Época 2019/2020

ForçadoBloqueio

Citação de: Dr.Lecter em 12 de Novembro de 2019, 15:43
Citação de: DB4700 em 12 de Novembro de 2019, 15:20
Citação de: J.P. em 12 de Novembro de 2019, 10:22
"Dragão Arena esgotado para o reencontro com o Kiel"

Tudo tem a ver com o investimento.

Investem em bons jogadores, num bom treinador e ganham cá dentro.

Vão às competições europeias e fazem grandes jogos. Ganham mediatismo. Os adeptos entusiasmam-se e enchem pavilhões. Geram receitas e eventualmente captam patrocínios.

É um ciclo. Investimento bem feito gera retorno. Dá títulos e prestígio.

Aqui é tudo ao contrário. Querem militância, mas não se percebe a política de preços dos bilhetes. Não se investe a sério. Os espetáculos, por vezes, são deprimentes. Isto entusiasma alguém? Querem que os adeptos vão ver os jogos com os rivais quando já se sabe, à partida, que a possibilidade de ganhar não passa de uma baixa percentagem?

Não há milagres. Há muito, muito a mudar. E não me parece que isso vá acontecer porque simplesmente quem manda está-se a cagar.

Acho que estás a saltar uns passos bem significativos. Olhando para os plantéis, o nosso deve ser mais caro do que o do Porto. Este plantel do Porto é o mesmo há anos. Tem aqueles cubanos todos a preços abaixo do valor de mercado, contratados dentro daquele protocolo corrupto com a Federação Cubana. Acho que é impossível, sem gastar alarvidades de dinheiro, bater a atual equipa do Porto. Repara que nem o Kiel o conseguiu e a jogar em casa. De resto, é falso que o Porto tenha um "investimento a sério" e é falso que o Porto tenha uma politica de bilhética mais generosa do que a nossa (anda mais ou menos no mesmo valor). A única coisa que têm é uma estratégia dominadora assente nas bases corruptas que já são mais do que conhecidas naquele clube.

Reparem que durante anos, a Federação Cubana e o Porto tiveram uma parceria oficializada (https://www.facebook.com/fcportoglobal/posts/1083087321721761/) enquanto a Federação Portuguesa permitia que os jogadores cubanos não contassem para o limite de estrangeiros inscritos na Liga. É esta a base do domínio do Porto.

O Sporting conseguiu o Frankis que nunca ninguém percebeu bem como, e depois com BdC conseguiram o Valdés. Nós nunca tivemos um raio de um cubano e nunca denunciámos esta merda.

Para mim, e já o digo há algum tempo, a nossa melhor solução é:

- retirar tudo o que for jogador que tenha mais de 23 anos
- contratar os melhores jovens portugueses
- conseguir ter uma equipa com 5 ou 6 Alexandres Cavalcantis
- redirecionar o dinheiro para outras modalidades
- voltar a apostar a sério na modalidade nessa altura

Porque mesmo indo buscar um Toft Hansen depois de uma época com lesões graves, o Nyokas à reforma, um Ristovski com 36 ou 37 anos, continuamos a anos luz da qualidade que eles conseguiram juntar com os cubanos.

Tudo muito bonito se os melhores jovens portugueses não nos tivessem passado todos à frente e não estivessem quase todos ligados a clubes ligados com o Porto ou mesmo ao Porto.

Para fazer o que sugeres só acabando com a modalidade, caso contrário é jogar para não descer durante 5-10 anos.

"Conseguir ter 5 ou 6 Alexandres Cavalcantis", como se eles aparecessem dando um biqueiro numa pedra.

Neste momento o Porto tem a base da selecção nacional actual e mesmo que perca mais 1 ou 2 jogadores além do Alexis, vai integrar Diogo Silva e Martim Costa, que serão as estrelas no andebol português por largos anos. E têm o André Sousa no forno.

Por outro lado, não há só bons andebolistas em cuba. Eu vejo iranianos de enorme qualidade a entrarem pela Roménia, um Chile, um Brasil e uma Argentina a exportarem os seus jogadores desde cedo para a Europa (Espanha, preferencialmente) e nós não apanhamos um único.

Quanto aos cubanos, a federação portuguesa de andebol ainda não manda em acordos internacionais. Os cubanos, como os cabo-verdianos, não contam como estrangeiros porque esses países fazem parte dos acordos de Cotonou entre a UE e países africanos, caribe e pacífico.

O Benfica tem muito dinheiro mal gasto e uma secção completamente ultrapassada e desfasada da realidade do andebol actual. Com o orçamento actual é possível ter um plantel melhor.

As equipas técnicas, a secção e atletas é que estão completamente amorfos. Os jogadores de qualidade que vamos buscar ao estrangeiro rapidamente entram em sub-rendimento, não há sangue na guelra nem faca nos dentes. Não há preparação física específica para a modalidade.

