As Finanças do Benfica

MALU15

Citação de: Pacal em 07 de Agosto de 2019, 13:37
Citação de: MALU15 em 06 de Agosto de 2019, 21:19
Citação de: Pasárgada em 06 de Agosto de 2019, 16:43
Citação de: MALU15 em 06 de Agosto de 2019, 15:41
Citação de: Pasárgada em 06 de Agosto de 2019, 15:26
Citação de: CitriC em 06 de Agosto de 2019, 14:35
Citação de: Pasárgada em 06 de Agosto de 2019, 13:42
Uma pergunta dum leigo em
Finanças, temos o passivo em sensivelmente em 360 milhões de euros, conseguiremos baixar dos 300 milhões até final do ano de 2019?

Como a janela de transferências ainda não fechou é ainda difícil de prever.

Contudo tendo em conta a nova antecipação de receitas, a redução do valor de outros passivos na componente corrente (31.12.18), além do passivo financeiro e sabendo da contratação de vários jogadores e também a venda de alguns jogadores é possível.

Ps: Se bem que não sabemos quanto do Vinicius, RDT, etc... será pago até ao final deste ano.
Seria Óptimo conseguirmos estabilizar o passivo nos 250 milhões até final de 2020! Como já disse DSO um passivo de 200/250M é um passivo perfeitamente gerivel a todos os níveis, obviamente que temos que manter as receitas também estabilizadas e não sofrer grandes quebras como existiu aqui à alguns anos, em que que houve um grande endividamento e a receita era "pobre"! Tem se trabalhado bem a nível de receitas disso dou bastante mérito a esta direcção! Conciliar sucesso desportivo com o sucesso económico é o grande desafio desta direcção nos próximos anos...
Mas olha que o DSO na entrevista dá mais ênfase à dívida financeira na ordem dos 130Me, porque o outro passivo vai sempre existir pois está inerente à actividade da SAD. Na minha opinião o passivo total terá tendência para estabilizar na ordem dos 300/320Me, até porque uma parte (actualmente cerca de 80Me) está relacionado com a antecipação dos direitos televisivos, que irá reduzindo progressivamente até 2026.
Mas havendo dividendos financeiros consideráveis não podemos abater esse passivo inerente à actividade da SAD, por exemplo? E conseguir extinguir a dívida financeira? Penso que estamos no bom caminho, claro que irá haver sempre investimento, investimento pressupõe criação de dívida seja ela a curto, médio ou longo prazo! Eu acho que era muito bom está direção sair com a dívida financeira a zeros, já a dívida da SAD concordo que seja sempre para ir gerindo consoante também as conquistas desportivas que se quer que sejam
Constantes!
Não sei bem a que te referes quando falas em dividendos financeiros. Se estás a pensar em resultados positivos apresentados pela SAD, isso só por si não quererá dizer que a SAD gera meios meios libertos significativos, isso é sempre independente do nível de resultados produzidos. Quando eu falei do passivo inerente à actividade da SAD estava-me a referir aos valores em dívida a fornecedores e outros credores (fisco, SS, ...) e esse o seu processo e ritmo de liquidação deve seguir sempre o seu curso normal, para que não se verifiquem situações de incumprimento.

O mesmo já não se passa com a dívida financeira (EO´s) enquanto veículo de financiamento de médio e longo prazo da SAD, que tem timings bem definidos de amortização e ou pagamento de juros e que em condições normais se vai manter sempre a um certo nível (os tais 130Me de que falou o DSO) a não ser que a BSAD atingisse a breve prazo um nível de meios libertos por venda de atletas tão significativo que permitisse que a SAD acumulasse excedentes de tesouraria de forma consistente, não necessitando assim de recorrer a capitais alheios como veículo de financiamento.

Ou seja, estaremos sempre dependentes de vendas de jogadores e/ou EO's? Depender só da venda de jogadores não será uma política desportivo e financeira muito arriscada?

Já agora: como se financiam os grandes clubes europeus? Apenas precisam de patrocinadores ou necessitam também de financiamento bancário?
Considerando a pequenez do mercado nacional em que estamos inseridos, que só pode ser contrariada com um forte reforço na internacionalização que possa originar um acréscimo de receitas operacionais, caso contrário não temos alternativas. Basta veres que entre 2009 e 2015 os resultados operacionais sem resultados de atletas ( vendas e custos de amortizações) foram sempre negativos (em média cerca de 7Me), e só a partir do ano de 2016 essa situação de inverteu para um valor médio idêntico mas positivo.

Mas se adicionares o custo das amortizações de atletas (valor entre os 30 e 35Me) e os custos financeiros, embora estes hoje já tenham um menor peso na estrutura de custos, facilmente se conclui que só com uma receita da CL da ordem dos 50Me, como tivemos em 2018/19 e que iremos repetir em 2019/20 poderemos atingir um resultado líquido positivo ainda que marginal da ordem dos 5/10Me, sendo a entrada na CL determinante para que se possa atingir este resultado sem vendas de atletas.

Quanto à 2ª questão, é de fácil resposta. Depende do mercado em que os clubes estejam inseridos, pois isso é determinante no volume de receitas que podem obter, seja por via dos direitos televisivos, dos patrocínios ou das receitas de bilheteira, mas uma coisa é certa não podemos comparar o que é incomparável (caso das 5 ligas principais), e isto sem considerar os clubes dominados por investidores.

MALU15

Citação de: Red Guns em 07 de Agosto de 2019, 14:48
Citação de: MALU15 em 07 de Agosto de 2019, 13:31
Citação de: Red Guns em 07 de Agosto de 2019, 13:13
Lembro me de ter visto nalgum sitio um plano para a devolução faseada da antecipação feita do contrato da NOS.
Alguém se lembra onde é que essa informação está?
São em média cerca de 20Me por ano. Vê este meu post.
Citação de: jone1970 em 12 de Junho de 2019, 15:06
Citação de: rsd em 12 de Junho de 2019, 15:00
Citação de: jone1970 em 12 de Junho de 2019, 14:58
Citação de: rsd em 12 de Junho de 2019, 14:53
Citação de: jone1970 em 12 de Junho de 2019, 14:48
Citação de: nightcrowler em 12 de Junho de 2019, 14:38
Citação de: jone1970 em 12 de Junho de 2019, 13:57
Eu não ponho em causa o sucesso do ultimo EO. A procura e a taxa foram excelentes, o que só vem mostrar como o mercado analisa a saúde financeira e a credibilidade da Benfica SAD.
Aquilo que me deixa apreensivo é o resultado desta operação.
Não tenho duvidas que a divida liquida vai baixar (era de 162M no ano passado).
Não tenho dúvidas que o passivo exigível vai também continuar a baixar.
Não tenho duvida que os resultados, pelo 4 ou 5 ano consecutivo, vão ser positivos (foram de 20M em 2018)
Não tenho duvidas que os capitais próprios vão igualar ou mesmo ultrapassar o capital social da SAD.

