Barros

Barros

Nome completo
António Monteiro Teixeira de Barros
Posição
defesa
Data de nascimento
2 Outubro 1949
Data de morte
9 Abril 2018 (68 anos)
País
Portugal
Periodo na equipa principal

1970-1971

1973-1977

Duas semanas depois de Mão Tsé-Tung ter proclamado a República Popular da China, pelo ano de 1949, nascia António Barros, no coração da cidade do Porto. Nem de propósito. Mais tarde profissional de futebol, caracterizou-se por um toque revolucionário, anti-sistema, com gérmens na excentricidade. A ele sempre se associou o estigma de que poderia ter ido mais além. Sincopou o rendimento. Às vezes com soberba. Por temperamento. Áspero e agreste.

Barros adveio na localidade piscatória de Matosinhos, no Leixões. Em maré alta. De craques. Era Raul, era Jacinto, era Fonseca, era Praia. Era sustento do Benfica. Para não mudar o rumo, o mesmo embarque, as mesmas milhas. Até ao porto seguro da Luz.

Estava apostado em fazer água na boca. Afinal, já havia contribuído para fainas bem sucedidas. Em 70/71, todavia, os centrais Humberto Coelho e Zeca estiveram autoritários. Chances não deram ao jovem recruta de 21 anos. Saiu por empréstimo. Num curto hiato. Dois anos depois regressou. Era mais jogador. Mais maturado.

O ano foi verde. Hagan queria o tetracampeonato. A ilusão durou três curtas jornadas. Seguiu-se Fernando Cabrita, com o britânico fora de jogo, após litigio sério com a Direcção do clube. A um mês do final do Campeonato, o Sporting liderava com grande folga. Em Alvalade, no dia 31 de Março de 1974, Marcelo Caetano era apupado, na agonia do regime. Aplausos só para o Benfica, numa fulgurante vitória, por 5-3. Aplausos para Barros, titular no eixo recuado. Não chegou para Nacional vencer, mas ficou a evidência da superioridade benfiquista.

Na temporada imediata, terceiro jogador mais utilizado seria. Quase sempre a lateral-esquerdo, em abono da sua polivalência. O Campeonato voltou a sorrir. Sem sorrir ficaram os adeptos, no final da época, com a transferência do carismático Humberto para França. Barros aceitou o desafio de Mário Wilson. Passou a operar na jurisdição de Humberto. A contento. O titulo revalidado foi.

Novo ano, novo triunfo. Novo Barros. Novo? Antes diferente. Para pior. Menos competitivo, menos rigoroso, menos eficiente. Mais distante. Com as portas aberta para a saída. Tanto mais que havia Eurico, Bastos Lopes, o regressado Humberto. Jogou cinco anos, compaginou quatro Campeonatos, internacional se fez. Ao lado de muitos outros defesas, bola nos pés, sustenta Toni, “era coisa azeda comparada a pastéis de Belém”. Fica o açúcar nas representações de Barros à Benfica.


 

Épocas no Benfica: 5 (70/71 e 73/74)

Jogos: 106
Golos: 3

Títulos: 4CN

 

Texto: Memorial Benfica, 100 Glórias
Copiado de Ednilson


Equipa Principal Jogos Minutos Cartões (A./V.) Golos
  1968/1969  
Amigáveis 0 0
  1970/1971 7 341 0 / 0 0  
Campeonato Nacional 5 241 0 / 0 0
Taça das Taças 2 100 0 / 0 0
Amigáveis 4 0
  1973/1974 16 1214 0 / 0 0  
Campeonato Nacional 12 944 0 / 0 0
AF Lisboa Taça de Honra 1ª Divisão 1 0 0 / 0 0
Taça de Portugal 3 270 0 / 0 0
Amigáveis 3 0
  1974/1975 39 3240 0 / 0 3  
Campeonato Nacional 27 2340 0 / 0 2
AF Lisboa Taça de Honra 1ª Divisão 2 0 0 / 0 0
Taça de Portugal 5 450 0 / 0 0
Taça das Taças 5 450 0 / 0 1
Amigáveis 13 0
  1975/1976 34 2970 0 / 0 0  
Campeonato Nacional 26 2340 0 / 0 0
AF Lisboa Taça de Honra 1ª Divisão 1 0 0 / 0 0
Taça de Portugal 1 90 0 / 0 0
Taça dos Campeões Europeus 6 540 0 / 0 0
Amigáveis 10 0
  1976/1977 14 1179 0 / 0 0  
Campeonato Nacional 10 819 0 / 0 0
Taça de Portugal 2 180 0 / 0 0
Taça dos Campeões Europeus 2 180 0 / 0 0
Amigáveis 5 0
Total Jogos Amigáveis 35 0
Total Jogos Oficiais 110 8944 0 / 0 3
Na equipa principal

Primeiro jogo

Último jogo


Por Shoky a Sábado, 6 Janeiro 2024

Shoky



Nome: António Monteiro Teixeira de BARROS
Posição: Defesa Central
Nacionalidade: Português (Internacional A)
Data de Nascimento: 02-10-1949
Data de Falecimento: 09-04-2018
Número da Camisola: ?
Pé Preferido: ?


