As Finanças do Benfica


BlankFile

Spoiler

"Empréstimo obrigacionista foi de 60 milhões de euros mas investidores queriam 90 milhões"

"O Benfica apresentou esta sexta-feira os resultados da emissão de mais um empréstimo obrigacionista (2017-2020), com o qual conseguiu atingir o valor pretendido: 60 milhões de euros. No entanto, a oferta acabou por superar a procura em 1,53 vezes, o que significa que os investidores estavam preparados para dar mais de 92 milhões de euros pelos títulos de dívida encarnada.

Esta procura acima do esperado, registada aliás logo nos primeiros dias, levou mesmo a SAD a aumentar o valor do empréstimo dos 50 para os 60 milhões. A taxa de juro mais baixa de sempre em emissões do género - 4 por cento - gerou enorme expectativa entre os investidores, como se comprova pelos resultados anunciados hoje pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Segundo o documento, mais de metade dos investidores (2.467, mais concretamente) aplicou entre 100 e 1000 euros nestes títulos, num total de 4.833 investidores."

Dandy






   Pergunta para os entendidos, por favor:

   Existe algum inconveniente em substituir, paulatinamente, toda a nossa dívida bancária por empréstimos obrigacionistas?

   Em vez de estarmos a dever 400 milhões a um ou dois bancos, por exemplo, termos a decorrer, em alternativa, 8 empréstimos obrigacionistas de 50 milhões, cada, com diferentes maturidades?

   Quais os perigos desta política?

   Obrigado.




Spartans

Quem está por detrás da Free Float?

Spartans

Citação de: Spartans em 21 de Abril de 2017, 22:57
Quem está por detrás da Free Float?

Já percebi. São as ações dispersas pelos acionistas minoritários.

Bekambol

o benfica está empenhado,
todos sabemos,
agora que se empenhe em ganhar desportivamente,
amortiza a despesa e
alegra-nos...

MALU15

Citação de: Dandy em 21 de Abril de 2017, 21:32





   Pergunta para os entendidos, por favor:

   Existe algum inconveniente em substituir, paulatinamente, toda a nossa dívida bancária por empréstimos obrigacionistas?

   Em vez de estarmos a dever 400 milhões a um ou dois bancos, por exemplo, termos a decorrer, em alternativa, 8 empréstimos obrigacionistas de 50 milhões, cada, com diferentes maturidades?

   Quais os perigos desta política?

   Obrigado.




Ó Dandy, tu estás mesmo equivocado com a dívida financeira da BSAD, a começar logo pela dívida total que a 31DEZ2016 rondava os 298Meuros e não os 400M que referes.

E dos 298M apenas temos cerca de 110M de empréstimos bancários, que podem ser substituídos e ou amortizados integramente por EO`s, incluindo já com este dos 60M, tal como consta do prospecto.

Os restantes 188M integram uma pequena parcela de 5M da CGD que está ligada ao patrocínio, e que se vai auto-amortizando na mesma medida em que se vai vencendo o patrocínio.

Depois temos cerca de 45M da B Estádio, a qual se irá amortizando de acordo com o contrato do project finance até 2025, e com taxas favoráveis.

E por fim vêm os cerca de 95M dos EO`s actuais e mais cerca de 37M de dívida em papel comercial, cuja amortização obedece a regras próprias dada a sua natureza específica.


lonstrup

Não tarda estamos a ter de construir um estádio novo, e ainda não pagámos este.

20 anos para pagar o Estádio? Dá-me ideia que não foi esta a história que nos «venderam» no princípio.

E o «mal» de passar a divida financeira para empréstimos obrigacionistas, é que tu nunca na vida vais conseguir pagar um empréstimo obrigacionista sem contrair outro. Se no caso da divida financeira ainda poderiamos fazer um plano de médio longo prazo para ir pagando e amortizando divida, no caso de do empréstimo obrigacionista deixarás de ter hipotese de baixar a divida.

Dandy

Citação de: MALU15 em 21 de Abril de 2017, 23:27
Citação de: Dandy em 21 de Abril de 2017, 21:32





   Pergunta para os entendidos, por favor:

   Existe algum inconveniente em substituir, paulatinamente, toda a nossa dívida bancária por empréstimos obrigacionistas?

   Em vez de estarmos a dever 400 milhões a um ou dois bancos, por exemplo, termos a decorrer, em alternativa, 8 empréstimos obrigacionistas de 50 milhões, cada, com diferentes maturidades?

   Quais os perigos desta política?

   Obrigado.




Ó Dandy, tu estás mesmo equivocado com a dívida financeira da BSAD, a começar logo pela dívida total que a 31DEZ2016 rondava os 298Meuros e não os 400M que referes.

E dos 298M apenas temos cerca de 110M de empréstimos bancários, que podem ser substituídos e ou amortizados integramente por EO`s, incluindo já com este dos 60M, tal como consta do prospecto.

Os restantes 188M integram uma pequena parcela de 5M da CGD que está ligada ao patrocínio, e que se vai auto-amortizando na mesma medida em que se vai vencendo o patrocínio.