E aumentando um bocado o investimento - sugiro, por exemplo, ao fim de não sei quantos anos, arranjar-se um patrocinador principal para as camisolas - dá para aproximar a qualidade dos plantéis.

Leonel Fernandes, Tito, Iturriza, Fábio Magalhães, Mbengue, não são grandes jogadores. São jogadores cujas capacidades foram potenciadas e que estão a ser espremidas ao máximo. E o mesmo se aplica aos que já eram muito talentosos. Isso é mérito de quem trabalha.

O andebol do Porto é bem sucedido porque há todo um trabalho por trás, desde formação de treinadores, acordos com clubes de formação, recrutamento, preparação física, construção de plantel com planeamento a médio prazo, etc. Estão sempre a acompanhar a evolução da modalidade, enquanto nós estamos parados no tempo à espera que 2 ou 3 estrangeiros resolvam o problema. Um pequeno mas insuficiente passo em frente com o Resende, mas a muitos níveis continuamos muito atrás.

Antes de tudo o Benfica tem perceber que o andebol em Portugal é uma modalidade em que para se ganhar tem de se trabalhar muito e ser profissional. Que lidamos com adversários que são top25 europeu. E que o nível de seriedade tem de ser acompanhado, no curto prazo, por um nível de investimento superior, enquanto em paralelo se desenvolve um trabalho de médio/longo prazo semelhante ao que é feito lá em cima, que permita que daqui a uns anos também tenhamos os nossos Martins, Diogos Silvas, etc.

Foda-se, resume lá esse testamento em 3 ou 4 linhas que eu não tenho tempo para ler essa merda toda! :disgust:

acemessiae

Citação de: Dr.Lecter em 12 de Novembro de 2019, 15:43
Citação de: DB4700 em 12 de Novembro de 2019, 15:20
Citação de: J.P. em 12 de Novembro de 2019, 10:22
"Dragão Arena esgotado para o reencontro com o Kiel"

Tudo tem a ver com o investimento.

Investem em bons jogadores, num bom treinador e ganham cá dentro.

Vão às competições europeias e fazem grandes jogos. Ganham mediatismo. Os adeptos entusiasmam-se e enchem pavilhões. Geram receitas e eventualmente captam patrocínios.

É um ciclo. Investimento bem feito gera retorno. Dá títulos e prestígio.

Aqui é tudo ao contrário. Querem militância, mas não se percebe a política de preços dos bilhetes. Não se investe a sério. Os espetáculos, por vezes, são deprimentes. Isto entusiasma alguém? Querem que os adeptos vão ver os jogos com os rivais quando já se sabe, à partida, que a possibilidade de ganhar não passa de uma baixa percentagem?

Não há milagres. Há muito, muito a mudar. E não me parece que isso vá acontecer porque simplesmente quem manda está-se a cagar.

Acho que estás a saltar uns passos bem significativos. Olhando para os plantéis, o nosso deve ser mais caro do que o do Porto. Este plantel do Porto é o mesmo há anos. Tem aqueles cubanos todos a preços abaixo do valor de mercado, contratados dentro daquele protocolo corrupto com a Federação Cubana. Acho que é impossível, sem gastar alarvidades de dinheiro, bater a atual equipa do Porto. Repara que nem o Kiel o conseguiu e a jogar em casa. De resto, é falso que o Porto tenha um "investimento a sério" e é falso que o Porto tenha uma politica de bilhética mais generosa do que a nossa (anda mais ou menos no mesmo valor). A única coisa que têm é uma estratégia dominadora assente nas bases corruptas que já são mais do que conhecidas naquele clube.

Reparem que durante anos, a Federação Cubana e o Porto tiveram uma parceria oficializada (https://www.facebook.com/fcportoglobal/posts/1083087321721761/) enquanto a Federação Portuguesa permitia que os jogadores cubanos não contassem para o limite de estrangeiros inscritos na Liga. É esta a base do domínio do Porto.

O Sporting conseguiu o Frankis que nunca ninguém percebeu bem como, e depois com BdC conseguiram o Valdés. Nós nunca tivemos um raio de um cubano e nunca denunciámos esta merda.

Para mim, e já o digo há algum tempo, a nossa melhor solução é:

- retirar tudo o que for jogador que tenha mais de 23 anos
- contratar os melhores jovens portugueses
- conseguir ter uma equipa com 5 ou 6 Alexandres Cavalcantis
- redirecionar o dinheiro para outras modalidades
- voltar a apostar a sério na modalidade nessa altura

Porque mesmo indo buscar um Toft Hansen depois de uma época com lesões graves, o Nyokas à reforma, um Ristovski com 36 ou 37 anos, continuamos a anos luz da qualidade que eles conseguiram juntar com os cubanos.