O que me deixa com dúvidas é se esta ultima operação de cedência de  créditos futuros não irá aumentar o passivo total da SAD, que vinha a ser reduzido desde 2016 (455M -> 369M).
Esta operação irá fazer aumentar a rubrica "outros passivos" em cerca de 55M. Não creio que a redução do passivo tenha sido superior a estes 55M.

Eu sei que daqui a 3 ou 4 meses esta minha dúvida ficará desfeita com a publicação do RC de 2018/2019, mas se alguém com conhecimentos neste área puder deixar a sua opinião acerca deste assunto....

desculpa,mas não percebi.
a antecipação de receitas cria o passivo que referes, e bem, mas como esse dinheiro é usado para pagar passivo (pelo menos, até agora tem sido assim), na prática, o passivo não aumenta, o que existe é uma transformação do tipo de passivo.

creio.

a quase totalidade do passivo vem de 3 rubricas.
empréstimos, fornecedores e outros passivos.
em 2017/2018 os empréstimos representavam 170M, os fornecedores 78M e os outros passivos 133M.
Vamos admitir que a rubrica dos fornecedores se mantém identica.
Em relação aos empréstimos, pagamos um de 50M, transferimos 11.5M de outro e contraímos um de 28.5M. Ou seja, dos 170M do ano passado devemos ter diminuído para 150M.
Mas em relação aos outros passivos, que é onde estão as duas cedências de créditos futuros, esta rubrica deve passar dos 133 para mais de 170M pois pagaram-se ~20M de 50% da NOS mas cederam-se outros 55M.

Eu sei que percebo pouco disto, daí a dificuldade em explicar a minha ideia e o estar a solicitar opiniões de quem percebe da coisa.


Não tenho os números na minha posse mas julgo que o que acontece é que o passivo bancário desaparece e aparece esse passivo relacionado com a cedencia de créditos. No imediato será maior por causa do "premium" pago pela antecipação.

No entanto, à medida que as diversas tranches da antecipação se encontram com o prazo em que deveriam ser recebidas, essas partes do passivo são abatidas. Logo é expectável que daqui a 3 anos (acho que são 3 anos) esse passivo seja 0.

Sim,
essa parte eu percebi, embora a diminuição desse passivo vá ocorrer nos proximos 7 anos e não 3 como dizes.
Mas na practica, quando sair o RC em Outubro, o passivo do grupo Benfica vai aumentar.
Isto segundo as minhas contas, que como já disse, são de quem percebe muito pouco da coisa


A primeira antecipação (a tal de 100 e poucos milhões) não é apenas de 3 anos? Julgo que era.


Sobre o aumento do passivo não estou bem a par.

A primeira (100 e poucos Milhoes) era no inicio de 4,5 anos. A segunda de 55M era a 3 anos. Como já passou 1 ano...

Em relação á divida liquida, e como já realizámos mais de 100M em transferencias, deve diminuir bastante. Mas a divida liquida não afecta o passivo.
O prazo das operações de cedência de créditos é este:

1ª operação: 2018/19 a 2022/23 - 50% dos direitos anuais da NOS
                    2023/24                - 25%                   "          "
2ª operação: 2023/24                - 25%                    "          "
                    2024/2026            - 50%                    "          "

Em todos os anos (de 2018 a 2026) há sempre 50% do valor dos direitos que não estão incluídos nas operações de cedência de créditos futuros.
Obrigado. Era isto mesmo.
Isto foi publicado onde? Foi no prospecto do ultimo EO?
Foi trabalhada por mim, com base na informação disponível por cada operação, e que consta dos prospectos e R&C`s.

Red Guns

Citação de: MALU15 em 07 de Agosto de 2019, 15:08
Citação de: Red Guns em 07 de Agosto de 2019, 14:48
Citação de: MALU15 em 07 de Agosto de 2019, 13:31
Citação de: Red Guns em 07 de Agosto de 2019, 13:13
Lembro me de ter visto nalgum sitio um plano para a devolução faseada da antecipação feita do contrato da NOS.
Alguém se lembra onde é que essa informação está?
São em média cerca de 20Me por ano. Vê este meu post.
Citação de: jone1970 em 12 de Junho de 2019, 15:06
Citação de: rsd em 12 de Junho de 2019, 15:00
Citação de: jone1970 em 12 de Junho de 2019, 14:58
Citação de: rsd em 12 de Junho de 2019, 14:53
Citação de: jone1970 em 12 de Junho de 2019, 14:48
Citação de: nightcrowler em 12 de Junho de 2019, 14:38
Citação de: jone1970 em 12 de Junho de 2019, 13:57
Eu não ponho em causa o sucesso do ultimo EO. A procura e a taxa foram excelentes, o que só vem mostrar como o mercado analisa a saúde financeira e a credibilidade da Benfica SAD.
Aquilo que me deixa apreensivo é o resultado desta operação.
Não tenho duvidas que a divida liquida vai baixar (era de 162M no ano passado).
Não tenho dúvidas que o passivo exigível vai também continuar a baixar.
Não tenho duvida que os resultados, pelo 4 ou 5 ano consecutivo, vão ser positivos (foram de 20M em 2018)
Não tenho duvidas que os capitais próprios vão igualar ou mesmo ultrapassar o capital social da SAD.

O que me deixa com dúvidas é se esta ultima operação de cedência de  créditos futuros não irá aumentar o passivo total da SAD, que vinha a ser reduzido desde 2016 (455M -> 369M).
Esta operação irá fazer aumentar a rubrica "outros passivos" em cerca de 55M. Não creio que a redução do passivo tenha sido superior a estes 55M.

Eu sei que daqui a 3 ou 4 meses esta minha dúvida ficará desfeita com a publicação do RC de 2018/2019, mas se alguém com conhecimentos neste área puder deixar a sua opinião acerca deste assunto....

desculpa,mas não percebi.
a antecipação de receitas cria o passivo que referes, e bem, mas como esse dinheiro é usado para pagar passivo (pelo menos, até agora tem sido assim), na prática, o passivo não aumenta, o que existe é uma transformação do tipo de passivo.

creio.

a quase totalidade do passivo vem de 3 rubricas.
empréstimos, fornecedores e outros passivos.
em 2017/2018 os empréstimos representavam 170M, os fornecedores 78M e os outros passivos 133M.
Vamos admitir que a rubrica dos fornecedores se mantém identica.
Em relação aos empréstimos, pagamos um de 50M, transferimos 11.5M de outro e contraímos um de 28.5M. Ou seja, dos 170M do ano passado devemos ter diminuído para 150M.
Mas em relação aos outros passivos, que é onde estão as duas cedências de créditos futuros, esta rubrica deve passar dos 133 para mais de 170M pois pagaram-se ~20M de 50% da NOS mas cederam-se outros 55M.

