Panchito Velázquez (Hóquei em Patins)

Avançado, 49 anos,
Argentina
Estatísticas: 4 épocas

Títulos: Taça de Portugal (3), Supertaça (2)

TeamRocket37

Citação de: Pancho Lopes 67 em 13 de Maio de 2020, 11:32
Os dois melhores golos do Panchito no Benfica foram ao Porto, esse que ele fala no video acima, e o que finta todos na champions quando ganhamos 7-4 em 2001...

Eu diria 3 golos.
Há um golo que vai isolado e faz um chapéu ao Edo Bosh com um claque divinal.
Foi um cagadela em cimo do Bosh monumental.

Pancho Lopes 67

#1156
Citação de: TeamRocket37 em 13 de Maio de 2020, 11:55
Citação de: Pancho Lopes 67 em 13 de Maio de 2020, 11:32
Os dois melhores golos do Panchito no Benfica foram ao Porto, esse que ele fala no video acima, e o que finta todos na champions quando ganhamos 7-4 em 2001...

Eu diria 3 golos.
Há um golo que vai isolado e faz um chapéu ao Edo Bosh com um claque divinal.
Foi um cagadela em cimo do Bosh monumental.

Esse penso que tenha sido na fase final do campeonato de 2001 que mandamos 5-1 na Luz. O Porto na altura que tinhamos Rui Lopes e depois Panchito no pico e a 100% sem lesões, levavam cada tareia. Lembro-me dos anos 90 de um 6-1, 7-1 ou 7-0 (já nem sei), e um 10-5, e depois no novo milénio 5-1 e 12-4...

pica_foices


Panchito Velázquez e Danilo Rampulla são tio e sobrinho. No Dia da Pátria Argentina, o Vai Ficar Tudo Hóquei junta um dos mais emblemáticos jogadores de sempre que vestiu a camisola das Pampas e um dos mais promissores hoquistas de San Juan.


https://www.facebook.com/hoqueizerozero/videos/3000311396723475/

Mikaeil

Panchito Velázquez: "Pavilhão da Luz fazia lembrar o estádio do Boca Juniors"

Glória do hóquei encarnado concedeu entrevista aos meios de comunicação do Clube.



Quatro épocas de águia ao peito e uma saudade que deixou marca nos Benfiquistas. A magia de Panchito fazia tremer o antigo Pavilhão da Luz e só as lesões, conjugadas com a instabilidade no Clube na altura, o impediram de sair da Luz com um palmarés mais rico, à imagem da grandiosidade que demonstrou em rinque.

Agora, com 45 anos, Panchito prepara-se para assistir à continuação do legado Velázquez na Luz com a chegada do seu sobrinho, Danilo Rampulla. A Glória do hóquei encarnado concedeu uma grande entrevista aos meios de comunicação do Clube.
Incursão no futebol

"Assinei com o Barcelona na temporada 1997/98. Acabámos a temporada e tive algumas divergências com o clube, mas nada de grave. Acabei por ficar na Argentina e, como tinha o passe em Barcelona, não me deixaram jogar hóquei. Comecei a jogar futebol no San Juan, em agosto, na liga local, devagarinho. Em dezembro já estava a jogar na Segunda Divisão. Na minha estreia estávamos empatados e fiz o golo da vitória. Estava a correr bem. Estava a começar a segunda época e no último treino antes de um jogo magoei-me num joelho."



"Díos" sobre rodas

"Maradona é apenas um adjetivo, acho engraçado. Não foi uma responsabilidade maior. És lindo, jogas bem, tens a magia, técnica, é por aí. É um adjetivo. Havia coisas mais importantes, como uma criança que te dizia na tua frente que eras o seu ídolo, ou alguém que te dizia que admirava a jogar. Isso colocava-me mais pressão do que alguém me chamar Maradona."
Chegada a Lisboa

"Ligou-me um responsável da direção, o António Mascarenhas. Fizemos um acordo de seis meses com o Barcelona. Fui a Portugal dois dias para verem como estava fisicamente, penso que em fins de novembro. Foram seis meses, o clube não estava bem. Pedi para trazer mais um jogador e deu-se a vinda do meu irmão [Mariano Velázquez]."