Épocas ao serviço do Benfica: 5

Total de Jogos pelo Benfica: 106
Total de Golos pelo Benfica: 3
Títulos pelo Benfica:

4 Campeonatos Nacionais (1970/71, 1974/75, 1975/76, 1976/77)

1970/1971
Jogos: 7
Golos: 0

1973/1974
Jogos: 15
Golos: 0

1974/1975
Jogos: 37
Golos: 3 (2 na Liga)

1975/1976
Jogos: 33
Golos: 0


1976/1977
Jogos: 14
Golos: 0

Shoky

António Monteiro Barros. Porto. 2 de Outubro de 1949. Defesa
Épocas no Benfica: 5 (70/71 e 73/77). Jogos: 106. Golos: 3. Titulos: 4 (Campeonato Nacional).
Outros Clubes: Leixões. Internacionalizações: 8.

   

Equipa 1974/1975 – Barros, entre Bento e Humberto Coelho

Duas semanas depois de Mão Tsé-Tung ter proclamado a República Popular da China, pelo ano de 1949, nascia António Barros, no coração da cidade do Porto. Nem de propósito. Mais tarde profissional de futebol, caracterizou-se por um toque revolucionário, anti-sistema, com gérmens na excentricidade. A ele sempre se associou o estigma de que poderia ter ido mais além. Sincopou o rendimento. Às vezes com soberba. Por temperamento. Áspero e agreste.

Barros adveio na localidade piscatória de Matosinhos, no Leixões. Em maré alta. De craques. Era Raul, era Jacinto, era Fonseca, era Praia. Era sustento do Benfica. Para não mudar o rumo, o mesmo embarque, as mesmas milhas. Até ao porto seguro da Luz.

Estava apostado em fazer água na boca. Afinal, já havia contribuído para fainas bem sucedidas. Em 70/71, todavia, os centrais Humberto Coelho e Zeca estiveram autoritários. Chances não deram ao jovem recruta de 21 anos. Saiu por empréstimo. Num curto hiato. Dois anos depois regressou. Era mais jogador. Mais maturado.

O ano foi verde. Hagan queria o tetracampeonato. A ilusão durou três curtas jornadas. Seguiu-se Fernando Cabrita, com o britânico fora de jogo, após litigio sério com a Direcção do clube. A um mês do final do Campeonato, o Sporting liderava com grande folga. Em Alvalade, no dia 31 de Março de 1974, Marcelo Caetano era apupado, na agonia do regime. Aplausos só para o Benfica, numa fulgurante vitória, por 5-3. Aplausos para Barros, titular no eixo recuado. Não chegou para Nacional vencer, mas ficou a evidência da superioridade benfiquista.

Na temporada imediata, terceiro jogador mais utilizado seria. Quase sempre a lateral-esquerdo, em abono da sua polivalência. O Campeonato voltou a sorrir. Sem sorrir ficaram os adeptos, no final da época, com a transferência do carismático Humberto para França. Barros aceitou o desafio de Mário Wilson. Passou a operar na jurisdição de Humberto. A contento. O titulo revalidado foi.

Novo ano, novo triunfo. Novo Barros. Novo? Antes diferente. Para pior. Menos competitivo, menos rigoroso, menos eficiente. Mais distante. Com as portas aberta para a saída. Tanto mais que havia Eurico, Bastos Lopes, o regressado Humberto. Jogou cinco anos, compaginou quatro Campeonatos, internacional se fez. Ao lado de muitos outros defesas, bola nos pés, sustenta Toni, "era coisa azeda comparada a pastéis de Belém". Fica o açúcar nas representações de Barros à Benfica.


Tópico: Memorial Benfica, Glórias
Autor: Ednilson
Link: http://serbenfiquista.com/forum/index.php?topic=22362.30

Red skin


Saïd Old Roof

Uma nódoa na carreira.


Fonte: "Diário de Lisboa" de 14 de Novembro de 1977.

L@udrup

Citação de: Saïd Old Roof em 03 de Abril de 2012, 21:06
Uma nódoa na carreira.


Fonte: "Diário de Lisboa" de 14 de Novembro de 1977.

eh lá!!!  :victory:

Sparrow


JoséTorres

wtf? Desconhecia por completo a personage.

Mas enfim, sendo um antigo jogador do Benfica, e pelos vistos deixou saudades. Carrega! Vende essa me*** toda!

Vitor84

Com cada história...
Será que não o confundiram com outro gandulo qualquer por causa do seu visual? ;D

Quanto ao seu trajecto pelo Benfica tem duas boas épocas, uma a fazer algumas posições da defesa, era um jogador polivalente, e outra em que com a saída do Humberto assumiu o seu lugar no centro da defesa.

faneca_slb4ever

Histórias incriveis...

fyure


cmenezes

via ‏@OldSchoolPanini
Antonio BARROS - Benfica 1975/76


RedVC

#11


Uma barba em ótima resolução.

Créditos: https://twitter.com/SLBVintage

dani bergkamp



Indiscutivelmente o jogador com mais estilo da história do Sport Lisboa e Benfica.

dani bergkamp



Os dados relativos aos jogos do Barros parecem-me incorrectos. Para além de que ele teve no Benfica 7 épocas. Apesar de não ter feito qualquer jogo em 71/72 e 77/78 fazia parte do plantel.

Joaquim Ferreira Bogalho

Este jogador juntamente com Vítor Baptista e Nelinho, segundo consta um grupo pouco aconselhável, salvo erro sairam todos no fim da época 76-77...as más companhias do Vítor Baptista referem-se a Barros e Nelinho. Não sei o que é feito hoje do Barros.