Eu sei que percebo pouco disto, daí a dificuldade em explicar a minha ideia e o estar a solicitar opiniões de quem percebe da coisa.


Não tenho os números na minha posse mas julgo que o que acontece é que o passivo bancário desaparece e aparece esse passivo relacionado com a cedencia de créditos. No imediato será maior por causa do "premium" pago pela antecipação.

No entanto, à medida que as diversas tranches da antecipação se encontram com o prazo em que deveriam ser recebidas, essas partes do passivo são abatidas. Logo é expectável que daqui a 3 anos (acho que são 3 anos) esse passivo seja 0.

Sim,
essa parte eu percebi, embora a diminuição desse passivo vá ocorrer nos proximos 7 anos e não 3 como dizes.
Mas na practica, quando sair o RC em Outubro, o passivo do grupo Benfica vai aumentar.
Isto segundo as minhas contas, que como já disse, são de quem percebe muito pouco da coisa


A primeira antecipação (a tal de 100 e poucos milhões) não é apenas de 3 anos? Julgo que era.


Sobre o aumento do passivo não estou bem a par.

A primeira (100 e poucos Milhoes) era no inicio de 4,5 anos. A segunda de 55M era a 3 anos. Como já passou 1 ano...

Em relação á divida liquida, e como já realizámos mais de 100M em transferencias, deve diminuir bastante. Mas a divida liquida não afecta o passivo.
O prazo das operações de cedência de créditos é este:

1ª operação: 2018/19 a 2022/23 - 50% dos direitos anuais da NOS
                    2023/24                - 25%                   "          "
2ª operação: 2023/24                - 25%                    "          "
                    2024/2026            - 50%                    "          "

Em todos os anos (de 2018 a 2026) há sempre 50% do valor dos direitos que não estão incluídos nas operações de cedência de créditos futuros.
Obrigado. Era isto mesmo.
Isto foi publicado onde? Foi no prospecto do ultimo EO?
Foi trabalhada por mim, com base na informação disponível por cada operação, e que consta dos prospectos e R&C`s.
Então é provável que tenha sido aqui que li isso.
Eu queria chegar aos valores anuais para tentar perceber qual é o valor total que foi antecipado. Já fizeste esse exercício?

MALU15

Citação de: Red Guns em 07 de Agosto de 2019, 15:22
Citação de: MALU15 em 07 de Agosto de 2019, 15:08
Citação de: Red Guns em 07 de Agosto de 2019, 14:48
Citação de: MALU15 em 07 de Agosto de 2019, 13:31
Citação de: Red Guns em 07 de Agosto de 2019, 13:13
Lembro me de ter visto nalgum sitio um plano para a devolução faseada da antecipação feita do contrato da NOS.
Alguém se lembra onde é que essa informação está?
São em média cerca de 20Me por ano. Vê este meu post.
Citação de: jone1970 em 12 de Junho de 2019, 15:06
Citação de: rsd em 12 de Junho de 2019, 15:00
Citação de: jone1970 em 12 de Junho de 2019, 14:58
Citação de: rsd em 12 de Junho de 2019, 14:53
Citação de: jone1970 em 12 de Junho de 2019, 14:48
Citação de: nightcrowler em 12 de Junho de 2019, 14:38
Citação de: jone1970 em 12 de Junho de 2019, 13:57
Eu não ponho em causa o sucesso do ultimo EO. A procura e a taxa foram excelentes, o que só vem mostrar como o mercado analisa a saúde financeira e a credibilidade da Benfica SAD.
Aquilo que me deixa apreensivo é o resultado desta operação.
Não tenho duvidas que a divida liquida vai baixar (era de 162M no ano passado).
Não tenho dúvidas que o passivo exigível vai também continuar a baixar.
Não tenho duvida que os resultados, pelo 4 ou 5 ano consecutivo, vão ser positivos (foram de 20M em 2018)
Não tenho duvidas que os capitais próprios vão igualar ou mesmo ultrapassar o capital social da SAD.

O que me deixa com dúvidas é se esta ultima operação de cedência de  créditos futuros não irá aumentar o passivo total da SAD, que vinha a ser reduzido desde 2016 (455M -> 369M).
Esta operação irá fazer aumentar a rubrica "outros passivos" em cerca de 55M. Não creio que a redução do passivo tenha sido superior a estes 55M.

Eu sei que daqui a 3 ou 4 meses esta minha dúvida ficará desfeita com a publicação do RC de 2018/2019, mas se alguém com conhecimentos neste área puder deixar a sua opinião acerca deste assunto....

desculpa,mas não percebi.
a antecipação de receitas cria o passivo que referes, e bem, mas como esse dinheiro é usado para pagar passivo (pelo menos, até agora tem sido assim), na prática, o passivo não aumenta, o que existe é uma transformação do tipo de passivo.

creio.

a quase totalidade do passivo vem de 3 rubricas.
empréstimos, fornecedores e outros passivos.
em 2017/2018 os empréstimos representavam 170M, os fornecedores 78M e os outros passivos 133M.
Vamos admitir que a rubrica dos fornecedores se mantém identica.
Em relação aos empréstimos, pagamos um de 50M, transferimos 11.5M de outro e contraímos um de 28.5M. Ou seja, dos 170M do ano passado devemos ter diminuído para 150M.
Mas em relação aos outros passivos, que é onde estão as duas cedências de créditos futuros, esta rubrica deve passar dos 133 para mais de 170M pois pagaram-se ~20M de 50% da NOS mas cederam-se outros 55M.

Eu sei que percebo pouco disto, daí a dificuldade em explicar a minha ideia e o estar a solicitar opiniões de quem percebe da coisa.


Não tenho os números na minha posse mas julgo que o que acontece é que o passivo bancário desaparece e aparece esse passivo relacionado com a cedencia de créditos. No imediato será maior por causa do "premium" pago pela antecipação.

No entanto, à medida que as diversas tranches da antecipação se encontram com o prazo em que deveriam ser recebidas, essas partes do passivo são abatidas. Logo é expectável que daqui a 3 anos (acho que são 3 anos) esse passivo seja 0.

Sim,
essa parte eu percebi, embora a diminuição desse passivo vá ocorrer nos proximos 7 anos e não 3 como dizes.
Mas na practica, quando sair o RC em Outubro, o passivo do grupo Benfica vai aumentar.
Isto segundo as minhas contas, que como já disse, são de quem percebe muito pouco da coisa


A primeira antecipação (a tal de 100 e poucos milhões) não é apenas de 3 anos? Julgo que era.


Sobre o aumento do passivo não estou bem a par.

A primeira (100 e poucos Milhoes) era no inicio de 4,5 anos. A segunda de 55M era a 3 anos. Como já passou 1 ano...

