António Simões

Médio, 80 anos,
Portugal
Equipa Principal: 14 épocas (1961-1975), 455 jogos (39198 minutos), 73 golos

Títulos: Campeonato Nacional (10), Taça de Portugal (4), Taça dos Campeões Europeus (1), AF Lisboa Taça de Honra 1ª Divisão (4)

Baron_Davis



Tosta Mistica

Citação de: IPASLB em 14 de Dezembro de 2023, 19:05Bicampeões Europeus ainda vivos;

José Augusto, Mário João e Cruz.

Está na hora de arranjar mais alguns bicampeões europeus pelo Benfica...

Deixem-me sonhar...

😞😞


Mercurio_10

Parabéns ao senhor António Simões pelos 80 anos. 80 anos cheios de vida e felizmente de muito boa saúde e lucidez, venham muitos mais!

Depois há que dizer com inteira justiça que esta homenagem foi dos momentos mais bonitos, emocionantes e sentidos que me lembro de ver e que me orgulha enquanto Benfiquista. Está de parabéns o Benfica e quem pensou nesta homenagem que se traduz num vídeo carregado de emoção e de mística. Maravilhoso. Obrigado.

Eduardo Gomes

#1415


Parabéns, Sr. António Simões! 🎉🎂

Elvis the Pelvis

Parabéns, Sr. Simões!



fdpdc666

FOTOGRAFIAS COM HISTÓRIA «Nós nunca servimos o regime, o regime é que se serviu de nós»
António Simões recorda a final da Taça de Portugal de 1974, a primeira em democracia; Sporting levantou o troféu, ao bater o Benfica por 2-1 após prolongamento.



Eusébio em destaque na final da Taça de Portugal de 1974, entre Benfica e Sporting. Foto: ASF/PRESS PHOTO AGENCY

Neste abril, às terças e quintas, A BOLA celebra os 50 anos de Liberdade oferecendo-lhe uma fotografia icónica. Esta é a foto e a história de hoje.

«Havia uma sensação do sorriso, de ser livre. Não era o jogo que era livre, mas tudo o que era o antes e o depois do jogo. Porque dentro do campo éramos livres de jogar, não havia regime no relvado.»

As palavras são de António Simões, lenda benfiquista que figurou no onze do Benfica a 9 de junho de 1974, quando se jogou a primeira final da Taça de Portugal após a queda do Estado Novo. Se a vitória nesse primeiro dérbi em democracia era importante para águias e leões — afinal de contas, um dérbi é sempre para ganhar —, a mais importante das vitórias havia acontecido meros 45 dias antes. «Sentíamos que havia um regime que estava podre e que finalmente acabara, e há outro que começa e faz nascer a esperança, e esse Benfica-Sporting é o reflexo dessa grande esperança do povo português, em que o futebol foi e é um local extraordinário para as pessoas se expressarem», recorda a A BOLA o ex-avançado das águias.


António Simões, jogador do Benfica, durante o jogo Benfica-Oriental, oitavos de final da Taça de Portugal 1973/74, no Estádio da Luz. Foto: ASF/PRESS PHOTO AGENCY

O antigo capitão dos encarnados compara a final de 1969 frente à Académica de Coimbra, «em que havia canhões e polícia por todo o lado, tarjetas com as mensagens 'mais educação, menos guerra', uma receção fantástica dos estudantes, com os quais a massa associativa do Benfica se associou», com a de 74, em que «o ambiente era mais saudável, respirava-se melhor», para demonstrar o impacto que a queda do regime autoritário teve na vida de um Portugal que, de forma inédita, «desfrutou da liberdade que chegou com a nova Era».

O futebol foi uma das bandeiras de uma ditadura que censurou, oprimiu, mas fez hábil uso da propaganda. «Eu, Artur Jorge, Toni, Hilário... o Eusébio, que esteve presente e nos dava força, todos lutámos pela liberdade dos jogadores. Nós nunca servimos o regime, o regime é que se serviu de nós», remata Simões.

Ricardo Nunes Gonçalves in A Bola

Eduardo Gomes

@Benficastuff

120 anos. 120 que fizeram o Benfica.  Dia 40 - António Simões. #120anosSLB

Com drible e rapidez, era dono de um futebol virtuoso. Fez 448 jogos e marcou 70 golos em 14 épocas no Benfica, de 1961 a 1975. Conquistou 10 Campeonatos Nacionais, 5 Taças de Portugal e 1 Taça de Campeão Europeu. Simões foi grandeza em títulos e em Benfiquismo.


Eduardo Gomes

@ViolinistadaLuz

Uma foto maior que muitos clubes.

Sr. António Simões, Sr. José Henrique, Sr. Eusébio, Sr. José Torres e Sr. Humberto Coelho.


Diavolo Rosso

Está bem de saúde?

Parece muito debilitado :-X

fdpdc666

António Simões homenageado nos EUA: «Lembrou-me a grandeza do Benfica»
Antigo avançado das águias marcou presença no aniversário de 50 anos do San Jose Earthquakes.




António Simões foi recentemente homenageado pelos San Jose Earthquakes, conjunto norte-americano que representou na década de 1970. O clube celebrou 50 anos de existência no passado dia 28 de junho e fez questão de prestar tributos a alguns dos atletas que por lá passaram, como George Best e Landon Donovan. A BOLA falou com o antigo avançado do Benfica, campeão europeu em 1961/1962, que nos contou como foi a experiência na Califórnia.


António Simões com a filha na cerimónia do 50.º aniversário do San Jose Earthquakes. Foto: D.R.

