Rui Vitória

Treinador, 54 anos,
Portugal
Equipa Principal: 4 épocas (2015-2019), 184 jogos (125 vitórias, 28 empates, 31 derrotas)

Títulos: Campeonato Nacional (3), Taça de Portugal (1), Supertaça (2), Taça da Liga (1)

hertz

Citação de: Endless em 20 de Junho de 2015, 21:27
Citação de: Redceltic em 20 de Junho de 2015, 21:23

Não me parece que não ser campeão seja em si razão para se ser despedido- tudo depende da forma como não se é campeão. Se um treinador põe a equipa a praticar um futebol de qualidade e perde para quem mostre ainda mais qualidade, então é ver o que falhou e tentar ganhar na próxima, agora se o treinador leva a equipa a ficar a uns 20 pontos do primeiro qd tinha um plantel para lutar pelo titulo não há nada a dizer mais a não ser: xau e vai pela sombra.

Óbvio, mas quem ficou a mais de 20 pontos do primeiro, até foi dado o beneficio da dúvida por ter sido antes campeão e lá ficou para a época seguinte. Falhou novamente e foi dado novo beneficio da dúvida e ficou para a época seguinte. Novamente falhou, e foi-lhe dado novo beneficio da dúvida, uma melhoria de contracto e um plantel de luxo.

A melhoria de contrato não foi nessa altura

Frank James

Achei um bom post no entanto posso arranjar várias razões que desmistificam toda a tua teoria.
Obviamente, não vai relevar grandes tácticas sobre o jogo. Era o que mais faltava era andar aí a escarrapachar aos ventos trabalho pessoal.

E depois de que, o próprio propósito do livro, se atentares à capa, faz referência à "Arte da Guerra". O que é que a "Arte da Guerra" tem a ver com sistemas de jogo? Querias que ele falasse de sistemas de jogo, de como posicionar a equipa para manter posse de bola, etc?

Depois, o que não faltam por aí são grandes académicos que não são bons treinadores na prática. O que me interessa é que o Benfica ganhe títulos e jogue bom futebol, opá, se o treinador não escrever livros eruditos e muito aprofundados isso não me tira o sono.

luis.live

Citação de: O Soberbo em 21 de Junho de 2015, 01:56
Confesso que fiquei um pouco apreensivo quando foi anunciado que o Rui Vitória era o treinador. Mas depois fui ler o livro dele ("A arte da guerra para treinadores") e neste momento estou mesmo muito apreensivo. O livro assusta um bocadinho por duas razões.

Primeira: a quantidade de trivialidades e "banha da cobra". Rui Vitória é um especialista em notar evidências. Frases que atravessam todo o livro, tais como "se exijo o máximo, tenho de ser o primeiro a dar o máximo", "é importante ter sempre presente a capacidade de antecipar os cenários", "o critério, quando o treinador forma a sua equipa deverá ser sempre o mesmo, a qualidade", "para ganhar um jogo é preciso marcar golos", ou "sobretudo num jogo difícil, é necessário que os jogadores que têm a capacidade de decidir jogos apareçam", são de uma banalidade confrangedora. Não me lembro de alguém ter alguma vez defendido, por exemplo, que basta dar o mínimo quando se quer exigir o máximo. Ou que não é minimamente importante tentar antecipar cenários. Ou que o que interessa numa equipa não é a qualidade mas, por exemplo, a cor dos olhos dos jogadores. E parece-me que até a minha mãe sabe que "para ganhar um jogo é preciso marcar golos".

Segunda (e ainda pior): de todos os livros sobre futebol que eu li, este deve ser aquele em que se fala menos de futebol. O capítulo dedicado à final da taça ganha ao Benfica é disso um óptimo exemplo. Vitória fala de tudo menos de tácticas, modelo de jogo, estratégias para controlar o adversário, etc. Entretém-se a dizer que mandou parar o autocarro na bomba de gasolina para deixar dispersar os adeptos do Benfica, que fez um vídeo muito bonito com testemunhos dos familiares dos jogadores para os motivar... Sobre o jogo propriamente dito, rigorosamente nada. Como parar a dinâmica ofensiva do Benfica? Não diz. Que estratégia usar para desorganizar o sistema defensivo do adversário? Nada sobre isso. Quais eram os pontos fracos da outra equipa e como explorá-los? Sabe-se lá. E, de facto, ninguém esperaria que ele escrevesse uns parágrafos sobre teoria da retranca, ou acerca do que fazer enquanto se aguarda que o Artur dê uma rosca num pontapé para a frente e a bola vá parar a um jogador do Guimarães.

Espero, sinceramente, que ele tenha mais e melhores ideias, além das que vêm escritas neste desinteressantíssimo livro.



não li o livro , mas se ele não abriu o jogo em relaçao a esses aspectos que referes acho que fez muito bem.