Em relação á divida liquida, e como já realizámos mais de 100M em transferencias, deve diminuir bastante. Mas a divida liquida não afecta o passivo.
O prazo das operações de cedência de créditos é este:

1ª operação: 2018/19 a 2022/23 - 50% dos direitos anuais da NOS
                    2023/24                - 25%                   "          "
2ª operação: 2023/24                - 25%                    "          "
                    2024/2026            - 50%                    "          "

Em todos os anos (de 2018 a 2026) há sempre 50% do valor dos direitos que não estão incluídos nas operações de cedência de créditos futuros.
Obrigado. Era isto mesmo.
Isto foi publicado onde? Foi no prospecto do ultimo EO?
Foi trabalhada por mim, com base na informação disponível por cada operação, e que consta dos prospectos e R&C`s.
Então é provável que tenha sido aqui que li isso.
Eu queria chegar aos valores anuais para tentar perceber qual é o valor total que foi antecipado. Já fizeste esse exercício?
O valor global dos 400Me para os 10 anos são progressivos, mas eu por simplificação trabalhei com o valor médio dos 40Me. Tens aqui o que está no prospecto, ou então trabalha com os 38, 39 ...
Os valores antecipados brutos são estes: 1ª operação 108,1Me
                                                            2ª operação  55,6 Me
______________________________________________________________________
O Emitente e Oferente está sujeito à execução do contrato de cessão dos direitos de
transmissão televisiva dos jogos em casa da Equipa A de Futebol Sénior da Benfica SAD
para a Liga NOS, bem como dos direitos de transmissão e distribuição do Canal Benfica
TV
A 2 de dezembro de 2015, o Emitente e Oferente, a Benfica TV, a NOS, SGPS, S.A. e a NOS Lusomundo Audiovisuais, S.A. celebraram um contrato de cessão dos direitos de
transmissão televisiva dos jogos em casa da Equipa A de Futebol Sénior da Benfica SAD
para a Liga NOS, bem como dos direitos de transmissão e distribuição do Canal Benfica TV.
Este contrato teve início na época desportiva 2016/2017 e tem uma duração inicial de três
anos, podendo ser renovado por decisão de qualquer das partes (à data do Prospeto, o
contrato já se encontra renovado por um período adicional de três anos referentes às
épocas 2019/2020 a 2021/2022) até perfazer um total de dez épocas desportivas,
ascendendo a contrapartida financeira global ao montante de €400 milhões (dos quais
€109,5 milhões referem-se aos primeiros três anos do contrato e €117 milhões referem-se
aos segundos três anos do contrato), repartida em montantes anuais progressivos. O
recebimento dos créditos decorrentes deste contrato depende do seu cumprimento por
parte da NOS, SGPS, S.A. e da NOS Lusomundo Audiovisuais, S.A.. O não cumprimento
deste contrato por parte da NOS, SGPS, S.A. e da NOS Lusomundo Audiovisuais, S.A. poderá ter um impacto financeiro adverso no Emitente e Oferente.

Red Guns

Obrigado novamente MALU15. São mais de 160Me.

Se a primeira operação foi para abater o passivo bancário fica então a faltar saber a que se destinou a segunda.
Espero que no próximo R&C isto fique esclarecido.

CitriC

Benfica SAD              31.12.18  -  31.12.15

Receitas de televisão     21.714       11.372
Patrocínios               10.574       8.480

Total                     32.288       19.852

Porto SAD               

Receitas de televisão     20.434        6.932
Patrocínios               11.519        7.516

Total                     31.953       14.448

Meti estas duas datas porque são simbólicas para mim.
Uma simboliza o primeiro semestre do 1° ano de exploração dos direitos TV pelo Benfica (BTV)
Outra simboliza o primeiro semestre do 1° ano de contrato dos direitos TV com a Altice pelo Porto

Ou seja enquanto um clube passava os seus jogos na BTV e outro na Sportv:

- O SL Benfica teve no 1 semestre mais 4.5M em receitas de televisão;
- O SL Benfica teve no 1 semestre mais 1.5M em patrocínios;

Após a venda dos direitos à NOS e Altice respectivamente, e o SL Benfica com a Emirates a partir de 15/16:

- O SL Benfica teve no 1 semestre mais 1.3M em receitas de televisão;
- O SL Benfica teve no 1 semestre menos 1M em patrocínios;


Quem trabalhou melhor afinal de contas ? O Porto encurtou distância nestas componentes para o SL Benfica ou não ?
Porque teve o SL Benfica que renegociar o contrato com a NOS ? e afinal qual o resultado dessa renegociação se não foi um incremento de receitas ?


Estamos na ICC, onde até já a vencemos, temos mais adeptos e mais sócios, os nossos jogos têm mais audiências, teremos para sempre o Eusébio, além um estádio maior que já foi palco de finais de Europeus e Liga dos Campeões, Casas do Benfica por este mundo fora e pergunto-me porque temos uma diferença de rendimentos nestas vertentes tão pequena para o Porto ?

Somando ambas as componentes no 1S18 há uma diferença de 335 milhares de euros, enquanto que há 3 anos antes era de 5.404 Milhões e isto quando o SL Benfica se encontra no 3 ano de contrato da NOS e o Porto no seu 1 ano com a Altice (18/19)


ps: O valor da publicidade estática no caso do Porto passou a fazer parte das receitas de televisão aquando do começo do contrato com a MEO. Na época anterior fazia parte da rúbrica "Publicidade e Patrocínios"

tiago_alexx

CitriC e MALU15,obrigado pelos vossos esclarecimentos. Sempre elucidativos e sem tomarem parte quer do movimento anti quer do pro-vieira  . Apenas com o intuito de esclarecerem a maior parte de nos num tema que poucos dominamos.

Clap clap

boladeneve

Citação de: MALU15 em 07 de Agosto de 2019, 15:05
Citação de: Pacal em 07 de Agosto de 2019, 13:37
Citação de: MALU15 em 06 de Agosto de 2019, 21:19
Citação de: Pasárgada em 06 de Agosto de 2019, 16:43
Citação de: MALU15 em 06 de Agosto de 2019, 15:41
Citação de: Pasárgada em 06 de Agosto de 2019, 15:26
Citação de: CitriC em 06 de Agosto de 2019, 14:35
Citação de: Pasárgada em 06 de Agosto de 2019, 13:42
Uma pergunta dum leigo em
Finanças, temos o passivo em sensivelmente em 360 milhões de euros, conseguiremos baixar dos 300 milhões até final do ano de 2019?

Como a janela de transferências ainda não fechou é ainda difícil de prever.

Contudo tendo em conta a nova antecipação de receitas, a redução do valor de outros passivos na componente corrente (31.12.18), além do passivo financeiro e sabendo da contratação de vários jogadores e também a venda de alguns jogadores é possível.

