Eleições 2020

antiporcos

À partida o RGS terá os meus 20 votos. Depende apenas do programa que apresentar, mas tenho concordado com tudo o que tem dito, com exceção da hostilização ao Mendes, que me parece desproporcionada. Sou garotão com orgulho, mas não posso concordar que o Mendes seja um dos nossos problemas. O Mendes faz os negócios que nós aceitarmos fazer, como qualquer empresário. Por opção do Vieira tem-se recorrido muito mais ao Mendes nas vendas do que nas compras, mas isso é uma estratégia do Vieira, não do Mendes. Se quiseres comprar bons jogadores, o Mendes ou outro empresário também os traz, a diferença é que os do Mendes são mais caros na compra, mas por outro lado rendem mais na venda, não têm problemas nas renovações, normalmente são bons jogadores (o Danilo e o Filipe Augusto foram as excepções) e não costumam ser problemáticos de colocar quando já não interessam.

A favor do RGS existem principalmente 3 coisas em que contrasta com a visão do Vieira: 1- percebe que a sobrevivencia futura do futebol do Benfica depende dos seus resultados europeus e que temos de ter sempre uma equipa que consiga obter resultados minimamente decentes. 2- Sabe que o Porto é um inimigo, não um adversário, que precisa de ser combatido nos seus mais variados tentáculos. 3- parece ter uma preocupação genuína com as modalidades e com a sua competitividade, embora ainda não tenha referido o que quer mudar aqui. Seja como for, só pela mudança de direção temos a garantia que são afastados uns quantos incompententes que por ali andam e que contribuem quanto baste para o estado em que estamos.

A minha tarefa até às eleições é convencer o meu irmão, cartilheiro do pior e que tb tem 20 votos, a mudar de lado. Já esteve mais difícil mas ainda não consegui. Ele ainda está traumatizado com os tempos do Vietname e preza até ao impossível a estabilidade que o Vieira trouxe. Está desiludido com o Vieira mas ainda não está convencido que seja a altura de mudar, quer ter a certeza que é para melhor é isso nunca se consegue ter. Eu também não sei se o RGS vai ser melhor, mas estou disposto a arriscar porque tenho a certeza que o Vieira está esgotado, já não tem nenhum objectivo para o futuro que não seja continuar igual. Não sei se repararam mas na última Entrevista à BTV isto foi absolutamente visível. No início o jornalista diz que é uma entrevista para falar do futuro e até ao final da mesma o Vieira recusa-se sempre a falar do futuro. Chega a um ponto que diz que a sua maior força é mostrar o que já fez. Isto, seja no futebol, seja na política, não chega. Tens que mostrar o que ainda queres fazer, o que vais mudar, os teus próximos desafios.

Estou convicto que RGS será presidente do Benfica, só não sei se em 2020 se em 2024. Não sei se é o candidato ideal, mas sei que temos de mudar, a nossa auto-sabotagem tem de acabar.

MBACANO

Como é a relação anos de sócio/Número de votos por escalão?

GlennStrombergh

Citação de: antiporcos em 12 de Junho de 2020, 17:03
À partida o RGS terá os meus 20 votos. Depende apenas do programa que apresentar, mas tenho concordado com tudo o que tem dito, com exceção da hostilização ao Mendes, que me parece desproporcionada. Sou garotão com orgulho, mas não posso concordar que o Mendes seja um dos nossos problemas. O Mendes faz os negócios que nós aceitarmos fazer, como qualquer empresário. Por opção do Vieira tem-se recorrido muito mais ao Mendes nas vendas do que nas compras, mas isso é uma estratégia do Vieira, não do Mendes. Se quiseres comprar bons jogadores, o Mendes ou outro empresário também os traz, a diferença é que os do Mendes são mais caros na compra, mas por outro lado rendem mais na venda, não têm problemas nas renovações, normalmente são bons jogadores (o Danilo e o Filipe Augusto foram as excepções) e não costumam ser problemáticos de colocar quando já não interessam.

