Já há fumo mas ainda não há fogo

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Foi o melhor jogo do Benfica em solo norte-americano, mas nem isso chegou para o primeiro triunfo da pré-temporada. As águias estiveram a vencer em casa dos New York Red Bulls mas permitiram a reviravolta ao conjunto da Major League Soccer, que venceu por 2x1.

 

Oito novidades e o melhor Benfica

 

Rui Vitória revolucionou o «onze» ao terceiro jogo e abriu janelas de oportunidade alargadas a oito caras novas. Dos primeiros 45 minutos destacam-se alguns nomes: Pizzi voltou à titularidade – saiu Fejsa – e pegou logo na batuta de «maestro». Rápido, assertivo no passe e oportuno, seria dele o primeiro golo da noite (7') após assistência de Mehdi Carcela e um bom envolvimento de Nélson Semedo na génese do lance.

 

O jovem lateral direito foi outra das novidades e, diga-se, esteve à altura. Agressivo na hora de defender, nunca deixou de subir para provocar desequilíbrios à frente, como no lance do 0x1. Aproveitou a oportunidade e deixou um aviso aos outros candidatos à vaga de Maxi Pereira.

 

Enquanto houve pernas, Adel Taarabt também se mostrou. O marroquino apareceu, finalmente, em campo e exibiu alguns pormenores de qualidade – ia marcando um golo de se lhe tirar o «chapéu», literalmente, aos 17 minutos. Tem técnica e um bom relacionamento com a bola, falta-lhe a frescura física.

 

E foi por aí que passou o jogo do Benfica na primeira parte. Enquanto a houve, à frescura, foi o melhor jogo dos três em solo norte-americano. Dinâmico, rápido e com boa circulação, o bicampeão português teve o seu período de maior fôlego entre os cinco e os 30 minutos, criando várias ocasiões para ampliar a vantagem. Depois as pernas acusaram o ritmo e Luisão entregou de bandeja o empate aos New York Red Bulls, aos 33 minutos, apontado por Bradley Wright-Phillips.

 

Carcela destacou-se, Ola John nem por isso

 

Ao intervalo, Ola John ficou no balneário – voltou a desiludir -, tal como Taarabt. Entraram Djuricic e Gonçalo Guedes e os primeiros sinais até foram interessantes, mas seriam os americanos a marcar novamente (56'). Mark Grella colocou a bola na «gaveta» e nem com asas Ederson lá chegaria. 

 

Seguiram-se mais – e muitas – substituições. Carcela, por exemplo, saiu aos 66 minutos depois de ter feito um jogo com boas iniciativas. Entraram pesos pesados (e Mike Tyson até estava na bancada) como Nico Gaitán, Jonas e Talisca e o jogo do Benfica virou-se todo para a baliza dos New York.

 

Foram várias as tentativas para chegar ao empate e a melhor foi de Marçal, aos 83 minutos depois de Djuricic fazer tudo bem. Houve mais Benfica, melhor equipa que os norte-americanos, mas ainda não chegou para a primeira vitória na pré-temporada.