LE Final : SL Benfica 1 - 2 Chelsea FC, 15Maio. Qua. 19h45 *SIC*

SL Benfica 1 - 2 Chelsea FC

Liga Europa


SL Benfica: Artur Moraes, André Almeida, Luisão, Ezequiel Garay (Jardel [78m]), Lorenzo Melgarejo (Ola John [66m]), Nemanja Matić, Enzo Pérez, Eduardo Salvio, Nico Gaitán, Rodrigo (Lima [66m]), Óscar Cardozo
Treinador: Jorge Jesus
Chelsea FC: Petr Čech, Azpilicueta, Ivanović, Gary Cahill, Ashley Cole, David Luiz, Ramires, Frank Lampard, Juan Mata, Oscar, Fernando Torres
Treinador: Rafa Benítez
Golos: Óscar Cardozo (68)

ForçadoBloqueio

Cristiano, o que tens a dizer da vitoria do Chelsea na final da Liga Europa contra o Benfica?

http://m.youtube.com/watch?v=0kLQfKrfa4U

XerifBill

Citação de: ZICKLER em 17 de Maio de 2013, 00:04
peço desculpa se entretanto este texto já foi postado, mas de qualquer das formas merece uma leitura.

É como um desgosto de amor. Falta-nos o chão, fica um nó na garganta, há um vazio muito grande cá dentro. Faltam-nos as pernas e sobram-nos as lágrimas. É como levar uma bala em cheio no coração: a vida corria bem, íamos ser felizes para sempre, e de repente há um contra-ataque, ninguém faz falta e há um baque cá dentro, e é como se ouvíssemos o tecido do nosso coração a rasgar.

E verte para mim
Cem gotas de água e sal
Aos saltos e pinotes
Percorre agora o chão
Mas pára p'ra lutar
À vista de um dragão

Por muito que eu tente, fogem-me as palavras. Ainda estou meio comatoso, incrédulo com tudo isto que se abateu sobre o meu clube e, consequentemente, sobre mim. Páro a caminho do trabalho e correm-me na cabeça milhares de frames: "E se", "E se", "E se", "E se". Páro as jogadas mortais para o meu coração de mil maneiras, melhoro as nossas, imagino-nos a ganhar ao Estoril, imagino-nos a segurar o empate no Dragão, vejo o remate do Cardozo ontem, na segunda parte, a ir ao ângulo e não à figura do Cech. Respiro fundo. Já passou, não há nada a fazer, não há volta a dar. Já foi. Inundam-se-me os olhos de lágrimas no meio da rua, suspiro e engulo em seco. Respiro devagar, as minhas expirações são forçadas e, ao contrário do que é costume, não tenho interesse nas conversas de metro, nas pequenas alegrias quotidianas. Concentra-te. Não pares tu, também, de lutar à vista de um dragão.

Batuques e tambores
Ilustram o combate sem dó
Alguém me afaga a lã
Me puxa num trenó
Me leva na manhã
Do sol-e-dó

O Benfica é o meu desgosto amoroso perpétuo. O meu amor não correspondido. Se o Benfica fosse uma mulher, há muito que os meus amigos e família já me tinham dito que havia outras, que o Benfica não me merecia. Imagino um rapaz à porta de casa de uma rapariga, de flores na mão e à chuva, uma noite inteira, sem ela abrir a porta. Se o Benfica fosse uma mulher, já me tinha cansado de ser tantas vezes desiludido, que já tinha feito contas ao dinheiro e tempo que gastei. Mas o Benfica não é uma mulher. O Benfica é o meu clube, a minha tribo. O Benfica é a minha máquina do tempo que me leva ao verão quente de 93, a brincar com o T., que me leva ao São Luís, num 1-1 para a Taça que vi com o meu pai debaixo do maior temporal de sempre (caiu uma das torres de iluminação no fim do jogo). É o Benfica que me leva ao meu avô e a um relato de um Benfica - Beira-Mar, à minha mãe e à sua paciência de santa, a levar-me o jantar ao sofá enquanto vejo um jogo qualquer. Foi num dia de um jogo do Benfica que conheci a Catarina, a mulher da minha vida.