O-Rível

A Arte da Guerra original é um tratado filosófico, não um manual técnico de como dispor as peças no campo de batalha. Para além do mais, parece-me que a ideia deste livro é focar-se no papel do treinador como líder de um grupo, e em estratégias de inteligência emocional. Tendo em consideração ainda que o objectivo é vender livros, e o português médio tem a cultura desportiva de um tijolo, parece-me normal que seja muito geral, com frases que suscitam diversas interpretações. Sempre é mais refrescante e honesto do que os livros de 1001 exercícios e "descubra como operacionalizar o modelo de jogo do Guardiola". Para quem se inicia no treino, esse tipo de livros são os piores. É o chamado treino a metro, e é de uma preguiça mental que limita mais do que faz evoluir.

O Soberbo

Citação de: Frank James em 21 de Junho de 2015, 02:07
Achei um bom post no entanto posso arranjar várias razões que desmistificam toda a tua teoria.
Obviamente, não vai relevar grandes tácticas sobre o jogo. Era o que mais faltava era andar aí a escarrapachar aos ventos trabalho pessoal.

E depois de que, o próprio propósito do livro, se atentares à capa, faz referência à "Arte da Guerra". O que é que a "Arte da Guerra" tem a ver com sistemas de jogo? Querias que ele falasse de sistemas de jogo, de como posicionar a equipa para manter posse de bola, etc?

Depois, o que não faltam por aí são grandes académicos que não são bons treinadores na prática. O que me interessa é que o Benfica ganhe títulos e jogue bom futebol, opá, se o treinador não escrever livros eruditos e muito aprofundados isso não me tira o sono.
Já vi que não leste nada do livro além da capa, pelo que acaba por ser cómico tentares arranjar várias razões para "desmistificar a minha teoria". Eu nem tenho "teoria", limitei-me a ler o livro e a falar do que li. O título do livro, "A arte da guerra para treinadores", é, obviamente, uma referência à obra "A arte da guerra", de Sun Tzu, o mais famoso tratado de estratégia militar do mundo - que, não por acaso, ainda hoje é livro de cabeceira de muitos profissionais cujo trabalho envolva alguma dimensão de estratégia, como gestores, por exemplo. Espera-se, por isso, que seja um livro que fale de... estratégia. Não sei que livros de futebol é que já leste, mas em geral não os acho "eruditos". Até porque são sobre futebol. Quando saiu do Porto, o Mourinho escreveu um livro. É muito interessante. Fala de sistemas de jogo, sim. Explica detalhadamente algumas decisões tácticas que tomou, por exemplo, na final contra o Celtic. Porque, como sabe quem já leu alguns livros sobre futebol, as opções do autor não são apenas "andar aí a escarrapachar aos ventos trabalho pessoal" ou dizer meras banalidades. Para dizer banalidades, mais vale não escrever. O Mourinho, sem "andar aí a escarrapachar aos ventos trabalho pessoal", ainda assim revela como é que, a certa altura do jogo, retirou um avançado mais fixo e meteu no jogo o Marco Ferreira, com uma instrução curiosa: "Não é para teres a bola no pé. É para fazeres diagonais e receberes passes nas costas da defesa. Se for para ter a bola no pé não entras tu." Ou, por exemplo, explica o conceito "descansar com bola". Ou, ainda, diz a conversa que teve com os jogadores no balneário antes de um Benfica-Porto.

Não é erudito nem "anda aí a escarrapachar aos ventos trabalho pessoal". Fala é sobre futebol, mostrando que sabe do que fala, coisa que o Rui Vitória não faz.

10Baggio

" Vai ter as mesmas condicoes do anterior treinador."

Esperemos que sim, pk se n tiver so havera uma pessoa a ter de assumir a responsabilidade, e nao e Rui Vitoria...

O Soberbo

#7131
Citação de: O-Rível em 21 de Junho de 2015, 02:17
A Arte da Guerra original é um tratado filosófico, não um manual técnico de como dispor as peças no campo de batalha. Para além do mais, parece-me que a ideia deste livro é focar-se no papel do treinador como líder de um grupo, e em estratégias de inteligência emocional. Tendo em consideração ainda que o objectivo é vender livros, e o português médio tem a cultura desportiva de um tijolo, parece-me normal que seja muito geral, com frases que suscitam diversas interpretações. Sempre é mais refrescante e honesto do que os livros de 1001 exercícios e "descubra como operacionalizar o modelo de jogo do Guardiola". Para quem se inicia no treino, esse tipo de livros são os piores. É o chamado treino a metro, e é de uma preguiça mental que limita mais do que faz evoluir.
Não. A "Arte da Guerra" não é um tratado filosófico. É um tratado de estratégia militar em 13 capítulos, cada um dos quais versa sobre um aspeto específico do combate bélico. Ou seja, é precisamente o que tu acabas de dizer que não é: um "manual técnico de como dispor as peças no campo de batalha". Tanto que, por exemplo, o capítulo quarto se intitula "Disposições tácticas", e debruça-se sobre o posicionamento de um exército. E o capítulo sétimo, chamado "Manobras militares", é sobre estratégias de combate. Para dar apenas dois exemplos.

Sobre este, não acho nada refrescante e honesto que um treinador escreva frases como "para ganhar um jogo é preciso marcar golos" (frases essas que, aliás, não suscitam, de todo, diversas interpretações). Se o objectivo é vender livros, parece-me que falha. Não conheço muita gente interessada em dar 15 euros por informações deste tipo.