Ps: Se bem que não sabemos quanto do Vinicius, RDT, etc... será pago até ao final deste ano.
Seria Óptimo conseguirmos estabilizar o passivo nos 250 milhões até final de 2020! Como já disse DSO um passivo de 200/250M é um passivo perfeitamente gerivel a todos os níveis, obviamente que temos que manter as receitas também estabilizadas e não sofrer grandes quebras como existiu aqui à alguns anos, em que que houve um grande endividamento e a receita era "pobre"! Tem se trabalhado bem a nível de receitas disso dou bastante mérito a esta direcção! Conciliar sucesso desportivo com o sucesso económico é o grande desafio desta direcção nos próximos anos...
Mas olha que o DSO na entrevista dá mais ênfase à dívida financeira na ordem dos 130Me, porque o outro passivo vai sempre existir pois está inerente à actividade da SAD. Na minha opinião o passivo total terá tendência para estabilizar na ordem dos 300/320Me, até porque uma parte (actualmente cerca de 80Me) está relacionado com a antecipação dos direitos televisivos, que irá reduzindo progressivamente até 2026.
Mas havendo dividendos financeiros consideráveis não podemos abater esse passivo inerente à actividade da SAD, por exemplo? E conseguir extinguir a dívida financeira? Penso que estamos no bom caminho, claro que irá haver sempre investimento, investimento pressupõe criação de dívida seja ela a curto, médio ou longo prazo! Eu acho que era muito bom está direção sair com a dívida financeira a zeros, já a dívida da SAD concordo que seja sempre para ir gerindo consoante também as conquistas desportivas que se quer que sejam
Constantes!
Não sei bem a que te referes quando falas em dividendos financeiros. Se estás a pensar em resultados positivos apresentados pela SAD, isso só por si não quererá dizer que a SAD gera meios meios libertos significativos, isso é sempre independente do nível de resultados produzidos. Quando eu falei do passivo inerente à actividade da SAD estava-me a referir aos valores em dívida a fornecedores e outros credores (fisco, SS, ...) e esse o seu processo e ritmo de liquidação deve seguir sempre o seu curso normal, para que não se verifiquem situações de incumprimento.

O mesmo já não se passa com a dívida financeira (EO´s) enquanto veículo de financiamento de médio e longo prazo da SAD, que tem timings bem definidos de amortização e ou pagamento de juros e que em condições normais se vai manter sempre a um certo nível (os tais 130Me de que falou o DSO) a não ser que a BSAD atingisse a breve prazo um nível de meios libertos por venda de atletas tão significativo que permitisse que a SAD acumulasse excedentes de tesouraria de forma consistente, não necessitando assim de recorrer a capitais alheios como veículo de financiamento.

Ou seja, estaremos sempre dependentes de vendas de jogadores e/ou EO's? Depender só da venda de jogadores não será uma política desportivo e financeira muito arriscada?

Já agora: como se financiam os grandes clubes europeus? Apenas precisam de patrocinadores ou necessitam também de financiamento bancário?
Considerando a pequenez do mercado nacional em que estamos inseridos, que só pode ser contrariada com um forte reforço na internacionalização que possa originar um acréscimo de receitas operacionais, caso contrário não temos alternativas. Basta veres que entre 2009 e 2015 os resultados operacionais sem resultados de atletas ( vendas e custos de amortizações) foram sempre negativos (em média cerca de 7Me), e só a partir do ano de 2016 essa situação de inverteu para um valor médio idêntico mas positivo.

Mas se adicionares o custo das amortizações de atletas (valor entre os 30 e 35Me) e os custos financeiros, embora estes hoje já tenham um menor peso na estrutura de custos, facilmente se conclui que só com uma receita da CL da ordem dos 50Me, como tivemos em 2018/19 e que iremos repetir em 2019/20 poderemos atingir um resultado líquido positivo ainda que marginal da ordem dos 5/10Me, sendo a entrada na CL determinante para que se possa atingir este resultado sem vendas de atletas.

Quanto à 2ª questão, é de fácil resposta. Depende do mercado em que os clubes estejam inseridos, pois isso é determinante no volume de receitas que podem obter, seja por via dos direitos televisivos, dos patrocínios ou das receitas de bilheteira, mas uma coisa é certa não podemos comparar o que é incomparável (caso das 5 ligas principais), e isto sem considerar os clubes dominados por investidores.

Este post devia estar sticky.

É uma resposta simples para a pergunta habitual no fórum: "para onde foi o dinheiro?".

MALU15

Citação de: MALU15 em 07 de Agosto de 2019, 16:59
Estou quase a não acreditar que os elogios que estão a proliferar por aqui em relação ao desenvolvimento do CFC sejam mesmo sinceros, depois de muitas críticas a que também fui assistindo em relação às inúmeras mudanças que foram ocorrendo na estrutura de funcionamento do CFC (entrada e saída do N Gomes, entrada do sapo do Mil Homens, ...) bem como na ampliação das estruturas físicas ( era a política do betão, ...) criação de equipas técnicas, e da ampliação e modernização em geral das instalações e equipamento.

Mas olhem que a montante do CFC foi sendo criada uma teia que permitiu que o CFC fosse alimentado com o elemento humano dos diversos talentos nacionais e não só, e  agora mais recentemente tb a jusante para alimentar a Equipa principal. A sementeira é muito especial e não é feita como acontece com os produtos agrícolas, e os ciclos de produção são plurianuais. Os Lindelofs, os Edersons, os Oblaks e os Félix não caíram do céu nem germinaram com base numa semente e tb não vieram a custo zero e também houve casos de  insucessos (Jovic, ...).

É certo que a grande virtude do LFV estará no lançamento da primeira pedra e depois no apoio incondicional que sempre terá dado, mas hoje há que reconhecê-lo está ali a funcionar uma fábrica de talentos de várias grandezas suportada em vários directores como é habitual existir numa fábrica que produza outro tipo de produtos, como foi visível na acção de divulgação feita no final de maio.

Mas não se esqueçam de valorizar tb o sucesso financeiro que tem vindo a ser alcançado de forma consistente sem o qual o desenvolvimento do CFC não tinha atingido a dimensão que já tem, e olhem que houve momentos em que a coisa esteve preta. Estou-me a lembrar daquele mês de Janeiro de há 3/4 anos em que vendemos o Rodrigo e o A Gomes e outros bombons por valores baixos mas a pronto,  cujos cachs entrados foram vitais para evitar uma ruptura grave na tesouraria, no período em que os bancos nos fecharam as portas, e aí não tenham receio em reconhecer o grande mestre aí foi o DSO que certamente recomendou (para não dizer impôs) a sua terapia, e a mim que sou benfiquista e não pró ou contra quer que seja, pouco me importa se há sapos a mais na estrutura, desde que  sejam bons profissionais, sem serem perfeitos e como tal sujeitos a críticas como todos nós.