A favor do RGS existem principalmente 3 coisas em que contrasta com a visão do Vieira: 1- percebe que a sobrevivencia futura do futebol do Benfica depende dos seus resultados europeus e que temos de ter sempre uma equipa que consiga obter resultados minimamente decentes. 2- Sabe que o Porto é um inimigo, não um adversário, que precisa de ser combatido nos seus mais variados tentáculos. 3- parece ter uma preocupação genuína com as modalidades e com a sua competitividade, embora ainda não tenha referido o que quer mudar aqui. Seja como for, só pela mudança de direção temos a garantia que são afastados uns quantos incompententes que por ali andam e que contribuem quanto baste para o estado em que estamos.

A minha tarefa até às eleições é convencer o meu irmão, cartilheiro do pior e que tb tem 20 votos, a mudar de lado. Já esteve mais difícil mas ainda não consegui. Ele ainda está traumatizado com os tempos do Vietname e preza até ao impossível a estabilidade que o Vieira trouxe. Está desiludido com o Vieira mas ainda não está convencido que seja a altura de mudar, quer ter a certeza que é para melhor é isso nunca se consegue ter. Eu também não sei se o RGS vai ser melhor, mas estou disposto a arriscar porque tenho a certeza que o Vieira está esgotado, já não tem nenhum objectivo para o futuro que não seja continuar igual. Não sei se repararam mas na última Entrevista à BTV isto foi absolutamente visível. No início o jornalista diz que é uma entrevista para falar do futuro e até ao final da mesma o Vieira recusa-se sempre a falar do futuro. Chega a um ponto que diz que a sua maior força é mostrar o que já fez. Isto, seja no futebol, seja na política, não chega. Tens que mostrar o que ainda queres fazer, o que vais mudar, os teus próximos desafios.

Estou convicto que RGS será presidente do Benfica, só não sei se em 2020 se em 2024. Não sei se é o candidato ideal, mas sei que temos de mudar, a nossa auto-sabotagem tem de acabar.
Os 3 assuntos do teu 2º parágrafo, dizem muito daquilo que é realmente importante.

joaoreis


franciscoafonso

Em 2024, se a OPA fosse avante, já não podiam votar em nada. Mentalizem-se disso.

Ele quer ser dono do Benfica. A alternativa mais fácil era capitalizar os amigos com dinheiro do clube que depois entraria de novo no clube. Ou seja, eu pago 5 euros por um carro, vendo-o ao teu stand por 5000 e depois deixo os 5000 e compro parte do teu stand. Na verdade gastei 5000 euros mas não gastei porque foste tu que me deste.

O mandato do Vieira nos próximos 4 anos vai ser mudar estatutos. Ele já disse em público que achava que havia coisas a mudar, só não disse quais. Mas não é preciso ser bruxo. A compra do clube se não for com amigos é por outro lado qualquer.

Purple Rain

Citação de: franciscoafonso em 12 de Junho de 2020, 19:10
Em 2024, se a OPA fosse avante, já não podiam votar em nada. Mentalizem-se disso.

Ele quer ser dono do Benfica. A alternativa mais fácil era capitalizar os amigos com dinheiro do clube que depois entraria de novo no clube. Ou seja, eu pago 5 euros por um carro, vendo-o ao teu stand por 5000 e depois deixo os 5000 e compro parte do teu stand. Na verdade gastei 5000 euros mas não gastei porque foste tu que me deste.

O mandato do Vieira nos próximos 4 anos vai ser mudar estatutos. Ele já disse em público que achava que havia coisas a mudar, só não disse quais. Mas não é preciso ser bruxo. A compra do clube se não for com amigos é por outro lado qualquer.

Mas depois apareceu um vírus do nada e f... tudo.
As negociatas acabaram e já se sabe que quando se acaba a mama os mamões largam num berreiro. Como em todas as histórias de vilões o mal é começar o caminho descendente, porque depois de começar a rolar para baixo a gravidade e a força centrípeta fazem o seu trabalho !

Bigode do Toni

Está na hora do nosso grito de revolta...

Eagle 0nE

Peço desculpa á moderação mas não sei onde colocar isto. Se for preciso, edito ou apago.

Benfica 20-24
2 h ·
Aos Consócios e Adeptos do Sport Lisboa e Benfica,

Nascido e criado em Lisboa, Benfiquista de quarta geração (sim, já os há. E com cinquenta votos, imaginem.), o meu pai e o meu avô apresentaram-me um Clube que ganhava mais que todos os outros juntos e estava sempre presente nas bocas do povo acompanhado de sorrisos. Explicaram-me que o Benfica é uma Ideia e esse sucesso desportivo era apenas consequência dessa Ideia. Nasci ainda em tempos de Glória que rapidamente se transformaram em dias cinzentos.

