Julian Weigl

Médio, 29 anos,
Alemanha
Equipa Principal: 4 épocas (2020-2022), 115 jogos (8492 minutos), 5 golos

Títulos: Campeonato Nacional (1)

lonstrup

Com a qualidade de jogadores que se fala que virão, e com um melhor treinador, Weigl vai ganhar "sozinho" a próxima liga.

Preparem os olhinhos para o que aí vem.

Jmarques10

Citação de: Carlos Pedro SLB em 12 de Agosto de 2020, 20:45
Qual é o dia da crônica? Eu mando-te o Record desse dia.

Olha vê se encontras alguma crónica do Rui Dias na edição de hoje. Não faço a mínima como funciona o Record. Se sai primeiro online e só no dia seguinte no jornal ou se as crónicas que estão no site já saíram na edição de jornal. Se puderes ver isso, top.

Thorondor

 :tomates:
Citação de: Jmarques10 em 12 de Agosto de 2020, 20:15
https://www.record.pt/opiniao/cronistas/rui-dias/detalhe/weigl-vai-jogar-dez-vezes-mais?ref=DET_Engageya_Record

Ninguém disponibiliza esta crónica?
Obrigado.
Nasceu e cresceu impelido a defender a convicção de que o estilo, o caráter e a personalidade das entidades coletivas que são as equipas obrigam a desempenhar papel de mediador no centro de operações do jogo. Weigl habituou-se a orientar a ação pelos fundamentos estratégicos definidos pelo comando e a servir de denominador comum de todas as ações individuais, em nome de segurança, equilíbrio e bem-estar coletivos. A expressão avulsa do seu talento não tem a riqueza automática de outros, antes resulta no modo como é capaz de passar um jogo inteiro a adivinhar gestos, a cortar linhas de passe, a antecipar movimentos e a chegar aos factos centésimos de segundo antes de ocorrerem. Porque é fisicamente robusto, não teme a luta e assume os confrontos físicos; impõe-se na reação imediata a qualquer contingência em espaços curtos mas também em campo aberto, ações nas quais apresenta argumentos para retificar alguma (rara) debilidade anterior.

A contratação de Weigl não teve o impacto esperado. Pior ainda, resultou em considerações impensáveis e sem sentido sobre a sua qualidade. O Benfica teve bom gosto e condições financeiras para ir à Alemanha contratar um reconhecido intérprete de Mozart, Beethoven ou Bach mas, depois, entregou-lhe o bombo em gravações dos últimos êxitos de José Malhoa ou Emanuel. Um desperdício de competências, acompanhado pela dificuldade exterior em valorizar um jogador sem a magia instantânea de outros e sem ações deslumbrantes que inviabilizem qualquer discussão. A etapa portuguesa de Weigl prova também que os factos são mais convincentes do que as opiniões e os números mais valiosos do que as emoções. Mas mesmo nesse capítulo o alemão foi confrontado com críticas sem sentido, como aquelas, que a estatística desmentia, de só jogar para o lado e para trás – foi acusado disso em jogos nos quais fez todos os passes para a frente.

Weigl personifica uma outra dimensão do futebol, que acrescentou a tática, talento avulso, sentido de representação, gestão emocional, comunicação e importância do balneário, à força esmagadora de cumplicidades várias, automatismos mais amplos, segredos, verdades e mentiras cuja expressão todos entendam e dominem. É cada vez mais decisivo o estabelecimento de uma larga cadeia de regras, posicionamentos e decisões que façam o coletivo orientar-se por exercícios de memória, que estimulem a inteligência para dar resposta a cada dificuldade, mais ou menos perigosa, com implicações mais ou menos relevantes na coesão global da comunidade.

É essa espécie de Constituição que constitui a base do trabalho conceptual de Jorge Jesus. Um documento regulador de comportamentos e atitudes, que permite a livre iniciativa, o inesperado, o instinto e a inspiração individuais mas só se respeitarem os princípios básicos de ordem, disciplina e organização. Weigl é toda uma enciclopédia na complexa definição desses valores, porque sabe estar atrás e à frente; compensa, defende e ataca, no meio, à esquerda e à direita. É o atacante dos defesas e o líbero dos avançados, com superior qualidade de passe, prova de que pensa três ou quatro toques à frente dos outros. Sendo um médio-centro de excelência, tem agora de decorar e entender os fundamentos básicos da cartilha pela qual se orienta JJ e com ela criar cumplicidades, assimilar a proposta e comprometer-se incondicionalmente.

Se satisfizer todas as exigências e atingir esse entendimento perfeito do que lhe é pedido, Weigl não renderá apenas o triplo: vai jogar dez vezes mais do que fez em 2019/20 e cumprir assim a promessa implícita na sua contratação. Consegui-lo será o ponto de partida para a construção de uma grande equipa.