CitriC

Citação de: boladeneve em 07 de Agosto de 2019, 16:55
Citação de: MALU15 em 07 de Agosto de 2019, 15:05
Citação de: Pacal em 07 de Agosto de 2019, 13:37
Citação de: MALU15 em 06 de Agosto de 2019, 21:19
Citação de: Pasárgada em 06 de Agosto de 2019, 16:43
Citação de: MALU15 em 06 de Agosto de 2019, 15:41
Citação de: Pasárgada em 06 de Agosto de 2019, 15:26
Citação de: CitriC em 06 de Agosto de 2019, 14:35
Citação de: Pasárgada em 06 de Agosto de 2019, 13:42
Uma pergunta dum leigo em
Finanças, temos o passivo em sensivelmente em 360 milhões de euros, conseguiremos baixar dos 300 milhões até final do ano de 2019?

Como a janela de transferências ainda não fechou é ainda difícil de prever.

Contudo tendo em conta a nova antecipação de receitas, a redução do valor de outros passivos na componente corrente (31.12.18), além do passivo financeiro e sabendo da contratação de vários jogadores e também a venda de alguns jogadores é possível.

Ps: Se bem que não sabemos quanto do Vinicius, RDT, etc... será pago até ao final deste ano.
Seria Óptimo conseguirmos estabilizar o passivo nos 250 milhões até final de 2020! Como já disse DSO um passivo de 200/250M é um passivo perfeitamente gerivel a todos os níveis, obviamente que temos que manter as receitas também estabilizadas e não sofrer grandes quebras como existiu aqui à alguns anos, em que que houve um grande endividamento e a receita era "pobre"! Tem se trabalhado bem a nível de receitas disso dou bastante mérito a esta direcção! Conciliar sucesso desportivo com o sucesso económico é o grande desafio desta direcção nos próximos anos...
Mas olha que o DSO na entrevista dá mais ênfase à dívida financeira na ordem dos 130Me, porque o outro passivo vai sempre existir pois está inerente à actividade da SAD. Na minha opinião o passivo total terá tendência para estabilizar na ordem dos 300/320Me, até porque uma parte (actualmente cerca de 80Me) está relacionado com a antecipação dos direitos televisivos, que irá reduzindo progressivamente até 2026.
Mas havendo dividendos financeiros consideráveis não podemos abater esse passivo inerente à actividade da SAD, por exemplo? E conseguir extinguir a dívida financeira? Penso que estamos no bom caminho, claro que irá haver sempre investimento, investimento pressupõe criação de dívida seja ela a curto, médio ou longo prazo! Eu acho que era muito bom está direção sair com a dívida financeira a zeros, já a dívida da SAD concordo que seja sempre para ir gerindo consoante também as conquistas desportivas que se quer que sejam
Constantes!
Não sei bem a que te referes quando falas em dividendos financeiros. Se estás a pensar em resultados positivos apresentados pela SAD, isso só por si não quererá dizer que a SAD gera meios meios libertos significativos, isso é sempre independente do nível de resultados produzidos. Quando eu falei do passivo inerente à actividade da SAD estava-me a referir aos valores em dívida a fornecedores e outros credores (fisco, SS, ...) e esse o seu processo e ritmo de liquidação deve seguir sempre o seu curso normal, para que não se verifiquem situações de incumprimento.

O mesmo já não se passa com a dívida financeira (EO´s) enquanto veículo de financiamento de médio e longo prazo da SAD, que tem timings bem definidos de amortização e ou pagamento de juros e que em condições normais se vai manter sempre a um certo nível (os tais 130Me de que falou o DSO) a não ser que a BSAD atingisse a breve prazo um nível de meios libertos por venda de atletas tão significativo que permitisse que a SAD acumulasse excedentes de tesouraria de forma consistente, não necessitando assim de recorrer a capitais alheios como veículo de financiamento.

Ou seja, estaremos sempre dependentes de vendas de jogadores e/ou EO's? Depender só da venda de jogadores não será uma política desportivo e financeira muito arriscada?

Já agora: como se financiam os grandes clubes europeus? Apenas precisam de patrocinadores ou necessitam também de financiamento bancário?
Considerando a pequenez do mercado nacional em que estamos inseridos, que só pode ser contrariada com um forte reforço na internacionalização que possa originar um acréscimo de receitas operacionais, caso contrário não temos alternativas. Basta veres que entre 2009 e 2015 os resultados operacionais sem resultados de atletas ( vendas e custos de amortizações) foram sempre negativos (em média cerca de 7Me), e só a partir do ano de 2016 essa situação de inverteu para um valor médio idêntico mas positivo.

Mas se adicionares o custo das amortizações de atletas (valor entre os 30 e 35Me) e os custos financeiros, embora estes hoje já tenham um menor peso na estrutura de custos, facilmente se conclui que só com uma receita da CL da ordem dos 50Me, como tivemos em 2018/19 e que iremos repetir em 2019/20 poderemos atingir um resultado líquido positivo ainda que marginal da ordem dos 5/10Me, sendo a entrada na CL determinante para que se possa atingir este resultado sem vendas de atletas.

Quanto à 2ª questão, é de fácil resposta. Depende do mercado em que os clubes estejam inseridos, pois isso é determinante no volume de receitas que podem obter, seja por via dos direitos televisivos, dos patrocínios ou das receitas de bilheteira, mas uma coisa é certa não podemos comparar o que é incomparável (caso das 5 ligas principais), e isto sem considerar os clubes dominados por investidores.

Este post devia estar sticky.

É uma resposta simples para a pergunta habitual no fórum: "para onde foi o dinheiro?".

Pois e mesmo em 18/19 onde só na LC contabilizámos 50M na fase de grupos e  com cerca de 155/160M de rendimentos operacionais foi necessário realizar vendas para obter lucro.

CitriC

Citação de: MALU15 em 07 de Agosto de 2019, 17:04
Citação de: MALU15 em 07 de Agosto de 2019, 16:59
Estou quase a não acreditar que os elogios que estão a proliferar por aqui em relação ao desenvolvimento do CFC sejam mesmo sinceros, depois de muitas críticas a que também fui assistindo em relação às inúmeras mudanças que foram ocorrendo na estrutura de funcionamento do CFC (entrada e saída do N Gomes, entrada do sapo do Mil Homens, ...) bem como na ampliação das estruturas físicas ( era a política do betão, ...) criação de equipas técnicas, e da ampliação e modernização em geral das instalações e equipamento.

Mas olhem que a montante do CFC foi sendo criada uma teia que permitiu que o CFC fosse alimentado com o elemento humano dos diversos talentos nacionais e não só, e  agora mais recentemente tb a jusante para alimentar a Equipa principal. A sementeira é muito especial e não é feita como acontece com os produtos agrícolas, e os ciclos de produção são plurianuais. Os Lindelofs, os Edersons, os Oblaks e os Félix não caíram do céu nem germinaram com base numa semente e tb não vieram a custo zero e também houve casos de  insucessos (Jovic, ...).

É certo que a grande virtude do LFV estará no lançamento da primeira pedra e depois no apoio incondicional que sempre terá dado, mas hoje há que reconhecê-lo está ali a funcionar uma fábrica de talentos de várias grandezas suportada em vários directores como é habitual existir numa fábrica que produza outro tipo de produtos, como foi visível na acção de divulgação feita no final de maio.

