Rui Costa não aceitou o convite para assumir o cargo de diretor desportivo da Fiorentina, apurou o DN. O diretor-geral do clube italiano, Pantaleo Corvino, esteve em Lisboa para conversar com o atual administrador da SAD do Benfica, tendo-lhe formalizado uma proposta para regressar a Florença, onde esteve de 1994 a 2001 como jogador e se tornou um ídolo dos adeptos viola.
Ao que o DN apurou, Rui Costa ficou bastante sensibilizado com o facto de o terem escolhido para desempenhar um cargo de tanta responsabilidade como é o de diretor desportivo, mas acabou por recusar, justificando a decisão com o facto de se sentir bem no Benfica, onde se sente peça importante de um projeto iniciado em 2008, logo após ter dado por terminada a carreira de futebolista.
Os primeiros contactos foram feitos há cerca de um mês através do presidente da Fiorentina, Mario Cognini, que telefonou a Rui Costa para manifestar interesse em contar com ele para a próxima época. A decisão de avançar para a contratação partiu de Diego Della Valle, proprietário do clube de Florença, que há muito é admirador do antigo internacional português. O objetivo era, pois, juntar Rui Costa a Paulo Sousa, que desde o início da última época assumiu o cargo de treinador dos viola. Os dois antigos futebolistas são amigos há muitos anos e os responsáveis da Fiorentina contavam com esse trunfo para convencer Rui Costa, um histórico do clube, idolatrado pelos adeptos, que era considerado essencial para o projeto de construir uma grande equipa.
A presença de Corvino em Lisboa era, afinal, o tudo por tudo para garantir o sim de Rui Costa que, apesar de se mostrar sensibilizado com o convite, acabou por preferir continuar no Benfica.
O Príncipe de Florença
Esta não foi a primeira vez que Rui Costa foi falado para regressar à Fiorentina, afinal durante sete época foi a principal estrela de uma equipa em que fez uma dupla temível com o avançado argentino Gabriel Batistuta. O Príncipe de Florença, como era chamado pelos adeptos viola, foi contratado em 1994 numa transferência que rendeu ao Benfica uma verba a rondar os seis milhões de euros.
Ao serviço da Fiorentina conquistou duas taças de Itália e uma Supertaça italiana, tendo chegado a ser considerado várias vezes o melhor número 10 da Série A, numa altura em que este campeonato era recheado de grandes estrelas, entre as quais o francês Zinedine Zidane.
Em 2001, com os problemas financeiros da Fiorentina, o maestro, como também era conhecido em Itália, acabou por se transferir para o AC Milan por 35 milhões de euros. Nos rossoneri esteve cinco épocas, durante as quais foi campeão italiano e venceu a Liga dos Campeões, tendo depois regressado ao Benfica para jogar mais duas temporadas antes de encerrar a carreira e assumir o cargo de diretor desportivo e administrador da SAD encarnada.
Aos 44 anos, Rui Costa resiste ao apelo de um clube que marcou a sua vida desportiva para se manter como braço direito do presidente Luís Filipe Vieira para o futebol.
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