Jmarques10

Citação de: Thorondor em 12 de Agosto de 2020, 22:04
:tomates:
Citação de: Jmarques10 em 12 de Agosto de 2020, 20:15
https://www.record.pt/opiniao/cronistas/rui-dias/detalhe/weigl-vai-jogar-dez-vezes-mais?ref=DET_Engageya_Record

Ninguém disponibiliza esta crónica?
Obrigado.
Nasceu e cresceu impelido a defender a convicção de que o estilo, o caráter e a personalidade das entidades coletivas que são as equipas obrigam a desempenhar papel de mediador no centro de operações do jogo. Weigl habituou-se a orientar a ação pelos fundamentos estratégicos definidos pelo comando e a servir de denominador comum de todas as ações individuais, em nome de segurança, equilíbrio e bem-estar coletivos. A expressão avulsa do seu talento não tem a riqueza automática de outros, antes resulta no modo como é capaz de passar um jogo inteiro a adivinhar gestos, a cortar linhas de passe, a antecipar movimentos e a chegar aos factos centésimos de segundo antes de ocorrerem. Porque é fisicamente robusto, não teme a luta e assume os confrontos físicos; impõe-se na reação imediata a qualquer contingência em espaços curtos mas também em campo aberto, ações nas quais apresenta argumentos para retificar alguma (rara) debilidade anterior.

A contratação de Weigl não teve o impacto esperado. Pior ainda, resultou em considerações impensáveis e sem sentido sobre a sua qualidade. O Benfica teve bom gosto e condições financeiras para ir à Alemanha contratar um reconhecido intérprete de Mozart, Beethoven ou Bach mas, depois, entregou-lhe o bombo em gravações dos últimos êxitos de José Malhoa ou Emanuel. Um desperdício de competências, acompanhado pela dificuldade exterior em valorizar um jogador sem a magia instantânea de outros e sem ações deslumbrantes que inviabilizem qualquer discussão. A etapa portuguesa de Weigl prova também que os factos são mais convincentes do que as opiniões e os números mais valiosos do que as emoções. Mas mesmo nesse capítulo o alemão foi confrontado com críticas sem sentido, como aquelas, que a estatística desmentia, de só jogar para o lado e para trás – foi acusado disso em jogos nos quais fez todos os passes para a frente.

Weigl personifica uma outra dimensão do futebol, que acrescentou a tática, talento avulso, sentido de representação, gestão emocional, comunicação e importância do balneário, à força esmagadora de cumplicidades várias, automatismos mais amplos, segredos, verdades e mentiras cuja expressão todos entendam e dominem. É cada vez mais decisivo o estabelecimento de uma larga cadeia de regras, posicionamentos e decisões que façam o coletivo orientar-se por exercícios de memória, que estimulem a inteligência para dar resposta a cada dificuldade, mais ou menos perigosa, com implicações mais ou menos relevantes na coesão global da comunidade.

É essa espécie de Constituição que constitui a base do trabalho conceptual de Jorge Jesus. Um documento regulador de comportamentos e atitudes, que permite a livre iniciativa, o inesperado, o instinto e a inspiração individuais mas só se respeitarem os princípios básicos de ordem, disciplina e organização. Weigl é toda uma enciclopédia na complexa definição desses valores, porque sabe estar atrás e à frente; compensa, defende e ataca, no meio, à esquerda e à direita. É o atacante dos defesas e o líbero dos avançados, com superior qualidade de passe, prova de que pensa três ou quatro toques à frente dos outros. Sendo um médio-centro de excelência, tem agora de decorar e entender os fundamentos básicos da cartilha pela qual se orienta JJ e com ela criar cumplicidades, assimilar a proposta e comprometer-se incondicionalmente.

Se satisfizer todas as exigências e atingir esse entendimento perfeito do que lhe é pedido, Weigl não renderá apenas o triplo: vai jogar dez vezes mais do que fez em 2019/20 e cumprir assim a promessa implícita na sua contratação. Consegui-lo será o ponto de partida para a construção de uma grande equipa.

Obrigadão. Não sei o que o Rui DIas faz no jornal Record. Merecia bem mais visibilidade. Escreve como poucos.
Este texto, aliás, deveria estar afixado para todos aqueles que entram neste tópico.

Thorondor

Citação de: Jmarques10 em 12 de Agosto de 2020, 22:26
Citação de: Thorondor em 12 de Agosto de 2020, 22:04
:tomates:
Citação de: Jmarques10 em 12 de Agosto de 2020, 20:15
https://www.record.pt/opiniao/cronistas/rui-dias/detalhe/weigl-vai-jogar-dez-vezes-mais?ref=DET_Engageya_Record

Ninguém disponibiliza esta crónica?
Obrigado.
Nasceu e cresceu impelido a defender a convicção de que o estilo, o caráter e a personalidade das entidades coletivas que são as equipas obrigam a desempenhar papel de mediador no centro de operações do jogo. Weigl habituou-se a orientar a ação pelos fundamentos estratégicos definidos pelo comando e a servir de denominador comum de todas as ações individuais, em nome de segurança, equilíbrio e bem-estar coletivos. A expressão avulsa do seu talento não tem a riqueza automática de outros, antes resulta no modo como é capaz de passar um jogo inteiro a adivinhar gestos, a cortar linhas de passe, a antecipar movimentos e a chegar aos factos centésimos de segundo antes de ocorrerem. Porque é fisicamente robusto, não teme a luta e assume os confrontos físicos; impõe-se na reação imediata a qualquer contingência em espaços curtos mas também em campo aberto, ações nas quais apresenta argumentos para retificar alguma (rara) debilidade anterior.