Um clube distinto

"Jogámos o primeiro jogo com o Paço de Arcos e o pavilhão estava cheio. No sábado a mesma coisa. Fomos jogar a Paço de Arcos e a maioria dos adeptos era do Benfica. Lembro-me de um jogo que fizemos em Saint-Omer, em França. Quando lá chegámos quase todos os adeptos eram do Benfica. Joguei no Barcelona e nunca enchemos o pavilhão. Jogar em Saint-Omer, num dia escuro, com frio, era janeiro, o pavilhão repleto de camisolas encarnadas, aí comecei a sentir o que era o Benfica e o sentimento que envolvia as pessoas do Clube. Quando fazes parte do clube e começas a ver estes pequenos pormenores... Por isso digo que o Benfica é uma religião."



Pavilhão da Luz

"Chamava-lhe o sótão. Era impressionante. Fazia lembrar o estádio do Boca Juniors a tremer. Aquele pavilhão tremia. Era o nosso sexto jogador. Era muito difícil jogar lá, havia muita pressão. Quando as pessoas começavam a vibrar mexia tudo."



Cada jogo, cada guerra

"Eu e o Mariano nunca íamos apenas jogar um jogo, íamos para a guerra. Na primeira época deram-me três carros e bati com os três. A partir daí nunca mais me deram um carro. A maluquice para ir jogar era tanta, não podíamos perder, não podíamos empatar. Não íamos jogar, íamos para a guerra e começava no carro depois de sairmos de casa."
Escassez de títulos

"Não era o que Clube que é agora. Tínhamos uma equipa de 4/5 jogadores, eu não estava a 100% dos meus joelhos, fui operado muitas vezes. Nós começávamos as pré-épocas em agosto e chegávamos a março e abril completamente cansados, isso era um fator importante. Cheguei a nem jogar finais da Taça de Portugal porque estava no hospital a ser operado. Muitas vezes tinha de ir de manhã para o ginásio, à tarde para fazer a ligadura funcional, não foi fácil aquela época. Não havia fisioterapeutas, não havia nada. Chegávamos a março e abril e sentíamos muito o desgaste acumulado ao longo do ano."



Calvário de lesões

"Eu sentia muitas dores e não sabiam de onde vinham. O Carlos Dantas pediu ao Dr. António Martins, que estava no futebol, para me ver. Foi num dia que jogámos com o FC Porto, fomos lá os dois e o médico ficou impressionado como é que eu conseguia jogar porque não tinha musculação nenhuma no joelho. Disse-me para ir jogar, mas que me operava na segunda-feira. Trouxe a minha mãe para me fazer companhia. Sabia que estava mal e tinha medo que, depois de me abrirem o joelho na operação, dissessem-me que não podia jogar mais. Tinha 25 anos, era muito duro. Deus colocou-me à frente do grande médico António Martins, se não fosse ele não voltaria a jogar."



Adeus à Luz

"Foi um momento difícil. Com 20 anos já era campeão do mundo. No clube que mais adorei jogar não tive os títulos que tive a vida inteira. Sinto-me mal quando penso nisso, fico incomodado, ficaram coisas por fazer."
Amizades para a vida

"Fiquei com uma família no Benfica. Eu e o Carlos Dantas, com a Paula, com a Ana, com o Miguel, agora com os seus netos também. Nós vamos a Lisboa e eu vou à casa dele, ele também tem vindo cá ter comigo. É muito forte a relação com que ficámos. Eu sei que eles têm saudades minhas e eu tenho saudades deles. Tinha tudo combinado para ir a Lisboa em agosto. Nas contas do ano está sempre incluída a ida a Lisboa."



A história dos patins com o número errado

"Todos diziam que eu e o Carlos Dantas não nos íamos dar bem. E no início parecíamos dois cães que não se conhecem. Mas o Carlos era mais do que treinador. Era dirigente, amigo, psicólogo. Ele foi lá dentro e disse ao senhor Armando para me dar os patins número 45 – eu calço o 42 –, mas como lá o material era melhor, tinha experiência e não foi um problema para mim. Correu muito bem esse treino, por acaso."