Durante esse "Vietname", continuaram a explicar-me que o Benfica é uma Ideia, que mesmo atravessando aquela fase, por definição uma ideia não morre e logicamente o Benfica também não. Uma Ideia de sorrisos, festa e amor, que só é possível se for vivida com a total defesa dos valores do Desporto, com o maior civismo na vivência do Benfiquismo e igualdade nesta mesma, com a inexistência de qualquer dúvida em relação à ética da sua condução que afaste o Clube dos seus associados e com a noção que enquanto estamos de cachecol ao pescoço, Emblema ao peito ou num gabinete no Seixal, há um nome maior do que o nosso em questão, um bem maior pelo qual devemos zelar e que nos liga, E Pluribus Unum.

Os treinadores sucediam-se, as Direcções mudavam, até o Estádio era demolido e reerguido, mas os dias cinzentos continuaram. Com bafos da antiga Glória preconizados por Sabrosa e trazidos por Jesus, a Comunicação Social amiga de quem nos dirige, com o auxílio mais recente das suas milícias digitais, estabeleceu a tese do "Gigante Adormecido", acordado por um senhor que entrou na A1 em Alverca. 25km de Estádio a Estádio, fazendo A1 e 2a Circular, coisa de uns 20min sem trânsito.

Na minha opinião, o Gigante não estava adormecido, mas adormeceu desde então. À época, o Benfica, essa massa amorfa de milhões de almas ligadas, mobilizou-se militantemente, militância essa agressiva no melhor sentido do termo e expulsou os responsáveis pelos desvios à Ideia. Após as atribulações, a geração dos meus pais e dos meus avós, responsável por esta defesa do Sport Lisboa e Benfica, conformou-se, considerou que "já estava", a nossa Queda do Muro.

O tempo, como tendencialmente faz, veio mostrar a verdade, a de que os desvios à Ideia de Benfica estão agora perigosamente perto de ser perpetuados, com a agravante de nunca nos ter sido sequer perguntado se o tolerávamos, frequentemente com a justificação de um alegado anacronismo desses Valores e Ideais.
Nunca nos foi perguntado, agiu-se sempre como se a resposta fosse "sim", e como foram poucos a vir gritando "não" em voz alta, as coisas foram-se fazendo, maioritariamente nas sombras, numa constante desvalorização da participação dos sócios, antagónica à Ideia de Benfica.

Essa desvalorização vai de importante e subtil a quase banal e notória. Um exemplo da primeira é a ausência do espírito com que fundadores e vários gloriosos Presidentes da nossa História conceberam a divisão de poderes no Clube, num constante ataque e limitação ao poder de escrutínio e debate atribuídos à Assembleia Geral, acompanhado da aparente ausência ou inexistência do Regulamento do Clube para o qual diversos pontos dos Estatutos remetem – Importante. Subtil.

Da segunda, recordo-me de situações que com qualquer outra Direcção seriam material do foro humorístico, da pigmentação tropical da pele em reuniões oficiais com o Governo durante um Estado de Emergência em que centenas de milhares de portugueses passavam dificuldades a vestir um fato de treino numa visita oficial a Alvalade para o campeonato e não se inibir de dar entrevistas nessa figura – quase banal. Evidente. Sobre os exemplos importantes e notórios melhores cabeças escreverão, quanto aos quase banais e subtis, temo que já todos tenham sido arrumados há demasiado tempo para serem assunto agora.

Sophia de Mello Breyner escreveu que a Política é um capítulo da Moral. Ser titular de um cargo nos Órgãos Sociais do Sport Lisboa e Benfica tem imperativamente de o ser. O que exigimos a tais pessoas não se pode esgotar na Lei.

O enorme populismo que é afirmar que só se sai após ser declarado como culpado de algum crime! Como se não soubesse a Verdade! Como se a Verdade só passasse a sê-lo depois de um acórdão de um juiz! No mesmo texto que citei, Sophia afirma que "a demagogia é a traição cultural da revolução. Porque a demagogia é a arte de ensinar um povo a não pensar". Um provérbio africano diz: "Uma palavra que está sempre na boca transforma-se em baba. Não queremos continuar a suportar a baba dos slogans".

