x2 clássico. Dois pontas de lança dão uma ligação maior ao jogo, porque dá-nos gente entre linhas para ligar o jogo, como dá para atacar a profundidade. Na equipa B tínhamos algo semelhante, jogávamos com um ponta de lança, o Saponjic ou o Benny, com o Jota por dentro, muita gente entre linhas. A minha primeira ideia foi essa, tentar mudar para um 4x4x2. Tinha visto dois ou três jogos do João [Félix] muito interessantes. Senti que o Rui Vitória a qualquer momento ia dar-lhe essa oportunidade. Há uma boa fase do João Félix, não sei se por dentro ou a vir da esquerda, mas depois lesionou-se e esteve muito tempo parado. Por isso a minha primeira ideia foi passar para 4x4x2 com o João [Félix] na frente e depois acertámos a equipa da melhor maneira. Ali percebemos quem podia jogar, manter toda a gente confortável nas posições e quem interpretasse melhor o 4x4x2. Por isso fomos com aquela equipa para o Rio Ave.

(...)

Disse, ao longo deste ano, para não olharmos para o sistema e olharmos para as dinâmicas. Essas dinâmicas têm de ser sempre com base de dois avançados, com base no 4x4x2?

Gosto de jogar com dois homens na frente. Agora, a questão é que tipo de homens são. Eles é que têm de dar essa dinâmica. Porque podem ser dois avançados... as pessoas dizem "um joga atrás, outro à frente, jogam lado a lado". Depende do contributo à equipa. O João Félix, se calhar, era um segundo avançado, o Raul [de Tomas] é um primeiro avançado e o Chiquinho, se calhar, é um terceiro médio. O mais importante é perceber que tipo de dinâmicas e posicionamentos nos pode oferecer o jogador para projetar o nosso jogo. Qual é a ideia? A ideia é sempre, de forma geral e transversal, que a equipa tenha sempre uma transição defensiva muito forte, uma organização defensiva muito forte, que seja sempre pressionante, no meio-campo ofensivo e no meio-campo defensivo, que com bola tenha capacidade de organizar, de construir, de meter gente entre linhas e à largura, por ser importante ter o controlo de jogo com bola, de atrair no corredor e entrar nos espaços, de atacar a profundidade. Por vezes somos caracterizados de ser uma equipa de transição ofensiva. Acredito é em tudo. Prefiro olhar para a minha equipa e tirar partido das características dos meus jogadores e do momento. Se recuperar a bola numa determinada zona e o adversário oferecer um espaço para progredir e marcar um golo em dois passes, porque é que não hei-dei aproveitar isso? As pessoas confundem muito isso. Quero uma equipa competente nos vários momentos, incluindo os esquemas táticos. Depois, se é com dois homens na frente ou com um, depende muito da dinâmica dos nossos jogadores. Não nos podemos esquecer disto: quem joga e toma as decisões são os jogadores. Posso – e esse é o nosso trabalho – fazer uma análise, porque temos essa capacidade por estar fora e perdemos muito tempo nisso, e ver que há diferentes espaços para explorar em função do posicionamento adversário. Temos é que tirar partido disso. A ideia de jogo é sempre essa, olhar para o adversário, olhar para nós, colocarmo-nos da melhor maneira em campo, mas, depois, as decisões têm de ser dos jogadores. Podemos ajudá-los, mas todos eles tomam decisões diferentes. Daquilo que é funções e conhecimento do jogo deles, conseguem descobrir e fazer coisas que nós, por fora, nem conseguimos ver nem perceber. Por isso é que digo: há o nosso posicionamento, mas as decisões são deles e a partir daí temos de jogar.

obrigado pelo texto pois deu me razao!!!!!



Disse, ao longo deste ano, para não olharmos para o sistema e olharmos para as dinâmicas. Essas dinâmicas têm de ser sempre com base de dois avançados, com base no 4x4x2?

"Gosto de jogar com dois homens na frente. Agora, a questão é que tipo de homens são. Eles é que têm de dar essa dinâmica. Porque podem ser dois avançados... as pessoas dizem "um joga atrás, outro à frente, jogam lado a lado". Depende do contributo à equipa. O João Félix, se calhar, era um segundo avançado, o Raul [de Tomas] é um primeiro avançado e o Chiquinho, se calhar, é um terceiro médio."

palavras do Lage

Não deixa de serem 2 homens na frente.