Infelizmente, não há cura para isto. Essa mesma devoção carrega mais cicatrizes do que posso contar. E por muito que eu afague a lã, ontem não foi a última. Mas de ontem não é, ainda, uma cicatriz. É uma ferida. E sangra e arde e dói muito.

Acordam os amores
No reino da paixão
São elfos e duendes que
Nos levam pela mão
As folhas são azuis
O sol vermelho está
A relva sua e diz que
A vida é um sofá p'ra gozar

Ontem vi muitos dos meus caídos. Vi os meus rapazes de vermelho deitados no chão, soluçarem as lágrimas que eu esgotei no sábado. Vi o D. a chorar e tive que o abraçar. Vi o meu irmão, cujo Benfiquismo se lhe vai pegando, de olhar perdido e vi nos olhos do meu pai o olhar de tristeza paterna, que nos consola e nos diz que está tudo bem. Vi gente desolada, vi muitas lágrimas. A expressão corporal é uma coisa lixada e lembro-me de ontem, em plena consciência, ver que há gente que só chora com os olhos e que outros choram com o corpo inteiro. E não é justo. A todos nos doía a garganta de cantar e de puxar pelo nosso clube. De Amesterdão levamos todos uma cicatriz para a vida.

São monstros de cordel
Histórias de encantar
No espelho de Babel
A festa não tem fim
Volteia agora o vento
E eu peço um gin

Eu prometo que vou ficar bom. Não se preocupem com os meus suspiros, com os meus silêncios, com a minha falta de sentido de humor. Perdoem-me se demorar mais do que o costume a responder, a falar. Não achem estranho que o meu olhar agora se perca tantas vezes. Por favor, não me digam que isto é só futebol, porque Shankly já explicou que o futebol não é uma questão de vida ou morte, é muito mais do que isso. Sempre me fascinou a tristeza poética que terá trespassado o coração dos adeptos do Bayern quando o Manchester United virou aquela final da Champions. Sempre imaginei que tivesse faltado uma batida ao coração de todo o Brasil quando o Uruguai lhes tirou um campeonato do mundo em casa. Agora essa tristeza é toda minha e dos meus. Como em todos os desgostos amorosos, o segredo é o tempo. Passará esta dor toda, e, com o tempo, recuperarei o sentido de humor e o prazer de ler no metro. Mas, até lá, dêem-me um bocadinho de tempo e um bocadinho de espaço. Preciso de tempo. Cá dentro só há estilhaços, como se tivesse explodido uma granada. Se o Benfica fosse uma mulher, ia para os copos com os amigos. Mas é o meu clube, e tenho de lá estar na Luz no domingo, mesmo todo moído por dentro.
Dói-me tudo.


in http://laemcasamandoeu.blogspot.pt/2013/05/dor_16.html

Aguenta e não chora. (não foi fácil)

Excelente texto, que diz quase tudo.

francisco

Citação de: ZICKLER em 17 de Maio de 2013, 00:04
peço desculpa se entretanto este texto já foi postado, mas de qualquer das formas merece uma leitura.

É como um desgosto de amor. Falta-nos o chão, fica um nó na garganta, há um vazio muito grande cá dentro. Faltam-nos as pernas e sobram-nos as lágrimas. É como levar uma bala em cheio no coração: a vida corria bem, íamos ser felizes para sempre, e de repente há um contra-ataque, ninguém faz falta e há um baque cá dentro, e é como se ouvíssemos o tecido do nosso coração a rasgar.