A contratação de Weigl não teve o impacto esperado. Pior ainda, resultou em considerações impensáveis e sem sentido sobre a sua qualidade. O Benfica teve bom gosto e condições financeiras para ir à Alemanha contratar um reconhecido intérprete de Mozart, Beethoven ou Bach mas, depois, entregou-lhe o bombo em gravações dos últimos êxitos de José Malhoa ou Emanuel. Um desperdício de competências, acompanhado pela dificuldade exterior em valorizar um jogador sem a magia instantânea de outros e sem ações deslumbrantes que inviabilizem qualquer discussão. A etapa portuguesa de Weigl prova também que os factos são mais convincentes do que as opiniões e os números mais valiosos do que as emoções. Mas mesmo nesse capítulo o alemão foi confrontado com críticas sem sentido, como aquelas, que a estatística desmentia, de só jogar para o lado e para trás – foi acusado disso em jogos nos quais fez todos os passes para a frente.

Weigl personifica uma outra dimensão do futebol, que acrescentou a tática, talento avulso, sentido de representação, gestão emocional, comunicação e importância do balneário, à força esmagadora de cumplicidades várias, automatismos mais amplos, segredos, verdades e mentiras cuja expressão todos entendam e dominem. É cada vez mais decisivo o estabelecimento de uma larga cadeia de regras, posicionamentos e decisões que façam o coletivo orientar-se por exercícios de memória, que estimulem a inteligência para dar resposta a cada dificuldade, mais ou menos perigosa, com implicações mais ou menos relevantes na coesão global da comunidade.

É essa espécie de Constituição que constitui a base do trabalho conceptual de Jorge Jesus. Um documento regulador de comportamentos e atitudes, que permite a livre iniciativa, o inesperado, o instinto e a inspiração individuais mas só se respeitarem os princípios básicos de ordem, disciplina e organização. Weigl é toda uma enciclopédia na complexa definição desses valores, porque sabe estar atrás e à frente; compensa, defende e ataca, no meio, à esquerda e à direita. É o atacante dos defesas e o líbero dos avançados, com superior qualidade de passe, prova de que pensa três ou quatro toques à frente dos outros. Sendo um médio-centro de excelência, tem agora de decorar e entender os fundamentos básicos da cartilha pela qual se orienta JJ e com ela criar cumplicidades, assimilar a proposta e comprometer-se incondicionalmente.

Se satisfizer todas as exigências e atingir esse entendimento perfeito do que lhe é pedido, Weigl não renderá apenas o triplo: vai jogar dez vezes mais do que fez em 2019/20 e cumprir assim a promessa implícita na sua contratação. Consegui-lo será o ponto de partida para a construção de uma grande equipa.

Obrigadão. Não sei o que o Rui DIas faz no jornal Record. Merecia bem mais visibilidade. Escreve como poucos.
Este texto, aliás, deveria estar afixado para todos aqueles que entram neste tópico.

concordo. Não me considero um conaisseur de futebol. Mas quem não percebe o jogador que este rapaz é não percebe ponta de corno de futebol.

Karel Alinho

Prometeram-te uma grande equipa. Chegou com 6 meses de atraso.

Vais brilhar, craque!

Maytay

Weighl vai jogar muito mais ... vai descobrir características que nem ele sabe que têm ..

eaglerp


Sickness:SLB

Jesus vai transforma-lo numa máquina. Não tenho duvidas, vai eleva-lo a outro patamar.

Pedro84

O problema, neste Benfiquinha de trazer por casa, é que caso esta nova equipa comandada por Jesus consiga exaltar o talento de Weigl, o alemão se ficar cá mais um ano é muito.

Gugans

Citação de: Carlos Pedro SLB em 12 de Agosto de 2020, 20:45
Qual é o dia da crônica? Eu mando-te o Record desse dia.

Para min tb, please.

AleKx

Citação de: Pedro84 em 12 de Agosto de 2020, 23:01
O problema, neste Benfiquinha de trazer por casa, é que caso esta nova equipa comandada por Jesus consiga exaltar o talento de Weigl, o alemão se ficar cá mais um ano é muito.

Mas daqui a um ano ja passaram as eleições...

Toalhete

Qual o plano de JJ para o Weigl?

SMOL25


paulocc

O NGL já convicto das eleições não duvido nada que tenha dito a wiegl que passados 6 meses iriam chegar vários internacionais e apostar mais a sério na LC.