Tudo muito bonito se os melhores jovens portugueses não nos tivessem passado todos à frente e não estivessem quase todos ligados a clubes ligados com o Porto ou mesmo ao Porto.

Para fazer o que sugeres só acabando com a modalidade, caso contrário é jogar para não descer durante 5-10 anos.

"Conseguir ter 5 ou 6 Alexandres Cavalcantis", como se eles aparecessem dando um biqueiro numa pedra.

Neste momento o Porto tem a base da selecção nacional actual e mesmo que perca mais 1 ou 2 jogadores além do Alexis, vai integrar Diogo Silva e Martim Costa, que serão as estrelas no andebol português por largos anos. E têm o André Sousa no forno.

Por outro lado, não há só bons andebolistas em cuba. Eu vejo iranianos de enorme qualidade a entrarem pela Roménia, um Chile, um Brasil e uma Argentina a exportarem os seus jogadores desde cedo para a Europa (Espanha, preferencialmente) e nós não apanhamos um único.

Quanto aos cubanos, a federação portuguesa de andebol ainda não manda em acordos internacionais. Os cubanos, como os cabo-verdianos, não contam como estrangeiros porque esses países fazem parte dos acordos de Cotonou entre a UE e países africanos, caribe e pacífico.

O Benfica tem muito dinheiro mal gasto e uma secção completamente ultrapassada e desfasada da realidade do andebol actual. Com o orçamento actual é possível ter um plantel melhor.

As equipas técnicas, a secção e atletas é que estão completamente amorfos. Os jogadores de qualidade que vamos buscar ao estrangeiro rapidamente entram em sub-rendimento, não há sangue na guelra nem faca nos dentes. Não há preparação física específica para a modalidade.

E aumentando um bocado o investimento - sugiro, por exemplo, ao fim de não sei quantos anos, arranjar-se um patrocinador principal para as camisolas - dá para aproximar a qualidade dos plantéis.

Leonel Fernandes, Tito, Iturriza, Fábio Magalhães, Mbengue, não são grandes jogadores. São jogadores cujas capacidades foram potenciadas e que estão a ser espremidas ao máximo. E o mesmo se aplica aos que já eram muito talentosos. Isso é mérito de quem trabalha.

O andebol do Porto é bem sucedido porque há todo um trabalho por trás, desde formação de treinadores, acordos com clubes de formação, recrutamento, preparação física, construção de plantel com planeamento a médio prazo, etc. Estão sempre a acompanhar a evolução da modalidade, enquanto nós estamos parados no tempo à espera que 2 ou 3 estrangeiros resolvam o problema. Um pequeno mas insuficiente passo em frente com o Resende, mas a muitos níveis continuamos muito atrás.

Antes de tudo o Benfica tem perceber que o andebol em Portugal é uma modalidade em que para se ganhar tem de se trabalhar muito e ser profissional. Que lidamos com adversários que são top25 europeu. E que o nível de seriedade tem de ser acompanhado, no curto prazo, por um nível de investimento superior, enquanto em paralelo se desenvolve um trabalho de médio/longo prazo semelhante ao que é feito lá em cima, que permita que daqui a uns anos também tenhamos os nossos Martins, Diogos Silvas, etc.

Isso mesmo. Tal como já havíamos discutido no passado e que cada vez mais é evidente.

Há uma outra questão: Miguel Martins há anos que podia ter saído para estrangeiro: e permanece. O Areia já podia também ter saído: e permanece. O Quintana podia ter saído: e permanece. Até o próprio Gilberto permaneceu anos a fio antes de finalmente sair.

Já nós... Cavalcanti não seguramos. Gonçalo Ribeiro não aproveitamos. Areia não acautelamos. Meros exemplos da diferença de gestão e de aposta séria no projecto (de forma a que o mesmo seja credível e atractivo para os próprios jogadores).


PS: só discordo do ponto relacionado com o Tito. No meu entender é o futuro do posto específico de PD em Portugal. Vai chegar com muita facilidade ao nível do Areia.


GlennStrombergh

Citação de: Dr.Lecter em 12 de Novembro de 2019, 15:43
Citação de: DB4700 em 12 de Novembro de 2019, 15:20
Citação de: J.P. em 12 de Novembro de 2019, 10:22
"Dragão Arena esgotado para o reencontro com o Kiel"

Tudo tem a ver com o investimento.

Investem em bons jogadores, num bom treinador e ganham cá dentro.

Vão às competições europeias e fazem grandes jogos. Ganham mediatismo. Os adeptos entusiasmam-se e enchem pavilhões. Geram receitas e eventualmente captam patrocínios.

É um ciclo. Investimento bem feito gera retorno. Dá títulos e prestígio.