E verte para mim
Cem gotas de água e sal
Aos saltos e pinotes
Percorre agora o chão
Mas pára p'ra lutar
À vista de um dragão

Por muito que eu tente, fogem-me as palavras. Ainda estou meio comatoso, incrédulo com tudo isto que se abateu sobre o meu clube e, consequentemente, sobre mim. Páro a caminho do trabalho e correm-me na cabeça milhares de frames: "E se", "E se", "E se", "E se". Páro as jogadas mortais para o meu coração de mil maneiras, melhoro as nossas, imagino-nos a ganhar ao Estoril, imagino-nos a segurar o empate no Dragão, vejo o remate do Cardozo ontem, na segunda parte, a ir ao ângulo e não à figura do Cech. Respiro fundo. Já passou, não há nada a fazer, não há volta a dar. Já foi. Inundam-se-me os olhos de lágrimas no meio da rua, suspiro e engulo em seco. Respiro devagar, as minhas expirações são forçadas e, ao contrário do que é costume, não tenho interesse nas conversas de metro, nas pequenas alegrias quotidianas. Concentra-te. Não pares tu, também, de lutar à vista de um dragão.

Batuques e tambores
Ilustram o combate sem dó
Alguém me afaga a lã
Me puxa num trenó
Me leva na manhã
Do sol-e-dó

O Benfica é o meu desgosto amoroso perpétuo. O meu amor não correspondido. Se o Benfica fosse uma mulher, há muito que os meus amigos e família já me tinham dito que havia outras, que o Benfica não me merecia. Imagino um rapaz à porta de casa de uma rapariga, de flores na mão e à chuva, uma noite inteira, sem ela abrir a porta. Se o Benfica fosse uma mulher, já me tinha cansado de ser tantas vezes desiludido, que já tinha feito contas ao dinheiro e tempo que gastei. Mas o Benfica não é uma mulher. O Benfica é o meu clube, a minha tribo. O Benfica é a minha máquina do tempo que me leva ao verão quente de 93, a brincar com o T., que me leva ao São Luís, num 1-1 para a Taça que vi com o meu pai debaixo do maior temporal de sempre (caiu uma das torres de iluminação no fim do jogo). É o Benfica que me leva ao meu avô e a um relato de um Benfica - Beira-Mar, à minha mãe e à sua paciência de santa, a levar-me o jantar ao sofá enquanto vejo um jogo qualquer. Foi num dia de um jogo do Benfica que conheci a Catarina, a mulher da minha vida.

Infelizmente, não há cura para isto. Essa mesma devoção carrega mais cicatrizes do que posso contar. E por muito que eu afague a lã, ontem não foi a última. Mas de ontem não é, ainda, uma cicatriz. É uma ferida. E sangra e arde e dói muito.

Acordam os amores
No reino da paixão
São elfos e duendes que
Nos levam pela mão
As folhas são azuis
O sol vermelho está
A relva sua e diz que
A vida é um sofá p'ra gozar

Ontem vi muitos dos meus caídos. Vi os meus rapazes de vermelho deitados no chão, soluçarem as lágrimas que eu esgotei no sábado. Vi o D. a chorar e tive que o abraçar. Vi o meu irmão, cujo Benfiquismo se lhe vai pegando, de olhar perdido e vi nos olhos do meu pai o olhar de tristeza paterna, que nos consola e nos diz que está tudo bem. Vi gente desolada, vi muitas lágrimas. A expressão corporal é uma coisa lixada e lembro-me de ontem, em plena consciência, ver que há gente que só chora com os olhos e que outros choram com o corpo inteiro. E não é justo. A todos nos doía a garganta de cantar e de puxar pelo nosso clube. De Amesterdão levamos todos uma cicatriz para a vida.