Depois temos cerca de 45M da B Estádio, a qual se irá amortizando de acordo com o contrato do project finance até 2025, e com taxas favoráveis.

E por fim vêm os cerca de 95M dos EO`s actuais e mais cerca de 37M de dívida em papel comercial, cuja amortização obedece a regras próprias dada a sua natureza específica.






   Os 400 milhões foram um exemplo inocente ... tal como poderia ter dito 10 milhões.




MALU15

Citação de: lonstrup em 22 de Abril de 2017, 00:04
Não tarda estamos a ter de construir um estádio novo, e ainda não pagámos este.

20 anos para pagar o Estádio? Dá-me ideia que não foi esta a história que nos «venderam» no princípio.

E o «mal» de passar a divida financeira para empréstimos obrigacionistas, é que tu nunca na vida vais conseguir pagar um empréstimo obrigacionista sem contrair outro. Se no caso da divida financeira ainda poderiamos fazer um plano de médio longo prazo para ir pagando e amortizando divida, no caso de do empréstimo obrigacionista deixarás de ter hipotese de baixar a divida.
Ó Lonstrup, acho que não estás a ver o filme da forma correcta, pois os EO`s sendo também dívida financeira (pois vencem juros) não são dívida bancária, e como tal não estão sujeitos às regras das negociações que vigoram com a Banca, com os inerentes custos (I Selo, taxas, ...), que são bem piores nos dias de hoje do que os EO`s em que te limitas a pagar os juros contratados durante os 3 anos.

Eu estou certo que a BSAD ao ter decidido ir ao mercado (via EO) financiar-se, não deixou de fazer o planeamento a médio e longo prazo das suas necessidades de financiamento, a começar logo pelo facto de uma grande parte dos 60M ir servir para amortizar dívida bancária (consta do prospecto) que vence juros a taxas superiores.

Com este novo EO nos próximos 3 anos (2018,19 e 2020) vai-se vencer um EO em cada ano, e a SAD terá assim todos os anos condições para refazer o seu planeamento, face à situação financeira que viver em cada momento. Mas por agora ainda temos os 110M de dívida bancária para reduzir, bem como a linha do papel comercial como instrumento de recurso.

MALU15

Citação de: Dandy em 22 de Abril de 2017, 00:30
Citação de: MALU15 em 21 de Abril de 2017, 23:27
Citação de: Dandy em 21 de Abril de 2017, 21:32





   Pergunta para os entendidos, por favor:

   Existe algum inconveniente em substituir, paulatinamente, toda a nossa dívida bancária por empréstimos obrigacionistas?

   Em vez de estarmos a dever 400 milhões a um ou dois bancos, por exemplo, termos a decorrer, em alternativa, 8 empréstimos obrigacionistas de 50 milhões, cada, com diferentes maturidades?

   Quais os perigos desta política?

   Obrigado.




Ó Dandy, tu estás mesmo equivocado com a dívida financeira da BSAD, a começar logo pela dívida total que a 31DEZ2016 rondava os 298Meuros e não os 400M que referes.

E dos 298M apenas temos cerca de 110M de empréstimos bancários, que podem ser substituídos e ou amortizados integramente por EO`s, incluindo já com este dos 60M, tal como consta do prospecto.

Os restantes 188M integram uma pequena parcela de 5M da CGD que está ligada ao patrocínio, e que se vai auto-amortizando na mesma medida em que se vai vencendo o patrocínio.

Depois temos cerca de 45M da B Estádio, a qual se irá amortizando de acordo com o contrato do project finance até 2025, e com taxas favoráveis.

E por fim vêm os cerca de 95M dos EO`s actuais e mais cerca de 37M de dívida em papel comercial, cuja amortização obedece a regras próprias dada a sua natureza específica.






   Os 400 milhões foram um exemplo inocente ... tal como poderia ter dito 10 milhões.




Ok. Mas olha que a via normal de financiamento seguida pelas empresas é sempre o mercado primário, quer seja via aumentos de capital (hoje quase inexistente) quer via empréstimos obrigacionistas. Os empréstimos bancários estão hoje fora de moda, pelas garantidas exigidas e impacto nos rácios de capital a que os Bancos estão obrigados a manter em certos níveis. Acresce ainda o facto das IF`s serem também grandes beneficiários com os EO`s, dados os serviços que prestam (e comissões que cobram) neste processo de captação de poupanças dos seus clientes.

lonstrup

Citação de: MALU15 em 22 de Abril de 2017, 00:33
Citação de: lonstrup em 22 de Abril de 2017, 00:04
Não tarda estamos a ter de construir um estádio novo, e ainda não pagámos este.

20 anos para pagar o Estádio? Dá-me ideia que não foi esta a história que nos «venderam» no princípio.