Aqui é tudo ao contrário. Querem militância, mas não se percebe a política de preços dos bilhetes. Não se investe a sério. Os espetáculos, por vezes, são deprimentes. Isto entusiasma alguém? Querem que os adeptos vão ver os jogos com os rivais quando já se sabe, à partida, que a possibilidade de ganhar não passa de uma baixa percentagem?

Não há milagres. Há muito, muito a mudar. E não me parece que isso vá acontecer porque simplesmente quem manda está-se a cagar.

Acho que estás a saltar uns passos bem significativos. Olhando para os plantéis, o nosso deve ser mais caro do que o do Porto. Este plantel do Porto é o mesmo há anos. Tem aqueles cubanos todos a preços abaixo do valor de mercado, contratados dentro daquele protocolo corrupto com a Federação Cubana. Acho que é impossível, sem gastar alarvidades de dinheiro, bater a atual equipa do Porto. Repara que nem o Kiel o conseguiu e a jogar em casa. De resto, é falso que o Porto tenha um "investimento a sério" e é falso que o Porto tenha uma politica de bilhética mais generosa do que a nossa (anda mais ou menos no mesmo valor). A única coisa que têm é uma estratégia dominadora assente nas bases corruptas que já são mais do que conhecidas naquele clube.

Reparem que durante anos, a Federação Cubana e o Porto tiveram uma parceria oficializada (https://www.facebook.com/fcportoglobal/posts/1083087321721761/) enquanto a Federação Portuguesa permitia que os jogadores cubanos não contassem para o limite de estrangeiros inscritos na Liga. É esta a base do domínio do Porto.

O Sporting conseguiu o Frankis que nunca ninguém percebeu bem como, e depois com BdC conseguiram o Valdés. Nós nunca tivemos um raio de um cubano e nunca denunciámos esta merda.

Para mim, e já o digo há algum tempo, a nossa melhor solução é:

- retirar tudo o que for jogador que tenha mais de 23 anos
- contratar os melhores jovens portugueses
- conseguir ter uma equipa com 5 ou 6 Alexandres Cavalcantis
- redirecionar o dinheiro para outras modalidades
- voltar a apostar a sério na modalidade nessa altura

Porque mesmo indo buscar um Toft Hansen depois de uma época com lesões graves, o Nyokas à reforma, um Ristovski com 36 ou 37 anos, continuamos a anos luz da qualidade que eles conseguiram juntar com os cubanos.

Tudo muito bonito se os melhores jovens portugueses não nos tivessem passado todos à frente e não estivessem quase todos ligados a clubes ligados com o Porto ou mesmo ao Porto.

Para fazer o que sugeres só acabando com a modalidade, caso contrário é jogar para não descer durante 5-10 anos.

"Conseguir ter 5 ou 6 Alexandres Cavalcantis", como se eles aparecessem dando um biqueiro numa pedra.

Neste momento o Porto tem a base da selecção nacional actual e mesmo que perca mais 1 ou 2 jogadores além do Alexis, vai integrar Diogo Silva e Martim Costa, que serão as estrelas no andebol português por largos anos. E têm o André Sousa no forno.

Por outro lado, não há só bons andebolistas em cuba. Eu vejo iranianos de enorme qualidade a entrarem pela Roménia, um Chile, um Brasil e uma Argentina a exportarem os seus jogadores desde cedo para a Europa (Espanha, preferencialmente) e nós não apanhamos um único.

Quanto aos cubanos, a federação portuguesa de andebol ainda não manda em acordos internacionais. Os cubanos, como os cabo-verdianos, não contam como estrangeiros porque esses países fazem parte dos acordos de Cotonou entre a UE e países africanos, caribe e pacífico.

O Benfica tem muito dinheiro mal gasto e uma secção completamente ultrapassada e desfasada da realidade do andebol actual. Com o orçamento actual é possível ter um plantel melhor.

As equipas técnicas, a secção e atletas é que estão completamente amorfos. Os jogadores de qualidade que vamos buscar ao estrangeiro rapidamente entram em sub-rendimento, não há sangue na guelra nem faca nos dentes. Não há preparação física específica para a modalidade.

E aumentando um bocado o investimento - sugiro, por exemplo, ao fim de não sei quantos anos, arranjar-se um patrocinador principal para as camisolas - dá para aproximar a qualidade dos plantéis.

Leonel Fernandes, Tito, Iturriza, Fábio Magalhães, Mbengue, não são grandes jogadores. São jogadores cujas capacidades foram potenciadas e que estão a ser espremidas ao máximo. E o mesmo se aplica aos que já eram muito talentosos. Isso é mérito de quem trabalha.