São monstros de cordel
Histórias de encantar
No espelho de Babel
A festa não tem fim
Volteia agora o vento
E eu peço um gin

Eu prometo que vou ficar bom. Não se preocupem com os meus suspiros, com os meus silêncios, com a minha falta de sentido de humor. Perdoem-me se demorar mais do que o costume a responder, a falar. Não achem estranho que o meu olhar agora se perca tantas vezes. Por favor, não me digam que isto é só futebol, porque Shankly já explicou que o futebol não é uma questão de vida ou morte, é muito mais do que isso. Sempre me fascinou a tristeza poética que terá trespassado o coração dos adeptos do Bayern quando o Manchester United virou aquela final da Champions. Sempre imaginei que tivesse faltado uma batida ao coração de todo o Brasil quando o Uruguai lhes tirou um campeonato do mundo em casa. Agora essa tristeza é toda minha e dos meus. Como em todos os desgostos amorosos, o segredo é o tempo. Passará esta dor toda, e, com o tempo, recuperarei o sentido de humor e o prazer de ler no metro. Mas, até lá, dêem-me um bocadinho de tempo e um bocadinho de espaço. Preciso de tempo. Cá dentro só há estilhaços, como se tivesse explodido uma granada. Se o Benfica fosse uma mulher, ia para os copos com os amigos. Mas é o meu clube, e tenho de lá estar na Luz no domingo, mesmo todo moído por dentro.
Dói-me tudo.


in http://laemcasamandoeu.blogspot.pt/2013/05/dor_16.html
resta-me aplaudir de pé alguém que conseguiu colocar em palavras tudo aquilo que sinto e não consigo exprimir.


P∑T∑7

Citação de: Vitor Abreu em 16 de Maio de 2013, 23:25
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=XIutLKLJv1E

Lindo.

Um quadro tão bem pintado... que se partiu aos 92'.

Uma tortura que nós, aqui, os que lá estiveram e todos por todo o Mundo não mereciam!

Andris



Xinas



Mestre Da Táctica



SempreSLB1984

Está a dar a repetição do jogo na Chelsea TV e eu a ver, fuck my life.



rotepa

Citação de: francisco em 17 de Maio de 2013, 00:12
Citação de: ZICKLER em 17 de Maio de 2013, 00:04
peço desculpa se entretanto este texto já foi postado, mas de qualquer das formas merece uma leitura.

É como um desgosto de amor. Falta-nos o chão, fica um nó na garganta, há um vazio muito grande cá dentro. Faltam-nos as pernas e sobram-nos as lágrimas. É como levar uma bala em cheio no coração: a vida corria bem, íamos ser felizes para sempre, e de repente há um contra-ataque, ninguém faz falta e há um baque cá dentro, e é como se ouvíssemos o tecido do nosso coração a rasgar.

E verte para mim
Cem gotas de água e sal
Aos saltos e pinotes
Percorre agora o chão
Mas pára p'ra lutar
À vista de um dragão

Por muito que eu tente, fogem-me as palavras. Ainda estou meio comatoso, incrédulo com tudo isto que se abateu sobre o meu clube e, consequentemente, sobre mim. Páro a caminho do trabalho e correm-me na cabeça milhares de frames: "E se", "E se", "E se", "E se". Páro as jogadas mortais para o meu coração de mil maneiras, melhoro as nossas, imagino-nos a ganhar ao Estoril, imagino-nos a segurar o empate no Dragão, vejo o remate do Cardozo ontem, na segunda parte, a ir ao ângulo e não à figura do Cech. Respiro fundo. Já passou, não há nada a fazer, não há volta a dar. Já foi. Inundam-se-me os olhos de lágrimas no meio da rua, suspiro e engulo em seco. Respiro devagar, as minhas expirações são forçadas e, ao contrário do que é costume, não tenho interesse nas conversas de metro, nas pequenas alegrias quotidianas. Concentra-te. Não pares tu, também, de lutar à vista de um dragão.