Mas não se esqueçam de valorizar tb o sucesso financeiro que tem vindo a ser alcançado de forma consistente sem o qual o desenvolvimento do CFC não tinha atingido a dimensão que já tem, e olhem que houve momentos em que a coisa esteve preta. Estou-me a lembrar daquele mês de Janeiro de há 3/4 anos em que vendemos o Rodrigo e o A Gomes e outros bombons por valores baixos mas a pronto,  cujos cachs entrados foram vitais para evitar uma ruptura grave na tesouraria, no período em que os bancos nos fecharam as portas, e aí não tenham receio em reconhecer o grande mestre aí foi o DSO que certamente recomendou (para não dizer impôs) a sua terapia, e a mim que sou benfiquista e não pró ou contra quer que seja, pouco me importa se há sapos a mais na estrutura, desde que  sejam bons profissionais, sem serem perfeitos e como tal sujeitos a críticas como todos nós.



O Rodrigo foi 30M + 10M (dependente da performance desportiva) e antes da injeccao de centenas e centenas de milhoes de euros nas transferências de jogadores por parte dos "Clubes Estado" (à excepção do Cavani).


Sim ainda me lembro quando a malta tremia e desesperava com a sangria. Foi preciso nervos de aço, mas o Tetra sempre chegou!

Para mim o mais impressionante foi o esforço feito em 2012/2013.

aquaris

#69821
Citação de: MALU15 em 07 de Agosto de 2019, 17:04

Estou quase a não acreditar que os elogios que estão a proliferar por aqui em relação ao desenvolvimento do CFC sejam mesmo sinceros, depois de muitas críticas a que também fui assistindo em relação às inúmeras mudanças que foram ocorrendo na estrutura de funcionamento do CFC (entrada e saída do N Gomes, entrada do sapo do Mil Homens, ...) bem como na ampliação das estruturas físicas ( era a política do betão, ...) criação de equipas técnicas, e da ampliação e modernização em geral das instalações e equipamento.

Mas olhem que a montante do CFC foi sendo criada uma teia que permitiu que o CFC fosse alimentado com o elemento humano dos diversos talentos nacionais e não só, e  agora mais recentemente tb a jusante para alimentar a Equipa principal. A sementeira é muito especial e não é feita como acontece com os produtos agrícolas, e os ciclos de produção são plurianuais. Os Lindelofs, os Edersons, os Oblaks e os Félix não caíram do céu nem germinaram com base numa semente e tb não vieram a custo zero e também houve casos de  insucessos (Jovic, ...).

É certo que a grande virtude do LFV estará no lançamento da primeira pedra e depois no apoio incondicional que sempre terá dado, mas hoje há que reconhecê-lo está ali a funcionar uma fábrica de talentos de várias grandezas suportada em vários directores como é habitual existir numa fábrica que produza outro tipo de produtos, como foi visível na acção de divulgação feita no final de maio.

Mas não se esqueçam de valorizar tb o sucesso financeiro que tem vindo a ser alcançado de forma consistente sem o qual o desenvolvimento do CFC não tinha atingido a dimensão que já tem, e olhem que houve momentos em que a coisa esteve preta Estou-me a lembrar daquele mês de Janeiro de há 3/4 anos em que vendemos o Rodrigo e o A Gomes. e outros bombons por valores baixos mas a pronto,  cujos cachs entrados foram vitais para evitar uma ruptura grave na tesouraria, no período em que os bancos nos fecharam as portas, e aí não tenham receio em reconhecer o grande mestre aí foi o DSO que certamente recomendou (para não dizer impôs) a sua terapia, e a mim que sou benfiquista e não pró ou contra quer que seja, pouco me importa se há sapos a mais na estrutura, desde que  sejam bons profissionais, sem serem perfeitos e como tal sujeitos a críticas como todos nós.

concordo com o que escreveste, mas sobre a parte a negrito

E as coisas ficaram pretas muito por responsabilidade de DSO, que não reagiu aos acordos que o BES estava a fazer com o SCP, tendo sido um homen indicado pelo BES deveria ter melhor informação sobre a instituição  e não tinha minimamente alternativa ao BES (e na altura Janeiro 2014 nem sequer tentou).
E vou ser sincero nunca percebi se essa venda teve a ver com os melhores interesses do Benfica (concordo que foi a melhor decisão para o Benfica), ou se foi para servir os próprios interesses privados do DSO .

BlankFile

Citação de: MALU15 em 07 de Agosto de 2019, 17:04
Citação de: MALU15 em 07 de Agosto de 2019, 16:59
Estou quase a não acreditar que os elogios que estão a proliferar por aqui em relação ao desenvolvimento do CFC sejam mesmo sinceros, depois de muitas críticas a que também fui assistindo em relação às inúmeras mudanças que foram ocorrendo na estrutura de funcionamento do CFC (entrada e saída do N Gomes, entrada do sapo do Mil Homens, ...) bem como na ampliação das estruturas físicas ( era a política do betão, ...) criação de equipas técnicas, e da ampliação e modernização em geral das instalações e equipamento.

Mas olhem que a montante do CFC foi sendo criada uma teia que permitiu que o CFC fosse alimentado com o elemento humano dos diversos talentos nacionais e não só, e  agora mais recentemente tb a jusante para alimentar a Equipa principal. A sementeira é muito especial e não é feita como acontece com os produtos agrícolas, e os ciclos de produção são plurianuais. Os Lindelofs, os Edersons, os Oblaks e os Félix não caíram do céu nem germinaram com base numa semente e tb não vieram a custo zero e também houve casos de  insucessos (Jovic, ...).

É certo que a grande virtude do LFV estará no lançamento da primeira pedra e depois no apoio incondicional que sempre terá dado, mas hoje há que reconhecê-lo está ali a funcionar uma fábrica de talentos de várias grandezas suportada em vários directores como é habitual existir numa fábrica que produza outro tipo de produtos, como foi visível na acção de divulgação feita no final de maio.

Mas não se esqueçam de valorizar tb o sucesso financeiro que tem vindo a ser alcançado de forma consistente sem o qual o desenvolvimento do CFC não tinha atingido a dimensão que já tem, e olhem que houve momentos em que a coisa esteve preta. Estou-me a lembrar daquele mês de Janeiro de há 3/4 anos em que vendemos o Rodrigo e o A Gomes e outros bombons por valores baixos mas a pronto,  cujos cachs entrados foram vitais para evitar uma ruptura grave na tesouraria, no período em que os bancos nos fecharam as portas, e aí não tenham receio em reconhecer o grande mestre aí foi o DSO que certamente recomendou (para não dizer impôs) a sua terapia, e a mim que sou benfiquista e não pró ou contra quer que seja, pouco me importa se há sapos a mais na estrutura, desde que  sejam bons profissionais, sem serem perfeitos e como tal sujeitos a críticas como todos nós.