O andebol do Porto é bem sucedido porque há todo um trabalho por trás, desde formação de treinadores, acordos com clubes de formação, recrutamento, preparação física, construção de plantel com planeamento a médio prazo, etc. Estão sempre a acompanhar a evolução da modalidade, enquanto nós estamos parados no tempo à espera que 2 ou 3 estrangeiros resolvam o problema. Um pequeno mas insuficiente passo em frente com o Resende, mas a muitos níveis continuamos muito atrás.

Antes de tudo o Benfica tem perceber que o andebol em Portugal é uma modalidade em que para se ganhar tem de se trabalhar muito e ser profissional. Que lidamos com adversários que são top25 europeu. E que o nível de seriedade tem de ser acompanhado, no curto prazo, por um nível de investimento superior, enquanto em paralelo se desenvolve um trabalho de médio/longo prazo semelhante ao que é feito lá em cima, que permita que daqui a uns anos também tenhamos os nossos Martins, Diogos Silvas, etc.
Ler tudo com atenção.
Parabéns Dr.Lecter.

DB4700

Citação de: Dr.Lecter em 12 de Novembro de 2019, 15:43
Citação de: DB4700 em 12 de Novembro de 2019, 15:20
Citação de: J.P. em 12 de Novembro de 2019, 10:22
"Dragão Arena esgotado para o reencontro com o Kiel"

Tudo tem a ver com o investimento.

Investem em bons jogadores, num bom treinador e ganham cá dentro.

Vão às competições europeias e fazem grandes jogos. Ganham mediatismo. Os adeptos entusiasmam-se e enchem pavilhões. Geram receitas e eventualmente captam patrocínios.

É um ciclo. Investimento bem feito gera retorno. Dá títulos e prestígio.

Aqui é tudo ao contrário. Querem militância, mas não se percebe a política de preços dos bilhetes. Não se investe a sério. Os espetáculos, por vezes, são deprimentes. Isto entusiasma alguém? Querem que os adeptos vão ver os jogos com os rivais quando já se sabe, à partida, que a possibilidade de ganhar não passa de uma baixa percentagem?

Não há milagres. Há muito, muito a mudar. E não me parece que isso vá acontecer porque simplesmente quem manda está-se a cagar.

Acho que estás a saltar uns passos bem significativos. Olhando para os plantéis, o nosso deve ser mais caro do que o do Porto. Este plantel do Porto é o mesmo há anos. Tem aqueles cubanos todos a preços abaixo do valor de mercado, contratados dentro daquele protocolo corrupto com a Federação Cubana. Acho que é impossível, sem gastar alarvidades de dinheiro, bater a atual equipa do Porto. Repara que nem o Kiel o conseguiu e a jogar em casa. De resto, é falso que o Porto tenha um "investimento a sério" e é falso que o Porto tenha uma politica de bilhética mais generosa do que a nossa (anda mais ou menos no mesmo valor). A única coisa que têm é uma estratégia dominadora assente nas bases corruptas que já são mais do que conhecidas naquele clube.

Reparem que durante anos, a Federação Cubana e o Porto tiveram uma parceria oficializada (https://www.facebook.com/fcportoglobal/posts/1083087321721761/) enquanto a Federação Portuguesa permitia que os jogadores cubanos não contassem para o limite de estrangeiros inscritos na Liga. É esta a base do domínio do Porto.

O Sporting conseguiu o Frankis que nunca ninguém percebeu bem como, e depois com BdC conseguiram o Valdés. Nós nunca tivemos um raio de um cubano e nunca denunciámos esta merda.

Para mim, e já o digo há algum tempo, a nossa melhor solução é:

- retirar tudo o que for jogador que tenha mais de 23 anos
- contratar os melhores jovens portugueses
- conseguir ter uma equipa com 5 ou 6 Alexandres Cavalcantis
- redirecionar o dinheiro para outras modalidades
- voltar a apostar a sério na modalidade nessa altura

Porque mesmo indo buscar um Toft Hansen depois de uma época com lesões graves, o Nyokas à reforma, um Ristovski com 36 ou 37 anos, continuamos a anos luz da qualidade que eles conseguiram juntar com os cubanos.

Tudo muito bonito se os melhores jovens portugueses não nos tivessem passado todos à frente e não estivessem quase todos ligados a clubes ligados com o Porto ou mesmo ao Porto.

Para fazer o que sugeres só acabando com a modalidade, caso contrário é jogar para não descer durante 5-10 anos.

"Conseguir ter 5 ou 6 Alexandres Cavalcantis", como se eles aparecessem dando um biqueiro numa pedra.

Neste momento o Porto tem a base da selecção nacional actual e mesmo que perca mais 1 ou 2 jogadores além do Alexis, vai integrar Diogo Silva e Martim Costa, que serão as estrelas no andebol português por largos anos. E têm o André Sousa no forno.

Por outro lado, não há só bons andebolistas em cuba. Eu vejo iranianos de enorme qualidade a entrarem pela Roménia, um Chile, um Brasil e uma Argentina a exportarem os seus jogadores desde cedo para a Europa (Espanha, preferencialmente) e nós não apanhamos um único.