Batuques e tambores
Ilustram o combate sem dó
Alguém me afaga a lã
Me puxa num trenó
Me leva na manhã
Do sol-e-dó

O Benfica é o meu desgosto amoroso perpétuo. O meu amor não correspondido. Se o Benfica fosse uma mulher, há muito que os meus amigos e família já me tinham dito que havia outras, que o Benfica não me merecia. Imagino um rapaz à porta de casa de uma rapariga, de flores na mão e à chuva, uma noite inteira, sem ela abrir a porta. Se o Benfica fosse uma mulher, já me tinha cansado de ser tantas vezes desiludido, que já tinha feito contas ao dinheiro e tempo que gastei. Mas o Benfica não é uma mulher. O Benfica é o meu clube, a minha tribo. O Benfica é a minha máquina do tempo que me leva ao verão quente de 93, a brincar com o T., que me leva ao São Luís, num 1-1 para a Taça que vi com o meu pai debaixo do maior temporal de sempre (caiu uma das torres de iluminação no fim do jogo). É o Benfica que me leva ao meu avô e a um relato de um Benfica - Beira-Mar, à minha mãe e à sua paciência de santa, a levar-me o jantar ao sofá enquanto vejo um jogo qualquer. Foi num dia de um jogo do Benfica que conheci a Catarina, a mulher da minha vida.

Infelizmente, não há cura para isto. Essa mesma devoção carrega mais cicatrizes do que posso contar. E por muito que eu afague a lã, ontem não foi a última. Mas de ontem não é, ainda, uma cicatriz. É uma ferida. E sangra e arde e dói muito.

Acordam os amores
No reino da paixão
São elfos e duendes que
Nos levam pela mão
As folhas são azuis
O sol vermelho está
A relva sua e diz que
A vida é um sofá p'ra gozar

Ontem vi muitos dos meus caídos. Vi os meus rapazes de vermelho deitados no chão, soluçarem as lágrimas que eu esgotei no sábado. Vi o D. a chorar e tive que o abraçar. Vi o meu irmão, cujo Benfiquismo se lhe vai pegando, de olhar perdido e vi nos olhos do meu pai o olhar de tristeza paterna, que nos consola e nos diz que está tudo bem. Vi gente desolada, vi muitas lágrimas. A expressão corporal é uma coisa lixada e lembro-me de ontem, em plena consciência, ver que há gente que só chora com os olhos e que outros choram com o corpo inteiro. E não é justo. A todos nos doía a garganta de cantar e de puxar pelo nosso clube. De Amesterdão levamos todos uma cicatriz para a vida.

São monstros de cordel
Histórias de encantar
No espelho de Babel
A festa não tem fim
Volteia agora o vento
E eu peço um gin

Eu prometo que vou ficar bom. Não se preocupem com os meus suspiros, com os meus silêncios, com a minha falta de sentido de humor. Perdoem-me se demorar mais do que o costume a responder, a falar. Não achem estranho que o meu olhar agora se perca tantas vezes. Por favor, não me digam que isto é só futebol, porque Shankly já explicou que o futebol não é uma questão de vida ou morte, é muito mais do que isso. Sempre me fascinou a tristeza poética que terá trespassado o coração dos adeptos do Bayern quando o Manchester United virou aquela final da Champions. Sempre imaginei que tivesse faltado uma batida ao coração de todo o Brasil quando o Uruguai lhes tirou um campeonato do mundo em casa. Agora essa tristeza é toda minha e dos meus. Como em todos os desgostos amorosos, o segredo é o tempo. Passará esta dor toda, e, com o tempo, recuperarei o sentido de humor e o prazer de ler no metro. Mas, até lá, dêem-me um bocadinho de tempo e um bocadinho de espaço. Preciso de tempo. Cá dentro só há estilhaços, como se tivesse explodido uma granada. Se o Benfica fosse uma mulher, ia para os copos com os amigos. Mas é o meu clube, e tenho de lá estar na Luz no domingo, mesmo todo moído por dentro.
Dói-me tudo.


in http://laemcasamandoeu.blogspot.pt/2013/05/dor_16.html
resta-me aplaudir de pé alguém que conseguiu colocar em palavras tudo aquilo que sinto e não consigo exprimir.
x2. Belo texto que resuma a dôr de cada um.