— Foi aos EUA para ser homenageado pelos San Jose Earthquakes. A que se deveu esta homenagem?

— O clube organizou um evento para celebrar o 50.º aniversário e, como tal, convidaram-me e a outros jogadores que por lá passaram em todos estes anos, sobretudo os da equipa de 1974. Também quiseram homenagear os de 1975, 1976, 1977 e por aí afora, mas sobretudo os de 1974, porque foram verdadeiramente os 'fundadores' do clube. Esteve lá o grande responsável do projeto, um homem do futebol que já teve várias equipas em Inglaterra. Milan Mandaric, jugoslavo. Bem, agora é sérvio! Tem uma fortuna incalculável. Era um homem que gostava de jogar connosco, um homem do futebol, completamente apaixonado pelo desporto.

— E como foi a experiência de ser homenageado nos EUA?

— O mais importante foi reencontrar os jogadores com quem joguei. Continuam bem, com grandes famílias, netos... e depois, o evento em si foi muito interessante. Fizeram uma entrada com uma passadeira vermelha, parecia a cerimónia dos óscares. Fizeram um jantar onde estavam cerca de 700 pessoas no campo, com uns estratos de madeira no chão e jantámos por cima do relvado. Com um ecrã enorme, passaram imagens de jogos, da história do clube, e depois nomearam os jogadores que por lá passaram. Eu, o George Best, o Landon Donovan, que jogou vários campeonatos do mundo pelos EUA...


António Simões durante o jogo CUF-Benfica (1-3), a contar para a 15.ª jornada do Campeonato Nacional da I Divisão 1965/66, no Estádio Alfredo da Silva, no Barreiro. Foto: PRESS PHOTO AGENCY

— O que guarda da homenagem?

— O mais importante é o reconhecimento. Joguei lá há 50 anos e lembraram-se das pessoas, reuniram-nos todos, alguns já faleceram infelizmente, mas foi algo muito bonito. Foi um momento especial e fiquei muito feliz por se terem lembrado de mim. Vivi três dias de grande regozijo, de grande alegria, de grande emoção, vi gente que não via há muitos anos. Este é o lado bom do futebol. Foi isso que vivi lá, o lado bom do futebol.

— Tem alguma memória em especial da altura em que jogou no clube?

— Quando cheguei e foi anunciado na televisão e na rádio que eu iria ser deste clube, logo no primeiro jogo, assim que acabou, saí e tinha dezenas e dezenas de portugueses à minha espera, e aquilo fez-me lembrar o Benfica. Fui para este clube ver coisas que me tinham acontecido no Benfica, foi o que mais me deslumbrou. Entretanto, na altura, fui eleito deputado da Assembleia da República e então era muito engraçado, eles diziam 'Now the number 7, Tony Simões, the Senator!' [Agora o número 7, Tony Simões, o Senador]. Apresentavam-me, na entrada individual, chamando-me senador de Portugal. Nunca se esqueceram de tudo isso.

— Surpreendeu-o essa receção de portugueses nos EUA nessa altura?

— Bom, o entusiasmo estava muito fresco, tinha saído do Benfica em 1975. Todos se lembravam do meu nome e havia muitos portugueses que viviam e vivem naquela área de San Jose, vinham ao jogo e esperavam por mim. Passava a vida a ir jantar a casa dos portugueses que me convidavam. Coisa fantástica. Fiquei surpreendido, mas, ao mesmo tempo, muito comovido por receber convites de portugueses para ir jantar a casa deles. O nome e a grandeza do Benfica presentes, através de uma pessoa que foi para lá jogar chamada António Simões. Pessoas a pedirem-me autógrafos, a levarem-me a casa para conhecer a família... foi fantástico.


Cerimónia de aniversário de 50 anos dos San Jose Earthquakes. Foto: D.R.

Ricardo Nunes Gonçalves in A Bola

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António Simões: «Diziam-me 'Tony, tu jogas de forma diferente!'»
Campeão europeu pelo Benfica recorda, a A BOLA, algumas curiosidades sobre os tempos em que jogou nos EUA.




António Simões ingressou nos San Jose Eartquakes em 1976, sendo o segundo clube norte-americano que representou, depois de ter estado nos Boston Minutemen em 1975. Quando chegou aos EUA, o futebol – soccer, como é conhecido naquela zona – ainda era um desporto com pouca adesão, mas os ventos já eram de mudança.

«Nestes dias que lá estive para a cerimónia, o dono do clube e outras pessoas como o antigo massagista disseram-me 'Tony, Tony, trouxeste tantos portugueses ao jogo'. Coisas que na altura não dei muito valor, mas eles não se esqueceram. Porque viram que houve mais portugueses a ir aos jogos», disse, ao nosso jornal, o antigo avançado do Benfica, a propósito do aniversário de 50 anos do clube californiano, no qual marcou presença. «Joguei num estádio que levava cerca de 18 mil pessoas e estava sempre cheio, coisa que nunca tinha acontecido», acrescentou.

Até a forma de jogar era diferente. «Num dos jogos, um americano veio ter comigo e disse-me: 'Tony, I don't know why, but you play differently, I love it!' [Tony, não sei porquê, mas a forma como tu jogas é diferente, adoro!]. E eu fiquei a olhar para ele, a questionar-me sobre o que é que ele queria dizer com aquilo, o que é isso de jogar diferente, não sabia. Como ele não era culto no futebol, para ele era estranho eu ser diferente, nunca me hei-de esquecer», sublinhou, sobre as diferenças que sentiu (e que os norte-americanos sentiram) quando jogou naquele país.

Ricardo Nunes Gonçalves in A Bola