Benfiquistas, a uma distância tão grande das Eleições não sei em quem votarei, posso apenas afirmar que o Sport Lisboa e Benfica não precisa de um "bully" a liderar-nos. De um rufia, para mau entendedor.

Seguramente não precisa de um dos maiores desta República (não o escrevo por ser minha opinião, mas por ser o perfil público que tem). Durante anos, foi essa a maior e mais certeira crítica feita aos rivais do Norte. Quereremos diferenciar-nos? O Sport Lisboa e Benfica deve distanciar-se o mais eficaz e céleremente possível de activos tóxicos para o Clube e o seu bom nome, chamem-se eles Paulo ou Luís Filipe. Um dia, olharemos todos para Luís Filipe como hoje olhamos para Ricardo, Joe ou Isabel.

Como referi num e-mail dirigido aos Órgãos Sociais a 26 de Janeiro e ao qual ainda não obtive resposta, urge-me perguntar onde se estabelece a "linha-limite" do que é ou não permitido, é ou não considerado aceitável e é ou não considerado correcto no Sport Lisboa e Benfica, do modo de funcionamento das reuniões de Assembleia Geral à gestão da vida diária do Clube, passando por todo o leque de actividades que o Clube promove, e o que acontece quando essa linha é ultrapassada. Esse debate nunca existiu, nunca nos foi dada a possibilidade de tal análise e discussão. No Benfica, as diferenças são enaltecidas e delas se constrói o melhor Benfica. Essas diferenças podem ser de opinião, mas nunca éticas. Um "concordar em discordar" dentro do Benfica não se pode aplicar à própria Moralidade.

Nada é pior do que ter de ouvir um "eu sei que ele(s) não é(são) íntegro(s), mas..." - mas o quê?! Se abdicarmos disso à partida na tentativa de alcançar apenas sucesso desportivo, poderemos chamar Sport Lisboa e Benfica ao que resta? As cores são as mesmas, nós somos os mesmos, mas e a Ideia?

E é por isto que vos escrevo. Há Eleições em Outubro. O sentimento de dever para com o Benfica não se pode esgotar em idas ao Estádio e compras de merchandise, ser sócio do Sport Lisboa e Benfica não pode ser quase o mesmo que ser fã de uma saga de filmes – vai-se ver, compra-se o boneco.

Gerir o Sport Lisboa e Benfica tem de ser visto como um privilégio inimaginável e a responsabilidade de uma vida, nunca como um direito. Temendo que o sistema não se consiga reformar a si mesmo, e isso tem sido evidente, resta-me apelar à já referida militância agressiva no melhor sentido do termo. Informem(-se)! Participem! Intervenham!

- - - Manuel Gaspar, sócio 20469 - - -

Stark 10

Citação de: gugabenfica em 12 de Junho de 2020, 16:21
a serio que vocês pensam que o rgs vai arranjar uma equipa/ staff de gente conhecida ?? grande lol

Mas vocês acham que bagão felix, rap, nuno gomes, entre outros se vão juntar à escumalha do rgs...

eu não quero o vieira na presidencia, mas meus amigos o rgs ??? longe muito longe

O Vieira vai cair com estrondo e o Rui Gomes da Silva será o novo Presidente do Benfica.

O Rui Gomes da Silva só é escumalha para os lunáticos.

Leonzo

Quando RGS começar a campanha, as bolas do grande lider vão mingar. Até vão parecer uns berlindes!

BENFIKA

Ou o Vieira perde as eleições ou no próximo mandato vamos assistir a mais uma série de jogadas manhosas.
A ideia dele é sair e deixar o clube a alguém da sua confiança, tipo monarquia, muito cuidado com isso.

Francescoli

Citação de: Eagle 0nE em 12 de Junho de 2020, 21:13
Peço desculpa á moderação mas não sei onde colocar isto. Se for preciso, edito ou apago.