NT

Não acho que o Weigl venha substituir a, b ou c, vai entrar na rotação habitual do Lage. Acho que vamos ter 3 duplas a rodar em função do adversário e dos intervalos entre jogos. Pontualmente poderá cair o Chiquinho para jogarem os 3 juntos, mas não acredito muito nisso. Até porque o Rafa pode aparecer por ali também.

Torgal

Citação de: vermelhoftw em 03 de Janeiro de 2020, 00:02
Citação de: pguerreiro em 02 de Janeiro de 2020, 23:47
Citação de: vermelhoftw em 02 de Janeiro de 2020, 21:57
Citação de: Manpaz1904 em 02 de Janeiro de 2020, 20:47
Citação de: Villaridis em 02 de Janeiro de 2020, 19:40
Larguem a ideia do 4-4-2.

O Lage é um homem do 4-3-3 ou 4-2-3-1. Já na equipa B o mostrou.

Era complicado usar essa táctica o ano passado quando havia o Félix, jogador ideal para esse esquema. Este ano mostrou ao que veio.

Que venha o 4-3-3. Será bem-vindo, se funcionar.






PS: Não confundir com o 4-5-1 do bombo. Isso é uma não-táctica. É um esquema ultrapassado, que depende da velocidade de 1 ou 2 jogadores no quinteto central (Salvio, Cervi, Renato, Guedes) para não haver quebra de linhas. Porque a não existir esse jogador a estratégia é balão nas costas da defesa e o Jonas que nos salve. lol.
O homem ainda há dias disse que prefere jogar com 2 jogadores na frente.

Não deve ter dito dois avançados de certeza! Pois até um cego sabe que o chiquinho e tudo menos avançado, se ele dissesse isso ficaria preocupado...
Quando assume a equipa, já ia com a sua ideia de jogo definida ou fez uma transição para tentar perceber o que a equipa fazia e se, gradualmente, ia ao encontro da sua ideia...

Olhem, tive a noção que ia assumir a equipa, tinha acabado de chegar a casa, quando recebi uma chamada para reunir-me com o presidente. Percebi logo o que se estava a passar. O Tiago Pinto ligou-me para me apresentar no Seixal e teve uma frase curiosa: "Olhe, o que você mais temia vai acontecer. Vai deixar de beber o seu cafezinho descansado, tem que se apresentar e tomar conta da equipa. Venha cá para falar com o Presidente." Assim foi. Quando vou a caminho, o que pensei – e já vos disse – foi o de passar a jogar em 4x4x2.

Mudou logo o chip?

Sim. Não fui jogador, mas na formação, a minha equipa da geração de 89 jogava sempre em 4x4x2 losango, em função das características dos jogadores. Jogava com o André Carvalhas e Bruno Parreira na frente, Miguel Rosa atrás dos avançados. Sentia que era um jogo sempre divertido. Com dois na frente, teria sempre dois homens para tabelar. Dava sempre imensas soluções. Quando venho para os iniciados, jogávamos em 4x3x3, mas senti que não era a mesma coisa. Gosto de ter gente mais à frente para servir de parede, para tabelar. Dá mais soluções para haver ligação e dinâmica. A dada altura começámos a jogar de forma assimétrica. Tínhamos um ala, o Hélder Costa, um ponta de lança, o Bakary ou o Ba e tínhamos o Diego Lopes atrás para tabelar com essa gente toda. Foi o que fizemos em Inglaterra, com o Carvalhal. Jogámos num 4x4x2 clássico. Dois pontas de lança dão uma ligação maior ao jogo, porque dá-nos gente entre linhas para ligar o jogo, como dá para atacar a profundidade. Na equipa B tínhamos algo semelhante, jogávamos com um ponta de lança, o Saponjic ou o Benny, com o Jota por dentro, muita gente entre linhas. A minha primeira ideia foi essa, tentar mudar para um 4x4x2. Tinha visto dois ou três jogos do João [Félix] muito interessantes. Senti que o Rui Vitória a qualquer momento ia dar-lhe essa oportunidade. Há uma boa fase do João Félix, não sei se por dentro ou a vir da esquerda, mas depois lesionou-se e esteve muito tempo parado. Por isso a minha primeira ideia foi passar para 4x4x2 com o João [Félix] na frente e depois acertámos a equipa da melhor maneira. Ali percebemos quem podia jogar, manter toda a gente confortável nas posições e quem interpretasse melhor o 4x4x2. Por isso fomos com aquela equipa para o Rio Ave.