SorcereR

Chegamos ao ponto de discutir a literatura do treinador.

Há muito mais num jogo de futebol que os 90 minutos e acho que é isso que ele tenta transmitir.

O Soberbo

Citação de: SorcereR em 21 de Junho de 2015, 02:47
Chegamos ao ponto de discutir a literatura do treinador.

Há muito mais num jogo de futebol que os 90 minutos e acho que é isso que ele tenta transmitir.
Que parte do livro é que te dá essa ideia?

SorcereR

#7134
Citação de: O Soberbo em 21 de Junho de 2015, 02:49
Citação de: SorcereR em 21 de Junho de 2015, 02:47
Chegamos ao ponto de discutir a literatura do treinador.

Há muito mais num jogo de futebol que os 90 minutos e acho que é isso que ele tenta transmitir.
Que parte do livro é que te dá essa ideia?

A tua exposição. Não classifico treinadores pelos seus livros. Classifico o seu trabalho pelo que é produzido dentro e fora das 4 linhas. Para discutir literatura teria de discutir Verne entre outros.

O-Rível

Citação de: O Soberbo em 21 de Junho de 2015, 02:42
Citação de: O-Rível em 21 de Junho de 2015, 02:17
A Arte da Guerra original é um tratado filosófico, não um manual técnico de como dispor as peças no campo de batalha. Para além do mais, parece-me que a ideia deste livro é focar-se no papel do treinador como líder de um grupo, e em estratégias de inteligência emocional. Tendo em consideração ainda que o objectivo é vender livros, e o português médio tem a cultura desportiva de um tijolo, parece-me normal que seja muito geral, com frases que suscitam diversas interpretações. Sempre é mais refrescante e honesto do que os livros de 1001 exercícios e "descubra como operacionalizar o modelo de jogo do Guardiola". Para quem se inicia no treino, esse tipo de livros são os piores. É o chamado treino a metro, e é de uma preguiça mental que limita mais do que faz evoluir.
Não. A "Arte da Guerra" não é um tratado filosófico. É um tratado de estratégia militar em 13 capítulos, cada um dos quais versa sobre um aspeto específico do combate bélico. Ou seja, é precisamente o que tu acabas de dizer que não é: um "manual técnico de como dispor as peças no campo de batalha". Tanto que, por exemplo, o capítulo quarto se intitula "Disposições tácticas", e debruça-se sobre o posicionamento de um exército. E o capítulo sétimo, chamado "Manobras militares", é sobre estratégias de combate. Para dar apenas dois exemplos.

Sobre este, não acho nada refrescante e honesto que um treinador escreva frases como "para ganhar um jogo é preciso marcar golos" (frases essas que, aliás, não suscitam, de todo, diversas interpretações). Se o objectivo é vender livros, parece-me que falha. Não conheço muita gente interessada em dar 15 euros por informações deste tipo.

Desculpa a pergunta, leste A Arte da Guerra:-X

O Soberbo

Citação de: SorcereR em 21 de Junho de 2015, 02:57
Citação de: O Soberbo em 21 de Junho de 2015, 02:49
Citação de: SorcereR em 21 de Junho de 2015, 02:47
Chegamos ao ponto de discutir a literatura do treinador.

Há muito mais num jogo de futebol que os 90 minutos e acho que é isso que ele tenta transmitir.
Que parte do livro é que te dá essa ideia?

A tua exposição. Não classifico treinadores pelos seus livros. Classifico o seu trabalho pelo que é produzido dentro e fora das 4 linhas. Para ir discutir teria de discutir Verne entre outros.
O que leste do livro foi a minha exposição?

Eu também não classifico treinadores pelos seus livros. Classifico os livros dos treinadores pelos seus livros. Para o fazer, leio-os. Parece-me conveniente. A minha classificação é: muito fraco.

Eu também classifico treinadores pelo seu trabalho. Vitória ainda não orientou um único treino no Benfica. Por isso, não posso classificar o seu trabalho no Benfica. Espero que ele tenha mais e melhores ideias para pôr em prática do que as que vêm no livro. Estas são muito pobres.

Não percebo a referência a Verne. Escreveu alguma coisa sobre futebol?

tsubasaslb

Com Jonas, Gaitan e talvez Lima de fora, acho que deixa de fazer sentido o que o RV disse na apresentação.

JPSilva

Citação de: tsubasaslb em 21 de Junho de 2015, 03:06
Com Jonas, Gaitan e talvez Lima de fora, acho que deixa de fazer sentido o que o RV disse na apresentação.

Por algum motivo toda a gente mandou uma gargalhada quando ele disse aquilo.

Bryan.

Citação de: tsubasaslb em 21 de Junho de 2015, 03:06
Com Jonas, Gaitan e talvez Lima de fora, acho que deixa de fazer sentido o que o RV disse na apresentação.

Claramente não fazia ideia dos verdadeiros planos de Vieira.

Foi a Cuba e nós vendemos tudo.