Quanto aos cubanos, a federação portuguesa de andebol ainda não manda em acordos internacionais. Os cubanos, como os cabo-verdianos, não contam como estrangeiros porque esses países fazem parte dos acordos de Cotonou entre a UE e países africanos, caribe e pacífico.

O Benfica tem muito dinheiro mal gasto e uma secção completamente ultrapassada e desfasada da realidade do andebol actual. Com o orçamento actual é possível ter um plantel melhor.

As equipas técnicas, a secção e atletas é que estão completamente amorfos. Os jogadores de qualidade que vamos buscar ao estrangeiro rapidamente entram em sub-rendimento, não há sangue na guelra nem faca nos dentes. Não há preparação física específica para a modalidade.

E aumentando um bocado o investimento - sugiro, por exemplo, ao fim de não sei quantos anos, arranjar-se um patrocinador principal para as camisolas - dá para aproximar a qualidade dos plantéis.

Leonel Fernandes, Tito, Iturriza, Fábio Magalhães, Mbengue, não são grandes jogadores. São jogadores cujas capacidades foram potenciadas e que estão a ser espremidas ao máximo. E o mesmo se aplica aos que já eram muito talentosos. Isso é mérito de quem trabalha.

O andebol do Porto é bem sucedido porque há todo um trabalho por trás, desde formação de treinadores, acordos com clubes de formação, recrutamento, preparação física, construção de plantel com planeamento a médio prazo, etc. Estão sempre a acompanhar a evolução da modalidade, enquanto nós estamos parados no tempo à espera que 2 ou 3 estrangeiros resolvam o problema. Um pequeno mas insuficiente passo em frente com o Resende, mas a muitos níveis continuamos muito atrás.

Antes de tudo o Benfica tem perceber que o andebol em Portugal é uma modalidade em que para se ganhar tem de se trabalhar muito e ser profissional. Que lidamos com adversários que são top25 europeu. E que o nível de seriedade tem de ser acompanhado, no curto prazo, por um nível de investimento superior, enquanto em paralelo se desenvolve um trabalho de médio/longo prazo semelhante ao que é feito lá em cima, que permita que daqui a uns anos também tenhamos os nossos Martins, Diogos Silvas, etc.

Concordo com tudo. Arranjar 5 ou 6 Cavalcantis não têm que ser europeus. Até acrescentava mais algumas nacionalidades que não falaste (e que não tenho dúvidas que também estarás a par) como os egipcios ou os turcos. São jogadores que podiam perfeitamente estar num sistema nosso. Mas para ir buscar esses rapazes, temos que aceitar que vamos andar 2-4 anos a levar tareias e provavelmente a falhar o terceiro lugar. Algo que não me parece que os adeptos estejam dispostos. E claro, temos que arranjar algo parecido com o Seixal para o Andebol (e para as outras Modalidades).

Agora como podemos ganhar no curto prazo sem gastar o dobro do que gastamos, sinceramente, não consigo vislumbrar.

Outra coisa, não sei se o Diogo Silva volta para o Porto. Foi o que um dos amigos dele me disse pelo menos.

Universo Benfica

Campeonato Nacional de Andebol 2019/20 | 1ª Fase | 13ª Jornada


Benfica 39-18 Boa-Hora FC

Pedro Seabra (3), Kévynn Nyokas (1), João Pais (7), Petar Djordjic (5), Paulo Moreno (4), Bélone Moreira (3), Carlos Martins (4), René Toft Hansen (1), Fábio Vidrago (4), Francisco Pereira (2), Borko Ristovski (1) e Romé Hebo (4)


Classificação Geral:



tozecs

Citação de: Dr.Lecter em 12 de Novembro de 2019, 15:43
Citação de: DB4700 em 12 de Novembro de 2019, 15:20
Citação de: J.P. em 12 de Novembro de 2019, 10:22
"Dragão Arena esgotado para o reencontro com o Kiel"

Tudo tem a ver com o investimento.

Investem em bons jogadores, num bom treinador e ganham cá dentro.

Vão às competições europeias e fazem grandes jogos. Ganham mediatismo. Os adeptos entusiasmam-se e enchem pavilhões. Geram receitas e eventualmente captam patrocínios.

É um ciclo. Investimento bem feito gera retorno. Dá títulos e prestígio.

Aqui é tudo ao contrário. Querem militância, mas não se percebe a política de preços dos bilhetes. Não se investe a sério. Os espetáculos, por vezes, são deprimentes. Isto entusiasma alguém? Querem que os adeptos vão ver os jogos com os rivais quando já se sabe, à partida, que a possibilidade de ganhar não passa de uma baixa percentagem?