(...)

Disse, ao longo deste ano, para não olharmos para o sistema e olharmos para as dinâmicas. Essas dinâmicas têm de ser sempre com base de dois avançados, com base no 4x4x2?

Gosto de jogar com dois homens na frente. Agora, a questão é que tipo de homens são. Eles é que têm de dar essa dinâmica. Porque podem ser dois avançados... as pessoas dizem "um joga atrás, outro à frente, jogam lado a lado". Depende do contributo à equipa. O João Félix, se calhar, era um segundo avançado, o Raul [de Tomas] é um primeiro avançado e o Chiquinho, se calhar, é um terceiro médio. O mais importante é perceber que tipo de dinâmicas e posicionamentos nos pode oferecer o jogador para projetar o nosso jogo. Qual é a ideia? A ideia é sempre, de forma geral e transversal, que a equipa tenha sempre uma transição defensiva muito forte, uma organização defensiva muito forte, que seja sempre pressionante, no meio-campo ofensivo e no meio-campo defensivo, que com bola tenha capacidade de organizar, de construir, de meter gente entre linhas e à largura, por ser importante ter o controlo de jogo com bola, de atrair no corredor e entrar nos espaços, de atacar a profundidade. Por vezes somos caracterizados de ser uma equipa de transição ofensiva. Acredito é em tudo. Prefiro olhar para a minha equipa e tirar partido das características dos meus jogadores e do momento. Se recuperar a bola numa determinada zona e o adversário oferecer um espaço para progredir e marcar um golo em dois passes, porque é que não hei-dei aproveitar isso? As pessoas confundem muito isso. Quero uma equipa competente nos vários momentos, incluindo os esquemas táticos. Depois, se é com dois homens na frente ou com um, depende muito da dinâmica dos nossos jogadores. Não nos podemos esquecer disto: quem joga e toma as decisões são os jogadores. Posso – e esse é o nosso trabalho – fazer uma análise, porque temos essa capacidade por estar fora e perdemos muito tempo nisso, e ver que há diferentes espaços para explorar em função do posicionamento adversário. Temos é que tirar partido disso. A ideia de jogo é sempre essa, olhar para o adversário, olhar para nós, colocarmo-nos da melhor maneira em campo, mas, depois, as decisões têm de ser dos jogadores. Podemos ajudá-los, mas todos eles tomam decisões diferentes. Daquilo que é funções e conhecimento do jogo deles, conseguem descobrir e fazer coisas que nós, por fora, nem conseguimos ver nem perceber. Por isso é que digo: há o nosso posicionamento, mas as decisões são deles e a partir daí temos de jogar.

obrigado pelo texto pois deu me razao!!!!!



Disse, ao longo deste ano, para não olharmos para o sistema e olharmos para as dinâmicas. Essas dinâmicas têm de ser sempre com base de dois avançados, com base no 4x4x2?

"Gosto de jogar com dois homens na frente. Agora, a questão é que tipo de homens são. Eles é que têm de dar essa dinâmica. Porque podem ser dois avançados... as pessoas dizem "um joga atrás, outro à frente, jogam lado a lado". Depende do contributo à equipa. O João Félix, se calhar, era um segundo avançado, o Raul [de Tomas] é um primeiro avançado e o Chiquinho, se calhar, é um terceiro médio."

palavras do Lage

Se ele sublinha que o RdT é (também acho obviamente) um primeiro avançado, fica a ideia de que o subrendimento do RdT é mais por "culpa" própria do que por instrução do treinador como muitos dizem. Acredito que não seja total culpa dele, mas o que vejo mais é o pessoal a dizer que o RdT no Benfica joga fora de posição.