Benfica 20-24
2 h ·
Aos Consócios e Adeptos do Sport Lisboa e Benfica,

Nascido e criado em Lisboa, Benfiquista de quarta geração (sim, já os há. E com cinquenta votos, imaginem.), o meu pai e o meu avô apresentaram-me um Clube que ganhava mais que todos os outros juntos e estava sempre presente nas bocas do povo acompanhado de sorrisos. Explicaram-me que o Benfica é uma Ideia e esse sucesso desportivo era apenas consequência dessa Ideia. Nasci ainda em tempos de Glória que rapidamente se transformaram em dias cinzentos.

Durante esse "Vietname", continuaram a explicar-me que o Benfica é uma Ideia, que mesmo atravessando aquela fase, por definição uma ideia não morre e logicamente o Benfica também não. Uma Ideia de sorrisos, festa e amor, que só é possível se for vivida com a total defesa dos valores do Desporto, com o maior civismo na vivência do Benfiquismo e igualdade nesta mesma, com a inexistência de qualquer dúvida em relação à ética da sua condução que afaste o Clube dos seus associados e com a noção que enquanto estamos de cachecol ao pescoço, Emblema ao peito ou num gabinete no Seixal, há um nome maior do que o nosso em questão, um bem maior pelo qual devemos zelar e que nos liga, E Pluribus Unum.

Os treinadores sucediam-se, as Direcções mudavam, até o Estádio era demolido e reerguido, mas os dias cinzentos continuaram. Com bafos da antiga Glória preconizados por Sabrosa e trazidos por Jesus, a Comunicação Social amiga de quem nos dirige, com o auxílio mais recente das suas milícias digitais, estabeleceu a tese do "Gigante Adormecido", acordado por um senhor que entrou na A1 em Alverca. 25km de Estádio a Estádio, fazendo A1 e 2a Circular, coisa de uns 20min sem trânsito.

Na minha opinião, o Gigante não estava adormecido, mas adormeceu desde então. À época, o Benfica, essa massa amorfa de milhões de almas ligadas, mobilizou-se militantemente, militância essa agressiva no melhor sentido do termo e expulsou os responsáveis pelos desvios à Ideia. Após as atribulações, a geração dos meus pais e dos meus avós, responsável por esta defesa do Sport Lisboa e Benfica, conformou-se, considerou que "já estava", a nossa Queda do Muro.

O tempo, como tendencialmente faz, veio mostrar a verdade, a de que os desvios à Ideia de Benfica estão agora perigosamente perto de ser perpetuados, com a agravante de nunca nos ter sido sequer perguntado se o tolerávamos, frequentemente com a justificação de um alegado anacronismo desses Valores e Ideais.
Nunca nos foi perguntado, agiu-se sempre como se a resposta fosse "sim", e como foram poucos a vir gritando "não" em voz alta, as coisas foram-se fazendo, maioritariamente nas sombras, numa constante desvalorização da participação dos sócios, antagónica à Ideia de Benfica.

Essa desvalorização vai de importante e subtil a quase banal e notória. Um exemplo da primeira é a ausência do espírito com que fundadores e vários gloriosos Presidentes da nossa História conceberam a divisão de poderes no Clube, num constante ataque e limitação ao poder de escrutínio e debate atribuídos à Assembleia Geral, acompanhado da aparente ausência ou inexistência do Regulamento do Clube para o qual diversos pontos dos Estatutos remetem – Importante. Subtil.

Da segunda, recordo-me de situações que com qualquer outra Direcção seriam material do foro humorístico, da pigmentação tropical da pele em reuniões oficiais com o Governo durante um Estado de Emergência em que centenas de milhares de portugueses passavam dificuldades a vestir um fato de treino numa visita oficial a Alvalade para o campeonato e não se inibir de dar entrevistas nessa figura – quase banal. Evidente. Sobre os exemplos importantes e notórios melhores cabeças escreverão, quanto aos quase banais e subtis, temo que já todos tenham sido arrumados há demasiado tempo para serem assunto agora.

Sophia de Mello Breyner escreveu que a Política é um capítulo da Moral. Ser titular de um cargo nos Órgãos Sociais do Sport Lisboa e Benfica tem imperativamente de o ser. O que exigimos a tais pessoas não se pode esgotar na Lei.