E o «mal» de passar a divida financeira para empréstimos obrigacionistas, é que tu nunca na vida vais conseguir pagar um empréstimo obrigacionista sem contrair outro. Se no caso da divida financeira ainda poderiamos fazer um plano de médio longo prazo para ir pagando e amortizando divida, no caso de do empréstimo obrigacionista deixarás de ter hipotese de baixar a divida.
Ó Lonstrup, acho que não estás a ver o filme da forma correcta, pois os EO`s sendo também dívida financeira (pois vencem juros) não são dívida bancária, e como tal não estão sujeitos às regras das negociações que vigoram com a Banca, com os inerentes custos (I Selo, taxas, ...), que são bem piores nos dias de hoje do que os EO`s em que te limitas a pagar os juros contratados durante os 3 anos.

Eu estou certo que a BSAD ao ter decidido ir ao mercado (via EO) financiar-se, não deixou de fazer o planeamento a médio e longo prazo das suas necessidades de financiamento, a começar logo pelo facto de uma grande parte dos 60M ir servir para amortizar dívida bancária (consta do prospecto) que vence juros a taxas superiores.

Com este novo EO nos próximos 3 anos (2018,19 e 2020) vai-se vencer um EO em cada ano, e a SAD terá assim todos os anos condições para refazer o seu planeamento, face à situação financeira que viver em cada momento. Mas por agora ainda temos os 110M de dívida bancária para reduzir, bem como a linha do papel comercial como instrumento de recurso.
Eu sei que em termos de despesas é muito melhor que uma divida bancária; eu sei que os termos para negociar são melhores;

mas diz-me, honestamente, se num cenário hipotético transformarmos toda a nossa divida financeira em instrumentos como o EO, qual é a tua previsão de abaixamento da dívida a médio/longo prazo?

tens, honestamente, a perspectiva que vai chegar o dia em que chegados ao fim dos 3 anos vamos simplesmente arrotar os 40 ou 60 milhões que nos emprestaram, sem recorrer a novo EO ?

lonstrup

trocar divida por divida, vai permitir reduzir encargos no imediato.

mas o caminho que deviamos seguir não deveria ser reduzir divida?

ccm

Citação de: Maldini em 21 de Abril de 2017, 17:09
Citação de: Dandy em 21 de Abril de 2017, 17:06





   Procura de 92 milhões.

   Índice de procura/oferta de 1.53.

   http://web3.cmvm.pt/sdi/emitentes/docs/fsd285138.pdf





145 milhões de EO ...

Esta Haitong tem alguma coisa a ver com o lagarto do BES?

Era.
Felizmente já saíu.

eagles_viseu

Citação de: lonstrup em 22 de Abril de 2017, 06:38
Citação de: MALU15 em 22 de Abril de 2017, 00:33
Citação de: lonstrup em 22 de Abril de 2017, 00:04
Não tarda estamos a ter de construir um estádio novo, e ainda não pagámos este.

20 anos para pagar o Estádio? Dá-me ideia que não foi esta a história que nos «venderam» no princípio.

E o «mal» de passar a divida financeira para empréstimos obrigacionistas, é que tu nunca na vida vais conseguir pagar um empréstimo obrigacionista sem contrair outro. Se no caso da divida financeira ainda poderiamos fazer um plano de médio longo prazo para ir pagando e amortizando divida, no caso de do empréstimo obrigacionista deixarás de ter hipotese de baixar a divida.
Ó Lonstrup, acho que não estás a ver o filme da forma correcta, pois os EO`s sendo também dívida financeira (pois vencem juros) não são dívida bancária, e como tal não estão sujeitos às regras das negociações que vigoram com a Banca, com os inerentes custos (I Selo, taxas, ...), que são bem piores nos dias de hoje do que os EO`s em que te limitas a pagar os juros contratados durante os 3 anos.

Eu estou certo que a BSAD ao ter decidido ir ao mercado (via EO) financiar-se, não deixou de fazer o planeamento a médio e longo prazo das suas necessidades de financiamento, a começar logo pelo facto de uma grande parte dos 60M ir servir para amortizar dívida bancária (consta do prospecto) que vence juros a taxas superiores.

Com este novo EO nos próximos 3 anos (2018,19 e 2020) vai-se vencer um EO em cada ano, e a SAD terá assim todos os anos condições para refazer o seu planeamento, face à situação financeira que viver em cada momento. Mas por agora ainda temos os 110M de dívida bancária para reduzir, bem como a linha do papel comercial como instrumento de recurso.
Eu sei que em termos de despesas é muito melhor que uma divida bancária; eu sei que os termos para negociar são melhores;

mas diz-me, honestamente, se num cenário hipotético transformarmos toda a nossa divida financeira em instrumentos como o EO, qual é a tua previsão de abaixamento da dívida a médio/longo prazo?

tens, honestamente, a perspectiva que vai chegar o dia em que chegados ao fim dos 3 anos vamos simplesmente arrotar os 40 ou 60 milhões que nos emprestaram, sem recorrer a novo EO ?

Vamos passar a ter EO a vencer todos os anos, por isso a gestão do montante total dos EO poderá ser feita anualmente. Será difícil pagar integralmente os montantes que temos aualmente sem um novo financiamento, mas se chegar ao fim um EO de 60M e criares um novo EO de 50M para o pagares já estás a reduzir a dívida em 10M.