Não há milagres. Há muito, muito a mudar. E não me parece que isso vá acontecer porque simplesmente quem manda está-se a cagar.

Acho que estás a saltar uns passos bem significativos. Olhando para os plantéis, o nosso deve ser mais caro do que o do Porto. Este plantel do Porto é o mesmo há anos. Tem aqueles cubanos todos a preços abaixo do valor de mercado, contratados dentro daquele protocolo corrupto com a Federação Cubana. Acho que é impossível, sem gastar alarvidades de dinheiro, bater a atual equipa do Porto. Repara que nem o Kiel o conseguiu e a jogar em casa. De resto, é falso que o Porto tenha um "investimento a sério" e é falso que o Porto tenha uma politica de bilhética mais generosa do que a nossa (anda mais ou menos no mesmo valor). A única coisa que têm é uma estratégia dominadora assente nas bases corruptas que já são mais do que conhecidas naquele clube.

Reparem que durante anos, a Federação Cubana e o Porto tiveram uma parceria oficializada (https://www.facebook.com/fcportoglobal/posts/1083087321721761/) enquanto a Federação Portuguesa permitia que os jogadores cubanos não contassem para o limite de estrangeiros inscritos na Liga. É esta a base do domínio do Porto.

O Sporting conseguiu o Frankis que nunca ninguém percebeu bem como, e depois com BdC conseguiram o Valdés. Nós nunca tivemos um raio de um cubano e nunca denunciámos esta merda.

Para mim, e já o digo há algum tempo, a nossa melhor solução é:

- retirar tudo o que for jogador que tenha mais de 23 anos
- contratar os melhores jovens portugueses
- conseguir ter uma equipa com 5 ou 6 Alexandres Cavalcantis
- redirecionar o dinheiro para outras modalidades
- voltar a apostar a sério na modalidade nessa altura

Porque mesmo indo buscar um Toft Hansen depois de uma época com lesões graves, o Nyokas à reforma, um Ristovski com 36 ou 37 anos, continuamos a anos luz da qualidade que eles conseguiram juntar com os cubanos.

Tudo muito bonito se os melhores jovens portugueses não nos tivessem passado todos à frente e não estivessem quase todos ligados a clubes ligados com o Porto ou mesmo ao Porto.

Para fazer o que sugeres só acabando com a modalidade, caso contrário é jogar para não descer durante 5-10 anos.

"Conseguir ter 5 ou 6 Alexandres Cavalcantis", como se eles aparecessem dando um biqueiro numa pedra.

Neste momento o Porto tem a base da selecção nacional actual e mesmo que perca mais 1 ou 2 jogadores além do Alexis, vai integrar Diogo Silva e Martim Costa, que serão as estrelas no andebol português por largos anos. E têm o André Sousa no forno.

Por outro lado, não há só bons andebolistas em cuba. Eu vejo iranianos de enorme qualidade a entrarem pela Roménia, um Chile, um Brasil e uma Argentina a exportarem os seus jogadores desde cedo para a Europa (Espanha, preferencialmente) e nós não apanhamos um único.

Quanto aos cubanos, a federação portuguesa de andebol ainda não manda em acordos internacionais. Os cubanos, como os cabo-verdianos, não contam como estrangeiros porque esses países fazem parte dos acordos de Cotonou entre a UE e países africanos, caribe e pacífico.

O Benfica tem muito dinheiro mal gasto e uma secção completamente ultrapassada e desfasada da realidade do andebol actual. Com o orçamento actual é possível ter um plantel melhor.

As equipas técnicas, a secção e atletas é que estão completamente amorfos. Os jogadores de qualidade que vamos buscar ao estrangeiro rapidamente entram em sub-rendimento, não há sangue na guelra nem faca nos dentes. Não há preparação física específica para a modalidade.

E aumentando um bocado o investimento - sugiro, por exemplo, ao fim de não sei quantos anos, arranjar-se um patrocinador principal para as camisolas - dá para aproximar a qualidade dos plantéis.

Leonel Fernandes, Tito, Iturriza, Fábio Magalhães, Mbengue, não são grandes jogadores. São jogadores cujas capacidades foram potenciadas e que estão a ser espremidas ao máximo. E o mesmo se aplica aos que já eram muito talentosos. Isso é mérito de quem trabalha.

O andebol do Porto é bem sucedido porque há todo um trabalho por trás, desde formação de treinadores, acordos com clubes de formação, recrutamento, preparação física, construção de plantel com planeamento a médio prazo, etc. Estão sempre a acompanhar a evolução da modalidade, enquanto nós estamos parados no tempo à espera que 2 ou 3 estrangeiros resolvam o problema. Um pequeno mas insuficiente passo em frente com o Resende, mas a muitos níveis continuamos muito atrás.