Subscrevo inteiramente.

MALU15

Citação de: CitriC em 07 de Agosto de 2019, 17:32
Citação de: MALU15 em 07 de Agosto de 2019, 17:04
Citação de: MALU15 em 07 de Agosto de 2019, 16:59
Estou quase a não acreditar que os elogios que estão a proliferar por aqui em relação ao desenvolvimento do CFC sejam mesmo sinceros, depois de muitas críticas a que também fui assistindo em relação às inúmeras mudanças que foram ocorrendo na estrutura de funcionamento do CFC (entrada e saída do N Gomes, entrada do sapo do Mil Homens, ...) bem como na ampliação das estruturas físicas ( era a política do betão, ...) criação de equipas técnicas, e da ampliação e modernização em geral das instalações e equipamento.

Mas olhem que a montante do CFC foi sendo criada uma teia que permitiu que o CFC fosse alimentado com o elemento humano dos diversos talentos nacionais e não só, e  agora mais recentemente tb a jusante para alimentar a Equipa principal. A sementeira é muito especial e não é feita como acontece com os produtos agrícolas, e os ciclos de produção são plurianuais. Os Lindelofs, os Edersons, os Oblaks e os Félix não caíram do céu nem germinaram com base numa semente e tb não vieram a custo zero e também houve casos de  insucessos (Jovic, ...).

É certo que a grande virtude do LFV estará no lançamento da primeira pedra e depois no apoio incondicional que sempre terá dado, mas hoje há que reconhecê-lo está ali a funcionar uma fábrica de talentos de várias grandezas suportada em vários directores como é habitual existir numa fábrica que produza outro tipo de produtos, como foi visível na acção de divulgação feita no final de maio.

Mas não se esqueçam de valorizar tb o sucesso financeiro que tem vindo a ser alcançado de forma consistente sem o qual o desenvolvimento do CFC não tinha atingido a dimensão que já tem, e olhem que houve momentos em que a coisa esteve preta. Estou-me a lembrar daquele mês de Janeiro de há 3/4 anos em que vendemos o Rodrigo e o A Gomes e outros bombons por valores baixos mas a pronto,  cujos cachs entrados foram vitais para evitar uma ruptura grave na tesouraria, no período em que os bancos nos fecharam as portas, e aí não tenham receio em reconhecer o grande mestre aí foi o DSO que certamente recomendou (para não dizer impôs) a sua terapia, e a mim que sou benfiquista e não pró ou contra quer que seja, pouco me importa se há sapos a mais na estrutura, desde que  sejam bons profissionais, sem serem perfeitos e como tal sujeitos a críticas como todos nós.



O Rodrigo foi 30M + 10M (dependente da performance desportiva) e antes da injeccao de centenas e centenas de milhoes de euros nas transferências de jogadores por parte dos "Clubes Estado" (à excepção do Cavani).


Sim ainda me lembro quando a malta tremia e desesperava com a sangria. Foi preciso nervos de aço, mas o Tetra sempre chegou!

Para mim o mais impressionante foi o esforço feito em 2012/2013.
Sim nesse período houve vários momentos, em que as vendas a pronto foram uma boa tábua de salvação, penso que com o Matic, que coincidiu tb com a liquidação do Fundo.

CitriC

Citação de: MALU15 em 07 de Agosto de 2019, 18:08
Citação de: CitriC em 07 de Agosto de 2019, 17:32
Citação de: MALU15 em 07 de Agosto de 2019, 17:04
Citação de: MALU15 em 07 de Agosto de 2019, 16:59
Estou quase a não acreditar que os elogios que estão a proliferar por aqui em relação ao desenvolvimento do CFC sejam mesmo sinceros, depois de muitas críticas a que também fui assistindo em relação às inúmeras mudanças que foram ocorrendo na estrutura de funcionamento do CFC (entrada e saída do N Gomes, entrada do sapo do Mil Homens, ...) bem como na ampliação das estruturas físicas ( era a política do betão, ...) criação de equipas técnicas, e da ampliação e modernização em geral das instalações e equipamento.

Mas olhem que a montante do CFC foi sendo criada uma teia que permitiu que o CFC fosse alimentado com o elemento humano dos diversos talentos nacionais e não só, e  agora mais recentemente tb a jusante para alimentar a Equipa principal. A sementeira é muito especial e não é feita como acontece com os produtos agrícolas, e os ciclos de produção são plurianuais. Os Lindelofs, os Edersons, os Oblaks e os Félix não caíram do céu nem germinaram com base numa semente e tb não vieram a custo zero e também houve casos de  insucessos (Jovic, ...).

É certo que a grande virtude do LFV estará no lançamento da primeira pedra e depois no apoio incondicional que sempre terá dado, mas hoje há que reconhecê-lo está ali a funcionar uma fábrica de talentos de várias grandezas suportada em vários directores como é habitual existir numa fábrica que produza outro tipo de produtos, como foi visível na acção de divulgação feita no final de maio.

Mas não se esqueçam de valorizar tb o sucesso financeiro que tem vindo a ser alcançado de forma consistente sem o qual o desenvolvimento do CFC não tinha atingido a dimensão que já tem, e olhem que houve momentos em que a coisa esteve preta. Estou-me a lembrar daquele mês de Janeiro de há 3/4 anos em que vendemos o Rodrigo e o A Gomes e outros bombons por valores baixos mas a pronto,  cujos cachs entrados foram vitais para evitar uma ruptura grave na tesouraria, no período em que os bancos nos fecharam as portas, e aí não tenham receio em reconhecer o grande mestre aí foi o DSO que certamente recomendou (para não dizer impôs) a sua terapia, e a mim que sou benfiquista e não pró ou contra quer que seja, pouco me importa se há sapos a mais na estrutura, desde que  sejam bons profissionais, sem serem perfeitos e como tal sujeitos a críticas como todos nós.



O Rodrigo foi 30M + 10M (dependente da performance desportiva) e antes da injeccao de centenas e centenas de milhoes de euros nas transferências de jogadores por parte dos "Clubes Estado" (à excepção do Cavani).


Sim ainda me lembro quando a malta tremia e desesperava com a sangria. Foi preciso nervos de aço, mas o Tetra sempre chegou!

Para mim o mais impressionante foi o esforço feito em 2012/2013.
Sim nesse período houve vários momentos, em que as vendas a pronto foram uma boa tábua de salvação, penso que com o Matic, que coincidiu tb com a liquidação do Fundo.

Sim, exacto.

Apos o falhanço em toda a linha em 12/13, (Época à Sporting, a época do quase) foi feito um esforço tremendo para manter os jogadores.
E após falharmos os oitavos de final da LC, ao acabarmos em 3 com os mesmos pontos do Olympiacos, desatámos a vender jogadores. O Matic, e os seus 25M, foi vendido abaixo do valor normal com necessidade de dinheiro a pronto.