Glória da modalidade

"Não há melhor prémio que eu estar em Lisboa e sentir o carinho e o afeto dos adeptos. Dizem-me que sou mais um, e sou verdadeiramente mais um e agradeço. Foram momentos difíceis. O Benfica não estava bem no futebol, não estava bem no basquetebol, o Benfica não estava bem. Imagina ter ganhado algo mais importante, a história teria sido diferente. Não se pode voltar atrás, mas isso magoa-me bastante."
Sobrinho Danilo Rampulla segue o legado

"Ele tem de superar-me e ao Mariano. De fora, sinto a responsabilidade de que ele tem de superar-nos. Vai usar uma camisola que não tem meio-termo. É sim ou não, ganha ou perde. Não é uma camisola que te dê uma segunda oportunidade, é muito pesada e não é para todos. Mas acho que ele tem todas as hipóteses de singrar e superar-nos. É mais parecido comigo, mas ainda pede muita permissão. Ainda é novo, tem muito para melhorar, mas tem de pedir mais desculpa no fim e menos permissão no início. Com dois anos já patinava bem. Sempre olhou para nós e começou a adorar o hóquei, mas começou sozinho."



Armada albiceleste na Luz

"Tenho uma excelente relação com o Carlos Nicolía. Também estamos muitas vezes em família. Com o Lucas [Ordoñez] nem tanto, mas admiro-o muito como jogador. No mercado que há, o Benfica tem dos melhores argentinos. No fim vai ser o resultado que ditará, oxalá que corra bem."



"Meca" do hóquei em patins

"É um caso único no mundo. Não há uma explicação para o hóquei ser tão popular em San Juan. Em qualquer lado perguntam-te em que ano da escola vais, aqui em San Juan perguntam em que escalão estás, porque todos jogam hóquei. O hóquei é muito importante aqui."



A vida depois do hóquei

"Não é muito difícil deixar o hóquei, mas sim reorganizar a vida, deixar de ser profissional. O profissional recebe bem, não tem muito sacrifício. Sair à rua para trabalhar, enfrentar o mundo, é difícil. Às vezes pode faltar dinheiro para comprar um carro, depois falta dinheiro para levar leite para casa. Inserir-te na selva é difícil, custou-me muito, mas já aprendi e já estamos muito bem."



Conselheiro a part-time

"Os treinadores necessitam de muito tempo e eu preciso desse tempo para o meu trabalho. A única coisa em que me sinto útil é a resolver muitos dos problemas que tinha enquanto jogador, agora que estou fora. Aquela coisa que fazia de determinada maneira e penso que se possa fazer de maneira diferente. Penso que posso ajudar os jogadores a resolver problemas que eu também tinha quando jogava."
La Gloriosa

"Comprei a quinta e chamava-se Las Maris, porque a mulher e as filhas do antigo dono tinham todas Maria no primeiro nome. Passado um tempo estava com a minha mulher a pensar num nome para dar à quinta e queríamos um nome associado ao Benfica porque é graças ao Benfica que eu a tenho. É uma pequena homenagem minha e toda a gente já sabe onde fica La Gloriosa. O negócio está dividido em três partes. Na construção de lotes para vender, porque a quinta é grande. Depois na casa grande fiz um espaço de aluguer para todo o tipo de eventos, festas de anos, casamentos... e a terceira parte é a produção de uva. Fazemos uva para consumo e fazemos passas de uva. Agora também estamos a produzir cebola. Estamos a otimizar o sistema e está a correr tudo bem."



Mensagem para os benfiquistas

"Todos os hoquistas desejam jogar um Mundial em San Juan e ter adeptos do Benfica. É o único clube que, onde quer que se vá jogar, o pavilhão é do Benfica. É impressionante. Sentes-te valorizado, com gosto. Nesse sentido, o Benfica é o maior clube de todos. Não mudem, continuem com a mesma paixão. Fizeram um grande clube. O Benfica tem crescido muito nos últimos anos e os adeptos é que fazem um clube grande. Se há jogo de futebol às 17h, às 10h, 11h, o Colombo já começa a mexer... Arrepia-me a pele só de pensar, impressionante. Continuem com a paixão que sentem pelo Clube, a paixão que eu também tenho."

https://www.slbenfica.pt/pt-pt/agora/noticias/2020/06/13/hoquei-em-patins-benfica-entrevista-panchito-velazquez

Mikaeil


Mestre30


Smballs

🎉 🎂 Feliz aniversário, Panchito Velázquez!

#EPluribusUnum

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parabéns Deus dos patins...

Baron_Davis


xungaria



slbenfever



Alexandre1976



vince1987

Mágico quem o viu ao vivo sabe o quão espetacular era ver o Panchito um jogador excitante.