O enorme populismo que é afirmar que só se sai após ser declarado como culpado de algum crime! Como se não soubesse a Verdade! Como se a Verdade só passasse a sê-lo depois de um acórdão de um juiz! No mesmo texto que citei, Sophia afirma que "a demagogia é a traição cultural da revolução. Porque a demagogia é a arte de ensinar um povo a não pensar". Um provérbio africano diz: "Uma palavra que está sempre na boca transforma-se em baba. Não queremos continuar a suportar a baba dos slogans".

Benfiquistas, a uma distância tão grande das Eleições não sei em quem votarei, posso apenas afirmar que o Sport Lisboa e Benfica não precisa de um "bully" a liderar-nos. De um rufia, para mau entendedor.

Seguramente não precisa de um dos maiores desta República (não o escrevo por ser minha opinião, mas por ser o perfil público que tem). Durante anos, foi essa a maior e mais certeira crítica feita aos rivais do Norte. Quereremos diferenciar-nos? O Sport Lisboa e Benfica deve distanciar-se o mais eficaz e céleremente possível de activos tóxicos para o Clube e o seu bom nome, chamem-se eles Paulo ou Luís Filipe. Um dia, olharemos todos para Luís Filipe como hoje olhamos para Ricardo, Joe ou Isabel.

Como referi num e-mail dirigido aos Órgãos Sociais a 26 de Janeiro e ao qual ainda não obtive resposta, urge-me perguntar onde se estabelece a "linha-limite" do que é ou não permitido, é ou não considerado aceitável e é ou não considerado correcto no Sport Lisboa e Benfica, do modo de funcionamento das reuniões de Assembleia Geral à gestão da vida diária do Clube, passando por todo o leque de actividades que o Clube promove, e o que acontece quando essa linha é ultrapassada. Esse debate nunca existiu, nunca nos foi dada a possibilidade de tal análise e discussão. No Benfica, as diferenças são enaltecidas e delas se constrói o melhor Benfica. Essas diferenças podem ser de opinião, mas nunca éticas. Um "concordar em discordar" dentro do Benfica não se pode aplicar à própria Moralidade.

Nada é pior do que ter de ouvir um "eu sei que ele(s) não é(são) íntegro(s), mas..." - mas o quê?! Se abdicarmos disso à partida na tentativa de alcançar apenas sucesso desportivo, poderemos chamar Sport Lisboa e Benfica ao que resta? As cores são as mesmas, nós somos os mesmos, mas e a Ideia?

E é por isto que vos escrevo. Há Eleições em Outubro. O sentimento de dever para com o Benfica não se pode esgotar em idas ao Estádio e compras de merchandise, ser sócio do Sport Lisboa e Benfica não pode ser quase o mesmo que ser fã de uma saga de filmes – vai-se ver, compra-se o boneco.

Gerir o Sport Lisboa e Benfica tem de ser visto como um privilégio inimaginável e a responsabilidade de uma vida, nunca como um direito. Temendo que o sistema não se consiga reformar a si mesmo, e isso tem sido evidente, resta-me apelar à já referida militância agressiva no melhor sentido do termo. Informem(-se)! Participem! Intervenham!

- - - Manuel Gaspar, sócio 20469 - - -

Por mim colocavas isso em todos os tópicos!

Pedro Neto

Citação de: franciscoafonso em 12 de Junho de 2020, 19:10
A alternativa mais fácil era capitalizar os amigos com dinheiro do clube que depois entraria de novo no clube. Ou seja, eu pago 5 euros por um carro, vendo-o ao teu stand por 5000 e depois deixo os 5000 e compro parte do teu stand. Na verdade gastei 5000 euros mas não gastei porque foste tu que me deste.

O problema 'e que isto 'e um crime segundo a Lei Portuguesa: especulacao e lavagem de capitais para ser mais especifico juridicamente. So' escapa no Futebol Portugues porque, pronto... 'e o Futebol Portugues.

tmsdiogo



Respondeu-me às 6h30 da manhã a agradecer o apoio e de seguida a frase: "É esse Benfica que 'herdei' do meu pai que querem ficar com ele!"

Não há dúvidas, é o candidato!

Sempreparasemprebenfica

Citação de: Leonzo em 12 de Junho de 2020, 21:48
Quando RGS começar a campanha, as bolas do grande lider vão mingar. Até vão parecer uns berlindes!

Há nomes fortes?