Antes de tudo o Benfica tem perceber que o andebol em Portugal é uma modalidade em que para se ganhar tem de se trabalhar muito e ser profissional. Que lidamos com adversários que são top25 europeu. E que o nível de seriedade tem de ser acompanhado, no curto prazo, por um nível de investimento superior, enquanto em paralelo se desenvolve um trabalho de médio/longo prazo semelhante ao que é feito lá em cima, que permita que daqui a uns anos também tenhamos os nossos Martins, Diogos Silvas, etc.

Excelente post!

TJSF

Alguem me pode dar um exemplo de uma modalidade onde fazemos bem o trabalho? Talvez Voleibol?

tozecs

1° tema: Patrocínio

Eu acho ridículo um clube como o Benfica não arranjar um patrocínio para a equipa de andebol.
Se o Benfica não consegue um patrocínio nas camisolas, como é que os Águas Santas e Boas Horas conseguem???
Dá trabalho arranjar patrocínios ? Sim dá trabalho.

2° tema : jovens jogadores estrangeiros com potencial.

Conforme o Dr.Lecter disse, há iranianos, argentinos, brasileiros, chilenos, eu até dizia egípcios.
O Benfica não contrata ninguém.
Dá trabalho fazer prospeção, convencer os jovens a assinar pelo Benfica? Sim dá trabalho.

3° tema : manter "Cavalcantis"

Como é que o porto segura Miguel Martins, Quintana, etc
Mesmo o sporting, o Portela só saiu no ano passado, mantém o Francis todos os anos.
Dá trabalho convencer os jogadores, motivar os jogadores, renovar com os jogadores? Sim dá trabalho.

E podia continuar por outros temas.
A resposta vai ser quase sempre a mesma...
Pessoalmente a ideia que tenho, quem dirige o andebol do Benfica ou é incompetente ou não quer trabalhar.

Kampz

Citação de: J.P. em 12 de Novembro de 2019, 10:22
"Dragão Arena esgotado para o reencontro com o Kiel"

Tudo tem a ver com o investimento.

Investem em bons jogadores, num bom treinador e ganham cá dentro.

Vão às competições europeias e fazem grandes jogos. Ganham mediatismo. Os adeptos entusiasmam-se e enchem pavilhões. Geram receitas e eventualmente captam patrocínios.

É um ciclo. Investimento bem feito gera retorno. Dá títulos e prestígio.

Aqui é tudo ao contrário. Querem militância, mas não se percebe a política de preços dos bilhetes. Não se investe a sério. Os espetáculos, por vezes, são deprimentes. Isto entusiasma alguém? Querem que os adeptos vão ver os jogos com os rivais quando já se sabe, à partida, que a possibilidade de ganhar não passa de uma baixa percentagem?

Não há milagres. Há muito, muito a mudar. E não me parece que isso vá acontecer porque simplesmente quem manda está-se a cagar.

Em qualquer clube normal, a gestão ouve as opiniões, desejos e sonhos dos sócios e adeptos, procurando maximizar a qualidade das suas equipas para atingir esses objectivos.

Por conseguinte, as equipas têm valor (dentro da capacidade financeira) e o serviço prestado tem valor, atraindo os sócios e adeptos e, consequentemente, o seu apoio, criando um ciclo vicioso positivo.

No Benfica, é "obrigação" dos sócios e adeptos apoiarem sempre e incondicionalmente, se não são os responsáveis pela instabilidade e insucessos desportivos e financeiros.

Já a gestão do clube, por profissionais bem pagos, não é feita "de fora para dentro", ignorando as opiniões, desejos e sonhos dos tais sócios e adeptos (que até são quem lhes paga os ordenados), limitando-se arrogantemente aos mínimos olímpicos (ou nem isso).

Tudo ao contrário...

Só mesmo no Benfica quem recebe não tem obrigações e faz exigências e quem paga só tem obrigações e não pode fazer nenhuma exigência - podendo inclusive acabar com o pescoço apertado se ousar fazê-lo.

Thorondor

Citação de: TJSF em 12 de Novembro de 2019, 21:48
Alguem me pode dar um exemplo de uma modalidade onde fazemos bem o trabalho? Talvez Voleibol?

Sim. mas não é o Benfica que faz esse trabalho. é o Marcel sozinho. a estrutura merdosa é a mesma em todas as modalidades

Mestre30

Surreal o FCP outra vez.

Bethinho

Porto a ganhar 16-14 ao intervalo ao Kiel.

BlankFile

Citação de: Mestre30 em 13 de Novembro de 2019, 19:46
Surreal o FCP outra vez.

Bater o pé ao Kiel. Isso não é nada.

Nós damos coças ao Boa Hora e companhia.

Tamarindus

Que equipa brutal dos porcos fds

46Rossi

acabaram por perder mas foi por pouco que não sacaram mais uma grande vitória.